Legislação e Procedimentos Regulatórios em Produção Cultural
Legislação e Procedimentos Regulatórios em Produção Cultural
Legislação e Procedimentos Regulatórios em Produção Cultural
Procedimentos
Regulatórios em
Produção Cultural
Prof.a Mariana Girardi Barbosa Silva
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.a Mariana Girardi
S586l
ISBN 978-65-5663-031-1
CDD 306
Impresso por:
Apresentação
Entender sobre a legislação no âmbito cultural é de extrema
importância para melhor compreensão sobre o funcionamento da cultura no
quesito profissional.
Este Livro Didático traz aos leitores informações sobre a história e sobre
pontos importantes das leis vigentes que tratam sobre a cultura. O fazer político
da área cultural também é abordado com as políticas públicas culturais criadas
para garantir à comunidade o livre acesso, a democratização e a descentralização
da cultura do país. Dessa forma, aqui se concentra a importância de compreender
o panorama geral da cultura e de suas leis no país.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS................................................................1
VII
TÓPICO 2 – PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL....................67
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................67
2 LEIS DE FOMENTO E DIFUSÃO DA CULTURA..........................................................................67
3 ALGUMAS DISPOSIÇÕES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL REFERENTES À CULTURA.......83
4 ACESSIBILIDADE CULTURAL NO BRASIL.................................................................................85
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................88
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................89
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................151
VIII
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITUANDO CULTURA
1 INTRODUÇÃO
Para entendermos os aspectos históricos das políticas culturais presentes
no Brasil e no mundo, se faz necessário que busquemos conceituar alguns termos
que comumente iremos encontrar ao longo do texto. São termos como cultura,
política e patrimônio que são utilizados para explicitar como as políticas públicas
da cultura agem e onde elas estão inseridas.
De fato, as políticas públicas culturais foram criadas no mundo todo por meio
das discussões da comunidade acerca da importância da cultura e de sua disseminação.
Portanto, estudar e entender como essas políticas públicas foram concebidas, faz com
que se entenda como elas são constituídas em nosso próprio país.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
4
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO CULTURA
FIGURA 1 - ARTE KUSIWA - PINTURA CORPORAL E ARTE GRÁFICA WAJÃPI - BEM CULTURAL
CATALOGADO NO REGISTRO DE BENS CULTURAIS DO IPHAN
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
DICAS
NOTA
1- Ciência do governo das nações.
2- Arte de regular as relações de um Estado com os outros Estados.
3- Sistema particular de um governo.
4- Tratado de política.
5- [Figurado] Modo de haver-se, em assuntos particulares, a fim de obter o que se deseja.
6- Esperteza, finura, maquiavelismo.
7- Cerimônia, cortesia, civilidade, urbanidade.
6
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO CULTURA
E
IMPORTANT
Durante séculos, a política tem sido uma atividade organizada por sistemas
de caráter totalitário, na qual um mandatário ou um grupo reduzido possuíam o controle
da sociedade e impunham seus critérios. Os grupos religiosos, os monarcas, os tiranos
e o estamento militar eram as estruturas tradicionais que dominavam e regiam a política
num sentido geral. Na atualidade, estas modalidades não desapareceram por completo e
continuam sendo o modelo vigente em muitos países.
Com a ideia de democracia, a política adquiriu uma nova dimensão. Vários grupos
realizam propostas para que os cidadãos escolham através de um sistema de votação
a mais adequada. O grupo ou partido político que obtiver a maioria dos votos será o
responsável por organizar e administrar os assuntos ligados a uma coletividade. O sistema
democrático permite a alternância de poder, a participação de todos os indivíduos e alguns
mecanismos de controle por parte das opções minoritárias. A pluralidade da democracia
determina que várias visões políticas se rivalizem em um plano de igualdade. Há partidos
de todos os tipos como os liberais, conservadores, socialistas, verdes ou nacionalistas.
Normalmente suas propostas são respeitadas, embora haja outros partidos que divergem
totalmente do sistema democrático, como o regime comunista.
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
8
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO CULTURA
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
e artistas, bem como ao carácter específico dos bens e serviços culturais que, na
medida em que são portadores de identidade, de valores e de sentido, não devem
ser considerados como meras mercadorias ou bens de consumo.
10
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO CULTURA
FONTE: <http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CLT/diversity/pdf/
declaration_cultural_diversity_pt.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2020.
DICAS
Assista ao vídeo O que são políticas públicas? O qual fala sobre a conceituação
de Políticas Públicas, para entender um pouco mais sobre o tema. Informar-se sobre
questões políticas é um papel muito importante de todos os cidadãos. Disponível no
endereço: https://youtu.be/ehLZKqU1QQw.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
12
AUTOATIVIDADE
1 Disserte sobre como é tratado o direito a cultura e o lazer nos textos a seguir:
TEXTO 1:
Comida - Titãs
Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer..
TEXTO 2:
FONTE: <http://www.apoioescolar24horas.com.br/portugues/interpretacao/interpretacao.
cfm?idTexto=133&refaz=sim&cont=0&sNivelEduca=efaf>. Acesso em: 5 nov. 2019.
13
2 São garantias da diversidade cultural, segundo a Declaração Universal
sobre a Diversidade Cultural, em seu artigo 6, intitulado “Rumo a uma
diversidade cultural acessível a todos”:
a) ( ) Pluralismo cultural.
b) ( ) Multiculturalismo.
c) ( ) Fusão cultural.
d) ( ) Participação cultural.
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As Políticas Culturais, ao longo do tempo, foram ganhando espaço em
diversos países, sendo que cada localidade tem suas dinâmicas e seus conceitos
em relação à preservação e a difusão de sua cultura.
Visto isso, além dos países terem suas próprias políticas específicas, ainda
temos políticas desenvolvidas para que o mundo possa se basear e se pautar para
a realização de ações na área da cultura.
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
16
TÓPICO 2 | POLÍTICAS CULTURAIS NO MUNDO
17
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A França é tida como o berço das políticas culturais e o primeiro país a criar em
1959, um ministério exclusivo para o setor, o Ministère des Affaires Culturelles.
18
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 1985.
b) ( ) 1986.
c) ( ) 1987.
d) ( ) 1982.
19
20
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico serão apresentadas as definições de Patrimônio Cultural
Material e Imaterial, bem como das políticas públicas de preservação destes
patrimônios.
