Parte 12 - Estatística e Probabilidade ME951 Unicamp
Parte 12 - Estatística e Probabilidade ME951 Unicamp
Parte 12 - Estatística e Probabilidade ME951 Unicamp
Probabilidade I
Parte 12
Variáveis Aleatórias Contínuas
Variáveis Aleatórias Contínuas
· Variáveis aleatórias discretas: v.a. com valores possíveis enumeráveis. Soma
das probabilidades de todos os valores possíveis igual a 1.
3/45
Exemplo: v.a. discreta
Distribuição de probabilidade de uma Bin(10, p), com p = 0.2, 0.5 e 0.8.
4/45
Exemplo: v.a. discreta
5/45
Exemplo: v.a. contínua
6/45
Variáveis Aleatórias Contínuas
Definição: a função de densidade de probabilidade de uma v.a. X é uma função
f que verifica:
· f (x) ≥ 0, ∀x ∈ ℝ ;e
·
∞
( é integrável).
f (x)dx = 1 f
∫
−∞
7/45
Variáveis Aleatórias Contínuas
A probabilidade de que uma v.a. X contínua pertença a um intervalo da reta (a,b], a < b é dada por:
Obs: Quando X é v.a. contínua P(a < X ≤ b) = P(a ≤ X ≤ b) = P(a < X < b) = P(a ≤ X < b) .
8/45
Variáveis Aleatórias Contínuas
Notação: se X v.a. contínua com função de densidade de probabilidade f , no
lugar de f denotaremos fX .
9/45
Variáveis Aleatórias Contínuas
Exemplo: X v.a. contínua com função de densidade:
⎧x 0 ≤ x < 1,
⎪
fX (x) = ⎨ 2 − x 1 ≤ x ≤ 2,
⎪
⎩0 caso contrário.
fX (x) ≥ 0, ∀x ∈ ℝ
2 1 2
0.8
10/45
Variáveis Aleatórias Contínuas
Propriedade: toda v.a. X contínua (ou seja, que possui fX como função de
densidade) tem probabilidade pontual nula: P(X = x) = 0.
· caso discreto:
· caso contínuo:
x
11/45
Exemplo
Dada a função
0 se x < 0,
fX (x) =
{ 2e−2x se x ≥ 0.
12/45
Exemplo (solução - item 1)
Uma função de densidade de probabilidade deve satisfazer as seguintes
propriedades:
2. fX (x)dx = 1 .
∫
−∞
−2x −2x
2e dx = −e .
∫
13/45
Exemplo (solução)
1. Note que a função está definida nesta forma para x ≥ 0 ; para x < 0 , ela é 0.
Então, a integral é:
∞ 0 ∞
−2x
fX (x)dx = 0dx + 2e dx
∫ ∫ ∫
−∞ −∞ 0
∞
−2x
= [−e ]0
−2x −0
= lim −e − (−e ) = 1.
x→∞
14/45
Esperança
Definição: seja X uma v.a. contínua com densidade fX , a esperança de X é dada
por:
∞
𝔼(X) = x fX (x)dx .
∫
−∞
k k
𝔼(X ) = x fX (x)dx .
∫
−∞
15/45
Variância
Definição: seja X v.a. com valor esperado 𝔼(X), definimos por variância, a
quantidade:
2 2 2
V ar(X) = 𝔼([X − 𝔼(X)] ) = 𝔼(X ) − [𝔼(X)] .
σ = √‾
V‾‾‾‾‾
ar(X)
‾.
16/45
Exemplo
Para a função fX seguinte, calcular 𝔼(X) e V ar(X):
⎧x 0 ≤ x < 1,
⎪
fX (x) = ⎨ 2 − x 1 ≤ x ≤ 2,
⎪
⎩0 caso contrário.
Solução:
∞ 1 2
2
𝔼(X) = xfX (x)dx = x dx + x(2 − x)dx = 1,
∫ ∫ ∫
−∞ 0 1
∞ ∞
1
2 2
V ar(X) = [x − 𝔼(X)] fX (x)dx = (x − 1) fX (x)dx = .
