FDFDFD
FDFDFD
2013
Manual de Frascati 2002
Medição de atividades científicas e tecnológicas
Tipo de metodologia proposta para levantamentos sobre
pesquisa e desenvolvimento experimental
Manual de Frascati
Edição: F-Iniciativas
Capa e projeto gráfico: Leandro Pasini
Tradução: Olivier Isnard
Impressão: Pancrom
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Manual de Frascati
Frédéric Bouté
Administrador - F-Iniciativas
Prefácio 2
Manual de Frascati
Presidente ANPEI
Índice
Anexos
1 Breve história e as origens deste Manual 186
2 Obtenção de dados de P&D no setor do ensino superior 196
3 Tratamento de P&D no Sistema de Contabilidade Nacional da ONU 213
4 P&D relacionada à saúde, à tecnologia da informação e comunicação (TIC) e
à biotecnologia 227
5 Método de obtenção de dados sobre P&D em nível regional 244
6 Trabalhos sobre indicadores de ciência e tecnologia realizados por outras
organizações internacionais 247
7 Outros indicadores de ciência e tecnologia 253
8 Métodos práticos para obter estimativas atualizadas e projeções sobre os recursos
dedicados a P&D 268
9 A deflação de P&D e os índices de conversão monetária 274
10 Informações adicionais sobre a classificação de grandes projetos de P&D
particularmente no que diz respeito às indústrias de defesa e aeroespacial 286
11 Correspondência entre as categorias do pessoal de P&D por ocupação
no Manual de Frascati e as categorias da ISCO-88 301
Siglas 303
Bibliografia 306
Lista de tabelas
1.1
Manuais metodológicos da OCDE 19
2.1 Critérios complementares que permitem distinguir P&D das atividades
científicas, tecnológicas e industriais correlatas 43
2.2 Limites entre P&D e educação/formação no nível 6 da ISCED 47
2.3 Alguns casos que ilustram a fronteira entre as atividades de P&D
e outras atividades industriais 54
3.1 Classificação internacional padrão adaptada à realização de estatística de P&D 73
3.2
Áreas científicas e tecnológicas 85
4.1
Utilidade das distribuições funcionais 98
4.2 Os três tipos de pesquisa no campo das ciências sociais 105
5.1 P&D e atividades de suporte indireto 117
5.2 Esquema de correspondência entre os níveis propostos pela ISCED e as
categorias do Manual de Frascati para a classificação do qpessoal ocupado em
P&D por qualificação formal 121
5.3.a Total nacional de funcionários de P&D por setor de emprego e por ocupação 129
5.3.b Total nacional de funcionários de P&D por setor de emprego e por nível de qualificação 130
5.4 Pessoal ocupado em P&D por ocupação e por nível de qualificação formal 132
6.1 Dispêndio Interno Bruto em P&D (DIBPD) 154
6.2 Despesa nacional bruta de P&D (DNRD) 155
8.1 Correspondência entre a distribuição por objetivo da NABS 1992 e a distribuição anterior
da OCDE (para GBAORD) 182
8.2 Correspondência entre a distribuição por objetivo da NABS 1992 e NordForsk (para GBAORD) 183
Objetivos
e alcance do Manual
dos esforços nacionais para P&D é a classificação por setor. Cinco áreas
são definidas: as empresas, o governo, as instituições privadas sem fins
lucrativos (ISFL), o ensino superior e o Exterior. Subclassificações são
fornecidas por três dos quatro setores nacionais (empresas, ISFL e ensi-
no superior) e se recomendam outras subdivisões institucionais destina-
das a destacar as diferenças nacionais na setorização.
Definições
e convenções básicas
Estudo da viabilidade
73 O estudo de projetos da engenharia de acordo com as técnicas existen-
tes, com a finalidade de fornecer informações adicionais antes de tomar
qualquer decisão de implementação, não faz parte de P&D. Nas ciências
sociais, estudos de viabilidade consistem em examinar as características
socioeconômicas e as consequências das situações determinadas (por
exemplo, um estudo sobre a possibilidade de implantar um complexo
petroquímico em uma determinada área). No entanto, estudos de viabi-
lidade em projetos de pesquisa são parte de P&D.
2) Formação dos
estudantes de nível
6 na metodologia de
P&D, nos trabalhos de
laboratório etc.
3) Supervisão dos
projetos de P&D neces-
sários na qualificação de
estudantes de nível 6
4) Supervisão de outros
projetos de P&D e
execução dos projetos
pessoais de P&D
5) Ensino para níveis
inferiores ao nível 6
6) Outras atividades
Estudantes de 1) Trabalhos desenvol-
pós-graduação vidos para obter uma
qualificação formal
2) Execução e redação
de estudos levantados
de maneira indepen-
dente (projetos de P&D)
necessários para obter
uma qualificação formal
3) Todas as outras
atividades de P&D
4) Ensino para os níveis
inferiores ao nível 6
5) Outras atividades
Fonte: OCDE
Informações gerais
102 A dificuldade em distinguir a P&D de outras atividades científicas e
técnicas surge quando numa mesma instituição se executam várias ati-
vidades. Quando se realizam os levantamentos, certas regras empíricas
permitem determinar mais facilmente a parte compartilhada de P&D.
Por exemplo:
As instituições ou unidades da instituição e as empresas onde P&D é
a principal atividade e que têm frequentemente atividades secundárias
outras além de P&D (informação científica e técnica, teste, controle
de qualidade, análise etc.). Na medida em que a atividade secundária
fosse principalmente realizada nos interesses de P&D, ela deveria ser
classificada como P&D. Se ela destina-se principalmente a satisfazer a
necessidades outras que aquelas de P&D, esta deveria ser excluída.
As instituições onde a vocação principal é uma atividade científica re-
lacionada a P&D, e que efetuam frequentemente certas pesquisas rela-
cionadas com esta atividade. Será conveniente dissociar estas pesquisa e
levar em conta a amplitude da P&D.
103 A aplicação destas regras empíricas é ilustrada nos exemplos seguintes:
■■ Os trabalhos de um serviço de informação científica e técnica ou bi-
blioteca integrada a um laboratório de pesquisa, realizados principal-
mente para benefício dos pesquisadores deste laboratório, deveriam
ser incluídos na P&D. As atividades de um centro de documentação
de uma empresa aberta ao conjunto dos funcionários devem ser ex-
cluídas da P&D, mesmo se este centro é coimplantado com o serviço
de pesquisas da empresa. Da mesma forma, as atividades das biblio-
tecas centrais das universidades devem ser excluídas de P&D. Estes
critérios aplicam-se somente em casos onde é conveniente excluir
totalmente as atividades de uma instituição ou de um departamento.
Métodos de contabilidade mais detalhados podem permitir cobrar
uma parte dos custos das atividades excluídas sobre a posição de so-
brecarga de P&D. Os custos relacionados com a preparação de pu-
50 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Casos particulares
104 Em certos casos, os critérios que visam distinguir a P&D das ativida-
des científicas e tecnológicas correlatas são particularmente difíceis de
aplicar. A exploração espacial, atividades de prospecção e de mineração,
assim como o desenvolvimento dos sistemas sociais são três campos en-
volvendo uma grande quantidade de recursos, assim, toda variação na
forma como são tratados terá impactos significativos sobre a compara-
bilidade internacional dos dados de P&D daí resultantes. Os projetos
de grande envergadura, que também apresentam problemas para a defi-
nição do elemento de P&D, são examinados na seção 2.3.4. As conven-
ções seguintes serão aplicadas nas três áreas mencionadas.
Exploração do espaço
105 No que diz respeito à exploração espacial, a dificuldade é o fato de que
para alguns pontos de vista uma grande parte desta atividade tem agora
Definições e convenções básicas 51
Informações Gerais
110 É preciso tomar cuidado para excluir as atividades que, embora façam
sem dúvida parte do processo de inovação, só raramente são recursos
para P&D. Este é o caso do depósito de patentes e concessão de licenças,
dos estudos de mercado, da preparação do lançamento na fabricação de
ferramentas e o redesenho da concepção de um processo de fabricação.
Certas atividades como o desenvolvimento de ferramentas, o desenvol-
vimento de métodos, a concepção e realização de protótipos podem ter
Definições e convenções básicas 53
Casos especiais
Tabela 2.3 Alguns casos que ilustram a fronteira entre as atividades de P&D e
outras atividades industriais
Designação Tratamento Notas
Protótipos
114 Um protótipo é um modelo original que possui todas as qualidades
técnicas e todas as características de funcionamento do novo produto.
Por exemplo, se desenvolvemos uma bomba para líquidos corrosivos,
vários protótipos são necessários para realizar testes de envelhecimento
acelerado com diversos produtos químicos. Há um retorno (opinião),
para garantir que, se os resultados dos testes do protótipo são insatis-
fatórios, eles podem, no entanto, ser explorados em novos trabalhos de
Definições e convenções básicas 55
desenvolvimento de bomba.
115 Na aplicação do teste da NSF, a concepção, construção e os testes de
protótipos entram, normalmente, no quadro de P&D. Isso continua a
ser verdade quando há um ou mais protótipos, e eles são construídos
consecutivamente ou simultaneamente. Mas, quando todas as alterações
necessárias foram feitas para o(s) protótipo(s) e os testes foram conclu-
ídos, chegamos ao limite das atividades em P&D. Mesmo se for de-
senvolvida por uma equipe de P&D, a construção de vários exemplares
de um protótipo para atender a uma necessidade temporária para fins
comerciais, militares ou médicos, mesmo que o protótipo inicial tenha
dado origem a testes satisfatórios, não faz parte das atividades de P&D.
Plantas piloto
116 A construção e a utilização de uma planta piloto são parte da P&D
quando o principal objetivo é o de ganhar experiência e o de reunir da-
dos técnicos ou outros que servirão:
■■ Para testar hipóteses.
■■ Para desenvolver novas formas de produtos.
■■ Para estabelecer novas especificações de produtos acabados.
■■ Para conceber equipamentos e estruturas necessárias a um novo
procedimento.
■■ Para escrever procedimentos ou manuais de operação do processo.
117 Se, no entanto, após a conclusão desta fase experimental, uma planta
piloto funciona como unidade normal de produção comercial, sua ati-
vidade já não pode ser considerada como P&D, mesmo que ela ainda
seja chamada instalação piloto. Contanto que a operação de exploração
de uma instalação piloto tenha objetivo essencialmente não comercial,
o fato de que parte ou a totalidade da sua produção seja vendida não
introduz qualquer diferença em princípio. As receitas resultantes não
devem ser deduzidas do custo das atividades de P&D.
ção que financia e/ou executa estes projetos, muitas vezes, não consegue
fazer distinção entre P&D e outros elementos de despesas. Esta distin-
ção entre os gastos de P&D e fora de P&D é especialmente importante
em países onde uma alta proporção de despesas públicas de P&D é con-
sagrada à defesa. Os princípios diretores suplementares a esta questão
são fornecidos no anexo 10.
119 É muito importante analisar cuidadosamente a natureza de instalações
piloto ou protótipos muito caros, especialmente quando se trata de uma
sequência de um novo tipo de central nuclear ou de uma nova série de
modelo icebreaker. Estas instalações e protótipos podem ser feitos, quase
inteiramente, utilizando materiais existentes e tecnologias conhecidas e
muitas vezes são construídos para ser usados simultaneamente na exe-
cução de trabalhos de P&D e na produção principal para os quais se
destinam (produção de eletricidade ou icebreaker). Sua construção não
deve ser atribuída inteiramente a P&D. Apenas os custos adicionais
resultantes do fato de estes produtos serem protótipos deveriam ser co-
brados em P&D.
Teste de produção
120 Quando um protótipo que comporta todas as alterações necessárias re-
sultou em testes satisfatórios, a fase de start-up em fabricação começa.
Este processo está relacionado com a escala industrial de produção e
pode envolver a modificação do produto ou do processo, a formação
em novas técnicas ou a utilização de novas máquinas. A partir do mo-
mento que ele não requer novos trabalhos de design e engenharia, a fase
de lançamento de fabricação não deveria ser considerada P&D, já que
o objetivo principal não é a melhoria do produto, mas o arranque do
processo de produção. As primeiras unidades de teste em uma série de
produção em grande escala não devem ser vistas como protótipos para
fins de P&D, mesmo se, por abuso de linguagem, elas são chamadas sob
este nome.
121 Por exemplo, quando um novo produto deve ser montado por soldagem
automática, a pesquisa para o ajuste ideal do dispositivo de soldagem
com o objetivo de obter o melhor ritmo de produção e a melhor eficácia
possível não será considerada como P&D, mesmo se for preciso verificar
se a força das articulações atende às normas em vigor.
Definições e convenções básicas 57
Detecção de falhas
P&D “adicionais”
123 Quando um produto ou um novo método é apresentado para a unidade
de produção, ainda podem surgir problemas técnicos, e observamos a
necessidade de trabalhos adicionais em P&D. Estes trabalhos deveriam
ser levados em conta na avaliação em P&D.
Ensaios clínicos
130 Antes de ser colocados no mercado de medicamentos, vacinas ou novos
tratamentos, estes produtos devem ser apresentados para testes sistemá-
ticos com humanos voluntários para garantir que são seguros e eficazes.
Estes ensaios clínicos são divididos em quatro fases padrão, em que três
precedem uma autorização para ser lançados em fabricação. Para efeitos
de comparações internacionais, há um consenso para que as fases de
testes clínicos 1, 2 e 3 possam ser consideradas como P&D. A fase 4, no
curso da qual se continua a testar o medicamento ou o tratamento após
a aprovação da produção, só deve ser considerada como P&D quando
for levada a novos progressos científicos ou tecnológicos. Além disso,
atividades realizadas antes da autorização de produção não são consi-
deradas como P&D, inclusive quando a conclusão dos ensaios de fase
3 é seguida por um longo período de tempo durante o qual é possível
começar a comercialização e o desenvolvimento do procedimento.
computação.
■■ Avanços nas tecnologias da informação sobre o plano de sistemas
operacionais, linguagens de programação, da gestão de dados, softwa-
res de comunicação e de ferramentas de desenvolvimento de softwares.
■■ O desenvolvimento da tecnologia de internet.
■■ A busca de métodos de concepção, desenvolvimento, instalação e ma-
nutenção de softwares.
■■ Desenvolvimento de software levando a progressos nos métodos ge-
néricos de coleta, transmissão, armazenamento, extração, de manipu-
lação e exibição de dados.
