Resenha 1T (T) ALINE BOTELHO (DASM) - Livro 1808

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Resenha do livro: GOMES, Laurentino.

1808 – Como Uma rainha louca, um príncipe medroso e uma


corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. 2ª edição, 8ª
reimpressão. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. Páginas, 408.

A vinda da Família Real para o Brasil e a Independência

O livro conta à história de D. João VI, que sendo ameaçado pelas invasões de Napoleão
Bonaparte, por não ter cumprido o Bloqueio Continental com a Inglaterra, foge para a sua maior
colônia na época, o Brasil, para onde a Família Real transferiu a sede do governo Português, fato
nunca antes visto na história conforme afirma autor.
Em 1807, Napoleão Bonaparte era o senhor absoluto da Europa. Seus exércitos tinham
destronado reis e rainhas do continente europeu, numa sucessão de vitórias brilhantes e
surpreendentes. Só não haviam conseguido dominar a Inglaterra. Napoleão resolveu tentar a Guerra
Econômica, decretando o bloqueio continental, uma medida que previa o fechamento dos portos dos
Estados Europeus aos produtos britânicos. Suas ordens foram obedecidas por todos os países exceto
Portugal.
D. João VI rei de Portugal tinha duas opções a escolher: a primeira era ceder às pressões de
Napoleão e aderir ao bloqueio continental; a segunda, aceitar a oferta dos ingleses e embarcar
juntamente com sua corte para o Brasil. Caso o Príncipe Regente aderisse a proposta de Napoleão, os
ingleses não somente bombardeariam e sequestrariam a frota portuguesa como muito provavelmente
tomariam suas colônias ultramarinas.
Ainda que o plano de fuga para o Brasil fosse antigo, a viagem foi decidida às pressas. Além
disso, fatores naturais atrapalharam bastante a viagem, que não foi fácil. No plano de viagem havia um
ponto de encontro onde navios poderiam ser reparados. Esse ponto era a ilha de Cabo-Verde, no qual
as embarcações danificadas atracariam; após o retorno, deveriam seguir viagem rumo ao Rio de
Janeiro, mas aportaram em Salvador, na Bahia, de onde partiram enfim para o Rio de Janeiro.
Com a chegada ao Rio de Janeiro, a primeira providência tomada pela Família Real Portuguesa
foi a abertura dos Portos às “nações amigas”, especificamente a Inglaterra. Houve, também, a criação
de uma escola superior de Medicina, outra de técnicas agrícolas, um laboratório de estudos e análises
químicas e a Academia Real Militar.
A Família Real estabeleceu ainda algumas instituições no país, tais como: Gazeta do Rio de
Janeiro, o Supremo Conselho Militar e de Justiça, a Intendência Geral de Polícia da Corte, o Conselho
de Fazendo e o Corpo da Guarda Real, a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional e o Jardim Botânico.
Porém, Houve também, períodos conturbados, tais como revoltas de cunhos separatistas,
abolicionistas, entre outras, que exigiram o tratamento por parte da Família Real, o que devidamente
debeladas, ajudaram a manter a unidade nacional central mais forte, delineando o Brasil próximo da
forma como conhecemos.
Com revoltas acontecendo também em Portugal, na cidade do Porto, em 1820, D. João foi
obrigado a retornar a Portugal, deixando a administração do Brasil a cargo de seu filho
D. Pedro. Entretanto, para desespero de D. Pedro, quando D. João partiu para Portugal, raspou os
cofres do Banco do Brasil e levou embora o que ainda restava do tesouro real que havia trazido com a
“fuga” para a colônia em 1808.
A D. Pedro coube a tarefa de unificar o país, e torná-lo independente de Portugal, já que seu
próprio pai, acatando deliberações da Corte portuguesa, tornava as exigências à colônia muito mais
duras.
O Jornalista Laurentino Gomes, neste livro, retrata, de forma bem amigável ao leitor, a vinda e
a permanência da Família Real portuguesa, e sua Corte, em 1808, e como influenciaram a vida no
Brasil, culminando com a Independência em 1822. É certo que graças aos fatos que ocasionaram a
mudança da corte para as terras tupiniquins o futuro do país foi mudado significativamente.

Aline Botelho do Nascimento


Primeiro-Tenente (T)

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