NR 11 - Projeto de Um Dispositivo para Troca de Bateria

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Alexandro Cesar Carlin

PROJETO DE UM DISPOSITIVO PARA TROCA DE BATERIAS EM


EMPILHADEIRAS RETRÁTEIS ELÉTRICAS

Horizontina - RS
2016
ALEXANDRO CESAR CARLIN

PROJETO DE UM DISPOSITIVO PARA TROCA DE BATERIAS EM


EMPILHADEIRAS RETRÁTEIS ELÉTRICAS

Trabalho Final de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Mecânica, pelo Curso
de Engenharia Mecânica da Faculdade
Horizontina.

ORIENTADOR: Me. Cristiano Rosa dos Santos

Horizontina - RS
2016
FAHOR - FACULDADE HORIZONTINA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a monografia:

“Projeto de um dispositivo para troca de baterias em empilhadeiras retráteis


elétricas”

Elaborada por:

Alexandro Cesar Carlin

Como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em


Engenharia Mecânica

Aprovado em: 21/11/2016


Pela Comissão Examinadora

________________________________________________________
Me. Cristiano Rosa dos Santos
Presidente da Comissão Examinadora - Orientador

_______________________________________________________
Me. Luis Carlos Wachholz
FAHOR – Faculdade Horizontina

______________________________________________________
Esp. Jackson Luis Bartz
FAHOR – Faculdade Horizontina

Horizontina
2016
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda minha família,
mas em especial a minha esposa Karine
Raquel Webler Carlin, que sempre esteve ao
meu lado, me incentivando para que esse
momento acontecesse.
AGRADECIMENTO
Agradeço aos meus professores e colegas
de faculdade pelo aprendizado e
companheirismo em todo este período em que
estivemos juntos. Agradeço também, em
especial, os professores e co-orientadores,
Luis Carlos Wachholz e Charles
Weschenfelder e ao meu orientador Cristiano
Rosa dos Santos pelas orientações neste
trabalho de conclusão de curso.
Agradeço minha família, demais amigos e
em especial minha esposa, pelo apoio e
compreensão quando tive que ficar ausente
em alguns momentos devido a dedicação
necessária para que este momento
acontecesse com sucesso.
O único lugar onde o sucesso vem antes do
trabalho é no dicionário.
Albert Einstein.
RESUMO

Com a necessidade de aumentar a produtividade, bem como garantir a segurança


nas operações, uma empresa localizada na região Noroeste do estado do Rio
Grande do Sul, decide por projetar um dispositivo automatizado para a troca de
baterias de suas empilhadeiras retráteis, visando diminuir o tempo desta operação e
também agregar mais segurança a esta atividade. A metodologia aplicada neste
trabalho é de Bruno Munari, onde a mesma é dividida em doze fases: Problema;
Definição do problema; Componentes do problema; Coleta de dados; Análise dos
dados; Criatividade; Pesquisa de materiais e tecnologias; Experimentação; Modelo;
Verificação; Desenho de construção; Solução. Porém, como nesta metodologia
usada não há pontos de ergonomia e segurança, estará sendo analisando estes
pontos dentro da fase de Modelo. Após o cumprimento das fases citadas, foi
possível desenvolver o projeto virtual do dispositivo, que infelizmente por falta de
recursos não pode ser fabricado, mas que a princípio atenderia as necessidades da
empresa. Além disso, o trabalho possibilitou ainda mais o meu aprimoramento do
conhecimento por parte acadêmica, pois este projeto aborda temas como
automatização, ergonomia, logística e cálculos de elementos de máquina para
dimensionamento de componentes.

Palavras-chave: Automatização. Bateria. Empilhadeira.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Paleteira ...............................................................................................................................17


Figura 2. Empilhadeira elétrica..........................................................................................................18
Figura 3. Empilhadeira a combustão................................................................................................19
Figura 4. Empilhadeira portuária .......................................................................................................19
Figura 5. Empilhadeira retrátil ...........................................................................................................20
Figura 6. Célula de carga com os fios ligados ................................................................................23
Figura 7. Célula de carga ...................................................................................................................24
Figura 8. Modelo de dispositivo para troca de baterias .................................................................26
Figura 9. Display da célula de carga ................................................................................................33
Figura 10. Corrente de rolo ................................................................................................................36
Figura 11. Engrenagens cônicas e fuso ..........................................................................................36
Figura 12. Moto redutor de 0,5cv ......................................................................................................43
Figura 13. Tensionador de corrente .................................................................................................45
Figura 14. Mancal para eixo ..............................................................................................................45
Figura 15. Rolete com rolamento......................................................................................................45
Figura 16. Chave fim de curso ..........................................................................................................46
Figura 17. Dispositivo proposto .........................................................................................................47
Figura 18. Sistema e pino e fixação dos equipamentos................................................................48
Figura 19. Braço para empurrar e puxar a bateria .........................................................................48
Figura 20. Dispositivo com as partes móveis à mostra .................................................................49
Figura 21. Dispositivo com as partes móveis fechadas ................................................................49
Figura 22. Projeto completo ...............................................................................................................50
Figura 23. Altura e comprimento do dispositivo .............................................................................50
Figura 24. Largura do dispositivo ......................................................................................................51
LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Movimentações de materiais ..........................................................................................16


Quadro 2. Fases da metodologia de Bruno Munari (1983) ..........................................................29
Quadro 3. Tabela para obtenção do modo de automatização .....................................................35
Quadro 4. Tabela de coeficiente de segurança - Fator de serviço..............................................37
Quadro 5. Fator de operação ............................................................................................................39
Quadro 6. Força de ruptura de correntes de rolos .........................................................................41
Quadro 7. Engrenagens de 1" ...........................................................................................................42
Quadro 8. Simulação de tempo atual e proposto ...........................................................................52
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Coeficiente de segurança - Corrente de rolos 39


Tabela 2. Detalhamento de valores do projeto ...............................................................................51
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 13
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................................... 13
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 14
1.3 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................................... 14
1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................................................... 14

2 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................................... 15


2.1 LOGISTÍCA ..................................................................................................................................... 15
2.1.1 Movimentação de materiais .......................................................................................... 15
2.2 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO....................................................................................... 16
2.2.1 Tipos de empilhadeiras ................................................................................................. 17
2.2.2 Empilhadeira elétrica retrátil ........................................................................................ 20
2.3 BATERIAS ...................................................................................................................................... 21
2.3.1 Baterias para empilhadeiras ......................................................................................... 22
2.4 ERGONOMIA .................................................................................................................................. 22
2.4.1 Célula de carga .............................................................................................................. 23
2.5 SEGURANÇA ................................................................................................................................. 24
2.5.1 Dispositivos de segurança ........................................................................................... 25
2.5.2 NR-10 Segurança em instalações e Serviços em eletricidade. ................................ 27
2.5.3 NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais .......... 27
2.5.4 NR-12 Máquinas e equipamentos ............................................................................. 27
2.6 AUTOMATIZAÇÃO ......................................................................................................................... 28