■■ Desenvolvimento experimental para preencher lacunas nos conheci-
mentos tecnológicos que são necessários para o desenvolvimento de
um programa ou sistema.
■■ P&D sobre ferramentas de softwares ou tecnologias em áreas espe-
cializadas do tratamento da informação (tratamento de imagens por
computador, apresentação de dados geográficos, de reconhecimento
de caracteres, inteligência artificial etc.).
141 As atividades relacionadas ao software, que não saíram de nenhum pro-
gresso científico e/ou tecnológico e não permitem dissipar certas incer-
tezas técnicas, não são incluídas em P&D. Aqui estão alguns exemplos:
■■ O desenvolvimento de aplicativos e sistemas de informação para as
empresas que usam conhecidos métodos e ferramentas de software
existentes.
■■ O suporte de sistemas no local.
■■ A conversão ou a tradução em linguagem de máquina.
■■ Adicionar programas de funcionalidade específica do aplicativo ao
usuário.
■■ Depuração de sistemas.
■■ A adaptação do software existente.
■■ A criação da documentação do usuário.
142 Na área de softwares, os projetos individuais podem não ser considerados
como P&D, mas a integração em um projeto mais amplo pode justificar
sua inclusão. Assim, por exemplo, certas modificações na estrutura de
dados e nas interfaces com o usuário em um processador de linguagem
de quarta geração podem tornar-se necessárias devido à introdução de
uma tecnologia relacional. Essas modificações ou adaptações podem
não ser consideradas como P&D quando vistas isoladamente, mas o
62 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
projeto de adaptação, no seu conjunto, pode gerar uma solução para uma
incerteza científica ou técnica e, por conseguinte, merecer a classificação
como P&D.
Classificação institucional
3.3 Os setores
3.4.1 Cobertura
163 O setor empresarial inclui:
■■ Todas as empresas, organizações e instituições cuja atividade princi-
pal é a produção de mercado de bens ou de serviços (diferentes dos de
ensino superior) para venda ao público, a um preço que corresponda
à realidade econômica.
■■ As instituições privadas sem fins lucrativos principalmente a serviço
destas empresas.
70
Instituição
Sim Não
Sim Não
Sim Não
Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Sim Não
É administrado pelo ensino superior? É controlada e financiada principalmente por ISFL a serviço das famílias?
Ensino superior Governo Ela é administrada pelo ensino superior? Unidades problemáticas onde financiamento e controle estão defasados
Sim Não
A unidade é financiada principalmente por:
Fonte: OCDE
Classificação institucional 71
Lista de classificação
169 Para efeito de comparação internacional de estatísticas de P&D, as uni-
dades do setor empresarial são classificadas em certo número de grupos
e subgrupos de indústrias na Classificação Internacional Padronizada de
Todos os Setores de Atividade Econômica (ISIC Rev. 3, ONU 1990 e
aperfeiçoada em 3.1 em 2002). Encontraremos na tabela 3.1 uma apre-
sentação revisada da ISIC Rev. 3 que se presta a tais comparações, assim
como a correspondência com a classificação europeia NACE Rev. 1
(Eurostat, 1990). Países que utilizam um sistema nacional de classifica-
ção de atividades econômicas, e não a ISIC Rev. 3, deveriam ter acesso
às tabelas de correspondência para converter seus dados classificados
por atividade para a ISIC Rev. 3. Tudo deve ser implementado para
assegurar a coerência dessas correspondências.
A unidade estatística
170 P&D é uma das atividades que uma empresa pode realizar. A empre-
sa é livre para organizar esta atividade em função de seu modelo de
produção. A P&D pode assim ser realizada por unidades incorporadas
na produção ou por unidades centrais que sirvam ao conjunto de uma
mesma empresa. Na maioria dos casos, a entidade jurídica definida nos
parágrafos 78 e 79 da ISIC Rev. 3 é a unidade adequada. Às vezes, enti-
dades jurídicas separadas podem ser estabelecidas para fornecer serviços
de P&D para um grupo de entidades legais afiliadas. A P&D ad hoc
é geralmente produto do serviço de exploração de uma empresa, tais
como o serviço de desenho industrial, de controle de qualidade e produ-
ção.
171 A escolha da unidade estatística é determinada pelas necessidades de
dados, descritas em detalhes no capítulo 6. No entanto, uma das ques-
tões primordiais centra-se nas fontes de financiamento de P&D e no
uso dos recursos levantados. Nesse caso, em geral, é a entidade legal que
controla a execução de P&D, na maioria das vezes, em vez das unidades
menores que realmente executam o trabalho. A unidade de P&D pode
ter que elaborar e manter as contas, mas é a administração
Classificação institucional 73
central de uma empresa que sabe de onde vêm os recursos que são usa-
dos para cobrir as despesas. Passar os contratos e a fiscalização está entre
as principais atividades da entidade jurídica.
172 A empresa, como uma unidade estatística, é definida como a unidade
organizacional que dirige e controla a distribuição de recursos para as
atividades no território nacional, dando origem às contas e ao balanço
consolidado. Essas contas permitem conhecer transações internacionais,
a posição internacional em matéria de investimentos e a situação finan-
ceira consolidada da unidade. Por conseguinte, é recomendável utilizar
a unidade tipo “empresa” como unidade de referência e, para algumas
exceções, como a unidade estatística no setor empresarial. Em um grupo
de empresas, é desejável alcançar resultados distintos para cada uma das
entidades jurídicas que executam os trabalhos de P&D, servindo-se de
estimativas conforme necessário.
173 Quando uma empresa é heterogênea do ponto de vista das suas ati-
vidades econômicas e executa uma quantidade não negligenciável de
P&D para vários tipos de atividades, é adequado subdividir o trabalho
de P&D, caso seja possível, para obter as informações necessárias. Em
alguns países, procedemos desta maneira a uma divisão em unidades
estatísticas correspondentes às unidades econômicas da sociedade. Em
outros países, o trabalho de P&D pode ser dividido de acordo com os
dados em grupos de produtos.
Classificação institucional 77
Critérios de classificação
174 Com relação à classificação destas estatísticas por unidades de atividade
principal, “cada unidade irá pertencer à categoria da ISIC que corres-
ponderá a sua atividade principal, ou grupo de atividades principais”
(ISIC Rev. 3, parágrafo 114).
175 De acordo com a ISIC, para determinar a atividade principal, é preciso
calcular a contribuição do valor adicionado de cada atividade na pro-
dução de bens ou na prestação de serviços. A atividade com a mais alta
contribuição para o valor adicionado da empresa determina a classifi-
cação dessa empresa. Se isso não for possível, a principal atividade será
determinada quer em função da produção bruta dos produtos vendidos
ou dos serviços prestados por parte de cada atividade, quer pelo número
de pessoas empregadas nessas atividades (ISIC Rev. 3, parágrafo 115).
176 Quando os trabalhos de P&D são feitos em uma entidade jurídica es-
pecializada em P&D:
A unidade deve ser classificada na categoria de serviços de P&D
■■
Tipo de instituição
177 A natureza evolutiva do setor empresarial, mesmos nos países que, em
nível global, necessitam de uma subdivisão no interior das empresas pú-
blicas e privadas.
178 A divisão das empresas privadas em as empresas independentes e aque-
las que pertencem a um grupo, e entre os grupos nacionais e estran-
geiros, permite examinar certas tendências na internacionalização da
indústria.
179 É, portanto, recomendável usar, se possível, a seguinte classificação por
78 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
tipo de instituição:
■■ Empresas privadas:
¤■ Empresas não pertencentes a um grupo.
¤■ Empresas pertencentes a um grupo nacional.
■■ Empresas pertencentes a grupos estrangeiros multinacionais.
■■ Empresas públicas:
¤■ Empresas não pertencentes a um grupo.
¤■ Empresas pertencentes a um grupo nacional.
■■ Outros institutos de pesquisa e institutos que trabalham em coope-
ração.
180 As empresas públicas distinguem-se das empresas privadas pela autori-
dade que as dirige. Em SCN 93 (nº 4.72), podemos ler, sobre o assunto
da definição das sociedades não financeiras, a seguinte recomendação:
“Trata-se de empresas ou semiempresas não financeiras residentes que
estão sujeitas ao controle das autoridades públicas, ao controle de uma
empresa definida como o poder de determinar a política geral escolhen-
do, se necessário, seus diretores. Os poderes públicos podem exercer seu
controle sobre uma corporação:
■■ mantendo mais de metade destas participações com o direito para
votar ou, caso contrário, tendo o controle sobre mais da metade dos
direitos de voto atribuídos aos acionistas; ou
■■ em virtude de uma lei, decreto ou regulamento particular, dando às
autoridades o poder de determinar a política da empresa ou designar
administradores”.
181 Um grupo deve ser considerado como estrangeiro quando o principal
acionista é um residente estrangeiro que detém mais da metade do capi-
tal e direito de voto, direta ou indiretamente, por meio de suas subsidi-
árias. Para obter mais informações, consulte o manual da OCDE sobre
os indicadores da globalização econômica (título provisório, a seguir).
Tamanho da instituição
182 A dimensão das entidades do setor empresarial condiciona geralmente o
âmbito e a natureza de seus programas de P&D. O tamanho da empresa
pode ser definido em função de seus rendimentos ou de outros ele-
Classificação institucional 79
3.5.1 Cobertura
184 Esse setor inclui:
80 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Lista de classificação
188 A classificação internacional padrão a ser utilizada no setor público é a
Classificação das Funções das Administrações Públicas (COFOG), das
Nações Unidas. Infelizmente essa norma não é considerada apropriada
para a classificação das atividades de P&D. Não se chegou a um acordo
sobre a subclassificação adequada para o setor público, e no presente
Manual não se faz nenhuma recomendação (a respeito das recomenda-
ções para as classificações funcionais, ver capítulo 4, tabela 4.1, e seções
4.4.1 e 4.5.1).
A unidade estatística
189 De acordo com a recomendação contida no parágrafo 51 da ISIC Rev.
3, quando os dados são agrupados juntamente com os dados coletados
por pessoas jurídicas do setor empresarial, a unidade estatística utilizada
deve ser análoga à entidade jurídica do setor.
Critério de classificação
190 Na ausência de uma classificação reconhecida, nenhuma recomendação
pode ser formulada neste momento.
Tipo de instituição
193 Quando existem grupos importantes de unidades ligadas tanto ao go-
verno como a outros setores (por exemplo, unidades administrativas ou
controladas pelo governo, mas localizadas em unidades de ensino supe-
rior ou relacionadas a estes últimos ou unidades a serviço da indústria,
mas financiadas e controladas pelo governo), é desejável indicá-las se-
paradamente nos relatórios de organizações internacionais. (Para esta
classificação particular a unidade estatística pode ser do tipo instituição,
em vez de tipo empresa.) Quando se inclui nesse setor a P&D realizada
em hospitais públicos, convém declará-la separadamente. Uma distin-
ção útil pode também ser feita entre as unidades para as quais a P&D
constitui a principal atividade econômica (divisão 73 da ISIC Rev. 3) e
as restantes.
3.6.1 Cobertura
194 Segundo o SCN 93, a cobertura desse setor foi significativamente redu-
zida na última revisão do Manual e inclui a partir de agora:
■■ Instituições privadas sem fins lucrativos não comerciáveis em serviços
de famílias (isto é, só setor público).
■■ Simples indivíduos particulares ou famílias.
195 Como fonte de financiamento, este setor abrange atividades de P&D
financiadas por instituições a serviço de famílias. Estas fornecem servi-
ços individuais ou coletivos a grupos familiares, seja gratuitamente, seja
a preços que não correspondem à realidade econômica. Elas podem ser
criadas por associações de pessoas para fornecer bens ou, mais frequen-
temente, serviços, principalmente aos próprios membros ou para fins
filantrópicos gerais. Suas atividades podem ser financiadas com con-
tribuições regulares, taxas, doações em espécie ou advindas de pesso-
as públicas, de corporações ou do governo. Elas incluem as ISFL tais
como as associações profissionais e sociedades acadêmicas, instituições
de caridade, organizações do setor de ajuda, sindicatos, associações de
consumidores etc. Por convenção, o setor inclui todos os fundos que as
economias familiares destinam diretamente a P&D.
Classificação institucional 83
196 Como um executor, este setor consiste de unidades não comerciais con-
troladas e financiadas principalmente pelas instituições a serviço dos
grupos familiares, incluindo as associações profissionais, as sociedades
acadêmicas e organizações de caridade diferentes daquelas que forne-
cem serviços de ensino superior ou aquelas administradas por institui-
ções de ensino superior. No entanto, as bases de P&D gerenciadas por
ISFL e que estão a serviço das instituições familiares, cujo funciona-
mento está coberto em mais de 50% por uma concessão geral do Estado,
deveriam ser classificadas no setor público.
197 Por convenção, essa área abrange também as atividades residuais de
P&D de grande público (grupos familiares) que têm apenas um pa-
pel muito pequeno na execução de P&D. As atividades comerciais das
empresas não constituídas em sociedades que pertencem a grupos fa-
miliares, por exemplo, os consultores de realização de projetos de P&D
em nome de outra unidade a um preço que corresponde à realidade
econômica, deveriam ser incluídas no setor empresarial em conformi-
dade com as convenções relevantes na contabilidade nacional (a menos
que o projeto seja realizado usando o quadro de pessoal e instalações
sob o controle de outro setor, veja abaixo). Pode ser difícil obter dados
sobre este tipo de P&D, porque as atividades de P&D de indivíduos
particulares não são levadas em conta nos levantamentos sobre P&D
em empresas. Como resultado, o setor privado sem fins lucrativos só
deveria englobar a P&D realizada por empresas não constituídas em
sociedades e pelas não comerciais pertencentes a grupos familiares, ou
seja, indivíduos financiados por recursos próprios ou por um subvenção
“a fundo perdido”.
198 Além disso, se as subvenções e os contratos são formalmente concedidos
para indivíduos que são empregados principalmente em outra área –
por exemplo, os subsídios concedidos diretamente para um professor de
universidade –, a menos que essas pessoas não realizem os trabalhos de
P&D considerados, utilizando seu próprio tempo e sem solicitar as pes-
soas ou as instalações da unidade que as emprega, estes subsídios e con-
tratos devem ser levados em conta nas estatísticas de P&D da unidade
que as emprega. Isso também se aplica aos graduados que se beneficiam
ao receber prêmios de pesquisa conhecidos das unidades de pesquisa.
