O Profissional Do Serviço Social Numa Apae em Mato Grosso Do Sul

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O PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NUMA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E

AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (APAES) NO MATO GROSSO DO SUL

Naila Muhammad El Abed1

RESUMO: o projeto de pesquisa tem como objetivo caracterizar a atuação do profissional do


serviço social na educação especial, especificamente na APAE, verificando as suas
atribuições em prol de garantia dos direitos sociais da pessoa na condição especial. Para isso,
será realizado a análise descritiva de projetos realizados que envolvem as pessoas com
deficiências bem com suas famílias, articulando ações em prol das pessoas que frequenta a
APAE.

Palavras-chave: APAE. Educação Especial. Estudante. Serviço Social.

1 INTRODUÇÃO
Atualmente os Assistentes Sociais têm e desenvolvem atribuições inseridas no âmbito
da elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, assim como na assessoria a
movimentos sociais e populares. De acordo com CFESS (2011) as competências pertinentes a
esse profissional permitem realizar uma análise crítica da realidade, estruturar seu trabalho e
definir as competências e atribuições específicas necessárias ao enfrentamento das situações e
demandas sociais que se apresentam em seu cotidiano.
Sob essa ótica esse profissional pode em diversos espaços, sejam eles privados,
governamentais e não governamentais, em áreas como: educação, saúde, habitação,
assistência, reabilitação, previdência social, sistema penitenciário e outros segmentos
(IAMAMTO, 2000).
A profissão de Serviço Social é regulamentada e, para exercê-la, necessário cursar a
graduação em Serviço Social em faculdade reconhecida pelo MEC e obter o registro no
Conselho Regional de Serviço Social.
Considerando que o serviço social está presente na educação, o presente projeto de
pesquisa tem como proposta de estudo a caracterização da atuação do assistente social na


1
Graduada em Serviço Social pela Universidade UNIDERP/Anhanguera.

educação especial, especificamente na APAE. Também será observado a atuação desse
profissional direcionada para a inserção das famílias de estudantes na APAE.
A atuação do assistente social se em qualquer área, pois sua intervenção é
imprescindível para as questões sociais das pessoas. Afirmando a ótica, Iamamoto (2009)
afirma que os profissionais do Serviço Social desenvolvem suas ações profissionais, seja na
formulação ou na execução das políticas sociais, em diversas áreas, como educação, saúde,
previdência e assistência social, habitação, trabalho e meio ambiente, entre outros, movidos
pela defesa e ampliação dos direitos dos cidadãos.
O trabalho profissional do assistente social caracteriza-se também pelo atendimento às
demandas e necessidades sociais de seus usuários, que podem construir resultados concretos,
seja nas dimensões materiais, sociais, políticas e culturais da vida da população, facilitando
seu acesso às políticas sociais (IAMAMOTO, 2000).
O assistente social enquanto profissional inserido na política de educação tem a
possibilidade de garantir o acesso aos direitos de crianças e famílias em vulnerabilidade
social, desde que atendidas as condicionalidades exigidas para recebimentos dos benefícios
sociais (LUNA et al. 2016).
Partindo desse pressuposto, sabe-se que educação inclusiva tem sido discutida por
muitos educadores, ainda que tenhamos uma legislação vigente que garante educação para
todos. Especificamente desde da Constituição de 1988 define como um dos princípios para o
ensino “a igualdade de condições de acesso e permanência na escola” (artigo 206, inciso I) e
preconiza o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência” (artigo
208). Esses dispositivos foram reforçados por outros documentos como o Estatuto da Criança
e do Adolescente – ECA, Lei 8069 de 1990, em seu artigo 53 (inciso I) e artigo 54 (inciso
III), a Declaração de Salamanca de 1994; e a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDBEN, Lei 9394 de 1996.
Assim união entre serviço social e educação, sugere um progresso e tende a
permanecer com melhorias nas ações realizadas pelo assistente social no setor educativo.
Com vistas nisso, a proposta de pesquisa busca descrever as práticas desse profissional na
educação especial. Assim, o objetivo macro deste estudo é caracterizar a atuação do
profissional do serviço social na educação especial, especificamente numa APAE, localizada
no Mato Grosso do Sul.