3 METODOLOGIA........................................................................................................................... 29
3.1 PROBLEMA .................................................................................................................................... 29
3.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ......................................................................................................... 30
3.3 COMPONENTES DO PROBLEMA................................................................................................. 30
3.4 COLETAS E ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................ 30
3.5 CRIATIVIDADE ............................................................................................................................... 30
3.6 MATERIAIS E TECNOLOGIAS ...................................................................................................... 31
3.7 EXPERIMENTAÇÃO ...................................................................................................................... 31
3.8 MODELO ........................................................................................................................................ 31
3.9 VERIFICAÇÕES ............................................................................................................................. 31
3.10 DESENHO DE CONSTRUÇÃO ................................................................................................... 31
3.11 SOLUÇÃO ................................................................................................................................... 32

4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS ................................................................ 32


4.1 MEMORIAL DE CÁLCULOS ......................................................................................................... 37
4.2 PRINCIPAIS COMPONENTES DO PROJETO ........................................................................... 44

5 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................... 54
13

1 INTRODUÇÃO

Atividades extras ao trabalho, ou seja, as paradas obrigatórias que são


executadas diariamente, e até mesmo, em várias oportunidades durante a carga
horária, acabam fazendo que o resultado final do trabalho seja prejudicado. A
necessidade de troca de ferramentas em equipamentos, o abastecimento de
veículos, o desabastecimento de maquinários de grãos, são exemplos similares do
que acontece a troca de baterias em empilhadeiras, onde há uma diminuição da
produtividade nas operações. Buscando minimizar estas perdas, cogitou-se o
desenvolvimento de um projeto de dispositivo automatizado, que reduzirá o tempo
para a troca de bateria, gerando assim um ganho mais significativo para as
atividades logísticas da empresa, e consequentemente reduzindo também os
esforços físicos dos colaboradores e a possibilidade de acidentes de trabalho.

Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII
do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho (Art 1º. A Previdência Social. art. 19 da Lei nº
8.213/91).

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Frequentemente a área de logística da empresa, se depara por problemas a


serem solucionados. A troca de baterias das empilhadeiras retráteis elétricas está
inclusa nestas dificuldades, pois como esta operação é realizada de forma manual,
requerendo um grande esforço físico, pois as baterias em questão pesam mais de
uma tonelada cada, consequentemente gerando uma possibilidade de acidente e
sendo esta uma atividade que não agrega valor para a empresa, cria-se a
necessidade de que a mesma seja realizada por pelo menos dois colaboradores.
Como esta atividade já pode ser considerada pouco produtiva para o conceito geral
das atribuições diárias, devemos ainda considerar este tempo, multiplicado por dois,
gerando assim, uma perda ainda maior para a entrega final do departamento.
Com tudo isso relatado, cabe à pergunta a seguir:
O presente trabalho, com a metodologia adotada, encontrará uma solução
para os problemas levantados?
14

1.2 JUSTIFICATIVA

Este trabalho de conclusão de curso, justifica-se pela necessidade de se


criar um dispositivo automatizado que facilite a atividade dos colaboradores de uma
empresa localizada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, quanto a
troca de baterias em empilhadeiras retráteis. Esta automatização visa criar um
mecanismo que faça a retirada e a colocação da bateria na empilhadeira e no
dispositivo de recarga da mesma, sem que haja esforços excessivos dos
funcionários. E da mesma forma reduzir o tempo de operação para a realização
desta atividade, gerando uma maior produtividade, pois eliminará a necessidade de
a mesma ser feita por dois colaboradores.

1.3 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem por objetivo geral, desenvolver um projeto de


dispositivo automatizado para a troca de baterias em empilhadeiras retráteis, com
intuído de reduzir o tempo de operação para esta troca e também reduzir os
esforços físicos dos colaboradores, garantindo consequentemente um aumento da
produtividade e uma maior segurança à atividade.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Buscando atender o objetivo geral do trabalho, definiram-se os seguintes


objetivos específicos:
 Realizar as medições de tempo e esforços requeridos na realização da troca
atual da bateria;
 Encontrar a melhor solução que satisfaça os objetivos;
 Realizar os dimensionamentos dos componentes da solução proposta;
 Projetar a solução para melhor atender as expectativas;
 Apresentar estudo financeiro;
 Apresentar os benefícios do dispositivo;
15

2 REVISÃO DA LITERATURA

Nesta etapa do TFC, realizado através de pesquisa bibliográfica,


apresentam-se os principais conceitos relacionados ao trabalho. Dentre os temas
abordados, destacam-se os conceitos quanto a logística, equipamentos de
movimentação, bateria, ergonomia, segurança e automatização.

2.1 LOGISTÍCA

Para Godinho (2004) logística são todas as atividades de armazenagem e


movimentação que auxiliam o fluxo de materiais e produtos desde a aquisição de
matéria-prima, até o ponto de consumo. Mas também se refere aos fluxos de
informações que colocam os produtos em movimento, com o intuito de realizar níveis
de serviços satisfatórios. Para Campos (2007), a área de logística precisa estar
preparada para atender novas demandas de forma rápida, para que com isso, não
gere prejuízos as operações ou percam negócios no mercado.
Segundo Ballou (2006) o valor da logística tanto para fornecedores, quanto
para clientes, está primeiramente ligado aos termos de tempo e local. Pois serviços
e produtos não tem o mesmo valor a menos que estejam em poder do cliente no
tempo necessário e no lugar correto. Para o mesmo autor, vale ressaltar também, à
necessidade dos produtos ou serviços estarem em condições ideais e com os
menores custos possíveis.

2.1.1 Movimentação de materiais

A movimentação de materiais é uma operação ou um conjunto de operações


que realiza a alteração de posição das coisas para qualquer serviço ou
processamento. Geralmente estas alterações são realizadas com o auxílio de
equipamentos. Porém, quanto isso não ocorre, poderão ser exigidos esforços dos
colaboradores da empresa, gerando assim uma queda nos rendimentos destes ao
longo do dia (ABRANDES, 2004).
Para Paletta e Silva (2009), a movimentação de materiais tem por finalidade
transportar o material ou produto nas linhas de produção, movimentar os materiais
em processamentos, embalar e armazenar produtos levando em consideração o
16

tempo e espaço disponível. De modo geral, as movimentações internas de materiais


de uma organização seguem o seguinte fluxo, também representado no quadro 1:
Entrada. Descarga, separação, inspeção, classificação, movimentação e estocagem.
Saída: Amarração, embarque da carga, prevenção de danos, sequenciamento de
volumes e movimentação.

Quadro 1. Movimentações de materiais

Fonte: Paletta et al, 2009, p. 4.

2.2 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

Segundo Paletta e Silva (2009), os equipamentos de movimentação são


equipamentos utilizados para movimentar o material em sentido vertical e horizontal,
com cuidados suficientes para evitar danos durante o transporte. Sendo que estes
equipamentos são divididos em equipamentos de elevação, veículos industriais e
transportadores contínuos. Já para Abrantes (2004), os equipamentos são
projetados a fim de que os mesmos sejam facilmente adequados aos operadores.
Ainda para Paletta e Silva (2009), quanto aos equipamentos de elevação e
transporte, temos as pontes rolantes, eletroímãs, elevadores de carga, guindastes
fixos, plataformas niveladoras de docas, manipuladores industriais, entre outros. Já
17

para veículos industriais, há os carrinhos hidráulicos e elétricos, carrinhos especiais,


carrinhos com guincho, carretas industriais, empilhadeiras automotriz, elétricas,
retrateis, pantográficas, pórticos e guindastes. E quando se refere a transportadores
contínuos, constam as correias planas, correias côncavas, elevadores de caneta,
transportadores extensíveis, recaimers, etc.

