Epidemiologia
Epidemiologia
Pirâmide de evidência
Os níveis de evidência (também chamados de pirâmide de evidência)
foram descritos pela primeira vez em 1979 no Canadá.
Uma pirâmide de evidência é construída por estudos com base na
qualidade da metodologia ou do desenho experimental, validade e
aplicabilidade ao atendimento ao paciente.
Nessa pirâmide, são classificados os tipos de estudo, de acordo com a
evidência clínica e científica que eles possuem. Essas decisões dão o “grau (ou
força) da recomendação”.
Estudos observacionais
Os estudos observacionais permitem que a natureza determine o seu
curso: o investigador mede, mas não intervém. Esses estudos podem ser
descritivos e analíticos:
Estudos descritivos
Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de
doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou
as características dos indivíduos. Ou seja, responder à
pergunta: quando, onde e quem adoece?
A epidemiologia descritiva examina como a incidência (casos novos) ou
a prevalência (casos existentes) de uma doença ou condição relacionada à
saúde varia de acordo com determinadas características, como sexo, idade,
escolaridade e renda, entre outras. Quando a ocorrência da doença/condição
relacionada à saúde difere segundo o tempo, lugar ou pessoa, o
epidemiologista é capaz não apenas de identificar grupos de alto risco para fins
de prevenção mas também gerar hipóteses etiológicas para investigações
futuras.
Estudos de coorte
Nos estudos de coorte, primeiramente, identifica-se a população de
estudo e os participantes são classificados em expostos e não expostos a um
determinado fator de interesse. Depois, os indivíduos dos dois grupos são
acompanhados para verificar a incidência da doença/condição relacionada à
saúde entre expostos (a/a + d) e não expostos
Os estudos de coorte também podem ser utilizados para investigar a
história natural das doenças.
Revisão sistemática
Uma revisão sistemática, assim como outros tipos de estudo de revisão,
é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura sobre
determinado tema. Esse tipo de investigação disponibiliza um resumo das
evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante
a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação
crítica e síntese da informação selecionada. As revisões sistemáticas são
particularmente úteis para integrar as informações de um conjunto de estudos
realizados separadamente sobre determinada terapêutica/ intervenção, que
podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes, bem como
identificar temas que necessitam de evidência, auxiliando na orientação para
investigações futuras