Procedimentos Optometricos
Procedimentos Optometricos
Procedimentos Optometricos
Optométricos
Mário Pereira
Covilhã – 2006
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 1
Índice
FORÓPTERO....................................................................................................... 9
RETINOSCOPIA ESTÁTICA..................................................................................... 13
QUERATOMETRIA............................................................................................... 35
AUTOREFRACTÓMETRO ....................................................................................... 53
Por último, a história do caso conclui-se com uma breve recapitulação (sumário) da
queixa principal, ou queixas do paciente, utilizando palavras do optometrista e não
do paciente. Este sumário demonstra ao examinador e ao paciente a finalidade do
exame.
A. Entrevista
1. Queixa principal
a. Início: “Qual é a razão da sua visita?”
i) Tempo
ii) Associações
iii) Descrição
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 3
B. Questionário
a. Saúde geral
C. Sumário
“A razão da sua visita é …”
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Caixa de Prova
Os prismas também têm uma forma rectangular, têm a potência indicada em ∆ e são
mais grossos num dos lados.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 6
Óculos de Prova
É uma armação na qual se podem colocar lentes da caixa de prova. Servem para
realizar testes optométricos. Todos os modelos apresentam 4 calhas para se
colocarem as lentes da caixa de prova, 3 calhas na parte da frente dos óculos de
prova e 1 calha na parte de trás. As 3 calhas da parte da frente podem ser rodadas
(ideais para a colocação de lentes cilíndricas).
10
8
1 9
2 3 11
7
12
5
6
4
Para ajustar os óculos de prova colocá-los com cuidado na cara da pessoa e verificar
as hastes nas orelhas.
Verificar a altura da ponte e a distância interpupilar.
Perguntar à pessoa se os óculos estão bem, se não estão apertados e se se sente
confortável com os óculos.
Projector de Optótipos
Para determinar a AV em visão ao longe é necessário, um painel de optótipos
especifico para a distância a que se vai realizar o exame visual (6 metros).
Os optótipos têm de conter pelo menos um teste de letras ou números e
outro direccional (por ex. E de Snellen).
Estão ordenados em linhas horizontais de caracteres com a mesma AV.
À frente de cada linha de letras podem existir dois números, um relativo à
AV decimal e outro relativo à AV no sistema M.
Pode seleccionar-se só uma linha, uma coluna ou só uma letra.
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Foróptero
1
2
3
4 6
5
8
7
10
9
Legenda:
1 – Comando do nível 2 – Comando da DIP
3 – Controlo de esferas fortes 4 – Lentes auxiliares
5 – Roda de esferas débeis 6 – Unidade de cilindros cruzados de Jackson
7 – Unidade do prisma de Risley 8 – Indicador do eixo do cilíndro
9 – Comando de potência cilíndrica 10 – Comando do eixo do cilindro
Controlo de lentes
No foróptero existem dois grupos de controlo de lentes, um para as lentes esféricas e
outro para as lentes cilíndricas (negativas).
O controlo das lentes esféricas está situado em cada um dos lados do foróptero e
consta de uma roda maior que permite mudar as lentes esféricas em passos de 0.25 D
e outra roda menor que permite a variação de lentes esféricas em passos de 3.00 D.
As duas rodas funcionam em conjunto para proporcionar a potência total da lente que
pode ir desde + 20.00 D a – 20.00 D em passos de 0.25 D.
As lentes cilíndricas estão montadas numa roda que gira diante do olho da pessoa
para conseguir a potência final. O cilindro é controlado por dois comandos, o da
potência e o do eixo. A potência é apresentada na janela da escala da potência
cilíndrica. O indicador do eixo do cilindro apresenta o eixo do cilindro negativo
através de uma seta (escala de referência do eixo do cilindro).
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Botões de ajuste
Retinoscopia Estática
Equipamento
Retinoscópio de franja
Foróptero, régua de esquiascopia ou lentes da caixa de prova
Ponto de fixação projectado no alvo (E de 0.05 ou outro que sirva para o
efeito)
Preparação
Procedimento
(a) (b)
Fig. 4. Exemplo demosntrativo de (a) Movimiento directo (COM) e (b) indirecto (CONTRA) da
franja retinoscópica.