2.2.1 Tipos de empilhadeiras

Para Carvalho (2013) as empilhadeiras podem ser divididas em manuais,


elétricas, a combustão e portuárias. Sendo que as mais utilizadas são as
empilhadeiras elétricas e as a combustão.
Empilhadeiras Manuais: São equipamentos que trabalham basicamente ao
nível ou em alguns casos, muito próximos ao solo e que necessitam basicamente de
esforços manuais dos colaboradores para suas operações. Um exemplo de
empilhadeira manual, é a paleteira, conforme figura 1.

Figura 1. Paleteira

Fonte: Carvalho, 2013, p. 26.


18

Empilhadeiras elétricas: Estas empilhadeiras são recomendadas para locais


cobertos contra chuva, como galpões, almoxarifados, câmeras frigorificas e
depósitos em geral. Por se tratar de equipamentos alimentados por energia elétrica
de baterias, são extremamente silenciosas. Estas empilhadeiras podem ser
utilizadas para elevações mais altas, comparadas as empilhadeiras manuais. Porem
em alguns casos, há também a recomendação, para que estas só executem
atividades mais próximos ao chão.
Dentre estes tipos de empilhadeiras, podemos citar as empilhadeiras
elétricas normais conforme figura 2 e as empilhadeiras elétricas retrateis.

Figura 2. Empilhadeira elétrica

Fonte: Carvalho, 2013, p. 26.

Empilhadeiras a combustão: Conforme figura 3, estes são equipamento que


apresentam ótima capacidade de carga e geralmente são utilizadas em área aberta.
19

Porém, por serem alimentadas a diesel ou a gás, emitem muitos poluentes ao


ambiente.

Figura 3. Empilhadeira a combustão

Fonte: Carvalho, 2013, p. 26.

Empilhadeiras portuárias: São equipamentos de grande porte, utilizados


geralmente para a carga e descarga de navios em portos, movimentando containers
e demais produtos com pesos elevadíssimos, conforme representado na figura 4.

Figura 4. Empilhadeira portuária

Fonte: http://empilhadeiraguia.com/tipos-de-empilhadeiras
20

2.2.2 Empilhadeira elétrica retrátil

Para Abrantes (2004), as empilhadeiras são consideradas meios,


dispositivos ou suportes para o operador possa executar determinadas atividades.
Porem ela precisa atender uma série de recursos para que possa ser operada sem
perturbações no sistema funcional do operador. O menor e maior grau de segurança
e conforto que uma empilhadeira poderá oferecer vai depender de quanto a empresa
quer gastar, mas é importantíssimo saber que a produtividade diminui à medida que
os equipamentos se tornarem menos seguros e confortáveis para os operadores.
Conforme manual Paletrans (2006), a empilhadeira retrátil é um
equipamento eletrônico que permite a movimentação e elevação de cargas em
percursos, nivelados/planos e isentos de buracos. Devido ao maestro retrátil, este
equipamento permite que os garfos sejam avançados além das rodas de carga, a fim
de alcançar o objeto a ser transportado. Quanto aos comandos, os mesmos são
facilmente acionados, pois estão bem visíveis e ergonomicamente bem localizados.
Abaixo, apresenta-se uma empilhadeira retrátil com seus principais componentes:

Figura 5. Empilhadeira retrátil

Fonte: Manual Paletrans, p. 06.


21

1. Torre de elevação;
2. Garfos - São ajustáveis na distância entre si e apoiados no porta garfos;
3. Porta garfos – Suporta, inclina, centraliza e desloca os garfos para os lados;
4. Cabine de operação;
5. Bateria;
6. Rodas de carga;
7. Roda de tração;
8. Dispositivo de avanço e recuo da torre;
9. Proteção do operador;
10. Proteção de carga;
11. Sapata de apoio;
12. Parte traseira da empilhadeira;
13. Proteção da roda de carga;
14. Acesso ao operador para a cabine

2.3 BATERIAS

Para Bird (2009), baterias são dispositivos que transformam energia química
em eletricidade. Se ligarmos em seus terminais um aparelho, a corrente gerada vai
fornecer energia para que este equipamento funcione. De modo geral, as baterias
são essenciais para muitos equipamentos eletrônicos, principalmente a aqueles
onde não tem acesso a rede elétrica. Se não houvesse as baterias, não haveria
telefones celulares ou computadores portáteis.
O mesmo autor, classifica as baterias em duas categorias: as comuns, que
não são recarregáveis e após a sua descarga são descartadas. E as recarregáveis,
que como a própria classificação diz, podem ser recarregadas.
Segundo Mirth (2013), o valor de capacidades das baterias é expresso em
ampère-hora (Ah) e miliampère-hora (mAh). Onde a carga acumulada por uma
bateria por ser descrita na forma de densidade de energia, definida em watt-hora por
quilo de peso ou watt-hora por centímetro cúbico de volume.
22

2.3.1 Baterias para empilhadeiras

Segundo Vieira e Roux (2011), a capacidades das baterias, são definidas


devido aos tipos de utilizações e as frequências que elas ocorrem. Sendo que para
empilhadeiras de grande porte, as tensões das baterias variam de 24 a 80 v,
dependendo do fabricante.
Também segundo aos mesmos autores, é importantíssimo os cuidados
quanto as operacionalizações das baterias, geralmente de chumbo. Uma delas é
quanto a vida útil da mesma, que é influenciada diretamente pela quantidade de
cargas submetidas, sejam elas parciais ou completas. Realizar recargas em baterias
sem que estas estejam totalmente descarregadas, são contraindicadas, pois isso
ajuda e muito na redução de sua vida útil. A outra indicação é quanto a redução de
sua capacidade, pois quanto mais a bateria é recarregada, mais ela perde
capacidade. Sendo que estas perdas de capacidades são irreversíveis e
progressivas. Por tanto, recomenda-se, que de tempos em tempos, haja uma
descarga completa das baterias de acordo com os limites recomendados pelos
fabricantes.

2.4 ERGONOMIA

Segundo Weerdmeester (2004), o termo ergonomia vem das palavras


gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). Em resumo, pode-se dizer que ergonomia
é o estudo quanto ao projeto de máquinas, sistemas, equipamentos, com o intuito de
melhorar a saúde, segurança, conforto e eficiência no trabalho. No cotidiano, a
ergonomia foca no homem. Ou seja, todas as condições de risco, como insegurança,
insalubridade, ineficiência e desconforto com relação ao homem, deverão ser
eliminadas.
Ainda para o mesmo autor, ergonomia junta conhecimentos das mais
diversas áreas cientificas, bem como biomecânica, psicologia, engenharia mecânica,
desenho industrial, eletrônica, informática, entre outros. Pois através desta junção,
desenvolveu técnicas e métodos específicos para aplicar em prol da melhoria do
trabalho e das condições de vida, tanto para os trabalhadores, quanto para a
população em geral. O autor ainda comenta, baseado em estudos, que a
capacidade de carga que um colaborador pode levantar durante uma atividade é de
23

23 Kg.

Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho,


equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos
da anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos
desse relacionamento (ERGONOMICS RESEARCH SOCIETY APUD
ABRANTES, 2004, p. 7).