Uma distinção cabe ser feita entre produto cultural e bem cultural. Este
se vincula à noção de um patrimônio pessoal ou coletivo e designa,
em princípio, por seu valor simbólico, algo infungível, isto é algo que
não pode ser trocado por moeda. Mesmo que na origem tenha sido
eventualmente um produto.
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
• Modo artesanal de fazer queijo de minas, nas regiões do Serro e das Serras
da Canastra e do Salitre
22
TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
As cuias são comuns de serem encontradas no dia a dia das pessoas que
moram no Norte do país. Elas têm diversas utilidades e são feitas há mais de dois
séculos na região do Baixo Amazonas, mais precisamente no Estado do Pará. A
planta que fornece a matéria prima para a execução deste trabalho é a Cuieira e
geralmente quem as confecciona são as mulheres. Segundo o Iphan (2017, s.p.):
FONTE: <https://www.museu-goeldi.br/noticias/tradicao-de-fazer-cuias-no-baixo-amazonas-
vira-patrimonio-cultural>. Acesso em: 16 dez. 2019.
Outro bem cultural que teve seu modo de fazer inscrito no Livro de Registro
dos Saberes do Iphan é a viola-de-cocho. Instrumento típico da cultura do Estado
de Mato Grosso, ainda é pouco conhecido da maioria dos brasileiros. A viola-de-
cocho é utilizada para acompanhar diversos gêneros musicais tradicionais como
o cururu e siriri. De acordo com o Iphan (2019c, s.p.):
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
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TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
FONTE: <https://www.artesol.org.br/rede/membro/asderen_associacao_para_o_
desenvolvimento_de_renda_de_divina_pastora>. Acesso em: 16 dez. 2019.
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
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TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
• Ofício de sineiro
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
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TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
FONTE: <http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2014/05/cajuina-bebida-tipica-do-piaui-podera-
ser-patrimonio-cultural-do-brasil.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.
29
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
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TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
31
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
FONTE: <https://blog.enem.com.br/conheca-a-diferenca-entre-patrimonio-material-e-
imaterial/>. Acesso em: 9 abr. 2020.
32
TÓPICO 3 | PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL, POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA
DICAS
33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O patrimônio cultural pode ser classificado quanto à sua natureza, sendo este
material ou imaterial.
34
AUTOATIVIDADE
Texto: SANTOS, Cecilia Rodrigues dos. Novas fronteiras e novos pactos para o
patrimônio cultural. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 43-48,
2001. (adaptado para fins didáticos).
2 (ENEM, 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança
aristocrática, oriunda dos salões franceses, depois difundida por toda a
Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez,
apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante
a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina
as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a
constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez desdames”,
“Chez deschevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a
chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem
novas figurações, o francês aportuguesado inexiste, o uso de gravações
substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição, que sustenta os
festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
35
As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do
nosso país. Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por:
36
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Quando discutimos sobre Administração e Gestão, especificamente na
área da cultura, todo e qualquer tipo de ação ou atividade a ser executada na
área deve partir de um plano ou de um projeto, ou seja, a criação de um modelo
sistemático, que tem como objetivo principal dirigir e encaminhar situações para
finalizar uma ação.
Esse Plano irá oferecer diretrizes para que se tenha muito claro, os
objetivos, as metas, os indivíduos que estarão envolvidos e os prazos em que as
intervenções serão executadas para se ter um norte e alcançá-lo com êxito.
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
38
TÓPICO 4 | O PLANO NACIONAL DE CULTURA E OUTRAS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
40
TÓPICO 4 | O PLANO NACIONAL DE CULTURA E OUTRAS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
42
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• O PNC conta com 53 metas que são revisadas com frequência para que possam
ser alcançadas mediante análise dos participantes, foco em ações específicas e
investimentos em projetos específicos.
43
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 1998.
b) ( ) 2004.
c) ( ) 2010.
d) ( ) 1999.
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/178841>.
Acesso em: 3 mar. 2020.
44
3 (SEAP-DF, 2014) Acerca dos princípios do Sistema Nacional de Cultura,
assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/e9fe571d-e6>.
Acesso em: 3 mar. 2020.
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Preservar o patrimônio cultural de um país é de extrema importância para
que as futuras gerações tenham acesso ao seu passado e ao legado cultural da
sociedade a que pertence. Para isso o poder público criou meios para que esse
patrimônio fosse preservado e difundido amplamente.
Uma das medidas tomadas para que estas iniciativas acerca do patrimônio
fossem concretizadas, a criação, em 13 de janeiro de 1937, sob o governo de Getúlio
Vargas, do SPHAN — Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional —,
pela Lei nº 378, depois denominado Iphan — Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. Saiba mais sobre o Instituto acompanhando este tópico.
FONTE: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/images/Banners/Banners_Menu/Banner_
Iphan.jpg>. Acesso em: 16 dez. 2019.
47
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
48
Livros de Registro
Livro de Registro dos Saberes - Criado para receber os registros de bens imateriais que reunem conhecimentos e
modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades. Os Saberes são conhecimentos tradicionais associados a
atividades desenvolvidas por atores sociais reconhecidos como grandes conhecedores de técnicas, ofícios e matérias-
primas que identifiquem um grupo social ou uma localidade. Geralmente estão associados à produção de objetos e/
ou prestação de serviços que podem ter sentidos práticos ou rituais. Trata-se da apreensão dos saberes e dos modos
de fazer relacionados à cultura, memória e identidade de grupos sociais.
Livro de Registro das Celebrações - Reúne os rituais e festas que marcam vivência coletiva, religiosidade,
entretenimento e outras práticas da vida social. Celebrações são ritos e festividades que marcam a vivência coletiva de
um grupo social, sendo considerados importantes para a sua cultura, memória e identidade, e acontecem em lugares
ou territórios específicos e podem estar relacionadas à religião, à civilidade, aos ciclos do calendário, etc. São ocasiões
diferenciadas de sociabilidade, que envolvem práticas complexas e regras próprias para a distribuição de papéis,
49
preparação e consumo de comidas e bebidas, produção de vestuário e indumentárias, entre outras.
