Artigo
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Pesquisa Operacional
Professor
2014
3ª edição
Copyright 2014. Todos os direitos desta edição reservados ao DEPTO. DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO (CAD/CSE/UFSC).
1ª edição – 2009.
Inclui bibliografia
Curso de Graduação em Administração, modalidade a Distância
ISBN: 978-85-7988-151-0
CDU: 65.012.122
CENTRO SOCIOECONÔMICO
Prezado estudante!
Uma das principais funções do administrador é tomar deci-
sões. Essa disciplina tem como objetivo fornecer métodos para que
você possa tomar boas decisões que trarão benefícios para você e
para a organização em que você estiver atuando.
A disciplina de Pesquisa Operacional não está isolada.
Ela envolve conhecimentos que você aprendeu em Matemática para
Administradores e Estatística Aplicada à Administração. Para aplicar
os métodos de Pesquisa Operacional é necessário definir um objetivo,
por exemplo, maximizar a receita, minimizar o tempo de atendimento
ou maximizar a quantidade de itens produzidos. Com a Pesquisa
Operacional você pode encontrar a solução ótima para cada um
desses objetivos. Porém, é necessário saber exatamente o que é mais
importante para a sua organização. Como saber o que é mais impor-
tante para a minha organização? Para responder a essa pergunta, você
precisará dos conhecimentos de todas as disciplinas do Curso de
Administração a Distância.
Existem algumas desculpas para não utilizar a Pesquisa
Operacional. Uma delas é que se trata de um método muito complica-
do ou de que os seus benefícios seriam muito pequenos. Nenhuma
dessas desculpas é verdadeira. Resolução de problemas sem o uso da
Pesquisa Operacional gera soluções que não são ótimas, lucros me-
nores e gastos desnecessários de recursos.
Se você tiver dificuldade em algum tópico, não desista! Leia
novamente ou tire dúvidas com o seu tutor. O domínio da Pesquisa
Operacional trará muitos benefícios, ajudando você a encontrar solu-
ções melhores.
Desejo muito sucesso nos seus estudos!
Resumindo............................................................................................................16
Atividades de aprendizagem...................................................................................17
Formulação de Problemas.......................................................................................21
Formulação e Resolução................................................................................21
Resumindo............................................................................................................29
Atividades de aprendizagem...................................................................................30
Resumindo............................................................................................................43
Atividades de aprendizagem...................................................................................44
Unidade 4 – Simplex
Simplex.................................................................................................................47
Método Simplex............................................................................................48
Resumindo............................................................................................................55
Atividades de aprendizagem.......................................................................................56
O Problema de Transportes....................................................................................59
Parte 2 – Otimização.....................................................................................66
Degenerescência...........................................................................................70
Resumindo............................................................................................................72
Atividades de aprendizagem.......................................................................................73
Problema de Atribuição..........................................................................................77
Algoritmo de Atribuição...............................................................................78
Resumindo............................................................................................................91
Atividades de aprendizagem.......................................................................................92
Referências............................................................................................................93
Minicurrículo..........................................................................................................94
Introdução à Pesquisa
1
UNIDADE
Operacional
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
entender o conceito de pesquisa operacional e
perceber a importância desses conhecimentos no
processo administrativo e o seu potencial de
utilização dentro das organizações.
1
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante,
Estamos iniciando esta Unidade e nela você vai
saber o que é pesquisa operacional, qual a sua
relação com a Estatística e a Matemática e sua
utilidade na administração de uma empresa. Por-
tanto, leia o texto a seguir com atenção e tendo
dúvidas, entre em contato com seu tutor.
U
Bons estudos!
COPOM – é o Comitê de Política Monetária
Período 11
inequações lineares.
v
Simulação Monte Carlo. Outra técnica são as redes PERT/CPM as-
UNIDADE
Período 13
nização, porém gastando mais recursos e obtendo menos benefícios
do que poderíamos se utilizássemos a Pesquisa Operacional.
Como exemplo, vamos mostrar um problema simples. Suponha
1
UNIDADE
que exista um produto especial que será retirado de 3 fábricas (locali-
zadas em Fortaleza, Salvador e Vitória) e transportado para 3 arma-
zéns (localizados em Curitiba, Goiânia e Maceió). De cada fábrica
sairá apenas um produto, da mesma forma, cada armazém poderá
guardar apenas um produto. Como deverá ser feito o transporte?
