1 - Formulação

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Construção de Modelos

de Programação Linear e Inteira

Transparências de apoio à leccionação de aulas teóricas

Versão 3
2009,
c 2000, 1998
José Fernando Oliveira, Maria Antónia Carravilla – FEUP
Modelização – Os 10 princı́pios

• Não criar um modelo complicado quando um simples é suficiente.


• Não moldar o problema à técnica de resolução que se pretende utilizar.
• Resolver rigorosamente o modelo encontrado. Só assim se saberá se hipotéticas
inconsistências das soluções do modelo com a realidade têm origem no próprio
modelo ou não.
• Validar os modelos antes de os implementar.
• O modelo não deve ser tomado literalmente pois nunca é a realidade.
• O modelo não deve ser forçado a fazer, ou ser criticado por não fazer, aquilo para que
não foi criado.
• Não sobrestimar os modelos.
• Uma das principais vantagens da modelização é o processo de desenvolvimento do
modelo.
• Um modelo não pode ser melhor do que a informação usada na sua construção.
• Os modelos nunca substituem os agentes de decisão.
Formulação de Modelos de Programação Linear

Algoritmo para construir um Modelo de Programação Linear para um


problemaa de Investigação Operacional:
Passo I — Determinar, no problema concreto, aquilo que é fixo e não pode
ser alterado e aquilo que se pode decidir (variáveis de decisão).
Representar essas variáveis de uma forma algébrica.
Passo II — Identificar as restrições do problema, isto é, aquilo que limita
as nossas decisões, e representá-las como igualdades ou desigualdades
que sejam funções das variáveis de decisão.
Passo III — Identificar o(s) objectivo(s) do problema e representá-lo(s)
como uma função das variáveis de decisão, que deve ser minimizada ou
maximizada.

a Só existe problema quando há mais do que uma solução admissı́vel.
Problema de Mistura de Produtos

A companhia Electro & Domésticos pretende escalonar a produção de um


novo apetrecho de cozinha que requer dois recursos: mão-de-obra e
matéria-prima. A companhia considera a hipótese de produzir 3 modelos
diferentes, tendo o seu departamento de engenharia fornecido os dados
representados na tabela 1

Modelo A B C
Mão-de-obra (horas por unidade) 7 3 6
Matéria-prima (quilos por unidade) 4 4 5
Lucro (epor unidade) 4 2 3

Tabela 1: Dados fornecidos pelo departamento de engenharia

O fornecimento de matéria-prima está limitado a 200 quilos/dia. Por dia


estão disponı́veis 150 horas de trabalho. O objectivo é maximizar o lucro
total. Formule o modelo que permitiria resolver este problema.
Problema da refinaria de petróleo

Uma refinaria de petróleo pode misturar 3 tipos de crude para produzir gasolina normal e
super.
A refinaria de petróleo tem duas unidades de mistura, uma unidade mais antiga e uma
outra mais recente.
Para cada ciclo de produção, a unidade mais antiga usa 5 barris de crude A, 7 barris de
crude B e 2 barris de crude C para produzir 9 tanques de gasolina normal e 7 de gasolina
super. A unidade de mistura mais recente usa, para cada ciclo de produção, 3 barris de
crude A, 9 de B e 4 de C para produzir 5 tanques de gasolina normal e 9 de super.
Devido a contratos já assinados, a refinaria tem que produzir, pelo menos, 500 tanques de
gasolina normal e 300 tanques de gasolina super.
Para essa produção existem em armazém 1500 barris de crude A, 1900 de crude B e 1000
de crude C.
Por cada tanque de gasolina normal produzida, a refinaria ganha 6 unidades monetárias e,
por tanque de super, 9 unidades monetárias.

Pretende-se saber como utilizar as reservas de crude e as duas unidades de mistura, de


forma a maximizar o lucro da refinaria respeitando os compromissos assumidos.
Arrendamento de espaço num armazém

Uma empresa planeia arrendar espaço num armazém. As necessidades de espaço para os
próximos 3 meses estão representadas na tabela 2. Os custos de arrendamento por metro
quadrado dependentes do número de meses de arrendamento estão representados na
tabela 3.
Construa um modelo que permita determinar o esquema de contratos a assinar, por forma
a satisfazer as necessidades de espaço o mais economicamente possı́vel.