Ergonomia é a disciplina cientifica que trata da compreensão das interações


entre os seres humanos e os outros elementos de um sistema, e a
aplicação de teorias, princípios, dados e métodos ao design a fim de
otimizar o bem-estar humano e o desempenho global dos sistemas
(ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ERGONOMIA – SAN DIEGO, USA
2000 APUD ABRANTES, 2004, p. 7).

Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho as características


fisiológicas e psicológicas do ser humano (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ERGONOMIA – ABERGO APUD ABRANTES, 2004, p. 7).

2.4.1 Célula de carga

Células de carga geralmente são usadas como transdutores de força,


podendo também ser aplicadas em outras situações. Isso tudo, graças a sua grande
diversidade de formas. O conceito básico de funcionamento normalmente é baseado
na variação ôhmica sofrida em um sensor denominado extensômetro elétrico de
resistência, quando este é submetido a deformações, demonstrando assim, a força
submetida naquele instante. (BARBOSA et al. 2014).
Na maioria dos casos, as células de carga são fabricadas com os
extensômetros elétricos de resistência ligadas entre si através de uma ponte de
Wheastone equilibrada. Esta forma aumenta os sinais obtidos nas medições e deixa
os resultados mais precisos (BARBOSA et. al. 2014).
Segue abaixo figuras (6 e 7) de células de carga.

Figura 6. Célula de carga com os fios ligados

Fonte: Barbosa et al, 2014.


24

Figura 7. Célula de carga

2.5 SEGURANÇA

Segundo Mattos e Másculo (2011) a Segurança do trabalho é a ciência que


trata na prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de riscos
ocupacionais. Nos locais de trabalho, devido aos diversos processos e tarefas,
existem várias situações que colocam os colaboradores em risco, sendo que para
cada uma delas é necessária uma análise para prevenção dos fatores de risco.
Entre os fatores de risco que provocam acidentes de trabalho, citam-se:
Armazenamento e movimentações de materiais, manuseio de produtos perigosos,
contato com agentes biológicos, incêndio, eletricidade, máquinas e equipamentos,
entre outros.
O setor de segurança e saúde se tornou multidisciplinar e busca de forma
incansável a prevenção de riscos ocupacionais. Sendo este grupo, composto pelo
técnico de Segurança do trabalho, engenheiro de Segurança do Trabalho, médico
do Trabalho e enfermeiro do Trabalho. Estes, por sua vez, atuam na neutralização
ou eliminação dos riscos, prevenindo uma doença ou impedindo seu agravamento
(MACEDO, 2012).
25

2.5.1 Dispositivos de segurança

Para (Senai-SP, 2014), dispositivo de segurança são os componentes, que


interligados reduzem os riscos de acidentes e de outros problemas de saúde. Sendo
que estes podem ser classificados em seis tipos diferentes. Os quais mostra-se
abaixo:

 Comandos elétricos ou interfaces de segurança:


São dispositivos responsáveis pelos monitoramentos de outros dispositivos
do sistema ligados a um determinado equipamento, a fim de evitar ou mostrar
possíveis falhas que possam ocasionar a insegurança do mesmo;

 Dispositivos de intertravamento:
São chaves de segurança eletromecânicas, que impedem o funcionamento
de elementos da máquina sob condições especificas;

 Sensores de segurança:
São dispositivos detectores de presença que atuam quando uma pessoa
acessa a zona de perigo de um equipamento, enviando um sinal para interromper de
imediato o funcionamento da mesma;

 Válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos


de mesma eficácia:
Componentes conectados a um equipamento com o intuito de bloquear ou
permitir, quando ativado, a passagem de fluido gasoso ou liquido, de modo a iniciar
ou interromper as funções da máquina. Deve possuir monitoramento para que esta
ação não tenha falhas, ocasionando perda da função de segurança;

 Dispositivos de validação:
São dispositivos suplementares de comando, operados de forma manual,
que atuam habilitando ou bloqueando as operações do equipamento.
26

 Dispositivos mecânicos:
São dispositivos de retenção, separadores, limitadores, inibidores, retráteis,
empurradores entre outros;

Para (Senai-SP, 2014), a tarefa de trocar a bateria de uma empilhadeira,


consiste de procedimentos diferentes para cada empresa. Pois cada uma pode
adotar dispositivos que melhor satisfaçam suas necessidades. Entre dos dispositivos
mais utilizados, cita-se as pontes rolantes, carrinhos elétricos com dispositivos push
pull (empurra e puxa), talhas, carrinhos manuais. Sendo que ainda, há necessidade
de se realizar tarefas manuais a fim de evitar acidentes. Tarefas estas, citadas
abaixo:
 Posicionar o carrinho alinhado na bateria e trava-lo;
 Soltar o pino de trava da bateria;
 Desconectar a tomada da bateria;
 Puxar a bateria para cima dos roletes do carrinho suporte;
 Travar o carrinho suporte;
 Levar a bateria ao setor de recarga.

Figura 8. Modelo de dispositivo para troca de baterias

Fonte. Operação de empilhadeira, Senai SP. São Paulo, 2014, p. 89.


27

2.5.2 NR-10 Segurança em instalações e Serviços em eletricidade.

Conforme Araújo (2007), a eletricidade é um agente de risco que gera vários


acidentes, onde as vítimas não são somente os responsáveis por suas instalações,
mas também por usuários finais que após estas instalações estarem concluídas
podem ser submetidos por descargas elétricas devido ao não instalação da forma
correta. Desta forma, qualquer tipo de instalação envolvendo eletricidade, deve ser
feita por profissionais capacitados, utilizando ferramentas adequadas, atendendo as
normas técnicas e regulamentadoras e também, seguindo atentamente os manuais
dos fabricantes.
Conforme o mesmo autor e norma, todos os trabalhadores podem exercer o
direito de recusa, ao se deparar a qualquer tarefa, que o mesmo constate evidências
de risco graves e iminentes para sua saúde e segurança ou de outra pessoa,
informando imediatamente o fato ao superior hieráriquico.

2.5.3 NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

Conforme Chibinski, a NR-11 consiste em uma norma regulamentadora se


pode ser percebida na maioria das atividades produtivas, pois em algum momento
haverá algum tipo de movimentação, manuseio ou armazenagem de materiais.

A leitura completa da NR-11 é necessária, como devem ser observadas as


condições ergonômicas, a análise das características do material a ser
estocado, as intervenções com máquinas e equipamentos e as condições
físicas do ambiente onde é movimentado e armazenado o material, como
piso, iluminação e ventilação (CHIBINSKI, 2011, p.69).

Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,


transportadores industriais e máquinas transportadoras;
Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como
ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes rolantes,
talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de
diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam
as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em
perfeitas condições de trabalho;
Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida (Norma regulamentadora 11, Portaria MTPS n.º 505, de
29 de abril de 2016).

2.5.4 NR-12 Máquinas e equipamentos


28

Segundo Araujo (2007), esta norma define as medidas preventivas de


segurança e higiene do trabalho a serem incluídas em instalações, manutenções e
operações de máquinas e equipamentos. Sendo que geralmente as máquinas
obsoletas são as que apresentam maiores riscos de ocasionar acidentes.
Outro ponto, também comentado pelo autor, é a proteção de deve existir nas
partes moveis do equipamento, pois eles são pontos que aumentam a probabilidade
de acidentes de trabalho. O equipamento que mais apresenta acidentes, são as
prensas, onde geram amputações e esmagamentos de mãos e dedos resultando
num total de 36% dos acidentes seguidos de amputações.