O objetivo é minimizar a quilometragem total. Nesse problema estamos
supondo que todos os gastos com o transporte (combustível, desgaste
etc.) são proporcionais à quilometragem.
Como você resolveria esse problema sem usar a pesquisa
operacional e sem nenhum dado numérico?
Uma alternativa seria olhar no mapa do Brasil a localização de
cada uma dessas cidades e tentar fazer a alocação com a menor qui-
lometragem.
Na Figura 1 temos o mapa do Brasil e a localização das fábri-
cas e dos armazéns do nosso problema.
Fortaleza
Maceió
Salvador
Goiânia
Vitória
Curitiba
Fábrica
Armazém
Período 15
Ainda sobre o problema anterior, você pode estar se pergun-
tando: “Mas eu não poderia ter calculado todas as combinações pos-
síveis e encontrado a solução ótima?”.
1
UNIDADE
Sim, o problema anterior tinha apenas 6 soluções possíveis e
dessa forma seria fácil encontrar a solução ótima.
Mas e se fosse um problema um pouco mais complicado? Por
exemplo, um problema com 10 fábricas e 10 armazéns possui
3.628.800 soluções possíveis! Calcular todas essas possíveis soluções
seria muito trabalhoso e encontrar a que fosse ótima sem usar Pesqui-
sa Operacional é praticamente impossível!
Outro fato que dificulta a adoção da Pesquisa Operacional por muitos administradores é que
Período 17
Atividades de aprendizagem 1
UNIDADE
1. Pesquise na internet definições de Pesquisa Operacional.
2. Liste três itens que poderiam ser maximizados (na organização em
que você trabalha ou na sua vida particular).
3. Liste três itens que poderiam ser minimizados (na organização em
que você trabalha ou na sua vida particular).
4. Assinale a alternativa correta. Pesquisa Operacional...
(a) é sinônimo de matemática.
(b) é sinônimo de estatística.
(c)usa conhecimentos de matemática e estatística para apri-
morar o processo de decisão.
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
definir objetivos, coletar dados e converter as
informações disponíveis em um modelo matemático
de programação linear, além de perceber a
importância da formulação de problemas.
2
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante!
Na Unidade anterior vimos que a técnica mais co-
nhecida de Pesquisa Operacional é a Programação
Linear. Agora vamos estudar esse modelo e a forma
de utilizá-lo. Fique atento na formulação de pro-
blemas e perceba como colher informações para a
resolução dos mesmos.
Se precisar, estamos à disposição!
Bom estudo!
P
ara poder aplicar a Programação Linear nos nossos problemas,
precisamos executar duas etapas: (1) formulação do modelo ma-
temático e (2) resolução. A Figura 2 mostra essas duas etapas.
final.
Período 21
2 As duas etapas são importantes, porém algumas considerações
v
precisam ser feitas.
A maioria dos livros sobre programação linear enfatiza a reso-
UNIDADE
UNIDADE
Para realizar a modelagem, precisamos responder três pergun-
tas importantes:
limite, por isso podemos ter várias restrições para um mesmo modelo.
Vejamos dois exemplos para a melhor compreen- são do que foi dito
(max receita)
demanda (x1)
demanda (x )
restrições 2
1 0
x
x2 0
UNIDADE
por mês.
Como passar essas informações para equações?
A receita mensal será a soma das receitas obtidas com cada
tipo de cliente:
receita = x1 + 3x2
x1 15
x2 10
Agora já podemos substituir essas equações no nosso modelo:
max z = x1 + 3x2
max z = x1 + 3x2
Período 25
2 Exemplo 2. Fábrica de móveis [este exemplo foi adap-
tado de Corrar e Theófilo (2004)]
UNIDADE
Cadeira: R$ 10,00.
Mesa: R$ 8,00.
Baú: R$ 1,00.
UNIDADE
A fábrica pode querer maximizar a quantidade de itens pro-
duzidos. Assim, atenderia mais clientes e se tornaria mais
conhecida.
A fábrica pode querer maximizar a quantidade de mesas
produzidas. No futuro, os clientes precisariam comprar cadeiras para
essas mesas.
Há várias possibilidades para a função objetivo. Depende de
você escolher o que será melhor para a sua empresa.
