Texto 03 - Vida e A Obra de Ignacio Martin Baro
Texto 03 - Vida e A Obra de Ignacio Martin Baro
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Resumo
Resumen
Abstract
1
Trabalho desenvolvido dentro do Grupo de Pesquisa “Avaliação e Intervenção psicossocial:
prevenção, comunidade e libertação”.
2
Estudante de Graduação no Curso de Psicologia da PUC-Campinas. Endereço para contato:
[email protected]
3
Professora Titular de Psicologia da PUC-Campinas. Endereço para contato: [email protected]
Key Words: Liberation Psychology, Ignacio Martín-Baró and Latin American Psychology.
Tabla de contenidos
1. Introdução
1.1 A importância da Psicologia da Libertação
1.2 A trajetória de vida de Ignácio Martín-Baró
1.3 Princípios, fundamentos e perspectivas da Psicologia da Libertação
2. Método
3. As dimensões do Paradigma da Libertação na psicologia de Ignácio Martín-Baró
3.1 Das dificuldades do resgate da obra
3.2 A relevância social da psicologia social no tempo de Martín-Baró e a necessidade de
uma revolução paradigmática
4. A dimensão teórico-conceitual
5. A dimensão histórica
6. A dimensão práxica
7. A dimensão ética
8. Considerações Finais - Viver sem conhecer o passado é como caminhar na
escuridão
9. Referências Bibliográficas
10. Quadro das Produções de Ignácio Martín-Baró
1. Introdução
Partindo dos pressupostos apresentados até aqui, Martín-Baró (2011a) diz que para
que a psicologia possa ajudar na construção de um processo de libertação dos povos latino-
4
Martín-Baró, I (1979) Household Density and Crowding in Lower Class. Salvadorans. Doctoral
Thesis, Faculty of Social Science, Department of Behavioral Science, University of Chicago.
5
Neste trabalho o conceito de hegemonia é tomado de Gramsci: Gramsci, A. (1981). A Concepção
Dialética da História. Civilização Brasileira, 4° edição.
Gramsci, A. 1982. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. Civilização Brasileira.
6
Martín-Baró, I. 1989. La opinión pública salvadoreña ( 1987-1988). El Salvador: UCA Editores.
7
Itálicos nossos.
tradicíon y una cultura, sino, de rescatar aquellos aspectos que sirvieron ayer y que
servirán hoy para la liberación. (p. 301).
2. Método
Thomas Kuhn citado por Barros (2010) diz que, quando um paradigma não é capaz
de responder à maioria dos problemas que persistem ao longo de anos e às vezes séculos, é
gradualmente posto em cheque, pois começa a ser questionado se consiste mesmo como
marco que contém as respostas ou deve ser abandonado (Barros, 2010). Era isso que
acontecia com Psicologia Social em meados à década de 70, uma crise paradigmática
(Robaerttazi, 2005).
Isso acontecia não só porque a psicologia social já havia envelhecido diante dos
problemas presentes na América Latina, mas sim porque de fato ela nunca respondeu às
necessidades das maiorias populares deste continente. Seus modelos teóricos e suas
práticas eram importados dos EUA, feitos para responder a realidade americana e não, das
maiorias populares da América Latina. Está importação da psicologia prestou-se a tentar
dar uma credibilidade científica à psicologia latino-americana e teve como causa uma
psicologia para os setores dominantes destes países e, portanto, essa parcela fazia usa dessa
psicologia como instrumento de dominação (Martín-Baró 1998a, 1998b). Neste sentido, De
La Corte (2000), citando o próprio Matín-Baró aponta que, quando uma teoria é aplicada
num contexto muito distinto do de sua criação, ela é irrelevantemente valida. Isto acontecia
com a Psicologia Social hegemônica e importada.
