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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CAMPUS PAMPULHA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

ANDERSON DE BRITO ALMEIDA


ARTHUR VINÍCIUS SANTOS AMARAL
GEOVANNI SOUZA RAMOS

Belo Horizonte-MG
Maio\2022
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CAMPUS PAMPULHA

ANDERSON DE BRITO ALMEIDA


ARTHUR VINÍCIUS SANTOS AMARAL
GEOVANNI SOUZA RAMOS

EXPERIÊNCIA 4: CINÉTICA QUÍMICA

Relatório de aula prática supervisionada


pela professora Dra. Renata Costa Silva
Araújo. Referente à aula 4 realizada no
dia 17 de maio de 2022, Departamento
de Química da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) - Campus
Pampulha, como requisito para avaliação
final da disciplina em questão.

Belo Horizonte-MG
Maio\2022
1.INTRODUÇÃO
A palavra cinética vem do grego “κίνησις, kinesis”, que significa movimento. Na cinética
química o conceito é relativo a velocidade com que ocorrem as reações. E apesar destes significados
aparentarem ser distintos, ambos são equivalentes, visto que o movimento das moléculas e suas
respectivas colisões são fatores decisivos para velocidade de uma reação química.
A posição e velocidade a qual estas colidem irão determinar a eficácia da formação de uma nova
ligação molecular, sendo que existem diversos meios de se otimizar tal processo, como o aumento da
temperatura, que irá intensificar a agitação do meio, facilitando a quebra e formação de novas interações.
Outra maneira de se acelerar uma reação é feita a partir do aumento da concentração de
reagentes, pois quanto mais diluída uma solução se encontra, menor a probabilidade de haver um
encontro entre as moléculas, ou seja, ao ampliar a quantidade de substância a reação é acelerada. A
medida usada é expressa em mol por volume de solução, que determinará a chamada concentração
molar, ou molaridade de uma solução.
E por último, entre as três principais formas de se impulsionar a velocidade de formação de
produtos, tem-se o uso de catalisadores, que nada mais são que substâncias presentes na reação com o
intuito de reduzir a energia de ativação, que seria a energia necessária para romper uma ligação e formar
uma nova, esta se diferencia por não participar do grupo de reagentes, ou seja, não deve ser consumido
durante a reação. Existem diversos tipos de catalisadores, desde orgânicos, inorgânicos e os biológicos
chamados de enzimas.

2.OBJETIVOS
O objetivo central desta prática está em compreender o modo com o qual fatores como a
temperatura, concentração e catalisadores podem influenciar na velocidade de uma reação
química. Além disso, também objetiva-se compreender as condições que levam uma substância
a reagir, analisar e relacionar a importância do conhecimento da cinética química para o
cotidiano, aprendendo a manipular a velocidade de uma reação de acordo com a necessidade,
desacelerando quando se tem interesse no material inicial e otimizando quando o foco está na
obtenção de produtos.

3.PROCEDIMENTOS
3.1. EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE REAGENTES
Foram separados e enumerados 5 tubos de ensaio de 18x150 mm. E em sequência, ao primeiro
tubo adicionou-se 5 mL da solução de 0,01 mol\L-1 de KIO3. Para as outras quatro soluções foram
adicionados respectivamente 4,3,2 e 1 mL, na ordem crescente de enumeração. A partir do segundo
tubo, todos tiveram seus volumes completados com água destilada, de modo que os volumes totais de
solução em todos os tubos fossem de 5 mL. Agitou-se para homogeneizar a solução. Depois colocou-se
5 mL de NaHSO3 0,04% m/v em cada um dos tubos de ensaio, medindo com o auxílio de um
cronômetro o tempo que cada solução levou para mudar de coloração.
3.2. EFEITOS DA TEMPERATURA NA REAÇÃO
Foram colocados 5 mL de KIO3 em um tubo de ensaio de 18X150 mm e em outro tubo de
mesma medida foram adicionados 5 mL de NaHSO3. Com o auxílio de um termômetro de mercúrio,
reduziu-se a temperatura das soluções para 5ºC em um banho de gelo, depois foram misturadas as
soluções, anotando com um cronômetro o tempo de mudança da coloração. Comparou-se o resultado
com os demais obtidos pela turma.

3.3. EFEITOS DO USO DE CATALISADORES


Separou-se 3 tubos de ensaio, onde foram adicionados com uma pipeta conta-gotas 1mL de
H2O2 a 10 volumes em cada um. Posteriormente, no primeiro, ainda com a pipeta conta-gotas adicionou-
se 2 gotas de FeCl3, no segundo, 2 gotas de CuSO4, no terceiro, 3 gotas de Na2HPO4 e 2 gotas de FeCl3.

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. CINÉTICA QUÍMICA E CONCENTRAÇÃO
Número do Tubo KIO3\ mL água destilada\mL NaHSO3\mL Tempo
decorrido\s
1 (A) 5 0 5 50 s
2 (B) 4 1 5 56 s
3 (C) 3 2 5 77 s
4 (D) 2 3 5 105 s
5 (E) 1 4 5 240 s

O que pode-se notar a partir dos dados encontrados é a relação direta entre o tempo de reação e a
concentração dos reagentes. Pois, quanto maior a concentração do íon IO 3-, mais rápida se torna a
reação. A curva no gráfico, demonstra de maneira prática a maneira na qual a diminuição de KIO3 eleva
o tempo de reação.
Isto se deve ao fato de que, as quantidades de moléculas dos reagentes na solução influenciam
diretamente no número de choques entre as mesmas, pois se estiverem em maior concentração terão
mais chance se encontrarem e de romper as ligações preexistentes formando novas, enquanto que se
estiverem dispersas, essa probabilidade diminui.