Para esse problema as variáveis de decisão são:
E a função objetivo?
Se o objetivo for maximizar a receita, o modelo 1 será:
xx 00
2
max z2 = x1 + x2 + x3
x 0
2
27
Período
x3 0
max z3 = x2
UNIDADE
xx 00
2
Nas próximas Unidades você aprenderá como re- solver o problema. Mas
Valor de x2 4 0 10
Valor de x3 0 15 0
Receita 92 15 80
Itens Produzidos 10 15 10
Mesas Produzidas 4 0 10
Período 29
Você deve ter muito cuidado na formulação do pro-
blema. Deve ser definido o que realmente é o me- 2
UNIDADE
lhor para a sua empresa.
Resumindo
Aprendemos nesta Unidade a importância da formulação
de modelos na aplicação da programação linear e que a modela-
gem é uma tarefa complexa, a qual envolve a obtenção de infor-
r
mações espalhadas e desestruturadas. Além disso, a formulação
de modelos não pode ser terceirizada, precisa ser realizada por
quem realmente conhece os problemas da organização.
Para realizar a modelagem é necessário responder a três
perguntas: Qual é o objetivo? Qual são as variáveis de decisão?
Quais são as restrições?
A função objetivo deve ser escolhida com cuidado e deve
corresponder aos objetivos da sua organização. As variáveis de
decisão são os fatores que estão dentro do poder de decisão do
administrador e podem ser escolhidas por ele. As restrições são
os fatores que estão fora do poder de decisão do administrador
e não podem ser escolhidas por ele.
Depois que o modelo matemático está montado, basta
aplicar as técnicas de programação linear e resolver o modelo.
Período 31
5. Uma empresa fabrica dois tipos de produto: P1 e P2. Para
realizar a fabricação esses produtos consomem tempo nos
departamentos A e B.
2
UNIDADE
P1 necessita de 1 hora no departamento A e 3 horas no
departamento B. P2 necessita de 1 hora no departamento
A e 2 horas no departamento B. A capacidade do departa-
mento A é de 100 horas e a capacidade do departamento
B é de 240 horas. A demanda por P1 é de 60 unidades e
a demanda por P2 é de 80 unidades. Além disso, o
preço de P1 é de R$ 600,00 por unidade e o preço de P2
é de R$ 800,00 por unidade. O objetivo é maximizar a
receita.
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
conhecer o Método Gráfico de resolução de
problemas, e saber como construir a região de
possíveis soluções e encontrar a solução ótima
graficamente.
3
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante!
Como você percebeu, à medida que vamos avan-
çando tomamos conhecimento de novas formas de
encontrar soluções para os problemas que se apre-
sentam no dia a dia numa organização. Já vimos
a formulação de modelos matemáticos e agora va-
mos ver a resolução pelo modelo gráfico. Caso te-
nha ficado com alguma dúvida, volte e releia os
assuntos anteriores para que tenha um melhor apro-
veitamento desta Unidade.
Se precisar, estamos à disposição.
P
ara poder aplicar a Programação Linear nos nossos problemas,
é necessário executar duas etapas: (1) formulação do modelo
matemático e (2) resolução. Na Unidade anterior estudamos
sobre a formulação de modelos. Nesta Unidade aprenderemos a re-
solver o problema de programação linear pelo método gráfico.
O método gráfico pode ser utilizado para duas ou três variá-
veis. Entretanto, na prática, ele é usado apenas para duas variáveis.
Período 35
3
O que Significa Mesmo Resolver o Problema?
UNIDADE
xx 00
2
UNIDADE
Retome este
O modelo matemático encontrado naquele exemplo é o seguin-
exemplo para
te:
compreender me-
max z = x1 + 3x2 lhor a explicação
que segue.
x2
x1
Período 37
3 x2
UNIDADE
x1
x1
x2
x1
UNIDADE
x2
x1
x2
x1
Período 39
3 Agora vamos juntar todas as restrições. O espaço de possíveis
soluções é o espaço ilustrado na Figura 9 a seguir:
x2
UNIDADE
x1
Primeira reta: z = 9.
Se x1 = 0, então x2 = 3. Se x2 = 0, então x1 = 9.
Esses dois pontos determinam a reta z = 9.
UNIDADE
Todas essas três retas estão representadas na Figura 10 a seguir.
