Trabalho - Microbiologia Corrigido
Trabalho - Microbiologia Corrigido
Trabalho - Microbiologia Corrigido
Beira
2022
Felícia João Orubale
Beira
2022
ÍNDICE
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................. 10
A baixa qualidade das águas naturais é hoje um dos mais graves problemas mundiais. Assim,
uma agua considerada potavel pode apresentar contaminacao por substancias que podem ser
potencialmente nocivas a saude humana, mesmo em baixas concentracoes.
Entretanto, o trabalho é constituído por quatro (3) secções. A primeira inclui a introdução,
seguida os objectivos e os procedimentos metodológicos que foram adoptados na
operacionalização do trabalho. Na segunda secção é feita a fundamentação teórica relacionada
com a contaminação química da água e alimentos, segundo vários autores que são devidamente
citados e apresentados nas referências bibliográficas. E na terceira secção, são apresentadas as
considerações finas e por fim nas referências bibliográficas.
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologias
A metodologia usada durante a pesquisa para a elaboração deste trabalho foi fundamentada,
basicamente, na pesquisa bibliográfica. Foram consultados artigos, livros, sites e manuais que
tratam da questão.
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2. Contaminação química da água e alimentos
Vale ressaltar que, muitas vezes, a água poluída já está contaminada. Podemos citar o exemplo
da poluição por esgoto, visto que as fezes contêm parasitas e podem causar um baita estrago à
nossa saúde. Porém, nem sempre há sinais visíveis da contaminação. Uma água aparentemente
limpa também pode conter substâncias impróprias.
Assim, a contaminação da água ocorre quando substâncias patogênicas são lançadas nos corpos
hídricos. Dentre as substâncias que mais provocam problemas, podemos citar o petróleo,
pesticidas, metais pesados e as fezes. Essas últimas transportam diversos micro-organismos que
causam doenças, principalmente problemas gastrointestinais. (Santos, s/d).
De acordo com a ONU, os mais afetados com a contaminação das águas são as crianças. Estima-
se que 1,8 milhão de crianças com idade inferior a cinco anos morram em decorrência de
doenças provocadas por água de má qualidade. Dentre essas doenças, destacam-se a cólera,
hepatite A e E, leptospirose, febre tifoide, diarreia, poliomielite e uma grande variedade de
verminoses.
A água contaminada têm se tornado um grande problema de saúde pública, não somente por
provocar doenças, mas também por causar uma redução significativa da quantidade de água
potável disponível. Sendo assim, é fundamental o investimento em saneamento básico e em
políticas que evitem o lançamento de substâncias prejudiciais na água. Além disso, a
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conscientização da população sobre a importância desse recurso e dos riscos de consumir água
contaminada pode reduzir os índices de poluição e contaminação.
Com a colaboração de toda a sociedade, podemos ter água de qualidade disponível para todos,
aumentando assim a qualidade de vida e diminuindo consideravelmente o número de mortes
causadas por doenças decorrentes de água contaminada.
Entre outros fatores, a qualidade da água está diretamente ligada à presença microbiana, e o
monitoramento de microrganismos torna-se essencial na busca de alternativas para questões
ambientais relacionadas à água (Araújo e Costa, 2007; do Nascimento e Araújo, 2014). Nesse
sentido, a identificação e quantificação de microrganismos, como bactérias, por exemplo nesses
ambientes, podem ser fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade hídrica e também
alertar a favor da saúde das comunidades locais, principalmente, porque no caso de águas
contaminadas, tratadas precariamente ou sem nenhum tratamento, as consequências são a
poluição, a destruição da biodiversidade e as doenças de veiculação hídrica (Cirilo, 2008).
De acordo com PAS Campo (2005) os agrotóxicos são produtos aplicados no intuito de
combater pragas e doenças nas lavouras e seu uso deve ser consciente e supervisionado por
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profissionais da área agrícola. Alguns cuidados para seu uso são a seleção correta, uso de
produtos registrados, utilização na época adequada e na dose recomendada. É importante
ressaltar que para o preparo das caldas e da aplicação, o responsável deve utilizar EPI
(Equipamento de Proteção Individual). A destinação adequada das embalagens serve para que
não ocorra a contaminação posterior do ambiente, e o recipiente vazio deve ser lavado 3 vezes
(tríplice lavagem), perfurados e, além disso, não podem ser utilizados para outras finalidades.
As embalagens não podem ser jogadas no lixo e devem ser devolvidas para os centros de
recebimento da região. Todos esses cuidados contribuem para que não ocorra contaminação
dos alimentos, solo e água pelos agrotóxicos. (p.38).