2.6 AUTOMATIZAÇÃO

Segundo Moraes e Castrucci (2007), automatização hoje, é qualquer


sistema que substitua o trabalho humano em prol da segurança das pessoas, da
qualidade dos produtos, da rapidez e das reduções de custos das operações,
aperfeiçoando assim os objetivos das indústrias e serviços. A automação envolve a
implantação de sistemas assistidos e interligados por redes de comunicações,
gerando interfases entre o homem e a máquina, que possam auxiliar as operações.
A escolha para automatizar algo, depende muitas vezes, de quanto o cliente
está disposto a gastar. A automatização completa das tarefas seria a melhor
alternativa, porem antes de se realizar este investimento, é necessária uma análise
mais profunda, a fim de avaliar os custos-benefícios de toda a operação. Muitas
vezes o custo elevado da automatização já inibe o investimento, porem as análises
precisam ser feitas, pois o retorno pode ser a longo prazo e não somente no âmbito
financeiro, mas também no ergonômico (SCHACH, 2010).
29

3 METODOLOGIA

Metodologia é o estudo de técnicas, ferramentas e claro, métodos que são


aplicados para organizar e solucionar problemas práticos e teóricos. A utilização
destes métodos facilita as atividades, pois apresentam de forma mais prática e
sequencial, como identificar os problemas, desenvolver ideias e encontrar a melhor
solução para o mesmo. Para este trabalho de conclusão de curso, será utilizado a
metodologia de Bruno Munari (1981), na qual está dividida em 12 fases: Problema;
Definição do problema; Componentes do problema; Coleta de dados; Análise dos
dados; Criatividade; Pesquisa de materiais e tecnologias; Experimentação; Modelo;
Verificação; Desenho de construção; Solução. Porem além destas fases, será
incluído também, um ponto quando as análises ergonômicas e de segurança do
dispositivo.
Com tudo isso relatado, a seguir será descrito o que são cada uma destas
fases para o autor conforme o quadro 2:

Quadro 2. Fases da metodologia de Bruno Munari (1983)

P DP CP CD AD C
Definição do Componentes do Análise dos
Problema Coleta de Dados Criatividade
Problema Problema Dados

MT E M V DC S
Materiais e Desenho de
Experimentação Modelo Verificação Solução
Tecnologias Construção
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016.

3.1 PROBLEMA
30

Para Munari (1981), problema é a identificação de uma necessidade ou uma


oportunidade de melhoria. Onde para o autor, o problema não se resolve por si só.
No entanto, contém todos os elementos para a sua solução. É necessário conhece-
los e utiliza-los no projeto de solução.

3.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Segundo Munari (1981), após a identificação do problema, é normal agir


com a intensão de solucionar imediatamente o mesmo, porem o autor sugere que
não se deva buscar ideias neste momento, pois precisa-se primeiramente, definir o
problema com um todo e determinar os limites dos quais se pretende trabalhar.

3.3 COMPONENTES DO PROBLEMA

Para Munari (1981), independente do problema que houver, teremos que os


dividir em componentes. Essa tarefa ajuda o projeto, pois facilita na determinação de
pequenos problemas que se ocultam no problema maior. Entende-se por
componentes, todos os elementos que constituem um problema, sendo eles diretos
(aqueles que contribuem de fato com a constituição da solução final), ou indiretos
(aqueles que interferem no problema somente de modo tangencial, não afetando
diretamente sua concretização).

3.4 COLETAS E ANÁLISE DE DADOS

Para Munari (1981), após a determinação dos componentes, é necessário


obter dados sobre os mesmos, afim de analisa-los e poder esclarecer certos pontos
para encontrar a melhor solução do problema.

3.5 CRIATIVIDADE

Para Munari (1981), enquanto a ideia fornece solução pronta, a criatividade


ajuda a decidir uma solução, gerando ações e operações importantes, dentro das
realidades onde o problema está inserido. De nada basta pensar, em ter uma ideia
de solução, na qual não se pode realizar. Sendo assim, a criatividade busca
31

encontrar soluções evitando dificuldades nas demais fases.

3.6 MATERIAIS E TECNOLOGIAS

Segundo Munari (1981), esta etapa consiste em pesquisar e encontrar os


materiais e tecnologias que satisfaçam o projeto. Porem ambas as necessidades
devem andar juntas. Ou seja, deverá o projeto conter tecnologias que atenda aos
materiais escolhidos e os materiais escolhidos deve ser propício a utilização das
tecnologias propostas. Vale ressaltar que os processos de fabricação e a reduções
de custo devem ser considerados nestas analises citadas acima.

3.7 EXPERIMENTAÇÃO

Para Munari (1981), essa fase busca descobrir e experimentar novas


técnicas de aplicação para o material. De modo geral, é a fase onde se testa novos
conceitos a fim de verificar se algo novo, que ajude na resolução do problema, pode
ser descoberto.

3.8 MODELO

Segundo Munari (1981), esta é a etapa onde parte-se para a construção de


modelo demonstrativo. Podendo acontecer casos, onde mais de um modelo pode
ser construído. Havendo também, a falta de recurso financeiro para o
desenvolvimento de amostras físicas, pode-se considerar como modelos, as
melhores alternativas de experimentações digitais.

3.9 VERIFICAÇÕES

Para Munari (1981), agora é a hora de se realizar as verificações no modelo,


a fim de checar se os requisitos do projeto foram atendidos e consequentemente, se
o problema estará solucionado. Caso houver qualquer necessidade de modificação
e/ou ajustes de melhoria, este é o momento.

3.10 DESENHO DE CONSTRUÇÃO


32

Para Munari (1981), após a verificação, começa a preparação dos desenhos


de construção com as medidas, com o intuído de realizar a construção do protótipo
final. Os desenhos de construção geram informações concretas, claras e legíveis
para a materialização do protótipo.

3.11 SOLUÇÃO

Segundo Munari (1981), esta é fase final, onde se chegará a solução do


problema.

4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS

Abaixo será relatado todas etapas do desenvolvimento do trabalho, bem


com as análises dos resultados.
Para o presente trabalho, as oportunidades ou os problemas encontrados,
são os elevados esforços físicos exigidos dos colaboradores e também o tempo da
operação. Onde para ambos os casos, o elevado peso da bateria é o principal
gerador dos problemas, pois a mesma tem um peso superior uma tonelada.
Devido ao peso da bateria ser em torno de 1,2 toneladas são necessários
dois colaboradores para realizar todas as movimentações da bateria que ocorre de
forma manual e que se houver algum acidente, as consequências possivelmente
serão gravíssimas.
A divisão dos componentes do problema levantado neste trabalho, baseia-se
em dois pontos: O esforço físico dos colaboradores e o tempo para a troca de
bateria.
Levando em consideração, que durante a operação é necessário, retirar a
bateria descarregada da empilhadeira, colocar a mesma no dispositivo de recarga,
retirar a bateria carregada do dispositivo e colocar essa na empilhadeira, temos ao
todo, 4 movimentações até a conclusão de toda a operação. Isso faz com que se
aumenta ainda mais os desgastes dos colaboradores, bem como aumenta as
probabilidades de acidentes.
Como a operação precisa ser realizada de forma manual e por dois
33