O resultado é que este setor só compreende os trabalhos de P&D exe-
cutados por indivíduos particulares apenas em seu próprio tempo, com
seus próprios meios e com despesas por conta própria ou com o apoio
84 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Lista de classificação
200 As unidades estatísticas do setor privado sem fins lucrativos são classi-
ficadas nas seis áreas científicas e tecnológicas principais propostas em
“Recomendação sobre a padronização internacional de estatísticas sobre
ciência e tecnologia” da UNESCO (1978). Estes domínios são os se-
guintes:
■■ Ciências exatas e naturais.
■■ Ciências da engenharia e tecnológicas.
■■ Ciências médicas.
■■ Ciências agrícolas.
■■ Ciências sociais.
■■ Ciências humanas.
201 O quadro 3.2 apresenta a lista dos principais domínios científicos, com
exemplos de subdomínios que são incluídos.
202 Se os principais meios científicos e tecnológicos são claramente defini-
dos, o nível de detalhe nas diferentes áreas que constituem é deixado a
critério de cada país.
Classificação institucional 85
A unidade estatística
203 De acordo com o SCN, entidade jurídica é a unidade estatística reco
mendada para este setor. Em alguns casos, pode ser apropriado usar uma
unidade estatística um pouco menor (veja a seguir).
Critério de classificação
204 O critério de classificação é o campo científico em que é executada a
maioria das atividades de P&D. Quando uma importante ISFL exerce
atividades em P&D em mais de um campo científico, pode se tentar di-
vidir a unidade estatística em unidades menores e classificá-las em áreas
científicas correspondentes.
3.7.1 Cobertura
206 Este setor inclui:
■■ Todas as universidades, faculdades, institutos de tecnologia e outras
instituições de ensino superior, qualquer que seja a origem de seus
recursos financeiros e seu estatuto legal.
■■ Igualmente, inclui todos os institutos de pesquisa, as estações de tes-
tes e hospitais que trabalham sob o controle direto de instituições
educacionais de ensino superior ou que são administrados por este
último ou são associados.
3 Ciências Médicas
4 Agronomia
5 Ciências Sociais
5.1 Psicologia
5.2 Economia
5.3 Educação (educação, formação e outras áreas relacionadas)
5.4 Outras ciências sociais [antropologia (social e cultural) e etnologia, de-
mografia, geografia (humana, econômica e social), planejamento urbano
e rural, gestão, legislação, linguística, ciência política, sociologia, orga-
nização e métodos, várias ciências sociais e atividades interdisciplina-
res, metodológicas e históricas de C&T relacionadas com as discipli-
nas neste grupo. Antropologia física, geografia física e a psicofisiologia
normalmente deveriam ser classificadas sob o título de ciências exatas e
naturais]
6 Ciências Humanas
208 A definição acima descreve a área geral abrangida pelo presente setor.
No entanto, é difícil formular diretrizes que garantam a comparação
internacional dos dados submetidos, pois esse setor não está contem-
plado no SCN. Além disso, devido à existência de critérios diversos, é
suscetível de diferentes interpretações, segundo os interesses da política
nacional e as definições do setor.
209 Este setor é essencialmente constituído, em todos os países, pelas uni-
versidades e instituições de ensino pós-secundário de tecnologia. É a
respeito dos outros institutos do sistema de ensino pós-secundário e,
acima de tudo, de vários tipos de instituições que estão de uma forma ou
de outra ligadas às universidades e outras instituições de ensino superior
que o tratamento das instituições difere de acordo com o país. Os prin-
cipais problemas analisados a seguir são os seguintes:
■■ Educação no ensino pós-secundário.
■■ Hospitais universitários.
■■ Institutos de pesquisa localizados na fronteira do ensino superior.
Ensino pós-secundário
210 Este setor inclui todos os estabelecimentos que têm por atividade prin-
cipal oferecer ensino pós-secundário (educação terciária), independen-
temente de seu status jurídico. Pode haver empresas, semiempresas
pertencentes a um serviço do governo, ISFL de mercado ou as insti-
tuições controladas e financiadas principalmente pelo governo ou por
instituições a serviço de organizações familiares. Como indicado acima,
este setor é essencialmente constituído por universidades e institutos de
tecnologia. O número de unidades que ele compreende cresceu parale-
lamente à criação de novas universidades e instituições de ensino pós-
-secundário especializado e à extensão das funções descentralizadas das
unidades de nível especializado, onde alguns fornecem educação tanto
no secundário como no pós-secundário. Se estas unidades oferecem um
ensino pós-secundário como atividade principal, elas são ainda parte do
setor de ensino superior. Se sua atividade principal é fornecer ensino
secundário ou formação interna, elas deveriam ser divididas por setor de
acordo com outras regras gerais (produção mercantil ou não mercantil,
setor de controle e financiamento institucional etc.).
90 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Hospitais universitários
211 A inclusão de hospitais universitários na área de ensino superior justi-
fica-se por tratar-se de, um lado, instituições de ensino pós-secundário
(hospitais de formação) e, de outro, unidades de pesquisa “associadas” a
instituições de ensino superior (tratamentos médicos avançados forne-
cidos em instituições acadêmicas, por exemplo).
212 O financiamento de pesquisa médica universitária vem normalmente de
muitas fontes: dos fundos públicos gerais das universidades (FGU), de
“financiamentos próprios” de instituições financiadoras governamentais
ou de fundo privado, pagos diretamente ou indiretamente (através de
um conselho de pesquisa médica, por exemplo).
213 Quando toda ou quase toda totalidade de atividades do hospital/institui-
ção médica tem um elemento de ensino/formação, a instituição deve ser
totalmente compreendida no setor de ensino superior. Por outro lado, se
apenas um pequeno número de clínicas/departamentos de um hospital
ou instituição médica é dotado de um elemento de ensino superior, estas
clínicas são apenas departamentos de educação/formação que devem ser
classificadas no setor de ensino superior. Todas as outras clínicas/depar-
tamentos, sem tarefas de ensino/formação, em regra geral, devem ser in-
cluídas no setor apropriado (empresas, semiempresas pertencentes a um
serviço de governo e ISFL de mercado no setor empresarial, instituições
controladas e principalmente financiadas pelo governo no setor público,
as ISFL controladas e principalmente financiadas por ISFL a serviço
das famílias no setor privado sem fins lucrativos). É necessário evitar a
dupla contagem de atividades de P&D entre os diferentes setores.
Lista de classificação
222 Na área do ensino superior bem como no setor privado sem fins lucra-
tivos, as unidades estatísticas estão divididas em seis grandes campos
científicos e tecnológicos, a seguir:
■■ Ciências exatas e naturais;
■■ Ciências de engenharia e tecnológicas;
■■ Ciências médicas;
■■ Ciências agrícolas;
■■ Ciências sociais;
■■ Ciências humanas.
223 O quadro 3.2 apresenta a lista dos principais domínios científicos, com
exemplos de subdomínios que são incluídos.
224 Se os principais campos de ciência e tecnologia são claramente defi-
nidos, o grau de distribuição em diferentes disciplinas científicas que
Classificação institucional 93
A unidade estatística
225 A unidade do tipo “empresa”, que tem quase sempre atividades em mais
de uma destas seis principais áreas científicas e tecnológicas, deve re-
correr a uma unidade estatística menor. Por conseguinte, é recomen-
dável adotar uma unidade do tipo “estabelecimento”. Com efeito, é a
menor unidade homogênea cuja atividade principal se encontra em uma
das seis áreas e para a qual é possível obter um conjunto completo (ou
quase) de dados (completos) em entradas. Dependendo do tamanho da
instituição e da terminologia em uso no país, a unidade estatística pode
ser um instituto de pesquisa, um “centro”, um departamento, uma escola,
um hospital ou uma instituição de ensino pós-secundário.
Critério de classificação
226 A unidade estatística deve ser classificada no domínio científico ou tec-
nológico que parece descrever com mais precisão sua atividade principal,
assim como ela se reflete, por exemplo, nas profissões do quadro de pes-
soal especializado da unidade. Quando os dados de P&D relacionados
a este setor são estabelecidos pelos organismos inquiridores, pode ser
que critérios adicionais devam ser utilizados, assim como a localização
institucional da unidade. De acordo com o tamanho e as características
das unidades estatísticas, poderíamos decompô-las por utilizar várias
unidades menores, correspondentes aos grandes meios científicos rela-
cionados.
3.8.1 Cobertura
229 Este setor inclui:
■■ Todas as instituições e indivíduos que se encontram fora dos limites
políticos de um país, com exceção de veículos, embarcações, aviões
e satélites usados por instituições nacionais, bem como terrenos de
teste adquiridos por estas instituições.
■■ O conjunto das organizações internacionais (com exceção das empre-
sas), incluindo suas instalações e as suas atividades dentro das fron-
teiras de um país.
Distribuições Funcionais
Fonte: OCDE
Distribuições Funcionais 99
Pesquisa básica
240 Pesquisa básica consiste em trabalhos experimentais ou teóricos reali-
zados principalmente com o objetivo de adquirir novos conhecimentos
sobre os fundamentos dos fenômenos e fatos observáveis, sem conside-
rar uma determinada aplicação ou um uso em particular.
241 A pesquisa básica analisa as propriedades, as estruturas e as relações com
o objetivo de formular e testar hipóteses, teorias ou leis. A referência
“sem considerar um aplicativo ou um uso particular” na definição da
pesquisa básica é primordial, pois o executor não conhece necessaria-
mente os aplicativos eficazes no momento em que ele realiza pesquisas
e responde aos questionários do levantamento. Os resultados da pesqui-
sa básica não são geralmente negociáveis, mas geralmente resultam em
publicações em revistas científicas ou são comunicados aos colegas da
área que se interessam. Em determinadas circunstâncias, a divulgação
dos resultados da pesquisa básica pode ser “restrita” por razões de segu-
rança.
242 Na área da pesquisa básica, os cientistas têm alguma flexibilidade para
definir seus próprios objetivos. Esta pesquisa é geralmente realizada no
setor do ensino superior, mas, além disso, em certa medida, no setor do
público. A pesquisa básica pode ser orientada ou direcionada para gran-
des áreas de interesse geral, com o objetivo explícito de desencadear em
uma ampla gama de aplicações. É assim, por exemplo, com os progra-
mas de pesquisa pública em nanotecnologia, desenvolvidos por vários
países. Eventualmente o setor privado realiza este tipo de pesquisa para
antecipar a tecnologia da próxima geração. A pesquisa sobre a célula de
combustível é um bom exemplo. Trata-se de uma pesquisa básica em
conformidade com a definição acima, sendo que nenhuma utilização
particular é prevista. No Manual de Frascati, ela é definida como “pes-
quisa básica orientada”.
243 Para distinguir a pesquisa básica orientada da pesquisa básica pura,
100 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
A pesquisa aplicada
245 A pesquisa aplicada consiste igualmente em trabalhos originais empre-
endidos com a finalidade de adquirir conhecimentos novos. No entanto,
ela é dirigida principalmente a um objetivo ou um determinado propó-
sito prático.
246 A pesquisa aplicada é realizada para determinar as possíveis utilizações
dos resultados da pesquisa básica, para estabelecer métodos ou novas
maneiras de alcançar a objetivos determinados, interrompidos anteci-
padamente. Trata-se de considerar os conhecimentos existentes e apro-
fundá-los com a finalidade de resolver problemas específicos. No setor
empresarial, a distinção entre pesquisa básica e pesquisa aplicada é mui-
tas vezes manifestada pelo desenvolvimento de um projeto para explorar
um resultado promissor obtido no âmbito de um programa de pesquisa
básica.
247 Os resultados da pesquisa aplicada fundamentam-se, primeiro, em um
único produto ou em um número limitado de produtos, operações, mé-
todos ou sistemas. Esta pesquisa permite a formatação operacional de
ideias. Os conhecimentos, ou as informações colhidas na pesquisa apli-
cada são patenteados, muitas vezes, mas podem também ser mantidos
em segredo.
248 Reconhece-se que uma parte da pesquisa aplicada pode ser qualificada
como pesquisa estratégica, embora nenhuma recomendação possa ser
Distribuições Funcionais 101
Desenvolvimento experimental
249 O desenvolvimento experimental consiste em trabalhos sistemáticos
baseados nos conhecimentos existentes obtidos por pesquisa e/ou expe-
riência prática, tendo em vista a fabricação de novos materiais, produtos
ou dispositivos, para estabelecer novos processos, sistemas e serviços ou
melhorar consideravelmente os já existentes.
250 Nas ciências sociais, desenvolvimento experimental pode ser definido
como o processo que permite converter os conhecimentos adquiridos
por meio de pesquisas nos programas operacionais, incluindo os pro-
jetos de demonstração desenvolvidos com a finalidade de fazer testes e
avaliações finais. Esta categoria tem pouco ou nenhum significado no
caso das ciências humanas.
Natureza do produto
263 Quando o critério para testes é a “natureza do produto”, as entradas de
P&D são divididas de acordo com o tipo de produto que está sendo
desenvolvido.
264 As diretrizes anteriormente adotadas pela National Science Foundation
(NSF) para levantamentos de pesquisa aplicada e o desenvolvimento
experimental na indústria, ilustram bem quais são os critérios operacio-
nais:
“Custos devem ser cobrados para o domínio ou grupo de produtos para
os quais o projeto de pesquisa e de desenvolvimento foi efetivamen-
te executado, independentemente da classificação da área da indústria
manufatureira em que os resultados do projeto devem ser usados. A
pesquisa sobre um componente elétrico de uma máquina agrícola, por
exemplo, deveria ser incluída no âmbito do tópico de pesquisa sobre
máquinas e aparelhos elétricos. Da mesma forma, a busca de tijolos re-
fratários destinados à indústria siderúrgica deveria ser incluída no âm-
bito da pesquisa de produtos de pedra, argila, vidro ou concreto, em vez
do grupo de produção de metais ferrosos em formas primárias, quer esta
pesquisa seja conduzida pela indústria siderúrgica, quer seja pela indús-
tria de pedra, argila, vidro ou concreto”.
265 Estes princípios orientadores não devem representar problemas para a
maioria dos projetos de P&D relativos à elaboração de produtos. O tra-
tamento de P&D relativas aos processos pode ser mais difícil. Se os re-
sultados de P&D concretizarem-se claramente em materiais ou equipa-
mentos, os princípios diretores deveriam ser aplicados a estes produtos.
Caso contrário, o procedimento deveria ser anexado ao produto a que
este se destina a produzir. Além disso, para as empresas que realizam ex-
tensos programas de P&D, é necessário recorrer a levantamentos mais
detalhados ou consultas com a equipe de P&D para fornecer estimati-
vas abrangentes.