Anotação
Retinoscopia Dinâmica
Objectivo
Equipamento
Retinoscópio
Cartão para retinoscopia MEM
Caixa de prova
Preparação
Procedimento
Equipamento
Preparação
• O paciente deve ter a sua correcção habitual para a distância a que se está a
medir. Quando se tiver que medir a AV com correcção (cc) e sem correcção
(sc), primeiro deve medir-se a AVsc.
• O paciente segura no oclusor diante do olho.
• Apresenta-se um optótipo com acuidade visual entre 0.4 e 1.33.
Procedimento
Anotações
1. Anotar AVcc e/ou AVsc caso o paciente usar correcção e/ou AVlc se o
paciente usar lentes de contacto.
2. Anotar o valor para cada olho separadamente: OD (olho direito), OE (olho
esquerdo) e AO (ambos os olhos).
3. Anotar primeiro a AV de longe (AVVL) e depois a de perto (AVVP).
4. Se o paciente não conseguir ler nenhuma letra do optótipo de Snellen , medir
a AV com as outras técnicas e anotar da seguinte forma: Contagem dos dedos
(CD) a ______ (distância); Movimento das mãos (MM) a _____ (distância);
Projecção da luz (Proj.L). Anotar os pontos do campo visual não afectados;
Percepção da luz (PL) ou não consegue perceber a luz (NPL).
Normas
1. Crianças de 0 a 3 anos
Observar dos círculos sobre fundo negro, um com linhas alternativamente brancas e
negras e outro cinzento.
• O optometrista situa-se atrás da cabina e observará por um orifício central
para onde a criança dirige o olhar.
• Ocluir o olho esquerdo.
• Apresentar as linhas à criança; se olha para elas indica que as vê.
• Variar os níveis de AV, alterando a largura das franjas, até que a criança
demonstre que já não percebe as cartas.
• Os resultados anotam-se em ciclos /grado.
• Ocluir o olho direito e repetir a operação.
• Testar a AV binocular.
NOTA: É importante que o optometrista não conheça de antemão onde estão situadas
as linhas, para assim não intervir na resposta. Pode pedir-se à criança, se a idade o
permitir, que indique com o dedo para onde estão as linhas para manter a sua
atenção.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 24
Destinado a crianças de 1 a 3 anos, ainda que se possa utilizar tal como o teste de
observação preferencial para crianças maiores ou adultos com atraso mental. Utiliza
figuras familiares: pés, carro, comboio, casa, barco e pato, de tamanho constante,
colocados indistintamente na parte superior ou inferior de cada carta de apresentação.
Existem três cartas para cada nível de acuidade visual. Os níveis de AV vão de 6/4,8
a 6/60 (20/20 a 20/200) a 1 m de distância e de 6/9.6 a 6/120 medida a 50cm.
Método
2. Crianças de 3 a 6 anos
Desenhado para baixa visão. Consiste em três figuras que são: um guarda-chuva,
uma maçã e uma casa.
Indicar à criança que emparelhe a figura que é mostrada, com uma das que ela tem
nas suas mãos.
A escala de AV vai desde 20/200 hasta 20/10.
Consiste numa tabela, que pode estar colocada num dispositivo móvel, com letras
desenhadas aumentando de tamanho numa progressão constante. Cada linha tem o
mesmo número de símbolos e um espaçamento constante entre linhas e letras.
A AV está calculada em função do logaritmo do mínimo ângulo de resolução.
NOTA: Estes são só alguns dos testes que se podem utilizar. Existem no mercado
muitos outros adaptados tanto para crianças como para adultos.
Anotação de resultados
Equipamento
Preparação
• O paciente deve ter a sua correcção habitual para longe. Este teste também se
pode realizar com o foróptero como parte integrante da sequência de pós-
refracção.
• A carta de perto pode ser segurada pelo paciente ou pelo optometrista, ou
então utilizar equipamento próprio para o efeito.
• A sala deve ter boa iluminação
Procedimento
1. Tapar o olho esquerdo (OE) com o oclusor para avaliar o olho direito (OD).
2. Pedir ao paciente que olhe para uma linha de letras de uma ou duas acuidades
inferiores à sua melhor AV de perto.
3. Pedir ao paciente que mantenha as letras nítidas.
4. Aproximar lentamente a carta do paciente e pedir que diga quando as letras
começarem a ficar desfocadas e se mantenham desfocadas.
5. Medir a distância da carta ao plano dos óculos do paciente em centímetros. A
medida linear é o ponto próximo de acomodação.