colaboradores, há também o risco de possíveis falhas humanas, gerando assim um


risco para o próprio funcionário, bem como para o colega da atividade. Os riscos
mapeados nesta operação, são os esmagamentos, ocasionados pela movimentação
da bateria, ou até mesmo pela movimentação da própria empilhadeira. Pois durante
a atividade, além das tarefas de empurrar e puxar a bateria da empilhadeira até o
dispositivo e vice-versa, são necessárias também algumas passagens dos
colaboradores entre partes da empilhadeira (torre e a cabine do operador). Onde a
torre está acionada com um deslocamento dos garfos totalmente para a frente,
deixando assim, um espaço onde acontece esta movimentação dos colaboradores.
Como também se faz necessários o deslocamento da empilhadeira, para que a haja
um melhor alojamento da bateria no dispositivo de recarga, também tem se o risco
de acidente entre a empilhadeira e os colaboradores.
Além disso, sendo a bateria um objeto pesado, impossibilitando a troca
manual por somente uma pessoa, como comentado outras vezes neste trabalho,
estará sendo incluído no tempo de operação uma multiplicação de duas vezes, para
que daí sim, haja um valor correto para a identificação do tempo total utilizado na
atividade.
Com o auxílio de uma célula de carga, foi possível encontrar o valor de
esforço que é necessário para realizar a troca de bateria. Como pode-se ver na
imagem abaixo, para esta atividade, há um pico de esforço de 240 Kg. Este pico
ocorre no momento em que a bateria, partindo de repouso na empilhadeira, passa a
se movimentar em sentido ao dispositivo de recarga.

Figura 9. Display da célula de carga


34

Para a determinação do tempo para a troca de baterias, foram realizadas 5


medições, com diferentes colaboradores. Após todas estas medições, chegou-se a
um tempo médio de 00:03:52 para cada operação de troca. Desta forma, para a
organização, o tempo total da troca, levando em consideração os recursos utilizados
(dois colaboradores) é de 00:07:44. Vale ressaltar que durante um dia de trabalho,
onde a carga horário dos colaboradores é de 08:48:00, há a necessidade de realizar
ao mínimo, uma troca por equipamento (empilhadeira). E havendo no departamento
4 máquinas, temos um tempo total de 00:30:56 nesta atividade.

Sendo assim, para o presente trabalho, existem algumas possibilidades para


minimizar e até eliminar os problemas encontrados. A forma sugerida, foi criar um
dispositivo automatizado para que se elimine os esforços exigidos dos colaboradores
e que reduza os tempos de operação e também os riscos e gravidades dos
acidentes.
Para esta automatização pensou-se em algo hidráulico, pneumático ou
elétrico, pois estes modos estão dentro das possibilidades onde o trabalho pode
efetuar suas resoluções. Porem para isso, foi necessário realizar um estudo para a
identificação dos pontos positivos e negativos de cada um dos métodos propostos.
Como comentado anteriormente, pensou-se na utilização de um dispositivo
com automatização hidráulica, pneumática ou elétrica. E com isso, buscou-se
informações quanto aos benefícios e dificuldades para a implementação de cada
uma das propostas no dispositivo.
No quadro 3, foram listadas, algumas das informações obtidas no estudo:
35

Quadro 3. Tabela para obtenção do modo de automatização


Hidráulica Pneumática Elétrica

Capacidade Altos e com maiores investimentos


Bem alto Limitadas à 20.000 N (aproximadamente).
de carga (dependendo do que se almeja). .

O dispositivo terá a dificuldade devido a Os atuadores pneumáticos são de dificil


Os atuadores por acionamento elétrico não
instalação de todos os componentes, localização, pois não foi localizado no mercado
Atuadores mostram restrições quanto ao espaço/porte do
principalmente quanto ao reservatório e nacional um atuador que atenda as exigências
dispositivo.
atuador. de carga e extenção necessarias.

Custo Alto Muito alto Médio

Movimentos
Simples Simples Médio
lineares

Velocidade
Baixa (Aproximadamente 0,5 m/s) Média (aproximadamente 4 m/s) Alta
de trabalho

Interligação Caro Simples Simples

Cursos
Altos (até 10 m ou mais) Baixo (Limitado em 2 m) Alto
alcançaveis

Fonte: Autor 2016. Adaptado ROSA, vol. 2, (2012), p. 161.

Com base nas informações acima, decidiu-se pela utilização de um sistema


elétrico, pois este apresenta uma maior diversidade de opções de componentes no
mercado nacional, e também é o método que apresentou o menor custo.
Para o presente trabalho, nesta etapa buscou-se novas técnicas de
aplicação do método elétrico, afim de encontrar soluções para os problemas.
Através das buscas, foram encontrados atuadores lineares, que atenderiam
a carga solicitada (em torno de 2400 N) ou a dimensão necessária (1500 mm).
Porem houve dificuldade na localização de atuadores que atenderiam as duas
necessidades ao mesmo tempo. Em casos onde o atuador linear atendeu das duas
especificações, houve um acréscimo de investimento bastante alto ao projeto.
Ainda nesta fase de busca de novas técnicas, encontrou-se métodos de
atuação do sistema elétrico, onde o acionamento era realizado por um motor,
gerando movimentos circulares. Sendo que através de engrenagens de dentes,
instalados ao eixo de rotação, foram acopladas correntes de rolo, conforme imagem
36

abaixo, afim de gerar a partir daí movimentos lineares.

Figura 10. Corrente de rolo

Fonte: Transmitec 2016.

Outro modo com acionamento elétrico que pode ser utilizado no dispositivo
para a troca de bateria e que gera o movimento necessário para esta operação, é
um modo muito similar ao comentado acima. Ou seja, ao invés de utilizamos
engrenagens de dentes no eixo de rotação, poderemos utilizar engrenagens
cônicas, afim de gerar movimentos circulares, perpendiculares ao eixo gerador para
o funcionamento de fusos.
Figura 11. Engrenagens cônicas e fuso

Com base as análises feitas nos modos acima mencionados, optou-se pelo
segundo modo apresentado na fase anterior. Ou seja, pelo método de acionamento
por motor e por deslocamento linear, com utilização de engrenagens e correntes de
37

rolo. Sendo assim, antes da fase de construção do modelo demonstrativo,


precisamos realizar alguns cálculos, afim de determinar o tipo de motor,
engrenagens e correntes para o dispositivo. É também nesta fase que o trabalho
abortará e analisará as questões ergonômicas e de segurança do dispositivo. Com
tudo, segue abaixo memorial de cálculos referente a estas determinações.

4.1 MEMORIAL DE CÁLCULOS

A primeira etapa, consiste em determinar o motor que será necessário para


realizar o deslocamento da bateria. Como sabemos que o peso nesta movimentação
é de 240 Kg, iniciamos a determinação por isso.

 Ft = Força tangencial (N);


 P = Peso (Kg);
 g = velocidade gravitacional (m/s).

Conforme quadro 4, segue Coeficiente de Segurança utilizado para se


chegar a força tangencial total:

Quadro 4. Tabela de coeficiente de segurança - Fator de serviço


38

Fonte. Melconian, 2013, p. 55.