Repare que essas retas são paralelas e crescem conforme se
afastam da origem. Na Figura 10 também representamos o sentido no
qual a função objetivo cresce.
x2
z = 24
A função objetivo
cresce nesse sentido
z = 15
z= 9
x1
x2
Ponto Ótimo
z = 24
z = 15
z=9
x1
Período 41
3 O ponto ótimo satisfaz as equações dessas duas retas. Portan-
to, basta resolver o seguinte sistema de equações lineares:
UNIDADE
Saiba mais...
UNIDADE
Nesta unidade você aprendeu a utilizar o método gráfico
para resolver um problema de duas variáveis. Pelo método grá-
fico, cada restrição precisa ser representada em um gráfico for-
mado pelos eixos das variáveis x1 e x2. A junção de todas as
restrições forma o espaço de possíveis soluções.
Depois de encontrar o espaço de possíveis soluções é ne-
cessário assumir alguns valores para a função objetivo (z). Com
esses valores, podemos traçar uma reta para cada valor de z e
perceber para onde a função objetivo cresce. Consequentemente,
é possível visualizar qual é a solução ótima graficamente. A
solução ótima estará localizada em um dos vértices da região
de possíveis soluções, ou seja, está localizada na interseção de
duas retas. Para encontrar os valores de x 1 , x 2 e
consequentemente z, basta resolver um sistema de equações
lineares com as duas retas que passam pelo ponto ótimo.
Período 43
3 Atividades de aprendizagem
UNIDADE
3x1 + 3x2 0
6x + 3x
1 2
x1 0
x2 0
Simplex
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
aplicar o método simplex na resolução de qualquer
tipo de problema de programação linear.
Período 4
4
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante!
Na Unidade anterior aprendemos como resolver
problemas de programação linear com duas variá-
veis utilizando o método gráfico. Nesta Unidade
aprenderemos o método simplex. Este, pode ser
aplicado para resolver qualquer problema de pro-
gramação linear.
Então vamos conhecer essa nova ferramenta!
Bons estudos!
max z = x1
+ + 3x3
2x2
Período 47
temas de equações lineares. As restrições do modelo são inequações
equações?
Utilizaremos variáveis auxiliares, nesse caso chamadas de fol-
gas. Uma folga para cada restrição. Assim as restrições ficam da se-
guinte forma:
VARIÁVEIS
X1 X2 X3 Fa Fb Fc b
Restrição A 1 1 1 1 60
Restrição B 1 2 2 1 110
Restrição C 1 1 2 1 90
Objetivo 1 2 3 0
Fonte: Elaborada pelo autor deste livro
Agora que você já sabe como preparar os dados para o método simplex,
Método Simplex
Período 49
Para encontrar a solução inicial é necessário zerar três variá-
veis e encontrar o valor das outras três. Como solução inicial, vamos
considerar x1 = x2 = x3 = 0.
4
UNIDADE
A Tabela 4 a qual traz a Solução 1 mostra as três variáveis que
precisamos encontrar o valor. Como x1 = x2 = x3 = 0, encontramos
que Fa = 60, Fb = 110 e Fc = 90. A solução ficou fácil porque os
coeficientes da matriz formada pelas variáveis Fa, Fb e Fc já forma-
vam uma matriz identidade.
Tabela 4: Solução 1
VARIÁVEIS
X1 X2 X3 Fa Fb Fc b
Restrição A 1 1 1 1 0 0 60
Restrição B 1 2 2 0 1 0 110
Restrição C 1 1 2 0 0 1 90
Objetivo 1 2 3 0 0 0 0
rio que uma das variáveis da solução atual seja anulada. Qual delas?
A Tabela 5 a seguir mostra a variável que irá entrar (x3). Na
última coluna calculamos o quociente entre o valor da coluna b pelo
respectivo coeficiente da variável que está entrando. O quociente de
menor valor positivo indica a variável que sairá da solução. Nesse
caso, Fc sai da solução.