6. Converter essa distância em dioptrias. O valor dióptrico resultante representa
a amplitude de acomodação do paciente.
7. Tapar o OD e examinar o OE repetindo os passos anteriores.
8. Repetir o mesmo procedimento mas com ambos os olhos a olhar para a carta.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 30
Anotações
Equipamento
• Foróptero
• Optótipo de perto
• Barra para testes de perto
Preparação
Procedimento
1. Pedir ao paciente que fixe a linha de AV 0.5 (outros autores vão até 0.8) e
perguntar se vê bem as letras.
2. Explicar ao paciente que vai ver as letras cada vez mais desfocadas e pedir
que avise quando deixar de as reconhecer.
3. Adicionar lentes negativas simultaneamente nos dois olhos de 0.25 em 0.25
(dando 5 a 10 seg para ver as letras), até que o paciente deixe de reconhecer
as letras.
4. O valor final é a lente anterior aquela que provoca o enublamento.
5. O valor da amplitude acomodação é dada por AA = CL – L + 2.50. CL é a
correcção usada pelo indivíduo em visão ao longe, L é a lente obtida no
foróptero e a quantidade +2.50 resulta da distância a que é realizado o teste
(33 cm – estímulo acomodativo 3.00 D) menos o atraso acomodativo.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 31
Oftalmoscopia directa
Equipamento
O passo inicial é realizar uma observação geral dos meios oculares contra o reflexo
luminoso vermelho proveniente do fundo olho para ver se existem opacidades.
Aplicando o princípio do paralaxe, as opacidades que estejam situadas antes do plano
da íris apresentarão movimento contra, enquanto opacidades no cristalino ou no
humor vítreo apresentarão movimento com.
Uma vez que as lentes positivas actuam como dispositivos de ampliação e produzem
imagens de objectos colocados no seu foco, então podemos usar o oftalmoscópio
directo para examinar o segmento anterior do olho. Seleccionando de entre as lentes
existentes no oftalmoscópio a lente de + 20 D e colocando o instrumento a 5 cm de
distância das estruturas do segmento anterior a serem examinadas, obtém-se uma
imagem iluminada, ampliada e nítida da estrutura que está a ser observada. Com a
iluminação sob a forma de fenda pode-se observar os contornos dentro do segmento
anterior.
Preparação
Procedimento
Anotações
Exemplos:
OD OE
Normal Meios Normal
0,3 H e V C/D 0,3 H e V
Rosa Cor Rosa
Definido, plano Bordos Desfocado superior, plano
A/V 2/3, +PVE Vasos A/V 2/3, +PVE
Normal, +RF Mácula Pigmentada, -RF
Normal Fundo Normal
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 35
Queratometria
A queratometria é uma técnica clínica objectiva que se utiliza para medir a curvatura
da superfície anterior da córnea e determinar o valor do astigmatismo corneal já que
a córnea é um elemento importante na refracção ocular.
Objectivo
Material
Queratómetro de Javal.
9 11
2
8 1
4
5
10
Legenda:
1. Miras do queratómetro
2. Escala de medida dos meridianos corneais (graus, raio e potência)
3. Ponto de fixação
4. Ocular
5. Manivela de rotação do eixo do astigmatismo
6. Nivelador visual
7. Apoio do queixo
8. Comando de elevação do Apoio do queixo
9. Oclusor
10. Ajuste de foco e comando de elevação vertical
11. Marca de altura dos olhos
Método
Fig.3. Imagem das miras alinhadas do queratómetro de Javal - Schiotz vistas pelo
observador sobre a córnea para o meridiano principal horizontal.
1
2
Medida
2. Queratómetro de Helmholtz
Objectivo
2 1
7
3
6
5
Material
Queratómetro de Helmholtz.
Método
5. Indicar ao paciente que mantenha os dois olhos abertos e que fixe a imagem do
olho reflectida no interior do instrumento.
6. Deslocar o queratómetro horizontalmente, até observar a imagem da mira
queratométrica reflectida sobre a córnea.
7. Mover verticalmente o instrumento até que a cruz central vista através da ocular
fique no centro do círculo inferior que está situado mais à direita.
8. Focar a imagem reflectida, movendo o instrumento para a frente e para trás, até
que se consiga sobrepor completamente os dois círculos inferiores mais à direita.
