Modelo de Relatório Psicológico Forense - 2 - Es - PT

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MODELO DE RELATÓRIO PSICOLÓGICO

FORENSE

Antes de iniciar a elaboração do relatório, devemos considerar as seguintes


diretrizes, que incluem recomendações de redação, de acordo com a
deontologia profissional:

• O/a Psicólogo/a deve recusar-se a realizar a prestação dos seus


serviços quando houver a certeza de que podem ser utilizados
indevidamente ou contra os legítimos interesses de indivíduos, grupos,
instituições e comunidades.

• Os relatórios psicológicos devem ser claros, precisos, rigorosos e


inteligíveis para o destinatário. Devem expressar sua abrangência e
limitações, o grau de certeza que o informante tem sobre seus diversos
conteúdos, seu caráter atual ou temporal.

• Terão que ser extremamente cautelosos, prudentes e críticos, diante


de noções que facilmente degeneram em rótulos desvalorizadores e
discriminatórios, como normal/anormal, adaptado/desajustado ou
inteligente/deficiente.

• Sem prejuízo da crítica científica que considere adequada, no


exercício da profissão, o/a Psicólogo/a não desacreditará colegas ou outros
profissionais que trabalhem com métodos iguais ou diferentes, e tratará
com respeito as escolas e tipos de intervenção que gozam de credibilidade
científica e profissional.

As seções do relatório psicológico são propostas a seguir em letras


maiúsculas, com uma breve justificativa de seu conteúdo e finalidade.
Título: RELATÓRIO PSICOLÓGICO FORENSE

O título dos relatórios é unificado desta forma, o que é considerado


suficientemente identificável para todos os tipos de relatório pericial.
Recordamos a sua necessidade, uma vez que pode ser relativamente
frequente esquecê-lo.

Apresentação: Sob o título, esta primeira seção do relatório contém, em


primeiro lugar, os dados de identificação do psicólogo, o seu número
profissional e, se aplicável, o número do processo e o tribunal para o qual é
emitido e a quem é dirigido.

OBJETO
Todo laudo psicológico forense deverá declarar o motivo, especificando o
que consta da decisão do Juiz ou o que é solicitado diretamente pelo cliente.

METODOLOGIA
Todo relatório psicológico forense deve conter os métodos utilizados para a
avaliação (entrevistas, testes e técnicas psicológicas aplicadas). É
aconselhável registrar as pessoas avaliadas juntamente com as técnicas
específicas, informando as datas das avaliações.

• Sem prejuízo da legítima diversidade de teorias, escolas e métodos, o


Psicólogo não utilizará meios ou procedimentos que não sejam
suficientemente contrastados, dentro dos limites do conhecimento científico
vigente.

RESULTADOS

Nesta seção são registados os resultados da exploração e os testes


psicológicos relevantes para o caso. Será feita uma tentativa de registar os
dados que mais tarde servirão de base para o discurso de conclusões. Esta
seção inclui os dados relevantes obtidos na(s) entrevista(s). Os dados
históricos familiares, sociais e pessoais podem ser incluídos aqui.
CONCLUSÕES

Aqui procedemos para responder ao objeto do estudo. Sendo escrito de


forma coerente com o desenvolvimento do relatório, em primeiro lugar
podem ser estabelecidas as bases dedutivas e, finalmente, a conclusão, o
que porá fim ao relatório de uma forma clara. Recordemos a proposta
inicial:

• Devem expressar sua abrangência e limitações, o grau de certeza que o


informante possui sobre seus diversos conteúdos, seu caráter atual ou
temporal.

Local, data e assinatura.

Como recomendação geral, é recomendável incluir uma cláusula de


salvaguarda que pode ser lida assim:

Estas conclusões referem-se aos objetivos demandados e à aplicação da


referida metodologia. Uma mudança nas circunstâncias ou novos dados
exigiria uma nova análise e poderia modificar os resultados.

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