VARIÁVEIS
X 1
X 2
X 3
Fa Fb Fc b quociente
Restrição A 1 1 1 1 0 0 60 60/1=60
Restrição B 1 2 2 0 1 0 110 110/2=55
Restrição C 1 1 2 0 0 1 90 90/2=45
Objetivo 1 2 3 0 0 0 0
VARIÁVEIS
X 1
X 2
X 3
Fa Fb Fc b
Restrição A 1 1 1 1 0 0 60
Restrição B 1 2 2 0 1 0 110
Restrição C 1 1 2 0 0 1 90
Objetivo 1 2 3 0 0 0 0
Fonte: Elaborada pelo autor deste livro
Período 51
usado em nossos cálculos. A linha que contém o pivô será chamada
de linha pivô. A Tabela 7 a seguir mostra o elemento pivô escolhido e
a ordem das restrições.
4
UNIDADE
Tabela 7: Elemento Pivô
VARIÁVEIS
X1 X2 X3 Fa Fb Fc b
Restrição A 1 1 1 1 0 0 60
Restrição B 1 2 2 0 1 0 110
Restrição C 1 1 2 0 0 1 90
Objetivo 1 2 3 0 0 0 0
X X Fa Fb Fc b
UNIDADE
X 1 2 3
Será que essa é a solução ótima? Será que algu- ma das variáveis que a
Período 53
menor valor positivo indica a variável que sairá da solução. Nesse
caso, Fb sai da solução. 4
UNIDADE
Tabela 10: Variável que entrará (x2) e variável que sairá (Fb)
VARIÁVEIS
X 1
X 2
X 3
Fa Fb Fc b quociente
Restrição A 1/2 1/2 0 1 0 -1/2 15 15/(1/2)=30
Restrição B 0 1 0 0 1 -1 20 20/1=20
Restrição C 1/2 1/2 1 0 0 1/2 45 45/(1/2)=90
Objetivo -1/2 1/2 0 0 0 -3/2 -135
Fonte: Elaborada pelo autor deste livro
VARIÁVEIS
X1 X2 X3 Fa Fb Fc b
Restrição A 1/2 0 0 1 -1/2 0 5
Restrição B 0 1 0 0 1 -1 20
Restrição C 1/2 0 1 0 -1/2 1 35
Objetivo -1/2 0 0 0 -1/2 -1 -145
Fonte: Elaborada pelo autor deste livro
Será que essa é a solução ótima? Será que alguma das variáveis que anu
Período 55
Para isso, vamos olhar os valores da última linha. Note que os
valores que estão embaixo de x1, Fb e Fc são negativos. Isso significa
que se uma dessas variáveis for considerada o valor de z diminuirá.
4
UNIDADE
Como o objetivo é uma função de maximização, não tem como ser
Resumindo
Aprendemos nesta Unidade como aplicar o método
simplex. Esse método pode ser aplicado para resolver qualquer
problema de programação linear e está baseado em conceitos
de álgebra linear, em especial, na resolução de sistemas de
equações lineares.
Embora qualquer problema de programação linear possa
r
ser resolvido com o simplex, certos problemas apresentam ca-
racterísticas particulares e podem ser resolvidos com algoritmos
mais simples.
xx 00
2
max z3 = x1 + x2 + x3
xx 00
2
Período 57
5 4
NID
AD
E
UNIDADE
U
Problema de
Transportes
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
utilizar o algoritmo de transportes e saber o que fazer
em situações onde ocorra degenerescência.
58 Período 4
Curso de Graduação em Administração, modalidade a
5
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante!
Na Unidade anterior estudamos o algoritmo simplex,
pelo qual podemos resolver qualquer problema de
programação linear. O assunto desta Unidade é o
problema de transportes, que também pode ser
resolvido com o uso do simplex, mas existe uma
forma mais simples: o algoritmo de transportes,
nosso foco nesta Unidade.
Caso você ainda tenha dúvidas sobre o que já foi
estudado até este momento, volte e reveja os con-
ceitos e suas aplicações.
Se precisar, estamos à disposição.
A
Figura 12 a seguir apresenta um problema de transportes. Exis-
tem 60 toneladas de um determinado material que precisam ser
transportadas de três origens para três destinos. Cada origem
possui uma quantidade desse material disponível para ser transporta-
da, e cada destino possui uma demanda desse material.
Note que o material que está em cada origem pode ser trans-
portado para qualquer um dos destinos. Existem várias formas de re-
alizar os transportes necessários para atender as demandas dos três
destinos. Porém, o ideal é realizar os transportes com o menor custo,
ou seja, minimizar o custo.