No ponto de focagem só se observam três círculos na imagem.
9. Manter constantemente a focagem e sobrepor os sinais positivos e negativos com
os comandos da esquerda e da direita. Anotar os valores de cada meridiano (raio
de curvatura, potência e eixo).
10. Realizar outra vez todos os passos para obter as medidas do OE.
Fig. 11. (a) Imagem desfocada, vista através da ocular, da mira queratométrica de
Helmholtz. (b) imagem focada vista através da ocular da mira queratométrica de
Helmholtz
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 42
Fig. 12. (a) Posição correcta dos sinais + e − para medida do raio de curvatura e
potência nos meridianos principais.
Exame Subjectivo
É um procedimento optométrico com o qual se determina o valor refractivo do
paciente em visão ao longe, tendo em consideração as respostas dadas pelo mesmo.
O exame subjectivo em visão ao longe divide-se em várias fases e em cada uma delas
realizam-se testes específicos, em função do que se deseja determinar. As fases são:
- Exame monocular:
- Determinação aproximada da esfera.
- Determinação aproximada do eixo e potência do cilindro.
- Determinação exacta do eixo e potência do cilindro.
- Determinação exacta da esfera.
- Equilíbrio monocular
- Equilíbrio binocular
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos
Optótipo específico para este teste (vermelho/verde).
Método
Observações
Antes de utilizar esta técnica, devemos ter a certeza que o paciente não apresenta
alterações de visão das cores, as quais podem provocar interpretações incorrectas
deste exame.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 45
Objectivo
Determinar a lente esférica mais positiva que proporcione ao paciente a sua máxima
acuidade visual.
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Método
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos
Optótipo específico para este teste (Círculo horário de Parent).
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 46
Método
Respostas possíveis:
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Cilindros cruzados.
Eixo negativo (pontos vermelhos)
Bissectriz
Eixo positivo (pontos brancos ou verdes)
Bissectriz
Eixo negativo
Eixo positivo
Nota
Quando logo no início a posição de melhor visão coincidir com o eixo positivo,
como no foróptero não existem lentes cilíndricas positivas, roda-se o eixo do cilindro
de 90º e adiciona-se -0.25 D ao cilindro.
Esta última parte do exame subjectivo monocular tem como objectivo ajustar
exactamente a potência da esfera do sujeito.
Pode ajustar-se exactamente o valor esférico monocular por qualquer um dos
seguintes métodos:
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a) Técnica de miopização.
b) Teste bicromático.
c) Cilindros cruzados fixos.
A. Técnica de miopização
Objectivo
Chegar à potência esférica que proporcione ao sujeito a melhor AV com a lente mais
positiva.
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Método
1. Partir dos valores obtidos para a esfera e para o eixo e potência cilíndrica.
2. Reduzir a potência positiva em passos de 0,25 D até que o sujeito alcance a sua
melhor AV com a máxima esfera positiva.
3. Caso da hipermetropia: tenta-se chegar ao máximo na AV (1.33).
4. Caso da miopia: quando na AV=1.0 a esfera for 0.00 D e tender para valores
negativos parar este teste na AV=1.0 (a miopia é gulosa! Quanto mais negativos
se colocar maior é o contraste donde o indivíduo poder ver melhor).
5. Se se atingir um ponto em que a AV não melhora, voltar de novo à 1ª lente com
que o indivíduo atingiu essa AV.
B. Teste bicromático
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Optótipo específico do teste (vermelho/verde).
Método
1. Partir dos valores obtidos para a esfera e para o eixo e potência cilíndrica.
2. Miopizar ambos olhos com +0,50 D sobre a esfera com que se alcançou a
máxima AV.
3. Perguntar ao sujeito em qual dos campos, ou sobre que cor vê mais nítidos os
símbolos do teste.
4. Adicionar esferas de +0,25 D se o sujeito vir mais nítidos os símbolos sobre
fundo verde ou esferas de -0,25 D se vir melhor sobre o fundo vermelho até
igualar em ambos os campos.
5. Comprovar a AV sem o teste bicromático.
Nota:
Antes de utilizar esta técnica deve ter-se a certeza de que o paciente não apresenta
alterações na visão da cor, as quais podem provocar interpretações incorrectas deste
exame.
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Cilindros cruzados com o eixo negativo fixo a 90º.