Como não há o modo exato ao utilizado no dispositivo, optou-se pelo pior


caso encontrado entre os modos similares. 1,1 (Adimensional);

Após isso, houve o desenvolvimento do cálculo para a determinação da


potência do motor:

 P = Potência (cv);
39

 Ft = Força tangencial (N);


 v = Velocidade desejada para o dispositivo (m/s).

A partir deste resultado, estaremos utilizando um motor de 0,5cv, que é a


primeira opção encontrada a partir do resultado 0,3514cv.
Após isso, temos que determinar os tipos de engrenagens e correntes. O
ponto para iniciar estas determinações, é conhecer a força de ruptura do sistema e
localizar em catálogos, algo que a atenda este requisito. Porem antes da
determinação da força de ruptura, precisamos definir o “ns” (Coeficiente de
segurança) e “k” (Fator de operação), valores adimensionais, que são definidos
através da tabela 1 e quadro 5, e que serão utilizados na formula.

Tabela 1. Coeficiente de segurança - Corrente de rolos

RPM da engrenagem menor


Passo 50 200 400 600 800 1000 1200 1600 2000
Cor. De rolos - 1/2" - 5/8" 7,0 7,8 8,6 9,4 10,2 11,0 11,7 13,2 14,8
3/4" - 1" 7,0 8,2 9,4 10,3 11,7 12,9 14,0 16,3 -
1 1/4" - 1 1/2" 7,0 8,6 10,2 13,2 14,8 16,3 19,5 - -
Corr. dentadas - 1/2" - 5/8" 20,0 22,2 24,4 28,7 29,0 31,0 33,4 37,8 42,0
3/4" - 1" 20,0 23,4 26,7 30,0 33,4 36,8 40,0 46,5 53,5
Fonte: Adaptado, Melconian, 2013, p. 293.
Quadro 5. Fator de operação
40

Ks Fator de serviço
Ks 1,0 carga constante, operação intermitente
Ks 1,3 com impactos, operação continua
Ks 1,5 impactos fortes, operação continua
Kl Fator de lubrificação
Kl 1,0 lubrificação continua
Kl 1,3 lubrificação periódica
Kpo Fator de posição
Kpo 1,0 quando a linha é horizontal, ou possuir uma inclinação de até 45° em ralação a horizontal
Kpo 1,3 quando a linha possuir uma inclinação superior a 45° em relação a horizontal
Fonte: Adaptado, Melconian, 2013, p. 293.

Determinação do K:

Determinação da força de ruptura:


 Frup = Força de ruptura (N);
 Fmáx = Força máxima (N);
 ns = Coeficiente de segurança (adimensional);
 k = Fator de operação (adimensional).

Conforme quadros abaixo (6 e 7), foram encontradas duas opções de


utilização que atendem o valor necessário:
41

Quadro 62. Força de ruptura de correntes de rolos

Fonte: Catalogo Transmitec, 2016

 Corrente dupla de 5/8” (Norma ANSI - ASA 50) - Frup = 4220 Kgf
 Corrente simples de 1” (Norma ANSI - ASA 80) - Frup = 5700 Kgf

Através de pesquisas de preço, pôde se identificar que a utilização do


conjunto de 5/8” (dupla) acaba se tornando de custo mais elevado. Sendo assim,
optou-se pela utilização do conjunto de 1” (simples), pois além de menor custo,
apresenta uma força de ruptura maior.
A partir do passo identificado, buscou-se a determinação do torque
necessário para o projeto. Foram vários cálculos e pesquisas, até encontrar um
motoredutor que atenderia o torque desejado e que possibilitaria uma velocidade de
0,1 m/s, que é algo que se propôs inicialmente, como ideal para o dispositivo.
As analises foram feitas com os 4 primeiros tipos (quantidades de dentes) de
engrenagens da tabela abaixo:
42

Quadro 7. Engrenagens de 1"

Fonte: Catalogo Transmitec, 2016

Segue cálculo que apresenta o melhor resultado para a determinação da


quantidade de dente (12), conforme velocidade e torque do motor. Nos outros casos,
ou a velocidade acabou ficando muito baixa, ou o torque não era suficiente para o
dispositivo.

 Mt = Torque (N.m);
 Ft = Força tangencial (N);
 do = Diametro primitivo (mm);
 0,001 – Conversão de mm para m.
43

 Vc = Velocidade de atuação (m/s);


 Z = número de dentes (adimensional);
 t = Passo (mm);
 n = Rotação (rpm).

Com estas informações/resultados, segue o moto redutor escolhido para o


dispositivo:

Figura 1210. Moto redutor de 0,5cv

Fonte: www.liloredutores.com.br, 2016

Para finalizar os cálculos, falta definir o número de elos da corrente e


consequentemente o comprimento total da mesma. Inicialmente sugere-se que o
dispositivo, tenha uma distância entre centros das engrenagens de 1500 mm, porem
segue os cálculos para a melhor determinação.
Determinação do número de elos:
 Z1 e Z2 = Número de dentes da engrenagem;
 C = Distância entre centros inicial;
 t = Passo;
44

( )

( )

Distância correta entre centros das engrenagens

[ √( ) ( ) ]

[ √( ) ( ) ]

[ √ ]
[ ]

Comprimento da correia

Ao final destes cálculos chegamos a determinação dos componentes para a


automatização do dispositivo.

4.2 PRINCIPAIS COMPONENTES DO PROJETO

Segue abaixo, os principais componentes do projeto, sendo eles


dimensionados neste trabalho ou somente determinados através de suas
características já definidas:

 Moto redutor – Coaxial Redução de 1:84 Com Motor Weg de 0,5cv, rotação
de saída de 20 rpm, torque de 165,2 N.m, 4 polos, 220/380 V;
45

 Engrenagem – Simples, 12 dentes e passo de 1”;


 Corrente de rolos – Simples, passo de 1” e 3251,2 mm de comprimento ou
128 elos;

Além dos componentes já dimensionados, foram ainda determinados mais


alguns outros para serem inseridos no projeto.
Segue a seguir, quais são eles:

 Para ajudar no tensionamento da corrente, será utilizado um esticador


conforme modelo/figura 13:

Figura 1311. Tensionador de corrente

Fonte: Kaishin, 2013.

 Será utilizado também, dois pares de mancais para colocação dos eixos,
onde ficarão acopladas as engrenagens;

Figura 14. Mancal para eixo

Fonte: Fundamentos da mecânica I, 2015, p. 170.

 Com intuído de facilitar o deslocamento da bateria, será incluído 8 roletes


com rolamento de 70 mm de espessura na parte inferior do dispositivo;
Figura 125. Rolete com rolamento
46

Fonte: www.logismarket.ind.br, 2016

 Com a função de empurrar e puxar a bateria, será incluído um braço, com


um par de corrente de elos e um par de ganchos na sua extremidade;

 Para eliminar a possibilidade de o braço de deslocamento chegar até as


engrenagens de dentes, serão utilizadas nas duas extremidades, chaves de fim de
curso;

Figura 16. Chave fim de curso

Fonte: Motores elétrico e acionamentos, 2013, p. 87.

 Com intuído de garantir ainda mais segurança a operação, será instalada


chave de partida para o acionamento do dispositivo e sistemas luminoso de alerta
para orientar demais pessoas da realização da atividade;

 A fim que não utilizarmos cabos de energia, como extensões no


deslocamento do dispositivo, será proposto a utilização de um inversor de tensão
(48v para 220v). Desta forma, a geração de energia, passa a ocorrer das próprias
baterias que estão sendo substituídas.