Bem, para isso precisamos saber qual é o custo de transporte
entre as origens e destinos. Vamos supor que o custo seja proporcio-
nal à distância (em km).
Período 59
5 Na Tabela 14 a seguir, os custos (em km) entre as origens e
os destinos são as células sombreadas. Podemos observar também as
disponibilidades em cada origem e a demanda em cada destino.
UNIDADE
UNIDADE
As Duas Partes do Algoritmo de Transportes
Período 61
5 Método do Canto Noroeste
UNIDADE
UNIDADE
2.
A Tabela 20 a seguir mostra a próxima célula escolhida. Das
células não preenchidas, a que está na parte superior e esquerda
corresponde ao transporte entre a origem 2 e o destino 2.
Período 63
5 Método de Vogel (ou Método das Penalidades)
UNIDADE
UNIDADE
Origem 2 ---- 10
Origem 3 15 30–15=15
Demanda (t) 15–15=0 20 25
Período 65
5 Tabela 26: Penalidades recalculadas, desconsiderando a origem 2
Destino 1 Destino 2 Destino 3 Penalidade (t)
UNIDADE
Parte 2 – Otimização
UNIDADE
X11 – toneladas transportadas da origem 1 para o destino 1.
X12 – toneladas transportadas da origem 1 para o destino 2.
X22 – toneladas transportadas da origem 2 para o destino 2.
X32 – toneladas transportadas da origem 3 para o destino 2.
X33 – toneladas transportadas da origem 3 para o destino 3.
Cij – Ui –Vj =0
Onde Cij é o custo de transporte da origem i para o destino j.
Ui e Vj são variáveis auxiliares relacionadas respectivamente com as
linhas e com as colunas.
Para o nosso exemplo temos:
Período 67
5
UNIDADE
Cij – Ui –Vj = ?
C – U – V 220 – 0 – 210 = 10
13 1 3
C21 – U2 – V1 –– –
C23 – U2 – V3 –– – –
C – U3 – V1 – – –
31
UNIDADE
to da entrada dessa variável. Como as disponibilidades e as deman-
das não podem ser alteradas, é necessário realizar alterações nas va-
riáveis X22, X32 e X33.
Período 69
5 Verifique isso! Utilize o mesmo procedimento.
Degenerescência
Cij – Ui –Vj =0
UNIDADE
Substituindo os valores de Cij temos:
Cij – Ui –Vj =?
Como temos os valores de Cij, Ui e Vj, podemos encontrar os
coeficientes:
Período 71
5 nova solução, o objetivo (quilometragem total) aumentará. Como que-
remos minimizar a quilometragem total, a entrada de uma dessas va-
riáveis irá piorar a solução.
UNIDADE
Resumindo
Aprendemos nesta Unidade como resolver problemas de
tranporte. Estes podem ser resolvidos com o simplex, porém
r
existe uma forma mais simples: o algoritmo de transporte.
A resolução do problema é dividida em duas partes: (1)
encontrar uma solução inicial, e (2) encontrar a solução ótima
a partir da solução inicial. Conhecemos dois métodos para en-
contrar uma solução inicial: o método do canto noroeste e o
método de Vogel (ou método das penalidades).
Aprendemos como verificar se a solução encontrada é a
solução ótima; se ainda não for a solução ótima, outra variável
entrará na nova solução. O procedimento é repetido até encon-
trar a solução ótima. Também vimos o que deve ser feito se
ocorrer uma situação de degenerescência.
UNIDADE
Considere o seguinte problema de transporte:
Período 73
6
UNIDADE
Problema de
Atribuição
Objetivo
Ao final desta Unidade, você deverá ser capaz de
aplicar o algorítmo de atribuição e identificar
problemas dentro da organização que se caracterizam
como problema de designação.
6
NID
AD
E
UNIDADE
Caro estudante,
Na Unidade anterior estudamos o problema de
transportes. Agora veremos o problema de atribui-
ção, também chamado de problema de designa-
ção ou problema da distribuição biunívoca.
Estamos chegando ao final da disciplina onde você
travou conhecimento com métodos de resolução
de problemas que ajudarão muito o gerenciamento
dentro das organizações empresariais.
Bons estudos!
O
Problema de Atribuição é um caso especial do problema de
transportes. É quando temos apenas uma unidade em cada
origem e cada destino pode receber apenas uma unidade. En-
tão deverá ser feita a atribuição de uma origem para um único destino.