Livro de Registro das Formas de Expressão - Criado para registrar as manifestações artísticas em geral. Formas de
Expressão são formas de comunicação associadas a determinado grupo social ou região, desenvolvidas por atores
sociais reconhecidos pela comunidade e em relação às quais o costume define normas, expectativas e padrões
de qualidade. Trata-se da apreensão das performances culturais de grupos sociais, como manifestações literárias,
musicais, plásticas, cênicas e lúdicas, que são por eles consideradas importantes para a sua cultura, memória e
identidade.
Livro de Registro dos Lugares - Nele são inscritos os mercados, feiras, santuários e praças onde se concentram e/ou
se reproduzem práticas culturais coletivas. Os Lugares são aqueles que possuem sentido cultural diferenciado para a
população local, onde são realizadas práticas e atividades de naturezas variadas, tanto cotidianas quanto excepcionais,
FIGURA 19 - LISTA DOS LIVROS DE REGISTRO PERTENCENTES AO IPHAN
tanto vernáculas quanto oficiais. Podem ser conceituados como lugares focais da vida social de uma localidade, cujos
atributos são reconhecidos e tematizados em representações simbólicas e narrativas, participando da construção dos
FONTE: <https://blog.enem.com.br/conheca-a-diferenca-entre-patrimonio-material-e-
imaterial/>. Acesso em: 9 abr. 2020.
ATENCAO
50
TÓPICO 5 | O PAPEL DO IPHAN NA PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
51
UNIDADE 1 | CONCEITOS HISTÓRICOS CULTURAIS
FONTE::<http://www.mariacoeli.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Artigo-Patrim%C3%B4nio-
Cultural-Jornal-Estado-de-Minas-Maria-Coeli.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2019.
52
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
53
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/e7212e3c-a5>.
Acesso em: 3 mar. 2020.
54
a) ( ) constituem patrimônio cultural brasileiro as formas de expressão;
os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e
tecnológicas; as obras; objetos, documentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações artístico-culturais e os conjuntos
urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
b) ( ) o Poder Público promoverá e protegerá o patrimônio cultural por meio
de ação civil pública, termo de ajustamento de condutas, recomendação,
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação.
c) ( ) o tombamento é um ato administrativo originário do Poder Executivo,
mas o Poder Legislativo (no caso, poder constituinte originário) tombou
os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos
antigos quilombos.
d) ( ) pode o Poder Judiciário, em ação civil pública promovida pelo
Ministério Público, declarar o valor cultural de um bem, decretar o seu
tombamento e determinar a inscrição no livro de tombo respectivo.
55
56
UNIDADE 2
PANORAMA DA LEGISLAÇÃO
CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E
NACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles, você encontrará
autoatividades que o ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
CHAMADA
57
58
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Tanto no Brasil quanto no exterior a cultura possui políticas específicas
para seu entendimento e para a criação de ações pontuais de preservação e
disseminação dos valores culturais de cada região. Essas políticas podem contar
com legislações que visam regulamentar ações e profissionais da área cultural,
bem como fomentar a cultura, por meio de editais para produtores culturais.
59
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
60
TÓPICO 1 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL MUNDIAL
61
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
FONTE: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/12.140/7155>.
Acesso em: 27 jan. 2020.
62
TÓPICO 1 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL MUNDIAL
Nos Estados Unidos, a cidade de Nova Iorque foi listada pela Fundação
Americana para Cegos (AFB) como um dos melhores lugares para se viver com
deficiência visual no país. Segundo a pesquisa realizada, Nova Iorque possui um
sistema de transporte público acessível, permitindo aos moradores o acesso a
atividades sociais e culturais a qualquer momento (GONÇALVES, 2019).
63
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
64
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2016-segunda-aplicacao/
primeiro-dia/acoes-de-educacao-patrimonial-sao-realizadas-em-diferentes-contextos-e-
localidades/>. Acesso em: 11 mar. 2020.
65
3 Leia a reportagem a seguir:
FONTE: <https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20190227STO28989/
aumentar-a-acessibilidade-aos-produtos-e-servicos-na-ue>. Acesso em: 29 jan. 2020.
66
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Falar de legislação na área cultural no Brasil provoca uma série de
discussões e necessita de grande estudo das leis e resoluções já existentes no
campo jurídico sobre essa área em específico. Essas leis, quando criadas, são
pensadas para preservar e garantir que a cultura possa ser regulamentada de
acordo com as necessidades de cada local.
Portanto, neste tópico será apresentado o panorama geral das leis existentes
em nosso território de forma a permitir a sua análise e compreender os contextos
em que as mesmas foram criadas, quais as oportunidades que garantem aos
profissionais da área, bem como quais os benefícios para a população elas trazem.
67
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
FONTE: <http://leideincentivoacultura.cultura.gov.br/wp-content/themes/idg-wp/assets/img/
info-caminho-rouanet-2.png?4>. Acesso em: 29 jan. 2020.
68
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
69
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
70
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
CAPÍTULO II
Do Fundo Nacional da Cultura (FNC)
71
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
Outro ponto importante que a Lei nos traz, são os aspectos da importância
da cultura e da multiplicação de projetos voltados para a área social com cunho
cultural. A preservação e proteção do patrimônio histórico e cultural brasileiro
também são fundamentadas para que os projetos fomentem cada vez mais a área
cultural e histórica no Brasil.
CAPÍTULO III
Dos Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart)
72
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
CAPÍTULO IV
Do Incentivo a Projetos Culturais
73
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
74
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
75
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
76
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
CAPÍTULO V
Das Disposições Gerais e Transitórias
77
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
78
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
79
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
80
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
81
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
82
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
Além de que atendem o que já está disposto no art. 4º, inciso III, da Lei nº
13.018, de 22 de julho de 2014, que traz o Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de
Cultura como um dos instrumentos da Política Nacional de Cultura Viva, sendo
também um instrumento que possibilita visualizar os Pontos de Cultura para
atendimento da meta 23 do PNC (BRASIL, 2014). Entidades e coletivos culturais
passam a ser certificados como pontos de cultura, ampliando a divulgação de suas
ações, oferecendo visibilidade e democratizando ainda mais o acesso à cultura.
83
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
84
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
DICAS
85
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
86
TÓPICO 2 | PANORAMA GERAL DA LEGISLAÇÃO CULTURAL NACIONAL
87
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para irmos mais além à questão da difusão da cultura, é necessário que sejam
criadas políticas públicas diversas para o incentivo da prática do fazer cultural
bem como do consumo de cultura em geral. Com esse intuito foi criada a Lei
12.761 de 2012 de institui o Programa Cultura do Trabalhador.