Mês Necessidade de
espaço (m2 )
1 1500
2 500
3 5000

Tabela 2: Necessidades de espaço nos próximos 3 meses

Perı́odo de arrendamento Custo por m2


(meses) ($)
1 2800
2 4000
3 5000

Tabela 3: Custos de arrendamento


A companhia de aviação Benvoa

A companhia de aviação Benvoa vai comprar aviões a jacto de passageiros, para viagens
longas, médias e curtas, denominados de Al , Am e Ac , respectivamente.
Os custos unitários, em milhões de euros são, respectivamente, de 5000, 3800 e 2000. A
administração da companhia aprovou um orçamento máximo de 112 000 milhões de euros
para esse efeito.
Admite-se que os lucros anuais com cada um dos tipos de avião Al , Am e Ac , sejam de
310, 230 e 200 milhões de euros respectivamente.
Há pilotos suficientes para pilotar, no máximo, 30 aviões novos.
Se apenas fossem comprados aviões Ac , os serviços de manutenção seriam capazes de
garantir a manutenção de 40 aviões novos. Contudo, do ponto de vista do esforço de
manutenção, cada avião Am equivale a 4/3 de um avião Ac e cada avião Al a 5/3 de um
avião Ac .
A direcção técnica é ainda de opinião que, por cada avião Ac que seja comprado, se
comprem também pelo menos um avião Al ou um avião Am .
Por outro lado, seleccionado um avião Al para comprar, também deverão ser comprados
pelo menos 8 aviões Ac ou Am .
Com estes dados, a gestão da empresa deve decidir a quantidade de aviões de cada tipo a
comprar, de modo a maximizar o lucro.

Formule este problema com um modelo de programação linear.


Problema de planeamento integrado da produção de
duas fábricas

Duas fábricas, A e B, situadas em locais diferentes produzem ambas os produtos P1 e P2 .


A fábrica A tem 2 máquinas e a fábrica B também. Todas as máquinas fazem os
produtos P1 e P2 .
Depois de fabricados, os produtos podem ser transportados entre as fábricas de modo a
satisfazer a procura. O número de unidades produzidas por dia, os custos de produção e
de transporte, a procura dos produtos e o número de dias em que cada máquina está
disponı́vel por mês estão indicados nas tabelas 4 e 5.

1. Apresente um modelo geral (usando variáveis indexadas e coeficientes convenientes a


definir) que permita determinar os esquemas de utilização das máquinas em cada
fábrica e de distribuição dos produtos entre as fábricas a que corresponda um custo
total mı́nimo.

2. Concretize o modelo para o caso descrito.

3. Refira-se à resolução do problema em questão.


Fábrica A B
Máquina AA1 AA2 BB1 BB2
Disponibilidade (dias) 30 28 26 28
Produto P1 P2 P1 P2 P1 P2 P1 P2
Produção por dia 40 35 42 50 41 37 42 45
Custo por dia 150 120 200 320 100 120 150 170

Tabela 4: Capacidades de produção das fábricas

Produto P1 P2
Fábrica A B A B
Procura 1000 800 1700 1100
Custo de transporte A→ B = 4 B→ A = 4 A→ B = 3 B→ A = 4
por unidade

Tabela 5: Procura e custos de transporte dos produtos


Fábrica de Papel
A maior fábrica de papel do mundo (vı́deo)

Carretel n Bobinas

n Laminas

Como se pode ver nas figuras, o papel é fabricado em rolos grandes tanto em largura como em diâmetro,
conhecidos na indústria por jumbos. Os jumbos são divididos em rolos mais pequenos que podem ser vendidos
directamente a clientes ou que então podem ser usados para cortar em formatos.

Consideremos uma empresa em que o papel é produzido em jumbos com 6 metros de largura.

A partir destes jumbos de 6 metros é necessário produzir:

• 30 rolos com 280cm de largura,

• 60 rolos com 200cm de largura,

• 48 rolos com 150cm de largura.

Um jumbo de 6 metros poderia, por exemplo, ser dividido em 2 rolos de 280cm, sobrando um “rolinho” de 40cm
que é considerado desperdı́cio.

Assumindo que existem jumbos em quantidade suficiente para satisfazer esta encomenda, o problema consiste
em determinar a forma de cortar os jumbos minimizando o desperdı́cio.

Construa o modelo de Programação Matemática para este problema.