266 A vantagem desse método é que qualquer empresa, seja qual for o seu
ramo de atividade, que executa trabalhos de P&D em um produto dado
deveria escolher o mesmo grupo de produtos, independentemente do
108 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Utilização do produto
267 A “utilização do produto” serve como um critério para classificar os tra-
balhos de P&D de uma empresa de acordo com as atividades econômi-
cas suportadas por seu programa de P&D. A P&D é então classificada
na atividade industrial correspondente aos produtos finais que são pro-
duzidos por esta empresa.
268 A P&D de uma empresa onde as atividades fazem parte de um só ramo
da indústria deve ser classificada no grupo de produtos deste ramo, a
menos que seja sobre um produto ou um procedimento destinado a per-
mitir a esta empresa envolver-se em um novo ramo de atividade.
269 Quando as atividades de uma empresa estão dentro de vários ramos, é o
uso do produto que precisa ser levado em consideração. Por exemplo, os
trabalhos de P&D em circuitos de integração muito alta (VLSI) pode-
riam ser divididos de várias maneiras:
■■ Se a empresa só exercer atividades na indústria de semicondutores,
trata-se de P&D relativa aos componentes e acessórios eletrônicos.
■■ Se a empresa só exercer atividades na indústria de computadores,
trata-se de P&D relativa às máquinas de escritório, máquinas de
contabilidade e equipamento de processamento de texto.
■■ Se a empresa desenvolve atividades na indústria de semicondutores e
de informática, é a utilização do circuito VLSI que vai determinar a
escolha do grupo de produtos:
¤■ Se o circuito VLSI é vendido separadamente, o grupo de produtos de
componentes será o de acessórios eletrônicos.
¤■ Se o circuito VLSI está incluído em computadores vendidos pela em-
presa, o grupo de produtos será o de máquinas de escritório, máquinas
de processamento de material e contabilidade.
270 Teoricamente, se a P&D realizada por empresas cuja atividade não se
limita a um só ramo, dividida em várias unidades institucionais, os da-
dos resultantes de uma análise funcional baseada na utilização do pro-
Distribuições Funcionais 109
duto deveriam ser idênticos aos que obtemos no caso de uma divisão
institucional por ramos de atividade. Na prática, a classificação funcio-
nal que compreende apenas as despesas correntes é mais detalhada e
muitas empresas devem ver suas atividades divididas entre vários grupos
de produtos, pois a classificação institucional será ajustada para as prin-
cipais empresas multiproduto.
271 O método de classificação com base na “utilização do produto” deve
permitir obter em P&D os dados tão comparáveis quanto for possível
com outras estatísticas econômicas no nível da instituição, incluindo as
de valor acrescentado. Por conseguinte, isto é particularmente útil quan-
do a atividade da empresa estudada não está restrita a um único ramo de
atividade.
272 Recomenda-se a classificação por grupos de produtos às despesas cor-
rentes de P&D correspondentes a todos os grupos e subgrupos indus-
triais do setor empresarial. Se ela se apresenta como impossível para
todos os grupos de indústrias, é recomendado operar esta distribuição
pelo menos para o setor de pesquisa e desenvolvimento (ISIC Rev. 3.1,
seção 73). Recomenda-se classificar os dados por grupos de produtos
segundo o critério de utilização do produto (a indústria beneficiária no
caso da ISIC Rev. 3.1, seção 73). A classificação apresentada no capítulo
3, tabela 3.1 deve ser usada.
2 Infraestrutura e ordenamento do território.
3 Poluição e proteção ambiental.
4 Saúde pública.
5 Produção, distribuição e utilização racional da energia.
6 Produção e tecnologia agrícola.
7 Produção e tecnologia industrial.
8 Estruturas e relações sociais.
9 Exploração e aproveitamento do espaço.
10 Pesquisa não orientada.
11 Outras pesquisas civis.
12 Defesa.
Mensuração do pessoal
ocupado em P&D
5.1 Introdução
Gestão Programação e
específica da gestão dos
P&D aspectos C&T
dos projetos de
P&D
Suporte Contabilidade,
administra- administração
tivo dos agentes
específico
Introdução
300 A classificação internacional padrão utilizada é a Classificação Inter-
nacional Uniforme das Ocupações (ISCO). As principais definições
de profissões apresentadas abaixo são destinadas especificamente aos
levantamentos de P&D. No entanto, como veremos posteriormen-
te, as profissões podem ser apresentadas como grandes categorias na
ISCO-88 (BIT, 1990).
Pesquisadores
301 Os pesquisadores são especialistas que trabalham na concepção ou na
criação de conhecimento, de produtos, de processos, de métodos e de
sistemas novos, assim como na gestão dos projetos relacionados.
302 Pesquisadores classificam-se no grupo principal 2 da ISCO-88, “pro-
fissões intelectuais e científicas”, bem como no grupo de base “diretores
executivos, pesquisa e desenvolvimento” (ISCO-88, 1237). Por conven-
ção, os membros das forças armadas com qualificações análogas, que
executam P&D, deveriam também ser incluídos na presente categoria.
303 Também fazem parte desta categoria os diretores executivos e os admi-
nistradores que cumprem atividades de gestão e planejamento de aspec-
tos científicos e técnicos dos trabalhos dos pesquisadores. Geralmente,
seu nível hierárquico é igual ou maior comparado ao das pessoas direta-
mente empregadas na qualidade de pesquisadores. Trata-se frequente-
mente de antigos pesquisadores ou pesquisadores em tempo parcial.
304 Títulos profissionais podem variar de uma instituição, de setor e de um
país para outro.
305 Estudantes diplomados (pós-graduados) com atividades de P&D deve-
Mensuração do pessoal ocupado em P&D 119
Introdução
312 A ISCED fornece os elementos básicos que permitem classificar a equi-
pe de agentes de P&D de acordo com seus títulos. Para efeitos de esta-
tísticas em P&D, é recomendável separar este pessoal em seis grandes
grupos. Estes grupos são estabelecidos em função do nível de educação
sem levar em conta o campo de estudo em questão.
313 Detentores de doutorado ou de um diploma universitário equivalente
em qualquer disciplina (nível 6 da ISCED). Essa categoria inclui titula-
res de diplomas das universidades propriamente ditas ou em instituições
especializadas que tenham o estatuto de universidade.
Outras qualificações
318 Esta categoria inclui as pessoas cuja educação secundária está abaixo do
nível 3 da ISCED, aqueles que não concluíram o segundo grau e aqueles
que estão em qualquer uma das outras quatro categorias.
Critérios de classificação
Critério principal
Este nível procura, normalmente, dar suporte a uma tese de uma qua-
lidade suficiente para que permita a sua publicação. A tese deve ser o
produto do trabalho de pesquisa original e representar uma contribuição
significativa para o conhecimento.
Critério alternativo
Este nível prepara diplomados para cargos a serem ocupados, como o de
124 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
5.3.1 Introdução
325 A medição da equipe empregada em P&D compreende três componen-
tes:
■■ Medida do número expresso em pessoa física.
■■ Medição das atividades de P&D em equivalente em tempo integral
(pessoas/anos).
■■ Medição das características.
Abordagens e opções
329 Várias opções estão disponíveis para dados de pessoas físicas:
■■ Número de pessoas atribuídas ao trabalho de P&D até uma data pre-
cisa (por exemplo, fim do período).
■■ Número de pessoas atribuídas ao trabalho de P&D durante o ano
(civil).
■■ Número total de pessoas atribuídas ao trabalho de P&D durante o
ano (civil).
330 Para medir os dados relativos às pessoas singulares no caso de equipe
de P&D, seria preciso, tanto quanto possível, adotar uma abordagem
semelhante à(s) seguida(s) para coletar outras séries estatísticas relativas
às pessoas físicas (emprego, educação etc.) com as quais os dados na
série de P&D são suscetíveis de comparação.
Medição de pessoas/anos
333 O ETI pode representar um ano de trabalho de uma pessoa. Assim,
aqueles que normalmente gastam 30% do seu tempo com P&D e o
resto com outras atividades (ensino, administração universitária e orien-
tação, por exemplo) deveriam representar apenas 0,3 ETI. Da mesma
forma, o funcionário de P&D em tempo integral em uma unidade de
P&D durante seis meses apenas representaria apenas 0,5 ETI. O dia
(período) normal de trabalho que pode diferenciar um setor de outro, e
mesmo uma instituição de outra, não é adequado para expressar o ETI
de pessoas/horas.
334 Se medirmos o efetivo em pessoas/anos que se dedicam a P&D, será
conveniente tomar como base o mesmo período correspondente àquele
escolhido para coletar as séries de dados sobre as despesas.
Cálculo de ETI
343 A definição do tempo de trabalho “normal” tem recebido atenção espe-
cial, já que quem responde aos questionários sobre o emprego do tempo
frequentemente relata tempos de trabalho muito mais longos do que a
maioria das categorias similares de funcionários. O cálculo de ETI da
equipe de P&D deve basear-se no tempo total de trabalho. Portanto,
ninguém pode representar mais de uma unidade ETI por ano e, conse-
quentemente, não pode executar mais de uma ETI em P&D.
Mensuração do pessoal ocupado em P&D 129
Tabela 5.3a Total nacional de funcionários de P&D por setor de emprego e por
ocupação
Setor
Pesquisadores
Técnicos e profissões relacionadas
Outros agentes de suporte
Total
Fonte: OCDE
130 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Tabela 5.3b Total nacional de funcionários de P&D por setor de emprego e por
nível de qualificação
Setor
Titulares de:
Diplomas universitários
Doutorado (ISCED, nível 6)
Outras qualificações
Total
Fonte: OCDE
Estes agregados deveriam ser repartidos por setor de emprego, por pro-
fissão e/ou por nível de qualificação formal, como indicado nas tabe-
las 5-3 e 5-3b. Se não for possível fornecer uma única classificação, é
conveniente dar prioridade à distribuição por profissão. Outras classifi-
cações institucionais (e às vezes distribuições funcionais) são aplicadas
neste contexto.
347 Para melhor entender em que consiste a equipe de P&D e a maneira
como se integra no contexto mais amplo do conjunto da equipe cientí-
fica e técnica, é recomendado coletar dados em termos de pessoas físicas
e, se possível, em outras categorias de equipe discriminadas em:
■■ Sexo.
■■ Idade.
348 Para declarações por idade, é recomendável distribuir os dados seguindo
seis categorias:
■■ Menos de 25 anos.
■■ De 25 a 34 anos.
Mensuração do pessoal ocupado em P&D 131
■■ De 35 a 44 anos.
■■ De 45 a 54 anos.
■■ De 55 a 64 anos.
■■ 65 anos ou mais.
Estas categorias estão em conformidade com as Diretrizes provisórias
das Nações Unidas relativas às classificações internacionais do tipo por idade
(ONU, 1982).
349 Outras variáveis também merecem ser examinadas, incluindo os níveis
de remuneração e os países de origem. No entanto, a coleta de dados
dessa natureza pode exigir levantamentos de pessoas físicas, operação
muito dispendiosa. Portanto, é útil consultar outras fontes de dados ad-
ministrativos, como os registros de população, encargos sociais etc.
350 Diferentes critérios são utilizados para identificar o país de origem:
nacionalidade, cidadania ou país de nascimento. Outros podem ainda
apresentar um interesse analítico, como o país de residência anterior, o
emprego anterior ou o país onde foram realizados os estudos mais ele-
vados. Todos têm vantagens e desvantagens e fornecem informações de
diferente tipo. A combinação de pelo menos dois destes critérios dará
mais informações. No entanto a coleta de tais dados para a equipe de
P&D foi pouco desenvolvida.
351 Finalmente, pode ser útil coletar os dados de pessoas físicas na área de
formação de equipe de P&D, ou seja, a área em que indivíduos adqui-
riram seu nível de qualificação mais elevado. As áreas de estudo são
definidas na ISCED-97 e podem ser reportadas às disciplinas científicas
e tecnológicas contidas no capítulo 3, tabela 3.2.
Tabela 5.4 Pessoal ocupado em P&D por ocupação e por nível de qualificação formal
Pessoas físicas
Profissões
Nível de Pesquisadores Técnicos Outros agentes de Total
qualificação e o pessoal asso- suporte
ciado
Titulares de:
Diplomas universitários
Doutorado (ISCED, nível 6)
Outras qualificações
Total
Fonte: OCDE
6.1 Introdução
6.2.1 Definição
358 As despesas internas cobrem o conjunto de todas as despesas atribuídas
a P&D realizadas em uma unidade estatística ou em um setor da eco-
nomia durante um determinado período, qualquer que seja a origem dos
fundos.
359 As despesas efetuadas fora da unidade estatística ou do setor, que te-
nham por objetivo dar apoio a trabalhos internos de P&D (fornecedo-
res de P&D, por exemplo), estão incluídas. Elas também incluem tanto
as despesas correntes quanto as despesas de capital.
ído nos preços de bens e serviços adquiridos em um projeto não pode ser
recuperado e, portanto, será considerado pelos entrevistados como um
elemento legítimo de suas despesas. Os países deveriam se esforçar em
excluir o IVA dos números nos setores que possuem um ajustamento de
nível central. É recomendado comunicar à OCDE os números fora do
IVA.
Terrenos e edifícios
377 É a despesa ocasionada para aquisição de terras para P&D (terrenos
de teste, terrenos para a construção de laboratórios e fábricas piloto,
por exemplo), bem como os custos incorridos para a construção ou a
aquisição de imóveis, incluindo as despesas incorridas por importantes
140 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Instrumentos e equipamentos
381 Trata-se de despesas relacionadas com a aquisição de equipamentos
pesados e os grandes materiais utilizados para os trabalhos de P&D,
incluindo softwares incorporados.
Software
382 Este tópico abrange a compra de softwares separadamente identificáveis
para permitir a execução de P&D, incluindo as descrições do programa
e a documentação que acompanha os softwares do sistema e aplicati-
vos. As taxas anuais de utilização dos softwares adquiridos também estão
incluídas.
383 No entanto, nos levantamentos de P&D, os softwares produzidos por
uma unidade por conta própria no âmbito de P&D são incluídos na
categoria relevante: custos de equipe ou outros custos atuais.
Bibliotecas
387 Apesar de o pagamento de compras atuais de livros, periódicos e anuá-
rios ser atribuído a “outros custos correntes”, as despesas corresponden-
tes à aquisição de bibliotecas completas, de grandes coleções de livros,
periódicos, espécimes etc. devem constar no tópico de “despesas com
equipamentos pesados”, principalmente quando essas despesas são fei-
tas para equipar uma nova instituição (consulte UNESCO, 1984b, seção
3.2.1).