88
AUTOATIVIDADE
89
3 No país, existem diversos meios de fomento e incentivo a cultura, seja
por leis ou por Fundos criados especificamente para este fim. Assinale a
alternativa que melhor define o que são os Fundos de Cultura:
4 Para que um projeto cultural possa ser divulgado, ele requer alguns
instrumentos de publicização. Dentre as alternativas para a divulgação de
projetos, apresentações, festivais e produtos culturais, destacam-se, EXCETO:
a) ( ) E-mails.
b) ( ) TV aberta.
c) ( ) Clipping.
d) ( ) Revistas.
90
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As leis de incentivo e fomento no país são bastante rigorosas no quesito
aprovação e comprovação de sua execução primorosa. Seguir as regras básicas de
cada edital trás para o produtor cultura a segurança de que seu trabalho foi bem
desenvolvido e seus objetivos alcançados. Portanto, seguir as legislações vigentes
sobre eventos culturais é primordial para o bom desenvolvimento dos trabalhos.
91
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
NTE
INTERESSA
Você sabia que o festival Tomorrowland não pode usar este nome de evento
nos Estados Unidos? No país o nome Tomorrowland já estava registrado pela Disney. Por
isso, quando os produtores do evento realizaram suas edições por lá, o evento chamou-se
TomorrowWorld.
FONTE: <http://soultraveler.com.br/pacote-de-viagem/tomorrowland-na-belgica-2020/>.
Acesso em: 25 jan. 2020.
92
TÓPICO 3 | LEGISLAÇÃO E EVENTOS CULTURAIS
93
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 3 | LEGISLAÇÃO E EVENTOS CULTURAIS
95
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
ATENCAO
De acordo com a nova Lei 12.853/13, que dispõe sobre a gestão coletiva
de direitos autorais, altera, revoga e acrescenta dispositivos à Lei nº 9.610, de
19 de fevereiro de 1998, também é preciso encaminhar ao Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição (ECAD) uma lista com todas as músicas executadas
durante o evento. Isso garante que a remuneração aos artistas e compositores seja
feita corretamente.
96
TÓPICO 3 | LEGISLAÇÃO E EVENTOS CULTURAIS
97
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Thais Seganfredo
O Selo, porém, deixa claro que essa acessibilidade é apenas básica e parcial,
como concluiu, por exemplo, o estudo da bibliotecária Mirela Strehl Zanona, de
2014. Em seu trabalho de graduação na UFRGS, ela estudou as condições da
Usina do Gasômetro. Ausência de vagas reservadas no estacionamento, ausência
de sinalizações sonoras, visuais e táteis e piso inadequado a cadeirantes foram
apenas algumas das conclusões.
98
TÓPICO 3 | LEGISLAÇÃO E EVENTOS CULTURAIS
99
UNIDADE 2 | PANORAMA DA LEGISLAÇÃO CULTURAL EM ÂMBITO MUNDIAL E NACIONAL
Desafios e oportunidades
100
TÓPICO 3 | LEGISLAÇÃO E EVENTOS CULTURAIS
FONTE: SEGANFREDO, T. Acessibilidade cultural: uma longa jornada. Nonada, Porto Alegre,
7 mar. 2016. Disponível em:http://www.nonada.com.br/2016/03/acessibilidade-cultural-uma-
longa-jornada/. Acesso em: 20 dez. 2019.
101
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os alvarás são emitidos para eventos temporários, ou seja, cada evento que for
feito será necessário um alvará individual. Esse documento garante que seu
evento possa ocorrer sem problemas com as autoridades, bem como garante a
segurança das pessoas que frequentarão o evento.
• Pensar no bem-estar das pessoas que irão frequentar o evento é mais importante
do que o sucesso da atração. Por isso, o produtor cultural deve estar atento a
legislação referente à segurança e vigilância sanitária do local onde o evento irá
acontecer.
• A Lei n° 6.533 de 24 de maio de 1978, também conhecida como Lei dos Artistas,
regulamenta a apresentação de artistas e técnicos em espetáculos e shows.
CHAMADA
102
AUTOATIVIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles, você
encontrará auto atividades que o ajudarão a fixar os conhecimentos
adquiridos.
CHAMADA
105
106
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Quando projetos culturais são emitidos para a apreciação de editais de
leis de incentivo e fomento a cultura, sejam eles municipais, estaduais ou federais
públicos e até mesmo privados, eles precisam seguir algumas regras e devem ter
uma boa argumentação e organização para que possa ser aprovado e executado
Neste tópico iremos entender o que é um projeto cultural e quais são as etapas
básicas para a escrita e realização das ações ou confecção dos produtos culturais que
estarão em desenvolvimento. Além disso, serão apresentadas algumas dicas para
que o projeto possa ser melhor desenvolvido para ser melhor executado.
107
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
FIGURA 1 - PROJETO CULTURAL CINE EM CENA LEVA SESSÕES DE CINEMA GRATUITAS PARA
CRIANÇAS E ADULTOS EM TODO O BRASIL
FONTE: <https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2019/04/23/projeto-cine-em-
cena-faz-exibicoes-gratuitas-em-avare.ghtml>. Acesso em: 12 fev. 2020.
108
TÓPICO 1 | ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROJETO CULTURAL
109
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Exemplo
O quê?
Refere-se ao que se pretende desenvolver.
Ex.: Editar e publicar um livro sobre festas populares do estado do Paraná, com
foco na influência das tradições culturais dos imigrantes europeus da região.
Por quê?
Por que pretendo realizar o projeto? Um problema a ser solucionado? Uma
demanda cultural não atendida?
Ex.: Para mapear, registrar e difundir a influência cultural dos imigrantes europeus
no estado do Paraná, com ênfase nas festas tradicionais e populares da região.
Quem?
A quem se destinará o produto gerado pelo projeto e com quem trabalharemos
para a sua realização?
Ex.: o produto será destinado à população da região, historiadores, pesquisadores
e interessados sobre o tema. Trabalharemos com historiador, pesquisador-
assistente, produtor, coordenador, gestor do projeto, programador visual e
assessor de imprensa.
Como?
De que forma será realizado o projeto?
Ex.: por meio de mapeamento de todas as festas populares da região e pesquisa
sobre a cultura dos imigrantes europeus.