Aeroporto Aletrop - Manutenção
O aeroporto de Aletrop é a base dos aviões da companhia aérea PAT. Trata-se de um aeroporto moderno, e de
uma empresa de aviação em expansão, que pretende manter a sua competitividade num sector de actividade
fortemente concorrencial. O aumento de competitividade passa, nomeadamente, pela realização de dois
objectivos, a melhoria da qualidade de serviço e a redução dos custos de operação. Por outro lado, a segurança
de uma companhia aérea é um aspecto de primordial importância, estando intimamente ligado à manutenção.
Para manter um avião em boas condições técnicas, procede-se à manutenção preventiva aos aparelhos da PAT,
através de pequenas inspecções entre aterragem e posterior descolagem. A direcção da empresa está também a
considerar a hipótese de oferecer estes serviços de manutenção a outras companhias de aviação, mesmo que
para tal tenha que aumentar às equipas de manutenção. O elemento crucial nestas equipas é o chefe de
manutenção, técnico altamente qualificado, que necessita de fazer formação especı́fica para cada tipo de avião e
obter assim uma licença imprescindı́vel para o desempenho dessas funções. A cada licença corresponde uma
categoria de aviões, existindo 4 licenças diferentes:

Tipos de licenças Aviões


1 Boeing 717 (100 lugares)
2 Boeing 777 (300 a 500 lugares)
3 Airbus A319 (124 lugares)
4 Airbus A340 (350 lugares)

Cada técnico pode ter no máximo 2 licenças. A primeira licença demora vários anos a obter, sendo portanto
mais cara para a empresa, enquanto a segunda licença demora menos anos a obter, ficando naturalmente mais
barata. O custo da segunda licença depende ainda da licença anterior que o técnico possui. Actualmente
existem 9 equipas de manutenção, cada uma chefiada por um técnico licenciado, que funcionam em 3 turnos.
Turno Chefe de equipa Tipo de licença
Custo (M$)
1 1, 2
Licença Licença a tirar
1 2 1
anterior
3 2
1 2 3 4
4 3, 4
0 2 4 2 4
2 5 2
1 - 1 2 3
6 3
2 1 - 2 3
7 4
3 1 3 - 2
3 8 3, 4
4 1 2 1 -
9 3

Para poder oferecer serviços a outras companhias de aviação, a empresa pretende que existam 4 licenças de

cada tipo, no conjunto dos chefes de manutenção. Isto pode ser conseguido enviando para formação actuais

chefes de equipa (portanto técnicos que já possuem 1 licença) ou outros técnicos que ainda não possuem

nenhuma licença. No entanto, de cada turno só poderá sair, no máximo, 1 chefe de equipa para formação.

Escreva um modelo de programação matemática que permita determinar a polı́tica de obtenção de licenças que

minimiza os custos para a Aletrop.


Escalonamento de Recursos Humanos

Parte 1 Um posto de correios requer para funcionar um número diferente de


trabalhadores a tempo inteiro em cada dia da semana:

No mı́nimo de funcionários
Segunda 17
Terça 13
Quarta 16
Quinta 19
Sexta 14
Sábado 16
Domingo 11
As leis laborais impõem que cada funcionário trabalhe 5 dias consecutivos, seguidos de 2
dias de folga. Por exemplo, um funcionário que trabalhe de Segunda a Sexta terá que
estar de folga no Sábado e no Domingo. O posto de correios pretende pois satisfazer as
necessidades diárias de trabalhadores recorrendo apenas a funcionários a tempo inteiro. O
objectivo é minimizar o número de funcionários a tempo inteiro.
Escalonamento de Recursos Humanos (cont.)

Parte 2 Suponha agora que as necessidades de mão-de-obra podem ser satisfeitas quer
por funcionários a tempo inteiro quer por funcionários a tempo parcial. Um funcionário a
tempo inteiro trabalha 8 horas por dia, enquanto um funcionário a tempo parcial trabalha
4 horas por dia, mantendo-se as restantes condições laborais. No entanto, acordos com os
sindicatos limitam a 25% do total a percentagem de funcionários a tempo parcial.
Sabendo que o custo horário de um funcionário a tempo inteiro é de 15 euros e o de um
funcionário a tempo parcial é de 10 euros, determine o escalonamento dos funcionários
que minimiza o custo global com recursos humanos.

Parte 3 Considere agora que cada funcionário pode fazer um dia de trabalho
extraordinário por semana. Por exemplo, a um funcionário cujo turno de trabalho seja de
Segunda a Sexta pode ser pedido que trabalhe ainda no Sábado. A remuneração por hora
de trabalho extraordinário corresponde a 150% da remuneração base.