388 Cada país deveria adotar a abordagem defendida pela UNESCO no
momento em que envia seus dados para a OCDE. Se esta prática reve-
la-se impossível, será conveniente prender-se a uma metodologia con-
sistente para o que é a classificação dos custos acima, o que permitiria
observar as modificações que intervieram no perfil destas despesas.
setor atesta ter pago para outra unidade, outro organismo ou outro setor
para a execução de P&D durante um dado período de tempo.
392 É altamente recomendável utilizar o primeiro destes métodos.
Subcontratados e intermediários
404 O problema complica-se quando os fundos passam por vários orga-
nismos. Pode ser assim quando a P&D é feita por subcontrato, como
acontece ocasionalmente no setor empresarial. O executor deveria in-
dicar, tanto quanto possível, a origem principal dos fundos recebidos
pela P&D. Estes mesmos problemas apresentam-se no caso de finan-
ciamento pela UE: neste caso, os fundos vão primeiro ao contratante e,
em seguida, são divididos entre os outros participantes (subempreitei-
ros). Em alguns países, as organizações intermediárias não executoras
desempenham um grande papel no financiamento de P&D, distribuin-
do entre os organismos executores as doações recebidas de várias fontes
diferentes, mas sem um propósito específico. Entre os exemplos mais
conhecidos a este respeito encontramos a Associação dos Doadores para
a Ciência Alemã e a Fundação Alemã de Pesquisa, ambas na Alema-
nha. Nestes casos, é admissível considerar estas organizações como a
fonte financiadora, ainda que seja preferível a identificação da origem
primária dos fundos.
das universidades).
¤■ Unidade administrativa de uma cidade ou de um estado da federação
(excluindo os fundos públicos gerais das universidades).
¤■ Fundos públicos gerais das universidades.
■■ Ensino superior.
■■ Exterior.
¤■ Setor de negócios:
£■ Empresas do mesmo grupo.
£■ Outros negócios.
¤■ Outros setores do governo no exterior.
¤■ Setor privado sem fins lucrativos.
¤■ Ensino superior.
¤■ União Europeia.
¤■ Organizações internacionais.
custos correntes (parágrafo 364), visto que sua atividade de P&D faz
diretamente parte da atividade de P&D da unidade.
410 Os dados referentes às despesas externas das unidades estatísticas com-
plementam utilmente as informações coletadas sobre os gastos inter-
nos. Por isso a coleta destes dados é incentivada. Dados sobre despe-
sas externas são indispensáveis para a elaboração de estatísticas sobre
a P&D executada no exterior, mas financiada por instituições nacio-
nais. Eles também podem ser usados para análise de fluxos financeiros
por executores, inclusive se houver lacunas no domínio abrangido pelo
levantamento.
411 Como os dados relativos a P&D são necessariamente previstas do ponto
de vista de um determinado país, é muito difícil identificar o fluxo inter-
nacional de fundos para P&D. No contexto de crescente internacionali-
zação de P&D, será conveniente no futuro recorrer mais frequentemen-
te à análise de financiamento externo para resolver este problema. Em
consequência, é recomendável adicionar à nomenclatura utilizada para
a distribuição de P&D externas certos detalhes sobre os fluxos interna-
cionais, semelhantes aos acima referidos, utilizados para classificar as
fontes de financiamento.
412 Para tanto, é recomendável utilizar o sistema de classificação seguinte:
■■ Setor empresarial:
¤¤ Outra empresa do mesmo grupo.
¤¤ Outra empresa.
■■ Setor público
■■ Exterior:
¤¤ Setor de negócios.
££ Empresa do mesmo grupo.
££ Outras empresas.
¤¤ Outro setor público estrangeiro.
150 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
TOTAL Total execu- Total executado Total executado Total executado DIBPD
tado no setor no setor no setor de no setor de
empresarial público ISFL ensino superior
Fonte: OCDE
Tabela 6.2 Despesa nacional bruta de P&D (DNRD)
Setor Financiador
Território nacional Estrangeiro
Setor de Empresas Total
financia-
Empresas Governo Instituições Ensino Mesmo grupo Outras em- Organizações Outras
mento
sem fins superior presas internacionais
lucrativos
Fonte: OCDE
Medição das despesas dedicadas a P&D 155
Capítulo 7
Métodos e procedimentos
para a condução de levantamentos
7.1 Introdução
432 Apenas alguns países são capazes de fazer um censo abrangente de todas
as unidades que realizam P&D. Geralmente, apresentam-se inúmeras
restrições sobre o alcance das investigações. Poderíamos, por exemplo,
ser forçados a limitar o número de unidades pesquisadas para evitar au-
mento dos custos; talvez seja necessário conduzir a a pesquisa de P&D
158 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
que têm atividades de P&D, mas não fazem parte do grupo de em-
presas conhecidas ou prováveis para realizar a P&D. Seria preciso,
em princípio, incluir todas as empresas, independentemente do seu
tamanho, porém deve haver um limite, e este limite deveria ser de dez
empregados.
442 Devem ser incluídas as indústrias listadas abaixo:
Indústrias Rev.3/NACE ISIC Rev.1
Indústrias extrativas 14
Indústrias 15-37
Instalações públicas, construção 40, 41, 45
Atacado 50
Transporte, armazenagem e comunicação 60-64
Intermediação financeira 65-67
Computador e atividades relacionadas 72
Serviços de P&D 73
Atividades de arquitetura e engenharia e outras 742
atividades técnicas
Além disso, outros setores como a agricultura (ISCO Rev. 3, divisões 01,
02, 05) deveriam ser considerados em países que têm operações signifi-
cativas de pesquisa nestes setores.
7.3.5 Hospitais
449 Alguns países podem julgar satisfatório incluir centros hospitalares e ou-
tras instalações de saúde nos levantamentos regulares de P&D realizados
a partir do questionário padrão desenvolvido para o setor em questão.
Eventualmente, é a única solução para os hospitais e outras instituições
de saúde do setor empresarial. Orientações adicionais podem ser dadas,
neste caso, sobre os trabalhos situados na fronteira da pesquisa, além de
cuidados médicos e tratamento de testes clínicos. Centros hospitalares
universitários estreitamente integrados no plano administrativo e finan-
ceiro a instituições de ensino (ver capítulo 3, seção 3.7.1) poderiam ser
tratados em conjunto para as necessidades dos levantamentos de P&D
e da compilação de dados sobre P&D. No caso de unidades separadas
com financiamento próprio e sua administração, elas poderiam receber
Métodos e procedimentos para a condução de levantamentos 163
Distribuição do orçamento
governamental destinado a P&D (GBAORD)
por objetivo socioeconômico
8.1 Introdução
Domínio coberto
494 GBAORD inclui tanto os custos correntes quanto as despesas de capi-
tal.
Os relatórios
495 Em termos de orçamento, alguns países têm por hábito comparar os
montantes importantes de um ano para o outro, montantes que, por
vezes, encontram-se incluídos nos créditos votados ao curso de anos
sucessivos.
Projetos plurianuais para os quais estão previstos os orçamentos de um
dado ano, ou durante vários anos, deveriam ser incluídos nos dados de
GBAORD do ano ou dos anos em curso nos quais os trabalhos de P&D
serão executados. Programas plurianuais que são objeto de uma abertura
de créditos, em um momento ou em outro, mas são orçados ao longo de
vários anos, deveriam ser incluídos nos dados correspondentes aos anos
176 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Finalidade ou conteúdo
497 A distribuição pode ser concebida de duas maneiras:
■■ Dependendo da finalidade do programa ou do projeto de P&D.
■■ De acordo com o conteúdo geral do programa ou do projeto de P&D.
498 A diferença entre essas duas abordagens é ilustrada pelos exemplos se-
guintes:
■■ Um projeto de pesquisa sobre os efeitos, nas funções do corpo huma-
no, de vários produtos químicos que podem ser usados como armas
químicas.
Distribuição do orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) por objetivo socioeconômico 177
A coleta de dados, conforme o propósito, é o mais importante do ponto
de vista das políticas públicas e é o princípio subjacente na distribuição
de dados de GBAORD por objetivo socioeconômico.
8.7.3 A distribuição
502 A lista de distribuição da OCDE apresentada na seção 8.7.4 é a clas-
sificação da União Europeia adotada pelo Eurostat para análise e com-
paração dos programas e orçamentos científicos ao nível de um algaris-
mo (NABS) (Eurostat, 1986; 1994). A correspondência entre a lista da
NABS e a lista anterior da OCDE (que era quase idêntica à da NABS
de 1986) é apresentada na tabela 8.1 e deve ser utilizada nos relató-
rios enviados à OCDE, ainda que os países-membros possam usar suas
próprias classificações ou a classificação NordForsk (tabela 8.2) para as
compilações nacionais de GBAORD.
2 Infraestrutura e planejamento.
504 Este OSE inclui as pesquisas no campo de infraestrutura e planeja-
mento do território, bem como na construção de edifícios. Em geral,
este OSE engloba toda pesquisa relacionada com a organização geral
do território. Também abrange a proteção contra os efeitos nocivos do
planejamento dos espaços urbanos e rurais. Não inclui pesquisas sobre
outros tipos de poluição (OSE 3).
Distribuição do orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) por objetivo socioeconômico 179
4 Saúde pública
506 Este OSE engloba a pesquisa científica para proteger, promover e res-
taurar a saúde humana no sentido mais amplo, isto é, incluindo aspectos
sanitários da nutrição e higiene dos alimentos. Abrange uma área entre
a medicina preventiva – incluindo todos os aspectos da medicina e da
cirurgia de tratamento, tanto no plano individual quanto coletivo – e
a prestação de cuidados hospitalares e em domicílio, medicina social,
pediatria e geriatria.
9 Exploração do espaço
511 Este OSE inclui o conjunto de pesquisas no campo da sociedade civil
da tecnologia espacial. As pesquisas para fins militares são classificadas
na OSE 13 (se a pesquisa espacial civil não é focada geralmente sobre
um objetivo específico, ela tem, pelo menos, um objetivo determinado,
por exemplo, a extensão do conhecimento (astronomia) ou a realização
de aplicações específicas (satélites de telecomunicações).
Exploração do espaço
516 Este não é um fim em si mesmo para a maioria dos países da OCDE,
pois este tipo de P&D, geralmente, é realizado para outra finalidade,
como a pesquisa não orientada (em astronomia), ou para aplicações de-
terminadas (incluindo os satélites). No entanto, esta seção foi mantida,
pois não pode ser eliminada sem causar uma mudança significativa no
equilíbrio entre os objetivos pelo qual ela seria reafetada no caso de
alguns países da OCDE que, na verdade, têm grandes programas espa-
ciais.
Mineração
517 Sobressai, tanto na classificação do NordForsk quanto na da NABS
que a P&D relacionada às atividades de exploração deve ser incluída
no título “a exploração e o aproveitamento da terra”. No entanto, estas
classificações diferem quando se trata de mineração. De acordo com a
182 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Construção
518 Outra diferença aparece no campo de construção. Logicamente, se
aplicarmos a análise com base no objetivo principal, usando a conven-
ção conhecida como “efeito cascata” (ver seção 8.7.1), os programas de
P&D relativos à construção deveriam ser divididos de acordo com o
seu principal objetivo (silos para mísseis sendo classificados em “defe-
sa”, os hospitais em “saúde pública”, os edifícios agrícolas em “produ-
ção e tecnologia agrícola” etc. e a P&D para o setor de construção, em
184 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Breve história
e as origens deste Manual
Origens
1 Foi por volta de 1960 que a maioria dos países da OCDE foi incenti-
vada, devido ao rápido crescimento dos recursos nacionais dedicados à
pesquisa e desenvolvimento experimental (P&D), a coletar dados esta-
tísticos nesta área. Eles concordaram também sobre o caminho que foi
iniciado por um pequeno grupo de países, incluindo Estados Unidos,
Japão, Canadá, Reino Unido, Países Baixos e França. No entanto, os pa-
íses enfrentaram dificuldades teóricas quando iniciaram levantamentos
sobre P&D e, dadas as diferenças na abrangência, nos métodos e con-
ceitos, era difícil estabelecer comparações internacionais. Assim, parecia
cada vez mais necessária uma normatização do tipo, realizada no caso de
estatísticas econômicas.
2 O interesse da OCDE nesta edição remonta ao tempo da Organização
Europeia de Cooperação Econômica (OECE). Na verdade, em 1957, a
Comissão de Pesquisa Aplicada da Agência Europeia de Produtividade
da OECE começou a organizar encontros entre especialistas dos países-
-membros para discutir os problemas metodológicos. Seguindo estas
reuniões, um grupo ad hoc de especialistas foi formado sob os auspícios
da comissão de pesquisa aplicada para estudar métodos de levantamen-
tos sobre as despesas em pesquisa e desenvolvimento. J.C. Gerritsen,
o secretário do grupo de tecnologia, preparou dois estudos detalhados
sobre as definições e os métodos utilizados para medir a P&D na área
Breve história e as origens deste Manual 187
Primeira edição
Segunda edição
Terceira edição
Quarta edição
Quinta edição
11 No final dos anos 80, tornou-se claro que os princípios diretores conti-
dos no Manual de Frascati deviam ser revistos para refletir as mudanças
nas prioridades de ação governamental e obter os dados necessários para
apoiar o processo de decisão. Havia muitos novos aspectos a considerar,
incluindo a evolução da ciência e tecnologia e como interpretá-la. Al-
guns apareceram no contexto do Programa de Tecnologia e Economia
da OCDE (por exemplo, a internacionalização, softwares, ciência de
Breve história e as origens deste Manual 191
Sexta edição
ção sobre a distribuição de dados por sexo e idade (com uma proposta
de classificação por idade) é nova.
22 O capítulo 6 inclui recomendações específicas sobre fontes de financia-
mento e distribuição de gastos externos. A necessidade de fontes de fi-
nanciamento diretamente relacionadas com P&D em um determinado
período aqui é explicada claramente. A compra de softwares foi adicio-
nada em gastos e investimento no âmbito do novo SCN.
23 Todo o capítulo 7 foi amplamente alterado. O objetivo é fornecer orien-
tações mais detalhadas sobre os métodos de pesquisa no setor corpora-
tivo e em questões de estimativas. Nós também tentamos tornar o texto
mais claro e adequado para a pesquisa de P&D.