Quanto?
Qual o valor do projeto e de onde virão os recursos para a sua realização?
Poderemos contar com recursos próprios, financiamento privado, público,
apoios em forma de serviços ou de bens etc.
Ex.: o projeto será financiado via leis de incentivo estadual e federal e custará
R$ 80.000,00.
Quando?
Em que período o projeto será realizado e qual será a duração prevista?
Ex.: o projeto terá duração de 10 meses, de 1º de março a31 de dezembro de
2021.
Onde?
Refere-se ao local, ou aos locais, onde será apresentado, realizado, consumido
ou distribuído o produto.
Ex.: Paraná.
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 24-25.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
110
TÓPICO 1 | ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROJETO CULTURAL
FONTE:<http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-09/projeto-estimula-danca-em-
comunidades-carentes-da-zona-norte-do-rio>. Acesso em: 12 fev. 2020.
111
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
E
IMPORTANT
• Pular etapas: no caso de leis e editais de fomento à cultura, é um erro partir logo
para o preenchimento do formulário sem a construção prévia do projeto cultural. Além
de ser bem mais trabalhoso preencher o formulário sem ter o projeto em mãos, a
possibilidade de enviar um projeto incompleto ou inconsistente é enorme!
• Ter como único fim a solicitação de recursos: habitualmente, os projetos culturais
são construídos tendo como único propósito a solicitação de recursos financeiros,
seja mediante leis e editais de incentivo à cultura, seja com potenciais patrocinadores,
apoiadores ou parceiros culturais. No entanto, não podemos esquecer a importância de
um projeto cultural como instrumento de planejamento, gestão, comunicação interna,
controle e auxílio na avaliação final da execução do trabalho.
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar e
prestar contas. Brasília: Instituto Alvorada Brasil: Sebrae Nacional, 2014. p. 26. Disponível em:
<https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/61942d13
4ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
Exemplo
Apresentação
Após três anos consecutivos de ações culturais realizadas em comunidades
carentes da cidade de Belém, o projeto Arte na Comunidade entrará na 4ª
edição e, desta vez, oferecerá oficinas gratuitas sobre arte contemporânea para
jovens estudantes, com idades compreendidas entre 12 e 18 anos, moradores
da comunidade Casa Virada, uma das comunidades mais pobres da capital
do Pará. A ideia do projeto nasceu em 2012 e, inicialmente, tinha o objetivo
de realizar oficinas práticas sobre o processo criativo da arte, lançando mão
da arte contemporânea como ponto de partida. Contando com a parceria de
artistas, arte-educadores e professores de arte, foram realizadas oficinas de
112
TÓPICO 1 | ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROJETO CULTURAL
113
RESUMO DO TÓPICO 1
• Um projeto não pode ser considerado apenas como um papel cheio de ideias e
intenções sobre determinada ação.
114
AUTOATIVIDADE
FONTE: Site da Mostra Universitária de Curtas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Disponível em: <https://moucmostra.wordpress.com/>.
a) ( ) Projeto de evento.
b) ( ) Projeto de produto.
c) ( ) Projeto de espaço e centro cultural.
d) ( ) Projeto de ação cultural.
115
I- As oportunidades de financiamento existentes, tais como editais de empresas
públicas, privadas e de fundações, uso de leis de incentivo, fundos e doações
etc.
II- A delimitação clara de seu público-alvo, definida de acordo com seu
contexto cultural.
III- Que um projeto cultural é único, definido de acordo com as políticas e
diretrizes existentes, não sendo possível reformatá-lo ou adaptá-lo de
acordo com editais ou programas emergentes.
IV- Que as metas quantificáveis do projeto devem ser priorizadas, uma
vez que, pelo fato de as ações culturais interagirem com o campo das
mentalidades e práticas culturais, um projeto pode levar um longo tempo
para gerar resultados no campo social e político, por exemplo.
116
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Para iniciar um projeto cultural é preciso deixar bem claro quais são os
objetivos do projeto, bem como justificar de maneira a convencer os leitores da
importância do produto/ação cultural que será realizado.
Com objetivos bem elaborados, um projeto pode vislumbrar o que
encontrará pela frente, como se fossem suas metas a serem alcançadas. Saber
dizer para que serve seu projeto, bem como saber explicar sua importância
na comunidade é de fundamental importância para que um projeto possa ser
facilmente aprovado em editais.
O ponto final do caminho trilhado pelo projeto deve ser guiado pelos objetivos,
tanto o geral quanto os específicos. Segundo Fernandez (2008, p. 21), é necessário que
“[...] na fase de construção dos objetivos respondam claramente ‘O QUE’ o projeto
pretende atingir após a sua implantação. Nos objetivos demonstramos qual é a ação
que desejamos realizar em relação ao nosso público-alvo”.
117
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
FONTE:<https://obeijo.com.br/teatro-itau-cultural-realiza-ate-15-de-setembro-projeto-critica-
em-movimento-com-espetaculos-e-debates/>. Acesso em: 12 fev. 2020.
E
IMPORTANT
Para auxiliá-lo na elaboração dos objetivos, segue uma lista básica e assertiva
de verbos:
OBJETIVOS GERAIS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apontar, distinguir, pesquisar, adotar, dizer, preparar, aplicar, elaborar, prever, ampliar,
enumerar, produzir, autorizar, enfatizar, reconstruir, calcular, enunciar, redigir, caracterizar,
escolher, reescrever, categorizar, esboçar, relacionar, citar, escrever, relatar, classificar,
especificar, reproduzir, combinar, estabelecer, resolver, compilar, exemplificar, resumir,
comparar, explicar, reorganizar, compor, expressar-se, rever, conceituar, fazer resumo,
118
TÓPICO 2 | ETAPAS INICIAIS DO PROJETO CULTURAL
selecionar, concluir, generalizar, ser capaz, confirmar, identificar, subdividir, constatar, ilustrar,
sublinhar, contrastar, indicar, sumarizar, converter, inferir, situar, criticar, inventar, traduzir,
discriminar, justificar, traçar, defender, listar, utilizar, definir, manipular, valorizar, delimitar,
marcar, verificar, demonstrar, modificar, organizar, determinar, mostrar, descrever, numerar,
destacar, obter, diferenciar, operar.