Parte 4 Considere novamente a situação inicial, das necessidades de mão-de-obra


serem satisfeitas unicamente por funcionários a tempo inteiro. Considere ainda que o
posto de correios tem 25 funcionários contratados. Determine o escalonamento que
maximiza o número de folgas em dias de fim-de-semana (Sábado ou Domingo).
Parte 5 Apesar de se ter minimizado o número de trabalhadores com turnos de
fim-de-semana, esses turnos existem e têm que ser cobertos. Como resolveria o problema
de, ao longo do ano, garantir uma escala justa e equilibrada para todos os trabalhadores
em termos de dias de fim-de-semana ocupados?
eventosUPorto

Protocolo Universidade do Porto


Novo acordo de ~ com a Urivenlidade do POI to
o ~nC<l SantaOOer l<>ltll • a UrWersiI!ode do Porto ...... rom urn .ooroo <Ie COOpoNa;ao, .,. otlf9o do _ I 0 B.>neo ~_ . , . _ <Ie
ensno, ' weoti90;ao • ~~ culor.J do U~ do Porto com om v_ 0"".1 S"pooriof 0 om ml'>io <Ie toros, doront. 0' ~o""'" 5 aoos.

A UrW«s_ Porto, &d;.>!Iicou pot" CMCUrso 0 . rriooio 00 corti<> <Ie _tJflCO;ao


""". ntMio ~" todo 0 "'" ool<c!r;o _ 29.000 ol>r>os, 3500 prof."",., • "",_os do
p<'Soool _istr&tm> • <los """""" lI<fois _ om .,,,,.,,,,", 0 pot" ""CO 0"'" 3<1 !!onco
&Onto""'" lotto.

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o Rei", <14 U~O:I_ <10 P<>rto, Prof"...,.. OootOf Jose Mar_, <los Santos, nicio" • SL>O ~ terv~ no """""'~ 011'"""""""" 0 ~ tere .... do
!!onoo ~ re~cioMm<nto oom. ~ ott">:;in o~ _ dI'9<. Oeotocoo ....t. sen!oo _ a ooabo<o;ao _ <Xist. iii 49um tefr4Ml • • ofn_
q"" so foi oonoItuI><Io ""tre5O "'I"ip " <1M _ NtM:;ii. . foram fsc!o<.. IT4><>rt>nt.,. ~. a "rWers_ "" """"""to <Ie es.coJ\<f 0 &ontor.der
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http://www.santandertotta.pt/pagina/content/0, 1564,1042_29502_1_1_1041_6_0,00.html
Parte 1 No âmbito do acordo de cooperação com o Santander Totta foi decidido investir
200 000e em eventos culturais e desportivos a organizar nos próximos 5 anos, com o objectivo
de reforçar os laços no seio da Universidade e a marca UPorto na Cidade do Porto e no Paı́s. À
equipa da UPorto que preparou os dados para decisão pelo Reitor foi pedido que, para cada
evento proposto, fosse indicado o orçamento previsto e o número estimado de pessoas que
participariam.
Na data prevista foram apresentados ao Reitor os resultados do trabalho da equipa.

Evento Orçamento previsto Participantes


“N’U.Porto tudo é teatro” 80 000e 100 000
“A Ciência n’U.Porto” 40 000e 10 000
“Correr pel’U.Porto” 30 000e 10 000
“Com U.Porto amanhecemos com livros” 15 000e 5 000
“U.Porto por dentro” 10 000e 20 000
“Festival de Tunas d’U.Porto” 30 000e 10 000
“Depois das seis, U.Porto é Jazz” 40 000e 30 000
“U.Porto são só Coros” 20 000e 25 000
“U.Porto nos caminhos do Porto” 25 000e 50 000
“U.Porto sim U.Porto não” 20 000e 30 000

Construa o modelo de programação Linear que permitiria encontrar o melhor conjunto de


eventos a organizar, considerando que o Reitor da U.Porto pretendia maximizar o número total
de participantes.
Parte 2 Depois de analisar a solução encontrada para o investimento a 5 anos, o
Reitor pediu à mesma equipa que classificasse os diversos eventos nas categorias: Artes
Performativas, Música, Filosofia, Arquitectura, Literatura, Desporto e Ciência, pois
pretendia acrescentar ao modelo construı́do um conjunto de restrições que lhe
permitissem garantir que seria organizado pelo menos um evento de cada tipo.
De entre os eventos classificados como de Desporto e de Ciência seria necessário apenas
garantir que era organizado um.