24 Algumas das recomendações adotadas pelo Eurostat desde a última re-
visão do Manual foram incluídas no capítulo 8 e a NABS foi utilizada
como classificação básica por nível socioeconômico. Esclarecimentos
foram feitos também em vários outros conceitos e questões metodoló-
gicas.
25 Novos anexos consagrados a P&D em algumas áreas de interesse, como
TIC, saúde e biotecnologia, foram adicionados. Um deles contém os
princípios diretores sobre a obtenção de dados de P&D por região. A
árvore de decisão sobre a classificação das unidades de P&D por setor
de execução foi adicionada ao capítulo 3, e exemplos de P&D relativos
a softwares são apresentados no capítulo 2. A maioria dos anexos da
versão anterior do Manual foi atualizada e ampliada.
Agradecimentos
Introdução
Informações gerais
11 Essas pesquisas incluem muitas perguntas sobre temas mais gerais, tais
como o nível de escolaridade do entrevistado, idade, sexo, barreiras que
tornam a P&D mais difícil, composição das comissões etc.
Taxa de resposta
Total de recursos
Tipos de custos
Fontes de financiamento
Geral
queria que pelo menos uma parte desses fundos em questão fossem de-
dicados a P&D; o conteúdo de P&D destes fundos gerais universitários
de origem pública deveria ser atribuído ao governo como uma fonte de
financiamento”. Este método é recomendado para comparações inter-
nacionais.
64 Os FGU devem ser separadamente relatados, e qualquer ajuste da série
de custos de P&D deve levar em conta os pagamentos efetivos ou alo-
cados para encargos sociais e pensões etc. e ser atribuído aos FGU como
fonte de financiamento.
“Fundos próprios”
Recomendações
Introdução
bens pelas famílias para consumo próprio, mas não os serviços de habi-
tação ocupada pelo proprietário. O PIB inclui as construções por conta
própria conduzidas pelas famílias ou empresas, bem como as produções
de plantas e animais para subsistência. No entanto, por convenção, o
SCN não exclui do PIB os serviços não remunerados, quer se trate de
design de interiores, quer de limpeza, lavanderia etc.
12 A P&D é geralmente uma atividade econômica no sentido definido
acima. Há um grupo que escapa a essa regra, a P&D realizada por estu-
dantes de graduação que não são empregados de instituições de ensino
superior, mas são subsidiados e/ou utilizam seus próprios recursos. To-
das as outras despesas de P&D definidas no Manual de Frascati são
tratadas em várias contas do Sistema de Contabilidade Nacional.
13 Mesmo que a versão mais recente do SCN forneça orientações para
o tratamento de P&D, ela não faz distinção de modo sistemático nas
contas, em particular pelas empresas que executam trabalhos de P&D
por conta própria, daí a necessidade de usar contas-satélite.
Setores
Classificações
Tabela 3 Distribuição no SCN das unidades que fazem parte ou podem fazer
parte do setor do ensino superior do Manual de Frascati
Produtores mercantis Produtores não mercantis
Instituições de ensino, Todas as corporações não finan- ISFL servindo principalmente as
quer dizer, prestadores de servi- ceiras FSEs 1 famílias
ços de ensino superior (FSEs) 1 Toda empresa não constituí-
como atividade principal da em sociedade FSEs a um
preço correspondente à realidade
econômica
Instituições sem fins lucrativos
FSEs 1 a um preço igual à realida-
de econômica.
Instituições sem fins lucrativos a
serviço de empresas FSEs 1
Hospitais universitários (fornece- Sociedades não financiadas Administrações públicas FSSS 2
dores de serviços, cuidados de FSSS2 ou quase sociedades ISFL controladas e principal-
saúde, FSSS) 2 CAAES 3 mente financiadas pelo governo
controlados ou administrados por, Instituições sem fins lucrati- FSSS 2 e 3 CAAES3
ou associados a instituições de vos FSSS2 a um preço igual à
ensino superior e/ou que tenham realidade
atividades de ensino significativo econômica e CAAES 3
ISFL ao serviço das famílias
FSSS 2
Institutos de pesquisa ou centros Sociedades ou quase sociedades Administrações públicas (CAA-
experimentais controlados ou que não ofereçam serviços finan- ES) 3
administrados por, ou associados ceiros de P&D mas CAAES3 IPSFL controladas e principal-
a instituições de ensino superior Instituições sem fins lucrativos mente financiadas pelo governo
(CAAES) 3 (instituições oferecendo serviços de P&D a um mas associadas às instituições de
de pesquisa “de fronteira” ) preço correspondente à realidade ensino superior.
econômica e CAAES 3
Instituições sem fins lucrativos ao
serviço de empresas CAAES 3 ISFL ao serviço das famílias que
são administradas ou CAAES 3
Estudantes diplomados Famílias beneficiadas de subvenções
1. Prestação de serviços de ensino superior.
2. Prestação de serviços de saúde.
3. Controladas ou administradas por, ou associadas a, estabelecimentos de ensino superior
Fonte: OCDE
ção etc. do Estado deve ser considerada um “subsídio” (ver tabela 5). Po-
dem surgir problemas com o conteúdo de P&D dos contratos de com-
pra. Em princípio, a P&D é incorporada no produto como ela o é para
outras compras de bens e serviços, e no SCN, o utilizador da P&D é o
produtor/executor. No entanto, se o organismo de financiamento passa
um contrato distinto de P&D e se torna o proprietário de resultados
de P&D, o doador é então o usuário, de acordo com o SCN. Quando
uma entidade (que não o Estado), que financia não é a executora (P&D
externa), o Manual de Frascati não faz recomendação específica quanto
à classificação de tais transferências de fundos, enquanto o SCN propõe
várias categorias (receita de vendas, subsídios, transferências correntes
e transferências de capital), com a ideia de que chegaremos, assim, a
entender melhor o funcionamento dos mecanismos econômicos.
30 Ainda que toda P&D tenha um usuário, apenas uma parte aparece na
declaração de despesas finais como tal. A grande maioria de P&D é tra-
tada como tendo sido utilizada durante o processo de produção e assim
se encontra na conta de despesas já incorporadas nos bens e serviços;
elas são ou transferidas para um período posterior (formação de capi-
tal), ou utilizadas sem outra transformação para atender às necessidades
individuais ou grupo de membros da comunidade (consumo final). Esta
abrange toda P&D financiada por produtores mercantis e aquela que é
financiada pelo governo e pelas instituições privadas sem fins lucrati-
vos (ISFL) ao serviço das famílias que contribuem diretamente para os
serviços que oferecem. As únicas atividades de P&D tratadas como tais
como despesa de consumo final na tabela são aquelas financiadas como
serviços comunitários (incluindo a pesquisa básica) e P&D similares
financiadas pelo ISFL ao serviço das famílias.
A necessidade de contas-satélites
1 Este anexo contém três áreas de P&D para as quais não é possível obter
informação direta com o uso das classificações recomendadas no Manu-
al. As três são de enorme importância política, e a necessidade de obter
dados sobre a P&D nessas áreas é bem evidente. Para obter os dados,
é frequentemente necessário combinar dados de P&D procedentes de
diversas classificações ou mesmo incorporar novas perguntas nos levan-
tamentos.
Introdução
Informações gerais
Setor empresarial
Informações gerais
Ensino superior
Setor de governo
Fabricação
Serviços
nicações”)
6420 - Telecomunicações
7123 - Aluguel de máquinas e equipamentos (incluindo computadores)
72 - Atividades de informática e atividades relacionadas
37 Esta classificação fornece um bom ponto de partida para definir a P&D
relacionada com as TIC no setor empresarial. Em levantamentos de
P&D os dados geralmente estão disponíveis apenas em dois dígitos
ISIC, tornando-se difícil usar diretamente a lista acima. Além disso, al-
gumas categorias têm um conteúdo TIC bastante limitado (ISIC 3130)
ou têm pouco interesse em fazer levantamentos de P&D (o comércio
por atacado ou a locação, por exemplo). Para dispor de uma definição
útil de P&D relacionada com as TIC P&D, pode ser necessário incluir
a ISIC 30, 32 e 33 (P&D ligadas ao fabrico de equipamento de TIC) e
ISIC 64 e 72 (P&D relacionadas com serviços de TIC).
38 Esta classificação deve ser complementada por um método mais ade-
quado para a pesquisa relacionada com as TIC, nomeadamente os gru-
pos de classificação de produtos, que é uma classificação funcional. Os
trabalhos estão atualmente em andamento para desenvolver uma re-
comendação internacional de produtos considerados TIC. Apesar de
todos os países não utilizarem a classificação de produtos nas suas pes-
quisas, definida em termos de grupos de produtos, uma vez fixada por
mútuo acordo, pode ser mais apropriado para definir a P&D relacionada
com as TIC no setor empresarial. A recomendação mais explícita está
contida agora no capítulo 4, seção 4.3 do Manual sobre o uso da classi-
ficação por grupo de produto nas pesquisas de P&D. O grupo de pro-
duto é definido pelo produto final da empresa. Assim, a P&D realizada
por um fabricante de automóveis em um software integrado no veículo
que produz não será considerada como P&D relacionada com as TIC,
porque o software não é o produto final do fabricante de automóveis,
porém, se o software é comprado de outra empresa, é considerado P&D
relativa à TIC.
39 O nível de agregação da classificação por grupo de produtos usado em
pesquisas poderia ser um problema porque, normalmente, não é sutil o
suficiente para que possamos distinguir P&D relacionadas com as TIC
e quando definidas de acordo com grupos de produtos altamente desa-
gregados.
P&D relacionada à saúde, à tecnologia da informação e comunicação (TIC) e à biotecnologia 239
Introdução
Classificações
Levantamentos-modelo
Sim ( )
Não ( )
Se sim, por favor, dê uma estimativa da proporção das despesas totais de
P&D descrita acima que seja atribuível às biotecnologias:...%
51 Ela deve fornecer as definições de dados de biotecnologia da OCDE
para orientar aqueles que responderam à pesquisa. Definido como lista
pode ter maior utilidade, mas ambos podem vir a ser necessários.
52 Outra questão a considerar é a parcela de financiamento público atri-
buída a trabalhos de P&D sobre biotecnologia. É preciso definir, talvez,
com mais precisão a variável.
53 Como as interações entre ciência e tecnologia são particularmente for-
tes no campo da biotecnologia, recomenda-se incluir esse tipo de per-
gunta nos levantamentos de P&D conduzidos nas outras áreas listadas
no Manual de Frascati. A experiência adquirida em alguns países mos-
tra que é possível.
54 Recomenda-se adicionar algumas perguntas simples sobre P&D em
biotecnologia nos levantamentos de P&D no maior número possível de
países-membros a fim de alcançar uma visão mais ampla e comparável
do papel da biotecnologia em esforços nacionais de P&D.
55 A biotecnologia é um campo multidisciplinar, o que levanta proble-
mas particulares para a classe na pesquisa. A atual definição da OCDE
é uma preliminar que foi usada a título experimental, como parte de
P&D, principalmente para o setor empresarial. Para assegurar a compa-
rabilidade dos dados, é recomendado o uso em outros setores. Sua apli-
cação em todos os setores ganhará experiência que irá levar a revisões
adicionais para a definição atual.
Introdução
Indicador de C&T
Outros indicadores
de ciência e tecnologia
Introdução
1 Como foi mencionado no capítulo 1, é cada vez mais claro que estatísti-
cas de P&D não são suficientes por si sós para descrever toda a gama de
recursos destinados ao desenvolvimento científico e tecnológico e seus
resultados (ver, por exemplo, Freeman, 1987).
2 Reconhecendo a necessidade de facilitar o desenvolvimento de indica-
dores além dos diretamente relacionados a P&D, a OCDE tem desen-
volvido uma série de diretrizes metodológicas em áreas que se encon-
tram em P&D (ver capítulo 1, tabela 1.1). Espera-se que estes manuais
e orientações sejam complementares e forneçam, em última instância,
diretrizes para a coleta e interpretação de dados em toda a gama de ati-
vidades científicas e tecnológicas.
3 Este anexo apresenta sete conjuntos de indicadores que são ou estão
sujeitos a princípios orientadores para o desenvolvimento seja em cur-
so, seja em projeto. Sua finalidade é fornecer aos usuários e produtores
de estatísticas de P&D um contexto no qual eles possam localizar os
indicadores de P&D em relação a todo o sistema de ciência e tecnolo-
gia. Também mostra as fontes de dados e disponibilidade em cada área,
observando algumas das desvantagens do seu uso. Os indicadores são
apresentados na ordem de tempo de desenvolvimento e de acordo com
a situação observada em 2002.
254 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Estatísticas de patentes
Âmbito
4 Uma patente é um direito de propriedade intelectual relacionada com
invenções técnicas. Pode ser concedida a uma empresa, a um indivíduo
ou a um organismo público por um escritório de patentes. O pedido
de patente deve atender a certos critérios: a invenção deve ser nova,
implicar uma atividade inventiva (de carácter não óbvio) e ser aplicável
industrialmente. A patente concedida é válida em um determinado país
por um período limitado (20 anos).
5 O melhor é utilizar, para fins de comparação internacional, estatísticas
sobre pedidos de patentes, em vez das relativas a concessões de patentes,
por causa de atrasos entre as datas de apresentação de pedidos de paten-
tes e os de sua libertação, que podem chegar a 10 anos em alguns países.
6 Indicadores de patentes baseados na contagem simples de patentes re-
gistradas com uma agência de propriedade intelectual apresentam al-
gumas particularidades: a comparabilidade internacional pode ser insu-
ficiente (com vantagem para o país onde se apresentam os pedidos de
patentes) e valor altamente heterogêneo de patentes registradas em um
escritório de dados. Além disso, a regulação das patentes difere de um
país para outro, o que torna muito difícil comparar estatísticas de vários
escritórios nacionais.
7 Para resolver esses problemas, a OCDE tem procurado trabalhar para
estabelecer um novo tipo de indicador baseado nas patentes: a contagem
por família de patentes. Uma família de patentes é definida como um
conjunto de patentes arquivadas com os escritórios de vários países para
proteger uma invenção única (que se caracteriza por um primeiro pedi-
do de proteção num país — designada pedido de prioridade — que se
estende posteriormente a outros escritórios). O uso de indicadores ba-
seados em famílias de patentes tem duas vantagens: melhora a compa-
rabilidade, eliminando a vantagem do país que recebe o primeiro pedido
e a influência geográfica; as patentes incluídas numa família de patentes
são de valor mais elevado.