FONTE: <http://ienomat.com.br/administrasempre/index.php/2014/02/25/verbos-para-elabo
racao-de-objetivos-gerais-e-especificos/>. Acesso em: 11 mar. 2020.
Exemplo
Objetivos específicos:
• Realizar documentário sobre a arte urbana brasileira: história, técnicas e
principais artistas, conhecidos e desconhecidos;
• Realizar oficinas gratuitas de grafite para jovens de comunidades carentes.
119
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Metas:
• Realizar filmagens para um documentário de 90 minutos de duração sobre
arte urbana brasileira em cinco cidades: Belém, Brasília, Curitiba, Recife e
São Paulo.
• Realizar no período de 12 meses (de 1º de maio de 2015 a 30 de abril de 2016),
a produção (filmagens) e a pós-produção (edição, trilha sonora, finalização e
mixagem) do documentário.
• Realizar 15 oficinas gratuitas de grafite para um total de 180 jovens com
idades entre 12 e 18 anos, moradores de comunidades carentes das cidades
envolvidas no projeto. As oficinas terão carga horária de 8 horas, cada uma.
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 32.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
120
TÓPICO 2 | ETAPAS INICIAIS DO PROJETO CULTURAL
FONTE:<https://ocp.news/entretenimento/projeto-cultural-leva-musica-de-graca-para-as-ruas-
de-florianopolis>. Acesso em: 12 fev. 2020.
Exemplo
121
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 35.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
122
TÓPICO 2 | ETAPAS INICIAIS DO PROJETO CULTURAL
NOTA
A estimativa do público-alvo não deve ser feita por meio de tentativas de acerto,
ou seja, pelo “chute”. De fato, há projetos cujo público é mais facilmente mensurável (como
é o caso da confecção de CD ou da produção de livro), enquanto outros, o público torna-
se mais difícil de ser estimado (por exemplo, uma apresentação musical ao ar livre). Em
casos como estes, quando não se tem uma noção clara do público a ser beneficiado,
uma sugestão é recorrer ao histórico da própria organização na concepção de projetos
similares, à capacidade do local do evento, ou mesmo, buscar informações em ações
anteriores semelhantes (IAB, 2014, p. 38).
123
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
FONTE:<http://www.mobilizadores.org.br/wp-content/uploads/2016/04/Esbo%C3%A7o-do-
ante-projeto-cultural-FESTCULT.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2020.
124
RESUMO DO TÓPICO 2
• O ponto final do caminho trilhado pelo projeto deve ser guiado pelos objetivos,
tanto o Geral quanto os Específicos.
125
AUTOATIVIDADE
3 Tendo o texto a seguir como referência inicial acerca das várias concepções
de cultura e sobre o público que consome cultura, disserte sobre como os
projetos culturais devem ser assertivos em relação ao público-alvo:
“Há uma preocupação cada vez maior com um fenômeno relativamente novo,
que é a cultura de massa. Esse termo origina-se de um termo muito mais
antigo: sociedade de massas. O desafio de hoje é saber se o que é legítimo para
a sociedade de massas também o é para a cultura de massas. Essa questão
desperta um outro problema, o do relacionamento altamente problemático
entre sociedade e cultura. Basta recordar até que ponto o movimento da arte
moderna, que compreendeu literatura, música e artes plásticas, partiu de uma
rebelião do artista contra a sociedade como tal e não contra a sociedade de
massas ainda desconhecida. A indústria cultural, na sociedade de massas,
impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de
julgar e de decidir consciente”.
FONTE: ARENDT, H. Entre o Passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2007. p. 253 (com
adaptações).
126
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Conhecer as etapas de trabalho de um projeto cultural faz com que se
entenda sua estrutura e seu funcionamento. As fases de pré-produção, produção
e pós-produção devem ser desenhadas de acordo com os objetivos e metas que
foram estipulados.
Neste tópico serão apresentadas essas fases, bem como questões referentes
a orçamentos, plano de divulgação e contrapartidas de um projeto cultural, itens
importantes para a escrita de um bom projeto cultural.
127
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Exemplo
128
TÓPICO 3 | ETAPAS DE TRABALHO DO PROJETO CULTURAL
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 46-47.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
FONTE:<https://www.dezminutosdearte.com.br/teatro/projeto-fazendo-cena-tem-nova-edicao-
dia-27-de-outubro/>. Acesso em: 13 fev. 2020.
129
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Pré-produção
- Confirmação dos hotéis
- Confirmação das pautas dos teatros
- Locação de transporte para atores e equipe do projeto
- Contratação do assistente de produção local (em
cada cidade)
- Ensaios
Produção/Execução
- Apresentação da peça em Campinas
- Registro videográfico da 1ª apresentação
- Apresentação da peça em Mogi Mirim
- Apresentação da peça em Bauru
- Registro videográfico da última apresentação
- Registro fotográfico das peças teatrais
Divulgação/Comercialização
- Criação da identidade visual do projeto
- Criação das peças gráficas de divulgação
- Impressão dos ingressos
- Impressão dos cartazes
- Confecção dos banners
- Distribuição das peças de divulgação do projeto
- Divulgação do projeto em rádios locais
- Venda e distribuição dos ingressos
- Organização do clipping do projeto
Administração físico-financeira
- Acompanhamento e gestão do projeto (físico e financeiro)
- Execução financeira
- Serviço de consultoria contábil
- Serviço de consultoria jurídica
- Elaboração da prestação de contas
- Elaboração do relatório de execução (relatório final)
130
TÓPICO 3 | ETAPAS DE TRABALHO DO PROJETO CULTURAL
Exemplo
131
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
◦ 1 assessor jurídico;
◦ 1 auxiliar de serviços gerais;
◦ montagem e desmontagem;
◦ locação de mobiliário expositivo;
◦ locação de equipamento de iluminação;
◦ transporte das obras;
◦ seguro para as obras;
◦ confecção de convite;
◦ confecção da sinalização;
◦ confecção do livreto do educativo;
◦ confecção de cartaz;
◦ anúncio de rádio;
◦ locação de toldo para a abertura
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 54.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
NOTA
132
TÓPICO 3 | ETAPAS DE TRABALHO DO PROJETO CULTURAL
133
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
FONTE: <http://www.diariodoiguacu.com.br/noticias/detalhes/festival-de-palhacaria-de-
chapeco-e-aprovado-na-lei-rouanet-43515>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Exemplo
Contrapartidas de Imagem:
• As marcas do patrocinador e dos parceiros entrarão em todas as peças
gráficas (cartaz, folder, programa da mostra, banner), publicitárias (anúncios
de jornal, de rádio e de TV) e promocionais (camisetas) do projeto, bem
como todo o apoio recebido para a realização do projeto será mencionado
na vinheta de abertura da mostra e em entrevistas sobre o projeto.