Kuhn (1970), afirma que, que o paradigma “em cheque” tende a resistir
ferrenhamente ancorado em suas pretensões monopolistas. Isso talvez ocorra não por
vontade do paradigma em si, até mesmo porque ele não é um ser com vida própria, mas sim
por parte dos interesses daqueles que se beneficiam com determinado paradigma. Acerca
disso, Orlando Fals Borda citado por Martín-Baró (1998b, p.334), discorre que “la ciencia
no pose valor absoluto, como si fuera un fetiche con vida propia, sino que es un
conocimiento válido y útil para determinados fines y que funciona con verdades relativas,
al servicio de quienes la producen y controlan”. Na interpretação do autor do presente
trabalho, era exatamente isso que tinha acontecido e, talvez, ocorra até hoje de forma mais
tímida, tratando-se da Psicologia Social na América Latina. Os psicólogos latino-
americanos limitaram-se a servir às camadas dominantes, menos por indiferença e mais por
ingenuidades científica, pois o paradigma predominante no tempo de produção de Ignácio
Martín-Baró, não dava conta de atender os problemas dos povos colonizados e oprimidos.
Frente a esta situação, fazia-se necessário uma resposta paradigmática, não tanto por
questões pessoais e mais por questões sociais e demográficas, que Martín-Baró lançou mão
do Paradigma da Libertação na psicologia, com o propósito de estruturar uma Psicologia da
Libertação. A partir disso, tornou-se necessária uma psicologia que estivesse
comprometida com as questões das maiorias populares e respondesse a isso, não só na
forma de compreensão, mas também com o objetivo de transformação de tal realidade
injusta (Martín- Baró, 1998b). A preocupação de Martín-Baró acerca da realidade dos
salvadorenhos e de seus problemas pode ser vista no anexo 1, em relação às temáticas de
suas obras. Observa-se que tratam de acontecimentos da vida cotidiana das maiorias
populares.
Para Kuhn (1970), um paradigma sempre apresenta o interesse de criar e reproduzir
condições para ampliar o conhecimento, respondendo aos problemas que são colocados
pela sua época. Na verdade, as próprias definições dos problemas ou dos tipos de
problemas que a ciência deve resolver, fariam parte do paradigma.
Talvez o grande número de obras acerca da temática Psicologia latino-americana
na produção de Martín-Baró, seja pelo fato da necessidade da construção dessa psicologia,
mas também o grande número de trabalhos que tratam do cotidiano do povo salvadorenho e
de realidade mostra o compromisso com a urgência de dar uma resposta imediata aos
problemas dos salvadorenhos (De La Corte, 2000).
Tratamos paradigma aqui no sentido que Kuhn (1970) define o paradigma – como
conjunto de crenças, valores e técnicas comuns a um grupo que pratica um mesmo tipo de
conhecimento. Tomado isso em conta, serão apresentadas as três dimensões que abarcam o
Paradigma da Libertação na Psicologia: dimensão teórica-conceitual, dimensão práxica e
dimensão ética. Essas três dimensões compreendem grande parte da resposta paradigmática
elaborada por Martín-Baró e encontram-se totalmente imbricadas, constituintes umas das
outras. A separação feita no presente trabalho é realizada, mais, para efeito didático.
4. A dimensão teórico-conceitual
que no sean los conceptos los que convoquen la realidad, sino la realidad la que
busque a los conceptos; que no sean las teorías las que definan los problemas de
nuestra situación, sino que sean esos problemas que los que reclamen y por así
decirlo, elijan su propia teorización. (Martín-Baró, 1998b, p. 314)
A partir disso, Martín-Baró (1998a) coloca como um dos quefazer dos psicólogos
latino-americanos, a desideologização da experiência cotidiana que significa resgatar as
experiências originais dos grupos e das pessoas e devolvê-las como dado objetivo, o que
lhes permitirá formalizar a consciência de sua própria realidade, verificando a validade do
conhecimento adquirido (Martín-Baró, 1990). “Essa desideologização deve se realizar, na
medida do possível, em um processo de participação crítica na vida dos setores populares, o
que representa uma certa ruptura com as formas predominantes de pesquisa e análise”
(Martín-Baró, 2011, p.196).
5. A dimensão histórica
6. A dimensão práxica
Essa questão práxica deve se por a favor de encaminhar as maiorias para a conquista
de um poder popular, um poder que proporcione aos povos “tomarem as rédeas” de suas
vidas nas próprias mãos, como firma Martín-Baró (1998a), realizar mudanças que tornem
as sociedades latino-americanas mais justas e humanas.