4.2. CINÉTICA QUÍMICA E TEMPERATURA


Temperatura Tempo\ s (teste 1) Tempo\ s (teste 2)
5ºC 82 s 118 s
15ºC 88 s 54 s
21ºC 47 s 44 s
Como notado nos resultados do experimento, em destaque os obtidos no teste 2 que
representaram melhor distanciamento dos valores, a medida em que se diminui a temperatura a
velocidade da reação também é reduzida, acarretando em um maior tempo na mudança de coloração da
solução. De mesmo modo pode-se analisar a inversa, onde o fator temperatura, quando ampliado leva ao
aumento da velocidade da reação, tendo seu tempo reduzido, constatando-se que a temperatura é
diretamente proporcional a velocidade com que ocorre a reação química e inversamente proporcional ao
tempo gasto para que a mesma ocorra.
Isso se deve ao fato de que para uma reação ocorrer as moléculas devem colidir eficientemente e
com uma quantidade de energia mínima necessária, conhecida como energia de ativação, que em termos
simples é a força necessária para quebrar uma ligação, gerando novas. Então, quando aumentamos a
temperatura do sistema, também aumentamos a agitação das moléculas reagentes, acrescentando energia
cinética as mesmas. Com isso, mais colisões ocorrerão e com mais energia, aumentando a velocidade da
reação.

4.3. CINÉTICA QUÍMICA E CATALISADORES


Número Solução a ser Volume a ser Observações
do Tubo adicionada adicionado
1 FeCl3 2 gotas A solução mudou para tonalidade de âmbar e depois
ocorreu a liberação de gás.
2 CuSO4 2 gotas Nada ocorreu.
3 Na2HPO4 3 gotas A tonalidade se apresentou mais clara que da
FeCl3 2 gotas primeira solução e houve formação de precipitado,
deixando a solução turva.
A água oxigenada H2O2 se decompõe naturalmente em um lento processo, gerando gás oxigênio
O2. Na primeira solução contendo FeCl3, a ação catalisadora da substância acelerou a decomposição do
H2O2, podendo ser notada pela intensa formação de bolhas. Na segunda solução não houve catálise
visível. Na terceira e última, houve formação de precipitado, e não ocorreu o efeito catalisador, o que
indica que o mesmo foi consumido na seguinte reação:
FeCl3 + 2Na2HPO4 → FePO4 + 3NaCl + NaH2PO4
Algo que não poderia ocorrer com o catalisador, visto que este não pode reagir, devendo permanecer
integro até o fim do processo. E a partir disso podemos concluir que dentre as três substâncias estudadas,
apenas o FeCl3 agiu no sentido de acelerar a reação. Esta propriedade se dá pelo fato de que os
catalisadores criam um mecanismo de reação alternativo, no qual a energia de ativação é menor que a
convencional.

5.CONCLUSÃO
Em muitos casos cotidianos é comum que se queira desacelerar uma reação, como na oxidação
de metais. Porém, quando o material de interesse é o produto de uma reação, o ideal seria sua formação
de maneira rápida e eficiente, logo o conhecimento de fatores que influenciam nesse processo é
essencial.
A cinética química é o ramo da ciência que estuda a velocidade com que ocorrem estas reações,
por meio dela é possível conhecer os três principais aspectos que devem ser levados em consideração
quando se as quer otimizar, sendo eles a temperatura, concentração e uso de catalisadores.
A temperatura age de modo a aumentar a agitação das moléculas, causando a ruptura e criação
de novas ligações. A concentração acelera a reação no sentido de ampliar a probabilidade de choque
entre as moléculas dos reagentes. Por fim, os catalisadores possuem o papel de reduzir a energia de
ativação necessária a formação de produtos sem que seja consumido no processo.
Nos experimentos foi possível notar a eficácia que cada um destes parâmetros apresenta, abrindo
uma série de possibilidades para se utilizar em laboratórios e indústrias que sintetizam substâncias,
otimizando a produção dos materiais de interesse.

6.REFERÊNCIAS
Atkins, P., Jones, L. Princípios de Química, Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª
Edição, Bookman, Editora S.A., Porto Alegre (2012). Acesso em: 3 mai. 2022.

SOUZA, Líria Alves de. Cinética Química. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/cinetica-quimica.htm. Acesso em 20 de maio de 2022.

UFJF. APOSTILA DE CINÉTICA QUÍMICA. EADQUI047. Disponível em:


https://www2.ufjf.br/quimicaead/wp-content/uploads/sites/224/2013/03/APOSTILA-DE-
CIN%C3%89TICA-QU%C3%8DMICA_EADQUI047.pdf. Acesso em: 20 mai. 2022.

P. WHITE, David. Química a Ciência Central Central: Fatores que afetam a velocidade de
reações. “Cinética química”. 9ª Edição ed. 2005. cap. 14.

CHEMICALAID. Equação química balanceada. Disponível em:


https://pt.intl.chemicalaid.com/tools/equationbalancer.php. Acesso em: 22 mai. 2022.

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