Contrapartidas sociais:
• Acesso gratuito aos filmes da mostra.
• Realização de quatro oficinas gratuitas sobre técnicas de cinema para alunos
de instituições de ensino público. Cada oficina terá capacidade para 25
alunos, sendo beneficiados 100 alunos no total.
Contrapartidas ambientais:
• Impressão do cartaz, do folder e do programa da mostra em papel 100% reciclado.
• Distribuição de panfletos sobre a importância da coleta seletiva e da separação
correta do lixo. Os panfletos serão distribuídos junto com o programa da mostra.
• Exibição de três filmes de curta-metragem com a temática ambiental.
134
TÓPICO 3 | ETAPAS DE TRABALHO DO PROJETO CULTURAL
Contrapartidas negociais:
• Exibição de vídeo institucional do patrocinador antes do início de cada
sessão da mostra.
• Exibição extra de uma das sessões para os funcionários e clientes da empresa
patrocinadora.
Contrapartida financeira:
• 10% do valor total do orçamento do projeto.
FONTE: IAB - INSTITUTO ALVORADA BRASIL. Projetos culturais: como elaborar, executar
e prestar contas. Brasília, DF: Instituto Alvorada Brasil; Sebrae Nacional, 2014. p. 74.
Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/61942d134ba32ed4c25a6439578715ce/$File/5443.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
135
RESUMO DO TÓPICO 3
• A pós-produção acontece depois que a ação e/ou produto cultural foi finalizado,
com prestação de contas, relatórios e outras demandas dessa etapa do projeto.
136
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:GZbJcglMYbIJ:https://
www2.ufmg.br/concursos/content/download/7913/66104/version/1/file/PRODUTOR%
2BCULTURAL.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 11 mar. 2020. (questão 16).
FONTE: <https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:GZbJcglMYbIJ:https://
www2.ufmg.br/concursos/content/download/7913/66104/version/1/file/PRODUTOR
%2BCULTURAL.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 11 mar. 2020. (questão 17).
137
a) ( ) As afirmativas I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a afirmativa I está correta.
c) ( ) Somente a afirmativa II está correta.
d) ( ) As afirmativas III e IV estão corretas.
Coluna 1 Coluna 2
Atividade Fase
A. Assinatura de contratos ( ) Fase de pré-produção
B. Montagem de equipe de trabalho ( ) Produção de evento
C. Elaboração de relatórios ( ) Produção de turnês
D. Produtor local ou produtor de frente ( ) Fase de pós-produção
E. Análise de impactos ( ) Início de produção
FONTE: <https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:GZbJcglMYbIJ:https://
www2.ufmg.br/concursos/content/download/7913/66104/version/1/file/PRODUTOR
%2BCULTURAL.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 11 mar. 2020. (questão 18).
a) ( ) D, B, C, E, A.
b) ( ) C, A, B, D, E.
c) ( ) A, C, E, B, D.
d) ( ) B, E, D, C, A.
a) ( ) Plano de divulgação.
b) ( ) Objetivos.
c) ( ) Cronograma de Atividades.
d) ( ) Equipe técnica.
138
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Alguns itens fazem toda a diferença na hora de um profissional avaliador
visualizar um projeto. Principalmente no que tange a acessibilidade e a
democratização do projeto a ser avaliado. Quanto maior o número de pessoas
atingidos pelo projeto, maior a pontuação ele obterá.
A cultura é plural e sua principal função é fazer com que todas as ações
que são voltadas a essa área sejam ações democráticas abertas ao público e
principalmente gratuitas. Um dos pontos primordiais de um projeto é que ele
tenha como meta atingir um determinado público que, por conta de seu padrão
ou condição social e financeira, nunca teriam contato com uma ação desse tipo.
Desta maneira, os projetos, quando escritos, já devem ter em seu escopo o item
democratização, para que as ações e produtos culturais desenvolvidos possam
ser destinados para este público, sem ônus para a comunidade. Como fazer com
que a democratização aconteça? Seguindo alguns critérios como:
139
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
ATENCAO
Art. 22. Além das medidas descritas nos artigos anteriores, o proponente deverá prever
a adoção de, pelo menos, uma das seguintes medidas de democratização de acesso às
atividades, aos produtos, serviços e bens culturais:
FONTE: <http://www.lex.com.br/legis_27342926_INSTRUCAO_NORMATIVA_N_1_DE_20_DE_
MARCO_DE_2017.aspx>. Acesso em: 11 mar. 2020.
140
TÓPICO 4 | ITENS QUE SOMAM PONTOS EM PROJETOS CULTURAIS
FONTE: <https://medium.com/revista-bravo/rampas-de-acesso-para-a-arte-813d60c79793>.
Acesso em: 15 fev. 2020.
141
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
142
TÓPICO 4 | ITENS QUE SOMAM PONTOS EM PROJETOS CULTURAIS
escolho um conceito de cultura que me parece muito fértil do ponto de vista social
e político, além de esclarecedor quanto às condições de vida e às potencialidades
dos cidadãos mais velhos. Para tanto, comentarei um relato do eminente professor
Alfredo Bosi sobre uma experiência por ele vivida e sua brilhante reflexão sobre
a mesma (BOSI, 1997, p. 33-58).
143
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Do exposto até aqui, fica a ideia de que é possível pensar no direito do idoso à
cultura, tanto na condição de consumidor de bens culturais quanto na de produtor
de cultura. O termo consumidor no contexto de uma sociedade consumista e
despolitizada como a nossa é, compreensivelmente, posto em suspeição. Em
nossos dias, o consumidor é visto como um ser apenas preocupado com seus
interesses particulares, portanto, alienado das causas sociais. Uma avaliação do
grau de consciência e participação política, porém, depende, obviamente do que
e de como se consome. Referindo-se às possibilidades do consumidor cidadão,
para Canclini (2008, p. 35), “é preciso desconstruir as concepções que julgam
os comportamentos dos consumidores como predominantemente irracionais
e as que somente veem os cidadãos atuando em função da racionalidade dos
princípios ideológicos”.