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2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, que conforme Gil (2008) pesquisa
exploratória permite uma maior familiaridade entre o pesquisando e o pesquisado e descritiva
pois, por objetivo descrever as características de uma população, de um fenômeno ou de uma
experiência. Para tanto foi realizado a análise documental que foram os projetos
desenvolvidos numa APAE, localizada no Mato Grosso do Sul.
Foi feita uma revisão bibliográfica para conceituar e caracterizar as atividades
desenvolvidas pelo profissional de Serviço Social na educação especial, incluindo os
estudantes atendidos pela APAE. Além disto, leitura e análise dos projetos e das atividades
realizadas pelo profissional do serviço social na APAE, incluindo os direcionados a acolhida
das famílias dos alunos que frequentavam a instituição.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O assistente social contribui com a elaboração e execução de programas voltados a
orientação de famílias e de alunos que frequentam a APAE. Assim, esse estudo coloca em
destaque as políticas públicas na educação especial, articuladas as práticas que demonstram o
avanço na atuação do profissional do serviço social nos espaços educativos da APAE.

3.1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO


ESPECIAL

As pessoas deficientes ocuparam diferentes papeis na história da humanidade. O


tratamento destinado aos deficientes era arraigado de preconceito, e excluídos totalmente do
contexto social. Na idade antiga, (Grécia e Roma antigas, dentre outras) a sociedade tratava
os deficientes como classes inferiores eram responsáveis pelos serviços braçais, em algumas
sociedades valorizavam muito a força humana para a guerra, para a agricultura, enfim
dependiam dela para sua sobrevivência e viam a deficiência física como algo intolerável,
descartando os deficientes físicos no momento do nascimento (SASSAKI, 1997).
Mazzotta (1999) por sua vez afirma que o contexto histórico sobre a inclusão de
pessoas com deficiências, passou da marginalização para o assistencialismo e deste para

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educação, reabilitação, integração social e mais recentemente para inclusão social. Esse
percurso não aconteceu de forma linear, pois essas diferentes posturas convivem entre si e
direcionam pratica e políticas públicas.
Tendo em vista o contexto histórico da educação inclusiva no Brasil, nos séculos
XVII e XVIII, é possível ver que se evidenciam teorias e práticas sociais de discriminação,
promovendo inúmeras situações de exclusão. Esse período é conhecido pela ignorância e
rejeição do indivíduo deficiente pela sociedade em geral, pois os mesmos condenavam esse
público de uma forma extremamente preconceituosa. De acordo com Mazzotta (1999) o
sistema educacional brasileiro pautava-se, até os anos 70, no modelo de integração. Todos os
estudantes deviam seguir o mesmo método pedagógico, avançar no mesmo ritmo e ser
avaliados da mesma forma. Os alunos que não conseguiam enquadrar-se nos padrões
considerados aceitáveis, eram rotulados como "deficientes" ou "excepcionais", devendo ser
encaminhados para salas ou escolas "especiais", ou seja, as APAEs.
No aspecto de legislação no Brasil, em 1960 com a Lei nº 4024 –
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) - fundamenta o atendimento
educacional às pessoas com deficiência, chamadas no texto de “excepcionais”. Segue trecho:
“A Educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de
Educação, a fim de integrá-los na comunidade. ”
Em 1971 com a Lei nº 5692 a segunda lei de diretrizes e bases educacionais do Brasil
é da época da ditadura militar e substitui a anterior. O texto afirma que os alunos com
“deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade
regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial”. Essas normas
deveriam estar de acordo com as regras fixadas pelos Conselhos de Educação. Ou seja, a lei
não promovia a inclusão na rede regular, determinando a escola especial como destino certo
para essas crianças. Essa forma preconceituosa começou a ser questionado nos anos 1980. As
deficiências dos alunos deixaram de ser vistas como problemas meramente pessoais,
passando a ser consideradas como resultantes da falta de empenho das escolas em atender às
necessidades diferenciadas de seus estudantes. Com Constituição Federal do Brasil de 1988
tem-se especificamente os direitos das pessoas com deficiência em diversos artigos, dentre os
quais é possível destacar:

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Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Inciso IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
Inciso XXXI – Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios
de admissão do trabalhador portador de deficiência;
Art. 205º A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 206º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
Inciso I: Igualdade de condições de acesso e permanência na escola, como um dos
princípios para o ensino;
Art. 208º O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
Inciso III: atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino. (BRASIL, 1988).

Com a Constituição Federal temos um grande avanço para inserção da educação


inclusiva, que trouxe um profundo significado pedagógico e democrático, iniciando o
rompimento do modelo tradicional de ensino segregado, iniciando nos anos 90 propostas de
uma educação inclusiva. Nessa perspectiva Mazzotta (1999) diz que os alunos com e sem
deficiência devem conviver nas mesmas escolas e salas, aprendendo com suas diferenças e
ajudando-se mutuamente a desenvolver suas potencialidades. As escolas devem respeitar as
características dos alunos e oferecer alternativas pedagógicas que atendam às suas
necessidades comuns e específicas.
Lei nº 8.069, ou Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabeleceu
procedimentos nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização,
trabalho e atos infracionais, no atendimento a crianças e adolescentes, inclusive os que têm
deficiência.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de


negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Art. 11º É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às
ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento
especializado.

Em 1994 temos a Política Nacional de Educação Especial em termos de inclusão


escolar, o texto é considerado um atraso, pois propõe a chamada “integração instrucional”,

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um processo que permite que ingressem em classes regulares de ensino apenas as crianças
com deficiência que “(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades
curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 1996 – Lei Nº 9.394) em vigor tem
um capítulo específico para a Educação Especial. Nele, afirma-se que “haverá, quando
necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades
da clientela de Educação Especial”. Também afirma que “o atendimento educacional será
feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a integração nas classes comuns de ensino regular”.
Além disso, o texto trata da formação dos professores e de currículos, métodos, técnicas e
recursos para atender às necessidades das crianças com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Pelo visto no cenário educacional existem diversas discussões sobre educação inclusiva. De
acordo com Munhoz e Pereira (2015) isso ocorreu em decorrência da organização das minorias no
âmbito mundial e por terem garantido seus direitos de cidadãos, as pessoas portadoras de necessidades
especiais passaram a apresentar suas reivindicações, exigindo um ensino de qualidade.
Assim, diante do exposto temos um emaranhado de legislação e políticas públicas que
permearam todo contexto de mudança para educação inclusiva no cenário educacional.

3.1.1 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO ESPECIAL


Tendo em vista toda essa legislação vigente, temos um movimento que se iniciou em
1954 no município de do Rio de Janeiro conhecido por APAE (Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais). Trata-se de um Movimento iniciado em decorrência da chegada ao Brasil
de Beatrice Bemis, procedente dos Estados Unidos, membro do corpo diplomático norte
americano e mãe de uma portadora de Síndrome de Down. Instigados por Beatrice Bemis, um
conjunto de pessoas composto pais, amigos, professores e médicos de excepcionais, fundou-
se a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE do Brasil. A primeira
reunião do Conselho Deliberativo ocorreu em março de 1955, na sede da Sociedade de
Pestalozzi do Brasil (SALABERY, 2007).
Pela primeira vez no Brasil, discutia-se a questão da pessoa portadora de deficiência
com um grupo de famílias que trazia para o movimento suas experiências como pais de
deficientes e, em alguns casos, também como técnicos na área.