∫ ∫ 6
−∞ −∞
17/45
Exemplo
Uma variável aleatória X tem distribuição triangular no intervalo [0, 1] se sua
f.d.p. for dada por
⎧ 0 se x < 0,
⎪
⎪ Cx se 0 ≤ x ≤ 1/2,
fX (x) = ⎨
⎪ C(1 − x) se 1/2 ≤ x ≤ 1,
⎪
⎩ 0 se x > 1.
3. Determine P(X ,
≤ 1/2) P(X > 1/2) e P(1/4 ≤ X ≤ 3/4) .
18/45
Exemplo
Item 1 - Devemos escolher C de modo que f (x) satisfaça:
·
∞
∫
−∞
fX (x)dx = 1 .
Pela primeira condição, temos que C > 0 . Agora, para que C satisfaça a segunda condição, devemos
integrar fX (x) :
∞ 0 1/2 1 ∞
1/2 1 1/2 1
2 2
x x
= C xdx + C (1 − x)dx = C + x −
∫ ∫ ([ 2 ] [ 2 ] )
0 1/2 0 1/2
1 1 1 1 C
= C + 1 − − + =
(8 2 2 8) 4
C
⇒ = 1
4
19/45
Exemplo
Item 2 - Função de densidade fX (x):
20/45
Exemplo
Item 3 - Para encontrarmos as probabilidades dos eventos, basta integrar nas regiões correspondentes:
1/2 1/2
21/45
Exemplo
3/4 1/2 3/4
3
P(1/4 ≤ X ≤ 3/4) = fX (x)dx = 4xdx + 4(1 − x)dx = .
∫ ∫ ∫ 4
1/4 1/4 1/2
22/45
Exemplo
Calcule a esperança, a variância e a f.d.a. da variável aleatória X com a
densidade triangular em [0, 1] .
Temos que,
∞ 1/2 1
1/2 1
3
4x 2 1
2
= + x (3 − 2x) = .
[ 3 ] [3 ] 2
1/2
0
23/45
Exemplo
E,
∞
2
Var(X) = (x − 𝔼(X)) fX (x)dx
∫
−∞
1/2 2 1 2
1 1
= x − 4xdx + x − 4(1 − x)dx
∫ ( 2) ∫ ( 2)
0 1/2
1
1/2 3
4 1 8 5
4 3 2 4 2
= x − x + x + −x + − x + x
[ 3 2 ] [ 3 2 ]
0
1/2
1
= .
24
24/45
Exemplo
A função de distribuição acumulada de uma variável aleatória contínua é dada
por
x
FX (x) = fX (t)dt.
∫
−∞
2
FX (x) = 4tdt = 2x .
∫
0
2
FX (x) = 4tdt + 4(1 − t)dt = −2x + 4x − 1.
∫ ∫
0 1/2
25/45
Exemplo
Para valores de x ≥ 1 , a acumulada assume valor 1. O gráfico de FX (x) é dado
por:
26/45
Distribuição Uniforme
Uniforme
· Dizemos que a v.a. X tem distribuição Uniforme no intervalo [a, b] , a < b se
a função de densidade de probabilidade fX é dada por:
1
a ≤ x ≤ b,
b−a
fX (x) =
{0 caso contrário.
⎧0 x < a,
⎪
x 1 x−a
FX (x) = ⎨ ∫ dt = a ≤ x ≤ b,
a b−a b−a
⎪
⎩1 x > b.
28/45
Uniforme
Gráficos da função de densidade de probabilidade e da função de distribuição
acumulada:
29/45
Esperança e Variância
· Cálculo da 𝔼(X):
b
1 (b + a)
𝔼(X) = x dx = .
∫ (b − a) 2
a
· Cálculo da V ar(X):
b 2 2
1 (a + ab + b )
2 2
𝔼(X ) = x dx = ,
∫ (b − a) 3
a
2 2
V ar(X) = 𝔼(X ) − [𝔼(X)]
2 2 2 2
(a + ab + b ) (b + a) (b − a)
= − = .