Nas décadas mais recentes, a maior presença dos idosos nos espaços
públicos não decorre apenas do aumento desse contingente etário, mas
também de mudanças comportamentais. Movidos pelo desejo de viver mais
intensamente, consoante os novos valores da contemporaneidade, eles se
tornaram mais participantes, mais reivindicativos, mobilizaram-se na defesa de
seus direitos e, como consequência, elevaram-se as expectativas de possibilidades
de realização na velhice. O encontro de gerações, em circunstâncias ideais de
respeito e amizade, pode ensejar ricas trocas de experiências nas quais o idoso
alterna a posição de professor e de aluno dos jovens. Nas sociedades em que é
valorizado, sua função de professor é ressaltada. A história nos mostra que, em
épocas turbulentas, de transição, de rápidas mudanças, os jovens tendem a tomar
o comando da comunidade ou mesmo de uma nação. Nos momentos que exigem
reorganização e garantia de repasse das tradições, porém, a figura do velho é
essencial. A palavra tradição vem do latim traditio. O verbo é tradire e significa
precipuamente entregar, designa o ato de passar algo para outra pessoa, ou de
uma a outra geração (Bornheim, 1997, p.18). A sabedoria dos velhos, desde as
anotações de Walter Benjamin, prossegue sendo desperdiçada pela sociedade de
consumo, alienada de sua própria história. Todavia, tanto a ação cultural da qual
144
TÓPICO 4 | ITENS QUE SOMAM PONTOS EM PROJETOS CULTURAIS
os idosos são o público alvo, quanto a ação cultural da qual eles podem e devem
ser os sujeitos, trazem a promessa de dias melhores. Essas ações se somam aos
esforços de todos aqueles que estão voltados para a construção de uma sociedade
mais humana e solidária (Benjamin, 1986, p. 195).
O termo lazer tem sua origem no verbo latino licere, que significa ser
possível, permitido, lícito, poder fazer algo, e tem a ver com a liberação de
obrigações, possibilitando o exercício de atividades entendidas como de lazer.
Entre os antigos gregos, o lazer ou o ócio era muito valorizado, pois permitia o
nobre exercício da política e da filosofia, enquanto o trabalho, atividade utilitária
que atendia a necessidades biológicas, era visto como algo menor e reservado a
mulheres e escravos, sobretudo o trabalho manual. O termo trabalho, aliás, deriva
do latim tripalium, antigo instrumento de tortura. Associava-se a ele, portanto, a
noção de sacrifício e sofrimento. Mais recentemente, no século XIX, em plena
Revolução Industrial, o lazer passa a ser sentido como um fundamental fator de
humanização das condições de trabalho. Nessa época, o trabalhador, incluindo
crianças, mulheres e velhos, tinha jornadas de treze a dezesseis horas diárias,
num contexto de infâmia e terrível opressão. Paulo Lafargue, testemunha dessas
iniquidades, comenta com ironia e indignação em seu Direito à Preguiça que
“uma estranha loucura se apossou das classes operárias das nações onde reina a
civilização capitalista. Esta loucura arrasta consigo misérias individuais e sociais.
Esta loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda do trabalho, levado até
o esgotamento das forças vitais do indivíduo” (LAFARGUE, 1977, p. 7). Nas
décadas seguintes a situação do trabalhador foi melhorando. Tanto a progressiva
redução da jornada quanto a melhoria das condições de trabalho, porém, foram
determinadas principalmente mais pelas vitórias do movimento operário do
que devido a avanços tecnológicos. Com muita luta, puderam os trabalhadores
conquistar os direitos trabalhistas desfrutados em nossos dias, como o direito a
aposentadoria, entre outros.
145
UNIDADE 3 | IMERSÃO EM PROJETOS CULTURAIS
Segundo ele, é preciso viver a arte se quisermos ser permeados pela arte.
Por meio de atividades como tocar um instrumento, pintar, dançar etc., passa-se a
ter mais influência sobre nossa mente e nosso corpo. O ideal é combinar liberdade
e trabalho, transformando trabalho em diversão e diversão em trabalho. Quando
o que fazemos é o exercício da habilidade e da imaginação humanas em todos
os campos do trabalho humano, então as diferenças entre trabalho e diversão,
entre arte e indústria, entre profissão e recreação, entre os jogos e a poesia – todas
essas distinções desaparecem. O ser humano se torna ser humano total, e seu
modo de vida uma contínua celebração de sua força e imaginação (Head, 1986).
A educação pela arte de que fala Head, via oficinas de dança, música, teatro, artes
plásticas etc. fazem parte da programação de diversas instituições socioculturais
brasileiras de ensino não formal, de natureza pública ou particular, dirigidas a
todas as faixas etárias. Nelas, os idosos têm a oportunidade do desenvolvimento
cultural e artístico.
FONTE: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9127/1/O%20Cidad%C3%A3o%20idoso.pdf>.
Acesso em: 11 mar. 2020.
146
RESUMO DO TÓPICO 4
• A cultura é plural e sua principal função é fazer com que todas as ações
que são voltadas a essa área sejam ações democráticas, abertas ao público e
principalmente gratuitas.
CHAMADA
147
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://www.questoesgratis.com/questoes-de-concurso/questoes/disciplina%
3D49?disciplina=49&page=3>. Acesso em: 11 mar. 2020.
FONTE: SEGANFREDO, Thais. Acessibilidade Cultural: Uma longa Jornada. Disponível em:
<http://www.nonada.com.br/2016/03/acessibilidade-cultural-uma-longa-jornada/>. Acesso
em: 29 mar. 2020.
148
3 A Lei de Incentivo à Cultura tem sido alvo de polêmicas resultando no
pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
investigar possíveis irregularidades na concessão de incentivos fiscais. As
posições críticas com relação à Lei de Incentivo à Cultura apontam a:
149
150
REFERÊNCIAS
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2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/
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BRASIL. Lei n° 12.853, de agosto de 2013. Altera os arts. 5°, 68, 97, 98, 99 e 100,
acrescenta arts. 98-A, 98-B, 98-C, 99-A, 99-B, 100-A, 100-B e 109-A e revoga o art.
94 da Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para dispor sobre a gestão coletiva
de direitos autorais, e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial [da]
União, 2013b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
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