Período 77
6 Algoritmo de Atribuição
UNIDADE
Passo 1
a) Subtrair de cada linha o seu menor valor.
b) Subtrair de cada coluna o seu menor valor.
Passo 2
Traçar o menor número de retas necessárias para co-
brir todos os “0” da matriz.
Se o r (número de retas) for igual a n (ordem da
ma- triz), já é possível obter a solução ótima. Ir
para o passo 4.
Se o r (número de retas) for menor que n (ordem
da matriz), ir para o passo 3.
Passo 3
Selecionar o menor valor não coberto.
Subtrair esse valor de cada valor não
coberto. Adicionar esse valor nas
intercecções.
Retornar ao passo 2.
Passo 4
Para fazer a alocação, procura-se as linhas e colunas
Exemplo 3. Atribuição de Transportes
UNIDADE
Tabela 33: Distâncias entre as origens e os destinos
Destinos
Curitiba Maceió Goiânia
Fortaleza 3.541 1.075 2.482
Origens
2.466 0 1.407
1.753 0 1.011
0 384 128
Período 79
6 Subtraindo de cada coluna o seu menor valor, a tabela fica da
forma a seguir:
Tabela 37: Passo 1 (b)
UNIDADE
2.466 0 1.279
1.753 0 883
0 384 0
1.753 0 883
0 384 0
1.753 0 883
0 384 0
UNIDADE
exemplo, a linha 1 só tem um zero. Logo, vamos atribuir a origem 1 ao
destino 2.
1.583 0 396
870 0 0
0 1.267 0
1.583 0 396
870 0 0
0 1.267 0
Período 81
6 Exemplo 4. Designação de Equipes para Projetos
UNIDADE
seguir:
Período 83
6 A linha 2 também só tem um zero. Logo vamos atribuir a equi-
pe 2 ao projeto 3.
UNIDADE
UNIDADE
Casos Especiais do Problema de Atribuição
Período 85
6 Como podemos resolver essa situação? Pense um pouco.
Podemos criar uma área fictícia. Assim, passaremos a ter uma
matriz 4 x 4. Como é uma área que não existe, a nota dos alunos
UNIDADE
nessa área será zero. Veja como ficará a nossa Tabela 54 de Inserção
de área de estágio fictícia:
UNIDADE
Custos 0 1 2 2
Marketing 9 3 2 1
Fictícia 9 9 9 9
Período 87
6 Tabela 59: Passo 1 (b)
Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4
UNIDADE
Recursos Humanos 0 2 2 3
Custos 0 1 2 2
Marketing 8 2 1 0
Fictícia 0 0 0 0
Recursos Humanos 0 2 2 3
Custos 0 1 2 2
Marketing 8 2 1 0
0 0 0 0
Fictícia
Fonte: Elaborada pelo autor deste livro
UNIDADE
Tabela 62: Atribuição da Área de Recursos Humanos ao Aluno 1
Período 89
6 Tabela 65: Atribuição da Área Fictícia ao Aluno 3
Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4
UNIDADE
Recursos Humanos 0 1 1 3
Custos 0 0 1 2
Marketing 8 1 0 0
Fictícia 1 0 0 1
UNIDADE
Aprendemos nesta Unidade como resolver problemas de
atribuição. Esse problema é um caso especial do problema de
transportes, porém existe um algoritmo mais simples para re-
solver os problemas de atribuição: o algoritmo de atribuição.
Para esse algoritmo ser aplicado é necessário que a quantidade
de origens seja igual à quantidade de destinos e que a função
objetivo seja de minimização.
Vimos também, que se o nosso problema não tiver essas
características, podemos adaptar o problema com o acréscimo
de origens ou destinos fictícios ou transformando o problema
de maximização em um problema de minimização.
Período 91
6 Atividades de aprendizagem
UNIDADE
Período 93
MINICURRÍCULO
Cesar Duarte Souto-Maior
Cesar Duarte Souto-Maior é formado em
Engenharia de Controle e Automação Industrial
pela UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina) com Mestrado em Administração,
também pela UFSC. Seu principal enfoque de
pesquisa é a aplicação de métodos quantitativos
na solução de problemas gerenciais. Atualmente é doutorando
em Administração no CPGA/UFSC.