3 4 12
30/45
Exemplo: peça de aço
A dureza H de uma peça de aço pode ser pensada como uma v.a. com
distribuição uniforme no intervalo [50, 70] da escala de Rockwel. Calcule a
probabilidade de que uma peça tenha dureza entre 55 e 60.
1 1
= 50 ≤ x ≤ 70,
70−50 20
fH (h) =
{0 caso contrário.
31/45
Exemplo
Seja X uma variável aleatória distribuída uniformemente, com média 15 e
variância 25/3.
32/45
Exemplo
Lembre-se que a esperança de uma v.a. uniforme em [a, b] é dada por
a + b
𝔼(X) = ,
2
2
⟹
{
(b−a) 25 { (b − a)2 = 100
=
12 3
33/45
Exemplo
Ou simplesmente (você é capaz de dizer por que tomamos a raiz positiva
apenas, neste sistema não-linear?)
a + b = 30
{b − a = 10
34/45
Distribuição Exponencial
Exponencial
· Dizemos que uma v.a. X possui distribuição exponencial com parâmetro λ (
λ > 0) se a função de densidade de probabilidade fX é dada por:
−λx
λe x ≥ 0,
fX (x) =
{0 caso contrário.
· Notação: X ∼ Exp(λ) .
36/45
Distribuição Exponencial
Gráficos da função de densidade de probabilidade (esquerda) e da função de
distribuição acumulada (direita) de X ∼ Exp(0.5):
37/45
Esperança e Variância
· Cálculo da 𝔼(X):
∞
1
−λx
𝔼(X) = xλe dx = .
∫ λ
0
· Cálculo da V ar(X):
∞
2
2 2 −λx
𝔼(X ) = x λe dx = ,
2
∫ λ
0
2 1 1
2 2
V ar(X) = 𝔼(X ) − [𝔼(X)] = − = .
2 2 2
λ λ λ
38/45
Exemplo: componente eletrônico
O tempo de vida, X , em horas, de um componente eletrônico segue uma
distribuição exponencial de tal forma que P(X ≤ 1000) = 0.75.
39/45
Exemplo: componente eletrônico
Sabemos que se X ∼ Exp(λ) , então
−λx
FX (x) = P(X ≤ x) = 1 − e
e 𝔼(X) = λ
−1
.
ln(4)
−λ1000
P(X ≤ 1000) = 1 − e = 0.75 ⇔ λ = = 0.0013863 .
1000
40/45
Exemplo: tubos de TV
Um antiga fábrica de tubos de TV determinou que a vida média dos tubos de sua
fabricação é de 800 horas de uso contínuo e segue uma distribuição
exponencial.
41/45
Exemplo: tubos de TV
X : vida útil do tubo de TV.
1 1
𝔼[X] = = 800 ⟹ λ = .
λ 800
x
1 −
e 800 , x ≥ 0;
Então, a f.d.p. é dada por fX (x) =
800
{
0, caso contrário.
42/45
Exemplo: produto alimentício
A f.d.p.
−2x
2e x ≥ 0,
fX (x) =
{0 caso contrário.
43/45
Exemplo: produto alimentício
2 2
Produto liberado para consumo se: P(X < 2) = ∫
0
−2x
2e dx = [−e
−2x
]0 = 0.98 .
Então,
Y ∼ Bin(30, 0.02).
Probabilidade de que pelo menos 10% de uma amostra de 30 unidades seja imprópria:
P(Y ≥ 3) = 1 − P(Y < 3)
30 30 30
0 30 1 29 2 28
= 1 − (0.02) (0.98) + (0.02) (0.98) + (0.02) (0.98)
[( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ]
= 0.022 .
44/45
Leituras
· Ross: seções 6.1 e 6.2.
· Magalhães: capítulo 6.
· Samara Kiihl
· Tatiana Benaglia
· Larissa Matos
· Benilton Carvalho
45/45