Optótipo específico: rede em cruz de cinco linhas.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 51
Método
1. Partir dos valores obtidos para a esfera e para o eixo e potência cilíndrica.
2. Colocar os cilindros cruzados fixos com o eixo negativo a 90º.
3. Baixar o nível de iluminação.
4. Pedir ao sujeito que se fixe na cruz e que indique que linhas vê mais escuras.
5. Se vir as linhas verticais mais escuras, adicionar esferas negativas ou retirar
esferas positivas até igualar ambas linhas.
6. Se vir as linhas horizontais mais escuras, adicionar esferas positivas ou retirar
esferas negativas até igualar ambas linhas. Este é o valor exacto da esfera.
7. Anotar los valores.
Objectivo
Material
Foróptero.
Projector de optótipos.
Método
Notas:
No final do exame verificar se existe desequilíbrio entre os dois olhos
verificando a AV de cada olho. Se existir algum desequilíbrio ele não deve
ser superior a 1 linha de AV entre os dois olhos.
No caso de no final do teste subjectivo monocular existir um desiquílibrio na
AV superior a 1 linha de AV entre os dois olhos, não fazer os equilíbrios das
esferas e dos cilindros.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 53
Autorefractómetro
Objectivo
Material
Autorefractómetro
Método
Objectivo
Sistema de iluminação
Sistema de observação
A projecção deste feixe luminoso sobre os tecidos oculares permite a sua observação
mediante a focagem simultânea com o microscópio binocular.
Habitualmente com esta técnica estudam-se as estruturas oculares externas, no
entanto utilizando-se acessórios adequados também se podem observar as estruturas
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 55
1. Iluminação difusa
Utiliza-se para o reconhecimento geral da parte anterior do globo ocular.
Método
Estruturas a observar
2. Dispersão escleral
Este tipo de iluminação está baseado na propriedade que os tecidos translúcidos
possuem em dispersar a luz.
Método
Estruturas a observar
corneal, a reflexão interna será interrompida ficando visível essa parte da córnea
sobre o fundo escuro da íris ou da pupila.
Córnea
Fenda de iluminação
(a) (b)
Fig. 3 (a) Iluminação tipo dispersão escleral, (b) Edema corneal visto por dispersão
escleral.
Irregularidade ou opacidade
A. Paralelepípedo de Vogt
Método
Estruturas a observar
NOTA: Si se desejar observar alguma porção corneal com mais detalhe devem
utilizar-se ampliações superiores.
B. Secção óptica
Método
Estruturas a observar
C. Feixe cónico
Método
Reduzir a largura e a abertura do feixe até obter um feixe circular muito pequeno.
Ângulo de iluminação aproximadamente de 40º.
Sistema de observação perpendicular à parte anterior do globo ocular.
Focar um ponto intermédio entre a córnea e superfície anterior do cristalino
(humor aquoso).
Estruturas a observar
4. Iluminação indirecta
Método
Neste método ilumina-se uma área determinada enquanto que se foca uma zona
vizinha que fica iluminada de forma indirecta. Esta iluminação poderá ser
realizada quando se tiver localizado algo de interesse com iluminação directa.
O ângulo de observação entre a lâmpada e o microscópio deve ser o maior
possível.
Estruturas a observar
5. Retro-iluminação
Nesta iluminação o tecido observado, geralmente a córnea, é observada através da
reflexão da luz procedente da íris ou do cristalino.
Existem dois tipos de retro-iluminação: directa e indirecta.
A. Directa
Método
Estruturas a observar
B. Indirecta
Método
As estruturas em estudo são observadas não com luz reflectida mas em fundo
escuro.
O ângulo deverá ser entre 50º e 80º.
A largura do feixe 2 mm.
Procedimentos Optométricos em Fundamentos de Optometria 60
Estruturas a observar
6. Reflexão especular
Consiste na observação de algumas estruturas mediante a reflexão da luz produzida
em algumas superfícies irregulares como o epitélio e o endotélio.
Método
Conseguir um paralelepípedo.
O paciente deve observar um ponto de fixação.
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Estruturas a observar
Método
Idêntico ao do ponto anterior com um ângulo entre 50º e 60º e com a maior
ampliação possível.
Focar as partes mais profundas do paralelepípedo e deslocar o filamento sobre a
sua superfície.
Estruturas a observar
Estudo do endotélio.