8 Documentos de patentes fornecem grande parte das informações não
encontradas em outros lugares e são, portanto, um complemento impor-
tante às fontes tradicionais de informação utilizadas para medir a difusão
Outros indicadores de ciência e tecnologia 255
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Âmbito
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Bibliometria
Âmbito
Disponibilidade
Desvantagens
Âmbito
por produto.
27 Na classificação por ramo de atividade, as indústrias de transformação
são divididas em quatro grupos, de acordo com a intensidade tecnológi-
ca, em alta, média-alta, média-baixa e baixa tecnologia. Até o final dos
anos 90, foi amplamente utilizada a classificação tecnológica baseada
na ISIC Rev. 2, baseada na avaliação do ranking de três indicadores de
intensidade tecnológica que refletem, em diferentes graus, suas carac-
terísticas como “produtoras de tecnologia” e “utilizadoras de tecnolo-
gia”: i) despesas de P&D divididas pelo valor adicionado; ii) despesas de
P&D divididas pela produção; e iii) despesas de P&D mais tecnologia
incorporada a bens intermediários e de produção de bens de capital,
divididos pela produção. Desde a adoção pela OCDE da ISIC Rev. 3,
para apresentar os dados de atividade industrial, foi atualizado o tra-
balho relativo aos grupos de tecnologia. No entanto, a disponibilidade
limitada das tabelas de input-output da ISIC Rev. 3 (necessárias para
estimar a tecnologia incorporada), implica que apenas se considerem os
dois primeiros indicadores acima mencionados. Os primeiros resultados
são apresentados no Anexo 1 de Science, Technology and Industry Sco-
reboard 2001, da OCDE.
OCDE Science, Technology and Industry 2001.
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Âmbito
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Âmbito
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Âmbito
Disponibilidade
Desvantagens
Diretrizes internacionais
Os tipos de projeções
Objetivo
Variáveis
Métodos de projeção
Técnicas de extrapolação
9 Estas técnicas são aplicadas para a série das quais as variáveis relacio-
nadas com P&D são geralmente disponíveis em pelo menos a cada
dois anos. A análise de variância é realizada em geral usando as funções
apropriadas (polinomial ou exponencial, por exemplo).
10 Quando se leva em conta uma série de anos, é mais fácil separar as
tendências “pesadas” e a concordância é melhorada, desta forma. No en-
tanto, a análise de anos mais recentes pode revelar tendências “novas” ou
de “mudanças” no sistema. Devem ser utilizados preços constantes para
melhor destacar essas tendências.
A projeção proporcional
Taxas de crescimento
Projeções de dispersão
Diretrizes
Outras diretrizes
Introdução
de substituição.
Escolha do índice
Informações Gerais
Instrumentos e equipamentos 10 09
Total 100 100
Os esquemas de ponderação
Abordagem geral
meiro tipo de série é específico para P&D, mas não vai ser muito preciso
se, durante o período coberto pelo relatório, as mudanças substanciais
ocorrerem no regime das profissões/qualificações entre os funcionários
designados para a P&D. Como essas mudanças têm ocorrido na maioria
dos países-membros, pode ser preferível usar o segundo método. Nesse
caso, é importante escolher séries que sejam o mais comparáveis possível
com os dados de P&D. Assim, os dados sobre salários são normalmente
preferíveis às tarifas por hora, e as remunerações semanais ou mensais
são preferíveis às tarifas horárias. O uso de tabelas salariais como preços
de substituição para estimar as tendências dos custos salariais levanta
sérios problemas, principalmente no que diz respeito à “evolução das
tabelas salariais” e às modificações nas contribuições dos empregadores
para os encargos sociais dos empregados e outros benefícios comple-
mentares, assim como na diminuição da “quantidade” de trabalho do
pessoal devido à redução da jornada de trabalho e ao aumento do perí-
odo de férias.
24 É comum distinguir entre tendências no setor privado e no setor pú-
blico. Pode ser necessário operar uma arbitragem entre os métodos que
os constituem, respectivamente, para estabelecer uma decomposição
dos custos salariais e para calcular índices relativos a diferentes indús-
trias. Por exemplo, às vezes, podem estar disponíveis índices de salários
para todos os pesquisadores e engenheiros, para todos os técnicos em-
pregados na indústria, mas eles não são discriminados por setor. No en-
tanto, o “salário médio por hora” pode estar disponível para essas indús-
trias. Vamos escolher um ou outro método, dependendo se os salários
dos pesquisadores evoluem de acordo com os de todos os trabalhadores
na indústria a que pertencem ou de acordo com os dos pesquisadores de
outras indústrias.
O método
32 A metodologia para calcular as PPPs de P&D deve corresponder ao
estabelecido no contexto do PCI.
33 Embora PPPs publicadas pela OCDE sejam expressas em unidades de
moeda nacional por dólar dos EUA, e as publicados pelo Eurostat este-
jam nas unidades de moeda nacional por euro, elas são:
■■ Homogêneas (quer dizer, a PPC da França e Alemanha, que se ob-
tém dividindo-se as PPCs em euros para esses dois países, é a mesma
284 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
O sistema de ponderação
Os custos salariais
Despesas de capital
Introdução
■■ Lançamento da fabricação.
■■ Estudos de viabilidade.
Desenvolvimento técnico /
Desenvolvimento de produção
(O)
Apoio a gestão (O)
Desenvolvimento de sistemas
operacionais (O)
Atividades que não são P&D
Desenvolvimento prévio à Inovação científica e técnica Serviços C&T (I)
produção (I)
Formação e desenvolvimento
C&T (I)
Outras atividades de C&T
conexas (O)
O = Terminologia Oficial (Ministério da Defesa).
I = Terminologia da indústria.
Fonte: OCDE
293
Informações adicionais sobre a classificação de grandes projetos de P&D particularmente no que diz respeito às indústrias de defesa e aeroespacial
Exemplos
Um exemplo
25 Descrição do projeto:
Estabelecer a viabilidade e o valor de estruturas com base em compo-
nentes não equilibrados e torná-los utilizáveis em
propriedades de tem-
peratura ambiente de semicondutores para optoeletrônica, única banda
estreita lógica e de altas velocidades. Se bem sucedidos, os novos dis-
positivos vão ser significativamente mais eficientes do que os compo-
nentes do arseneto de gálio ou silício para o futuro em aplicações de
alta velocidade eletrônica. O objetivo é identificar os componentes de
desequilíbrio de interesse, para confirmar alguns parâmetros essenciais
de materiais semicondutores com banda estreita e usar esses parâmetros
para prever o desempenho de componentes e, finalmente, após a identi-
ficação de determinados componentes, estudar a sua realização prática e
apresentar suas características de uma forma simples.
26 Este projeto está atualmente em pesquisa estratégica aplicada, sendo um
conjunto de aplicações e não uma aplicação em particular. Poderia ser
a extensão de uma pesquisa básica levando à descoberta de estruturas
com base em componentes não equilibrados, provavelmente feita em
uma universidade. Supõe-se que esta descoberta tenha grande potencial
de aplicações na optoeletrônica e em funções de alta velocidade, de ló-
gica e de pesquisa que visa identificar essas possíveis aplicações. Ensaios
estão previstos para “confirmar alguns dos parâmetros essenciais”, mas
eles podem muito bem ter lugar na fase de pesquisa aplicada quando se
tratar de explorar áreas desconhecidas apenas vislumbradas em pesquisa
básica.
27 Uma vez identificados os componentes adequados, a sua conclusão “con-
creta” é o desenvolvimento experimental. Os primeiros protótipos pro-
jetados para “caracterizar de uma forma simples” poderia ser parte desta
fase de desenvolvimento experimental. Os modelos mais sofisticados e
296 Manual de Frascati | © F.Iniciativas 2013
Exemplo B
28 Descrição do projeto:
O X é um sistema de projeto de mísseis de defesa aérea de curto alcance
(SHORAD), projetado para ser escalável e, portanto, capaz de respon-
der a novas ameaças. O X2, estando em processo de desenvolvimento é
o mais novo membro da família X. O projeto vai ser desenvolvido para
a produção de novos mísseis X2 e equipamento de terra relacionados. O
programa de desenvolvimento que fornece uma escala de todo o sistema
requer a interação de um número de tecnologias complexas como op-
toeletrônica, cadeias de comando e de radar, bem como para um maior
acompanhamento. O operador pode exercer um maior número de alvos,
com um melhor poder discriminatório, e disparar vários mísseis de uma
só vez se necessário. Dispara-se um único míssil, desde que a térmica
do dispositivo de rastreamento optoeletrônico não possa ser usado para
orientar o míssil para o alvo, mas nenhum outro míssil pode ser lançado
até que o leitor optoeletrônico (EO) não esteja livre de novo. No caso
de uso de vários dispositivos, o primeiro míssil pode ser guiado co-
meçando pelo rastreador de EO, mas em seguida transferido para um
radar de rastreamento para ser dirigido para o alvo, o rastreador de EO
assim que liberado pode então começar a guiar um segundo míssil antes
que primeiro tenha atingido o seu alvo. O programa procura integração
dos subsistemas desenvolvidos pelos empreiteiros em tecnologia sob a
orientação de um único contratante principal.
29 O desenvolvimento de versões atualizadas (tipo II) é comum em tec-
nologia de defesa e não é necessariamente fácil de definir o que é expe-
rimentalmente em tal desenvolvimento. Neste caso, a diferença entre o
dispositivo a um único míssil e o sistema de mísseis é múltipla e grande
o suficiente para sugerir que o desenvolvimento da segunda é o desen-
volvimento experimental. Mas esse projeto (que também é tecnologia
de defesa atual) foi criado para desenvolver um sistema complexo com-
binando vários equipamentos e tecnologias diferentes. Teoricamente,
este projeto pode ser dividido em um número de subprojetos, alguns
297
Informações adicionais sobre a classificação de grandes projetos de P&D particularmente no que diz respeito às indústrias de defesa e aeroespacial
Exemplo C
Exemplo D
37 Descrição do projeto:
O caça-bombardeiro chamado AZERTY atravessou com sucesso os
estágios de pesquisa, demonstração de tecnologia, estudo de projeto e
desenvolvimento para chegar à fase inicial dos testes de voo de aero-
naves, um estágio de desenvolvimento anterior ao de produção. Agora,
outras células são necessárias para o desenvolvimento do dispositivo e
sua integração em dispositivos aéreos ofensivos/defensivos para garantir
a sua plena capacidade operacional. Esta fase pode exigir uma dúzia de
dispositivos adicionais.