O próximo passo agora, é a construção do modelo demonstrativo. E com


intuito de reduzir custos do projeto, foi criado um modelo virtual conforme imagem 17
(dispositivo projetado é o equipamento na cor cinza):
47

Figura 1713. Dispositivo proposto

Como comentado anteriormente, infelizmente não se pôde construir o dispositivo


físico, sendo assim, as partes de verificação, ficarão para serem analisadas no
projeto virtual do mesmo.
Um dos pontos de maior dificuldade do projeto, foi a fixação da parte onde
haverá o deslocamento da bateria na correia. Ou seja, onde a mesma será puxada e
empurrada tanto para a central de carga, quanto para a empilhadeira. Desta forma,
decidiu-se, por utilizar dois pares de engrenagens e um par de correntes, afim de
entre eles, adaptar um braço para facilitar estes deslocamentos. Inicialmente seria
utilizado somente um conjunto (duas engrenagens e uma corrente de rolo), porem
sentiu-se a necessidade de se incluir mais uma unidade do conjunto.
Segue abaixo imagens do projeto, sendo algumas com os principais dimensionais do
dispositivo.
48

Esta primeira imagem mostra o sistema de pino que evita, em caso de


movimento da bateria, que ela caia do dispositivo. E também o sistema para fixar o
dispositivo à central de carga e empilhadeira, enquanto houver a operação de troca
de bateria. Este segundo sistema, evitará que ambos os equipamentos se movam
em sentidos opostos, evitando assim problemas na operação.
O pino para de travamento é de material 1045 maciço, com 25 mm de
diâmetro.
Já o par de fixação, também é de material 1045, com espessura de 9,50 mm.

Figura18. Sistema e pino e fixação dos equipamentos

Figura 1914. Braço para empurrar e puxar a bateria


49

Figura 2015. Dispositivo com as partes móveis à mostra

Figura 21. Dispositivo com as partes móveis fechadas


50

O projeto terá, basicamente em sua construção, tubos quadrados de


60x60x4,75 mm e chapas de proteção de 2 mm de espessura. Segue abaixo,
imagens do dispositivo completo e com as principais cotas:

Figura 2216. Projeto completo

Figura 2317. Altura e comprimento do dispositivo


51

Figura 2418. Largura do dispositivo

Com o projeto virtual criado, foi feito o levantamento dos custos quanto a
construção do dispositivo. Segue abaixo o detalhamento dos valores:

Tabela 2. Detalhamento de valores do projeto


Item Quantidade Valor unitário Valor total
Estrutura metálica 1 R$ 2.600,00 R$ 2.600,00
Roletes (diametro - 70 mm) 8 R$ 76,00 R$ 608,00
Engrenagem de 1" (norma AISI-ASA 80) 4 R$ 55,00 R$ 220,00
Corrente de rolo 1" (norma AISI-ASA 80) ABA K-1 2 R$ 224,00 R$ 448,00
Braço para empurre 1 R$ 265,00 R$ 265,00
Corrente para puxada (1/4" - Cg de trabalho 375 Kgf) 2 R$ 18,00 R$ 36,00
Gancho com olhal para puxada (Cg de 1,5 toneladas) 2 R$ 32,00 R$ 64,00
Motoredutor 1 R$ 2.130,00 R$ 2.130,00
Sensor/chave de final de curso 2 R$ 46,00 R$ 92,00
Esticador de corrente 2 R$ 47,00 R$ 94,00
Chave de partida para acionamento 1 R$ 165,00 R$ 165,00
Sinal luminoso 1 R$ 45,00 R$ 45,00
Inversor de tensão (48v para 220v - 3000 W) 1 R$ 3.800,00 R$ 3.800,00
Mancal para suporte dos eixos 4 R$ 38,00 R$ 152,00
Demais componentes (parafusos, cabos de energia, etc) 1 R$ 180,00 R$ 180,00
Total R$ 10.899,00
52

Para o trabalho, mesmo não sendo possível a construção do dispositivo


neste momento, entende-se que foi alcançado os objetivos do projeto. Ou seja.
Tendo em vista todos os dimensionamentos e analises, constata-se que os
problemas levantados inicialmente estariam tendo solução. Pois o tempo total da
troca da bateria resultaria em uma redução e que os esforços físicos estariam sendo
eliminados. Haveria sim um pequeno esforço, somente se fosse utilizado para o
deslocamento do dispositivo, uma paleteira. Porem este esforço seria muito inferior
ao que os colaboradores exerciam anteriormente.
Devido ao fato de não ter sido ainda ser possível à construção do
dispositivo, fica um pouco mais difícil mensurar os resultados do projeto. Porem tem-
se a certeza, de que com o funcionamento do dispositivo, haverá uma redução dos
esforços físicos dos colaboradores. Pois o único esforço que o colaborador irá fazer,
é mover o dispositivo com o auxílio de uma empilhadeira elétrica ou de uma
paleteira. Além disso, cabe ressaltar que este projeto eliminará uma pessoa do
processo, gerando assim, uma redução no tempo total desta operação e
consequentemente uma maior produtividade para o departamento. Abaixo, segue
uma simulação, quanto a redução de tempo diário, mensal e anual referente a esta
retirada de um colaborador, utilizando o mesmo tempo de operação. Mesmo tendo a
sensação, que o projeto reduzirá o tempo da operação, foi entendido que seria
melhor apresentar um resultado/diferença com o mesmo tempo de execução atual.
Segue no quadro 8 os valores da simulação.

Quadro 8. Simulação de tempo atual e proposto

Tempo de operação Qnde de pessoas Qnde de trocas Qnde de máquinas Tempo/dia Tempo/mês Tempo/ano
Atual 00:03:52 2 1 4 00:30:56
Proposta 00:03:52 1 1 4 00:15:28
Diferença 0:15:28 5:40:16 68:03:12

Mesmo que o projeto, tenha um tempo de operação, de até 00:07:43


segundos, haverá ainda uma redução, comparado a atividade com dois
colaboradores como feito anteriormente.
53

5 CONCLUSÃO

As paradas de atividades, por mais que sejam necessárias, como neste caso
realizando a troca de baterias em empilhadeiras elétricas retráteis, acabam afetando
os resultados finais dos departamentos, companhias e demais serviços que
necessitam de resultados positivos cada vez maiores. Sendo assim, sempre haverá
a necessidade de se reduzir estes períodos ou até mesmo eliminar quando houver a
possibilidade, a fim de aumentar a produtividade e consequentemente os lucros da
respectiva área de atuação. Com tudo, para este caso, a construção e a
implementação do dispositivo na atividade de troca de baterias, haverá além todos
os benefícios citados anteriormente, uma satisfação dos funcionários do
departamento, pois isso é algo que já vem sendo solicitado por eles há algum
tempo.
Haveria ainda a possibilidade de reduzir os custos deste projeto. Porém para
isso, deveriam ser desenvolvidos mecanismos que ao invés de serem acionados por
sistemas elétricos, poderiam ser acionados por sistemas manuais, como por
exemplo, manivela. Porém este não era o intuído deste projeto, pois inicialmente foi
definido que todo o desenvolvimento seria com a proposto de se eliminar esforços
manuais/físicos dos colaboradores. Desta forma, fica essa dica, para algum trabalho
futuro.
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