É impossível separar essa dimensão prática da dimensão teórico-conceitual que abordamos
anteriormente. Como dito antes, a separação foi só para efeito didático, pois, tal
dicotomização vai contra os pressupostos do conceito de Libertação. Este conceito é
proposto, inicialmente, pela Teologia da Libertação e a seguinte afirmação de Guareschi
(2011) pode nos ajudar a compreender essa inseparabilidade entre teoria e prática:
7. A dimensão ética
Esta dimensão talvez seja a mais importante deste trabalho, primeiro, porque esta
dimensão abarca as duas apontadas anteriormente, no sentido, de que os aspectos das duas
dimensões anteriores foram elaborados por Martín-Baró para que rumassem no sentido da
libertação. Quando se fala em libertação, logo se remete a pergunta, libertar-se de que? Isto
é, libertar-se de algo negativo, que nos prejudica ou prejudica os grupos (Guareschi, 2011)
é libertar-se das condições de opressão, da realidade de injustiça, de dominação e de
subdesenvolvimento, às quais estão submetidos os povos latino-americanos. Sendo assim,
isso implica em tomar posições, escolher um lado de acordo com seus valores. O lado que
Martín-Baró escolheu para teorizar para atuar foi o lado desses povos e não o das camadas
dominantes, lado que a psicologia em geral e os psicólogos em sua maioria estiveram E a
segunda coisa que suscita um debate nessa dimensão, é relacionada à primeira: essa opção
ética de Matín-Baró pode ter sido a causa de seu assassinato. Pois, os jesuítas da UCA
foram acusados pelo governo, anteriormente, em campanhas pelo radio de subversivos,
comunistas-terroristas, como apontou Dobles (2009).
Que psicologia é essa que pode levar a morte? Por que um pesquisador pode passar
toda a sua vida produzindo no reduto da academia, sem sequer pensar na possibilidade de
morrer por isso, e por que outros sofrem acusações, ameaças, perseguições e até mesmo a
morte, como no caso de Ignácio Martín-Baró? O próprio contexto histórico no qual surgiu o
conceito de Libertação, já remete a uma opção ética. Esse conceito nasceu em uma situação
da América Latina de morte, de desespero, de subdesenvolvimento, de doenças, de
mortalidade infantil, no qual havia uma situação de indignidade, que agride o ser humano
(Guareschi, 2011). Sendo assim, era preciso um enfrentamento por parte de diferentes áreas
do conhecimento e Martín-Baró fez isso pela Psicologia.
No ocidente, a partir da modernidade, desenvolveu-se uma ideia de que a ciência é
neutra (Martín-Baró, 1998a, Martín-Baró 1998b). Mas isso é impossível, pois, toda ação
tem um conteúdo ético (Guareschi, 2011), toda ação é uma ação ética. O que existe é
acompanhar o fluxo da maré ou remar contra ela, o que fica mais em evidencia, quando se
opta por esse lado, mas as duas ações são ações éticas, dar manutenção a ordem ou
transformá-la. No caso dos psicólogos, em relação os povos latino-americanos, implica em
percorrer com eles o caminho da libertação ou deixar que permaneçam em tal situação.
Guzzo e Lacerda Jr (2007) citando Heller (1982) afirmam que optar pela posição de
neutralidade, também é posicionar-se eticamente, postura que legitima e mantém o status
quo.
Martín-Baró deixou claro o seu posicionamento ético que era estar do lado dos
pobres e oprimidos. (Martín-Baró, 1998b; Boff e Boff, 1985) como um teólogo da
libertação. No momento em que alguém se solidariza e se engaja com os sofredores e
oprimidos, se angaria automaticamente, inimigos entre os detentores do poder (Guareschi,
2011). Portanto, é importante apontar aqui que a sua opção ética pelos pobres, a sua práxis
junto a eles, talvez tenha sido uma das principais causas de seu assassinato. A Psicologia da
Libertação, portanto, propõe-se a balançar as estruturas (Osório, 2011), mexer nas relações
9. Referências Bibliográficas
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