Fonte: OCDE
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Administração e outras atividades de apoio 26, 81-83, 131-132, 289-293, Tabela 5.1
Administração e outras atividades de apoio a P&D 26
Administração local 185, 192, 484
Agradecimentos Anexo. 1 26-33
Aluguel das instalações de pesquisa 366-368
Aluguel de instalações de pesquisa 366-368
Âmbito das pesquisas de P&D 431
Amortização (exclusões) 34, 374-375
Amostragem
Setor empresarial 441
Setor de ensino superior Anexo. 4 (12-19)
Aprofundamento do conhecimento pessoal dos membros do quadro acadêmico 99-101
Áreas científicas e tecnológicas 200-202, 222-226, 273-276, Tabela 3.2,
Anexo. 2 (42), Anexo. 4 (21-22, 40, 42, 44-45)
Assistência médica especializada 74, 97-98
Atividades atuais de desenvolvimento de software 77
Atividades de apoio indireto 83, 131-132, 289-293, Tabela 5.1
Atividades de serviços
Critérios para a identificação de P&D 149
Exemplos de P&D no setor bancário e de outras atividades de serviços 150-151
Identificação de P&D 25, 133-134
Problemas de identificação de P&D 145-148
Atividades limitadas ao financiamento de P&D 82
Balanço de pagamentos de tecnologia (BPT) Anexo. 7 (13-20)
Bibliometria Anexo. 7 (21-25)
Biotecnologia 60
Definição da OCDE Anexo. 4 (51 , 55-56)
Breve histórico e origens Anexo. 1 (1-15)
Cálculo das despesas (P&D no SCN) Anexo. 3 (28-30)
Ciência e tecnologia (AST) 19-20
Ciências exatas, naturais e engenharia
Tipo de P&D, exemplos 253
Ciências sociais e humanas (CSH)
Exemplos gerais de P&D 143-144
Exemplos de tipos de pesquisa, 254-255, Tabela 4.2
Identificação de P&D 25, 133-134, 143-144
Inclusão 27-28
Classificação das funções administrativas públicas (COFOG) 188, Anexo. 3 (20)
Classificação institucional 152
Setorização 156-162, Figura 3.1
Unidade declarante 153
Unidade Estatística 154-155
Classificação Internacional Normalizada da Educação (ISCED) 297, 305, 323, Tabela 5.2
Classificação Internacional Uniforme das Ocupações (ISCO) 297, 300-301, 307, 310-311,
Anexo. 11 (Tabela 1)
Classificação Internacional Padronizada de Todos os
Setores de Atividade Econômica (ISIC) 169, 174-176, 189, 261, Tabela 3.1
Anexo. 4 (14, 36-38, 43, Tabela 2)
Coeficientes de P&D Anexo. 2 (48-49, 54)
Coleta de dados de interesse geral 71, 103
Consumo intermediário (tratamento de P&D no SCN) Anexo. 3 (26-27)
Contas-satélites no SCN Anexo. 3 (31-32)
Créditos do orçamento governamental destinado a P&D (CPBRD) 53-57, 474-496,
Anexo. 4 (10/08, 13, Tabela 1)
Diferenças em comparação com DIBPD 520-526
Projetos plurianuais (ação a ser tomada) 495
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 485
Critério de “Uso do produto” 267
Recomendação 272
Cruzamento de dados por ocupação e qualificação 352-354, Tabela 5.4
P&D e atividades de apoio indireto 289-293, Tabela 5.1
Tratamento de estudantes de diplomados (“pós-graduação”) 319-324
Agregados nacionais e variáveis recomendadas 346-351, Tabela 5.3.ab
Discriminação por região 355
Custos atuais 360
Outras despesas correntes 364
Os custos correntes cobertos por financiamento indireto 365
Encargos sociais e pensões do quadro de funcionários de P&D 369-370
Os custos salariais do quadro de funcionários de P&D 361-363
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 485
Definição 358-359
Aluguel das instalações de pesquisa 366-368
Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) 371-373
Dados sobre o equivalente de trabalho em tempo integral (ETI) 331-332, 335-337, Anexo. 2 (43-44)
Cálculo do equivalente de trabalho em tempo integral 343-345
Em uma data fixa (método de cálculo) 335
Definição do tempo de trabalho 341-342
Pessoas / ano (método de cálculo) 333-334
Setor de ensino superior 338-340
Dados sobre o número de indivíduos 326-328
Definição 358-359
Deflatores e índices de conversão de P&D Anexo. 9 (1-39)
Demonstrativo 23
Desenvolvimento de sistemas sociais 109
Desenvolvimento Experimental 64
Definição 249-250
Desinvestimento no setor de P&D 386
Dispêndio interno bruto em P&D (DIBPD) 423-425, Tabela 6.1, Anexo. 4 (8, 14-15, 33)
Despesa nacional bruta em P&D (DNRD) 426-427, Tabela 6.2
Despesas de capital
Bibliotecas 387-388
Convenções para a distinção entre os custos atuais das despesas de capital 384
Definição 374-376
Identificação dos conteúdos de P&D das despesas em capital 385
Instrumentos e equipamentos 381
Software 382-383
Terrenos e construções 377-380
Venda de bens de capital alocados a P&D 386
Despesas de capital para P&D alocadas para a construção 377-378, 385, Anexo. 2 (53)
Despesas de P&D 34-36, 356-357
Discriminação por região 422
Despesas externas
Definição 408-412
Dados com base nas demonstrações dos executores
e dados com base em relatos de fontes de financiamento 413-421
Despesas internas
Definição 358-359
Detecção de falhas 122, Tabela 2.3
Determinação dos elementos de P&D nos softwares, nas
ciências sociais e nos serviços às empresas 25,133-151
Diferenças em comparação com DIBPD 520-526
Distribuição funcional de atividades de P&D
Abordagem adotada 236-237, Tabela 4.1
Ciência e tecnologia 273-276
Grupos de produtos 267-272
Objetivo socioeconômico (SEO) 277-280
Tipo de P&D 238-256
Distribuição regional das atividades de P&D 61, 355, 422, Anexo. 5 (1-6)
Empresas privadas 164
Empresas públicas 165
Empréstimos e financiamento indireto de P&D industrial
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 492
Inclusão nos levantamentos de P&D 400
Encargos sociais e pensões do quadro de funcionários de P&D 369-370
Encargos sociais e pensões do quadro de funcionários de P&D 369-370
Engenharia industrial e ferramentas 126-129, Tabela 2.3
Levantamentos de P&D
Confiabilidade e comparabilidade internacional 50-52
Levantamentos sobre tipos de biotecnologias Anexo. 4 (47-56)
Ensaios clínicos 130
Ensino e formação 68
Ensino pós-secundário 210
Estatísticas de patentes Anexo. 7 (4-12)
Estatísticas e indicadores sobre a Sociedade da Informação Anexo. 7 (49-54)
Estatísticas relativas à inovação Anexo. 7 (34-40)
Estrangeiro
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 496
Definição de 229
Subclassificações setoriais principais 230-232
Área geográfica de origem ou de destino dos fundos 233-235
Estudantes de pós-graduação em nível de doutorado 89-94
Estudo, concepção e desenho industrial 124-125, Tabela 2.3
Estudos de natureza política 76, 119
Estudos de viabilidade 73
Eurostat (Serviço de Estatística das Comunidades Europeias) Anexo. 6 (8-9)
Exclusões de P&D 65-67
Exploração do espaço 105
Exploração e mineração 106-108
Ferramental e engenharia industrial 126-129, Tabela 2.3
Fontes de recursos
Critérios para identificação dos fluxos de fundos para P&D 393
Fundos públicos gerais das universidades (FGU) 405-407
Identificação de fontes de fluxos de recursos para P&D 403
Métodos de medição 389-392
Subempreiteiros e intermediários 404
Transferências destinadas e realmente utilizadas para P&D 402
Transferência direta 394-401
Formação bruta de capital fixo (FBCF) Ann. 3 (25)
Fundos públicos gerais das universidades (FGU) 405-406, Anexo. 2 (61-64)
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 492
Fundos gerais universitários (FGU): (veja: Fundos públicos gerais das universidades) Anexo. 2 (36)
Fundos orçamentários
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 487-490
Gastos gerais 26, 83, 131-132, 292-293, 296, 364
Globalização da P&D e de cooperação em P&D 39-41
Grupo de produtos 257-261
Classificação; P&D relacionadas com as TIC Anexo. 4 (39) Critérios de distribuição 262-266
Hospitais Anexo. 4 (32)
Métodos e procedimentos para a realização de levantamentos 449-450
Hospitais Universitários 211-213
Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) 371-373
Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) 371-373
Incentivos fiscais a P&D 401, 493
Indicadores de globalização econômica - Manual da OCDE 181
Instituições sem fins lucrativos (ISFL) 166-168
Limite entre P&D e outras atividades
Administração e outras atividades de apoio 131-132
P&D e atividades industriais 110-112
P&D e outras atividades industriais; exemplos Tabela 2.3
P&D e outras atividades científicas e tecnológicas, exemplos 104, 110, 113
P&D e educação / formação ao nível 6 da ISCED-94 Tabela 2.2
P&D e educação / formação; exemplos 86-88
Manuais metodológicos e outros documentos da OCDE 9, 16, a Tabela 1.1,
Anexo. 7 (12, 20, 25, 33, 40, 48)
Manual de Camberra
Manual da OCDE sobre Medição de Recursos Humanos
dedicados à ciência e tecnologia 328, Anexo. 7 (48)
Manual de Frascati
Breve histórico e origens Anexo. 1 (1-15)
Principais mudanças da sexta edição Anexo. 1 (16-25)
Agradecimentos Anexo. 1 (26-33)
Medição de entradas P&D 29
Meios físicos de P&D 37
Métodos de estimativa 463-472
Métodos e procedimentos para a realização de levantamentos 428-430
Monitoramento e proteção ambiental 285, 505
Nomenclatura das Atividades Econômicas da Comunidade Europeia (NACE) 169
Nomenclatura para a análise e comparação dos orçamentos
e programas de ciência - NABS 502, Anexo. 4 (8, 11, 41)
NordForsk (Nordic Industrial Fund) Anexo. 6 (10-12)
Objetivos de P&D (ver também: objetivos socioeconômicos)
Objetivos socioeconômicos (SEO) 277-288, Anexo. 4 (21-22, 44, Tabela 3) 514
Outras pesquisas civis
Critérios de atribuição 497-501
Defesa 515
Prospecção e exploração do espaço 511
Prospecção e exploração da terra 503
Infraestrutura e planejamento 504
NABS 502, Tabela 8.1
NordForsk Tabela 8.2
Poluição e proteção ambiental 505
Principais áreas problemáticas 516-519
Produção, distribuição e utilização racional da energia 507
Produção e tecnologia agrícola 508
Produção e tecnologia industrial 509
Pesquisa financiada por fundos gerais universitários 512
Pesquisa não orientada 513
Saúde Pública 506
Estruturas e relações sociais 510
Os custos correntes cobertos por financiamento indireto 365
Os custos salariais do quadro de funcionários de P&D 361-363
Os esforços nacionais em P&D (ver também DIBPD) 38, 423-425, Tabela 6.1
Outras atividades científicas e tecnológicas correlatas 69-77
Outras atividades de inovação 79
Outras atividades industriais 78
Outras despesas correntes 364
Outro pessoal de apoio 310-311, Anexo. 11 (1, Tabela 1)
Definição 309
P&D de biotecnologia Anexo. 4 (51-56)
P&D e atividades correlatas 84-85
Critérios para distinguir a P&D das atividades correlatas Tabela 2,1
P&D e inovação científica e tecnológica 21-24
P&D em indústrias de defesa e aeroespaciais Anexo. 10 (1-41, Tabela 1-3)
P&D no desenvolvimento de software nas ciências sociais e
nas atividades humanas, bem como nas atividades de serviços 133-151
P&D relacionada com as TIC Anexo. 4 (34-41)
P&D relacionadas com defesa 281-284, 515, Anexo. 10 (1-41)
P&D relacionada com saúde 58, Anexo. 4 (1-33, Tabela 1-3)
P&D “suplementar” 123
Pesquisa Aplicada 64, 246-248
Definição de 245
Pesquisa e desenvolvimento experimental (RD)
Definição de 17-18, 63-64
Pesquisa Estratégica
Definição do Reino Unido Anexo. 10 (6)
Elemento de pesquisa aplicada 248
Pesquisa básica 64, 241-242
Definição 240
Pesquisa básica orientada 243
Pesquisadores 302-305, Anexo. 11 (1, Tabela 1)
Idade 348
Definição 301
Planta piloto 111, 116-119, Tabela 2.3
População-alvo e participantes das dos levantamentos 432-450
Postura a ser adotada para realização do levantamento 451-462
Principais mudanças da sexta edição Anexo. 1 (16-25)
Produção e atividades relacionadas 80
Produção provisória para testes 120-121, Tabela 2.3
Produto interno bruto (PIB) Anexo. 3 (11)
Produtos e indústrias de alta tecnologia Anexo. 7 (26-33)
Projeções e estimativas diárias para os recursos dedicados a P&D Anexo. 8 (1-26)
Projetos de grande escala e instalações piloto onerosas 118-119, Anexo. 10 (1-41)
Projetos plurianuais (ação a ser tomada) 495
Protótipos 114-115, Tabela 2.3
Quadro de funcionários de P&D 30-33
Outras qualificações 318
Categorias 297-299
Classificação do nível de qualificação 312, Tabela 5.2
Classificação por ocupação 300
Coleta de dados e medição de 325
Definição 294-296
Diplomas de conclusão do ensino secundário (nível 3 da ISCED) 317
Diplomas de ensino superior (nível 5b da ISCED) 315
Diplomas pós-secundários de ensino não superior (nível 4 da ISCED) 316
Diplomas acadêmicos em nível de doutorado (nível 6 da ISCED) 313
Diplomas universitários inferiores ao PhD (nível 5a da ISCED) 314
Recursos humanos em ciência e tecnologia (RHCT) Anexo. 7 (41-48)
Relatórios direcionados à OCDE e outras organizações internacionais 182
Distribuição do quadro de funcionários de P&D por sexo 192
RICYT (Red Iberoamericana de Indicadores de Ciencia y Tecnología) Anexo. 6 (13-15)
Serviços de atendimento ao cliente e busca de falhas Tabela 2.3
Serviços de informação científica e técnica 70
Serviços públicos de inspeção e de controle aplicação de normas, regulamentos Tabela 2,3
Setor empresarial
Critérios de classificação 174-176
Definição de 163
Empresa privada 179
Empresa pública 179-180
Empresas pertencentes a um grupo estrangeiro multinacional 181
Métodos e procedimentos para a realização levantamentos 435-442
P&D relacionadas à saúde Anexo. 4 (14-18, Tabela 2)
Dimensão da instituição 182-183
Tipo de instituição 177-179
Unidade estatística 170-173
Setor de serviço de saúde Anexo. 4 (16-17)
Setor do ensino superior
Outras subclassificações institucionais 227-228
Âmbito 207-209
Definição de 206
Estimativas de P&D relacionadas à saúde nos levantamentos
sobre as despesas e sobre o quadro de funcionários de P&D
Atividades localizadas na fronteira de P&D Anexo. 2 (22)
Outras despesas correntes Anexo. 2 (51, 62, 65-68)
Custos laborais Anexo. 2 (47-50, 54)
Dados das administrações centrais (utilização) Anexo. 2 (20, 37-42)
Estimativa das partes de P&D Anexo. 2 (4-5)
Estudos sobre o emprego do tempo Anexo. 2 (6-19)
Fundos diretos do setor do público Anexo. 2 (62, 69-70)
Fundos públicos gerais das universidades (FGU) Anexo. 2 (61-64)
Instrumentos e equipamentos Anexo. 2 (52)
Métodos baseados em outras fontes Anexo. 2 (25-33)
Procedimentos para a execução de levantamentos Anexo. 2 (1-3)
Fontes de financiamento Anexo. 2 (55-60)
Taxa de resposta de Anexo. 2 (23-24)
Terrenos e construções Anexo. 2 (53)
Utilização de coeficientes Anexo. 2 (34-37, 43-44)
Institutos de pesquisa localizados na fronteira do ensino superior 214-221
Métodos e procedimentos para enquetes 447-448
P&D relacionada à saúde Anexo. 4 (23, 25-26)
Unidade estatística 225
Setor público
Âmbito 185-187
Classificação 188-190
Orçamento governamental destinado a P&D (GBAORD) 484
Critério de classificação 190
Definição de 184
Métodos e procedimentos para a realização de levantamentos 443-445
Nível no sistema administrativo 192
P&D relacionados à saúde Anexo. 4 (29-30)
Subclassificações 191
Tipo de instituição 193
Unidade estatística 189
Setor privado sem fins lucrativos (ISFL/PNP)
Âmbito 195-199
Definição de 194
Setor científico e tecnológico 200-204
Métodos e procedimentos para a realização de levantamentos 446
P&D relacionadas à saúde Anexo. 4 (27-28)
Unidade estatística 203
Setores
Escolha dos setores 157-159
Razões para setorização 156
Problemas de setorização 160-162, Figura 3.1
Setores do SCN e o Manual de Frascati Anexo. 3 (14-19, Tabela 1-3)
Sistema de Contabilidade Nacional (SCN) e o Manual de Frascati 13, 157-160, Anexo. 3 (1-32,
Tabela 1-5)
Sistemas de classificação para a P&D 42-49
Software
SCN Ann. 3 (27)
Despesas de capital 382-383
Exemplos de P&D 140-142
Exemplos de tipos de P&D 256
Identificação de P&D 25, 133-139
Supervisão dos alunos 95-96
Tabela de rotina de análise 2,3
Técnicos e ocupações relacionadas 307-308, Anexo. 11 (1, Tabela 1)
Definição de 306
Exemplos de tarefas 308
Tecnologia da informação e comunicação (TIC) 59
Testes e padronização 72
Tipos de P&D
Critérios de distinção 251-252
Trabalho sobre patentes e licenças 75, Tabela 2.3
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) Anexo. 6 (2-7)
Unidade declarante 153
Unidade estatística (opcional)
Setor do ensino superior 225
Setor público 189
Setor empresarial 170-173
Setor privado sem fins lucrativos (ISFL/PNP) 203
Universidades (ver também: área de ensino superior)
Utilidade de distribuições funcionais Tabela 4,1
Venda de bens de capital alocados a P&D 386