Evento Artes perf. Música Filosofia Arq. Lit. Desporto Ciência


N’U.Porto tudo é teatro X
A Ciência n’U.Porto X
Correr pel’U.Porto X
Com U.Porto amanhecemos com livros X
U.Porto por dentro X
Festival de Tunas d’U.Porto X X
Depois das seis, U.Porto é Jazz X X
U.Porto são só Coros X X
U.Porto nos caminhos do Porto X
U.Porto sim U.Porto não X
Urbanização

A empresa Latifúndios e Companhia pretende urbanizar uma das suas grandes


propriedades. A propriedade divide-se em 3 zonas, Z1 , Z2 e Z3 , com caracterı́sticas
bastante diferentes em termos de relevo, localização e tipo de subsolo, tal como se pode
verificar nas fotografias apresentadas a seguir.

A urbanização deverá incluir áreas para fins residenciais, R, áreas verdes, V e áreas para
equipamentos sociais, E. Pretende-se conhecer as áreas a atribuir a R, V , e E nas zonas
Z1 , Z2 e Z3 .

Custos O custo da construção de cada tipo de área (R, V ou E) em cada uma das
zonas Z1 , Z2 ou Z3 , é proporcional à respectiva área de construção, sendo as constantes
de proporcionalidade diferentes entre si e conhecidas.
Áreas mı́nimas de construção É necessário construir pelo menos K hectares
de Ar .

Proporcionalidade entre tipos de áreas É necessário garantir que o


areaE areaV
quociente areaR
seja ≥ l e que o quociente areaR
seja ≥ m.

1. Formule o problema nas seguintes condições (será um modelo de Programação


Linear?):
(i) As condições relativas a l e m devem ser satisfeitas em cada zona.
(ii) As condições relativas a l e m devem ser satisfeitas para o conjunto de Z1 , Z2 e
Z3 .

2. Qual a relação de ordem existente entre o custo total da solução óptima calculável
em (i) e em (ii)? Justifique.

3. Formule o problema como em (ii) mas admitindo que, se as áreas para E forem
maiores que p, então as áreas para V serão maiores que q (p e q conhecidos).
Modelização de operações lógicas

Disjunção – (apenas uma de duas restrições está activa)

f (xi ) ≤ 0 ∨ g(xi ) ≤ 0

Seja M um número “muito grande” e δ uma variável binária:



 f (x ) ≤ δM
i
 g(xi ) ≤ (1 − δ)M
Modelização de operações lógicas

K, de entre N restrições, são verificadas



 f1 (xi ) ≤ d1 + δ1 M



 f2 (xi ) ≤ d2 + δ2 M
f1 (xi ) ≤ d1  






 ..
f2 (xi ) ≤ d2


 
 .
.. fN (xi ) ≤ dN + δN M
.

 

  PN
i=1 δi = N −K

 

 
fN (xi ) ≤ dN





 δi ∈ {0, 1}

M = ∞

Modelização de operações lógicas

Funções com apenas N valores possı́veis f (xi ) = d1 ou d2 ou . . . ou


dN (f (xi ) ∈ {d1 , d2 , . . . , dN })

 PN


 f (xi ) = i=1 δi di
PN
 i=1 δi = 1

δi ∈ {0, 1}

Modelização de operações lógicas

Implicação de condições
se E > P ⇒ V ≥ Q

A implicação de condições é modelizada com o auxı́lio de uma variável de decisão


suplementar e de um majorante M para os valores que as condições possam tomar.
Tomando então uma variável auxiliar inteira binária δ ∈ {0, 1}, a implicação pode ser
formulada do seguinte modo:
E − P − δM ≤ 0 (1)
Q − V − (1 − δ)M ≤ 0 (2)
δ ∈ {0, 1} (3)

Para verificarmos que as inequações 1 a 3 modelizam a implicação de condições devemos


relembrar que, para que uma implicação a ⇒ b seja verdadeira, é preciso que se a for
verdadeira então b também o seja e que se b for falsa então a também o seja.
De facto, se E > P então para que a restrição 1 se verifique é forçoso que δ = 1. Ora
δ = 1 transforma 2 em V ≥ Q, como se pretendia.
Se, por outro lado, V < Q então, para que 2 se verifique é forçoso que δ = 0. Com δ = 0
a restrição 1 fica E ≤ P, como se queria demonstrar.
Bibliografia

• Frederick S Hillier, Gerald J Lieberman (2005). Introduction to


Operations Research – eighth edition, Mc Graw-Hill.
• Oliveira, José Fernando (1996). Apontamentos de Investigação
Operacional 1. FEUP.
• Winston, Wayne e Albright, Christian (2001). Practical Management
Science, Duxbury.

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