Estudos mostram que a principal via de penetração de agrotóxicos no corpo humano ocorre por
ingestão, respiração e por absorção dérmica. O DDT e outros organoclorados têm mecanismo
neurotóxico, além de atuar na função endócrina. Altas concentrações de Dieldrin no sangue
podem deixar os indivíduos com uma maior quantidade de hormônio estimulador da tireoide
(TSH), causando quadro de hipotireoidismo. Já são apontadas relações entre a exposição ao
DDT com a elevação de taxas de câncer de mama, isso porque o DDE (metabólito do DDT) se
liga a receptores de estrogênio, mimetizando a sua ação. Sintomas causados pelo efeito
estrogênico dos organoclorados podem incluir a diminuição da quantidade de sêmen, câncer de
testículo, anormalidades no ciclo menstrual, aborto espontâneo, diminuição do peso ao
nascimento e alteração no desenvolvimento sexual; os organoclorados também podem causar
o acúmulo ao longo da cadeia alimentar (biomagnificação). Os organofosforados são
responsáveis por 70% das intoxicações agudas por exposição ocupacional, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), seu grau vai depender do contato contínuo e
características como estado nutricional, idade e sexo do indivíduo. (Stoppelli IMB, Magalhães
CP, 2005).
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ingeridos, podem se transformar no estômago em compostos N-nitrosos tóxicos e carcinógenos
ou interagir com a hemoglobina formando metahemoglobina que não consegue se ligar ao
oxigênio. Os nitratos conduzem igualmente o ser humano a ter problemas de saúde, visto que
podem ser reduzidos a nitritos. (Ward, MH et al, 2018). Diversos países estabeleceram normas
para a quantidade máxima de nitrato e nitrito na água. Assim, deve-se ter muito cuidado com
as concentrações de nitritos e nitratos na água e em alimentos, a fim de que se evite
contaminação, pois suas consequências variam de leves a desastrosas, como câncer gástrico ou
intestinal e formação de metahemoglobina dando cianose e hipoxemia, dependendo sempre de
diversos fatores, principalmente a concentração de nitrito, idade e comorbidade do paciente.
(Figueira ME, Almeida CMM, Neves CL, s/d).
A contaminação de vegetais ocorre por meio do solo, que possui capacidade de retenção dos
metais pesados como chumbo e cádmio. O chumbo, também pode se propagar pela ingestão de
água e bebidas, atingindo principalmente a medula óssea, rins e sistema nervoso central,
provocando nefropatias e até mesmo encefalopatias. Os sintomas dependem da quantidade
ingerida, do tempo de exposição e da idade. (Moreira FR, Moreira JC, 2014). Segundo estudo
em mulheres pós-menopausa na Suécia, o cádmio; muito encontrado em vegetais, cereais e
alimentos marinhos; está relacionado ao desenvolvimento de câncer de mama. (Julin B, Wolk
A, Bergkvist L, Bottai M, Akesson A, 2012).
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O consumo contínuo e a longo prazo de metais pesados e resíduos tóxicos causa diversos
problemas de saúde, acarretando em fatores de risco para aparecimento de doenças como
cânceres, doenças neurológicas, infertilidade e consequentemente a morte. (Rumiato CA,
Monteiro, 2017).
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Conclusão
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Referências bibliográficas
1. Araújo, M. F. F. DE; Costa, I. A. S. (2007). Comunidades microbianas
(bacterioplâncton e protozooplâncton) em reservatórios do semi-árido brasileiro.
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https://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=MERC
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5. Do Nascimento, E. D.; Araujo, M. F. F. (2014). Antimicrobial resistance in bacteria
isolated from aquatic environments in Brazil: a systematic review. Revista Ambiente e
Água, v. 9, n. 2, p. 239-249. Recuperado em: http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.1343
6. Figueira ME, Almeida CMM, Neves CL. (s/d). Como os nitratos podem ser reduzidos
a nitritos in vivo, a ingestão de alimentos e água que contenham excesso de uns ou de
outros pode conduzir a problemas de saúde graves. Autoridade de Segurança alimentar
e econômica [internet]. Portugal: ASAE. Recuperado em:
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-quimicos/nitratos.aspx
7. Julin B, Wolk A, Bergkvist L, Bottai M, Akesson A. (2012). Dietary cadmium exposure
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11. Stoppelli IMB, Magalhães CP. (2005). Saúde alimentar: a questão dos agrotóxicos.
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Saúde e segurança alimentar: a questão dos agrotóxicos Saúde e segurança alimentar: a
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