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Conforme Munhós e Pereira (2015), o Movimento Apaeano, como foi chamado na
época se expandiu para diversos estados do Brasil, com o objetivo de integrar as Pessoas com
Deficiência na comunidade através da valorização e desenvolvimento harmonioso entre
família, escola e comunidade. Atualmente as APAE’s são o maior movimento social de
caráter filantrópico do Brasil e do mundo em sua área de atuação, e mantendo a defesa de
direitos, atendimento e garantia da qualidade de vida das Pessoas Portadoras de Deficiência.
O profissional em Serviço Social que é o Assistente Social, que pode desenvolver seu
trabalho nas mais diversas áreas, inclusive no setor educacional. É necessário que a realidade
social contemporânea, compreenda a importância que os Assistentes Sociais têm enquanto
agente crítico envolvido nas lutas sociais, que atua junto aos usuários das políticas públicas,
muitas vezes elaborando-as executando-as, e também as tornando acessíveis.
Como amparo legal o Assistente Social trabalha sob a ótica da Política de Assistência
Social, conforme debates e estudos já amplamente difundidos, avança do patamar de
assistencialismo para uma nova institucionalidade. Tal institucionalidade é manifesta na
Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF/88), onde a Assistência Social compõe o Tripé da
Seguridade Social; e, em seguida, pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, de 1993;
e, por fim, pela Política Nacional de Assistência Social/PNAS de 2004 e pelas Normas
Operacionais Básicas do Sistema Único da Assistência Social (NOB-SUAS, 2005; NOB-
RHSUAS, 2006, e recentemente NOB-SUAS, 2012), bem como a Tipificação Nacional dos
Serviços Socioassistenciais, de 2009.
Com relação a Seguridade Social, surgiu quando a Constituição Federal entrou em
vigor, referindo à previdência, à assistência social e também às áreas da saúde. Ou seja,
define-se por “Seguridade Social” o conjunto de ações do - Estado que visam atender às
necessidades básicas no que tange à saúde, assistência social e previdência. Nem sempre a
legislação no Brasil previa a adoção de medidas assistenciais para proteção de pessoas em
situação de necessidade. Na verdade, a Constituição de 1988 foi a primeira a trazer em seu
corpo a previsão expressa desse instituto. As outras constituições e normas legais
mencionavam apenas o acesso à previdência social ou à saúde, mas nada falavam sobre a
assistência social (BRASIL, 1998).
Cabe esclarecer que a Constituição Federal, em seu artigo 203, prevê quem são os
destinatários da assistência social, enquanto o artigo 204 direciona-se para as ações

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governamentais, indicando a fonte de recursos que a custearão e trazendo diretrizes a serem
observadas pelos legisladores e administradores futuros.
Já com a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – Lei nº 8.742, que regulamenta
esse aspecto da Constituição e estabelece normas e critérios para organização da assistência
social, que é um direito, e este exige definição de leis, normas e critérios objetivos. Nesse
enfoque a LOAS estabelece como diretriz a descentralização política-administrativa,
transferindo para os Estados, Municípios e Distrito Federal, o comando das ações de
assistência social. Essa diretriz está presente em vários outros momentos da Lei, incluindo a
participação da população e entidades não governamentais como participantes do processo
decisório ao nível local, estadual e nacional, através dos conselhos de Assistência Social, que
são formados de forma paritária respectivamente (BRASIL, 1993).
Por sua vez, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) criado em 2005, em suas
Norma Operacional Básica (NOB), se apresenta descentralizado e participativo, que tem por
função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social
brasileira. Consolida o modo de gestão compartilhada, o com financiamento e a cooperação
técnica entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a
proteção social não contributiva de seguridade social no campo da assistência social
(BRASIL, 2005).
Ainda a NOB/2005 organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção
social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e
pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e
famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial,
destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus
direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre
outros aspectos (BRASIL, 2005).
Atualizada a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-
RH/SUAS/2006), tem como objetivo delinear os principais pontos da gestão pública do
trabalho e propor mecanismos reguladores da relação entre gestores e trabalhadores e os
prestadores de serviços socioassistenciais, apresentando, para tanto, as primeiras diretrizes
para a política de gestão do trabalho. Dessa forma que tornou obrigatória a presença de
profissionais com expertise, como assistentes sociais, psicólogos e advogados, para o

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atendimento à população. A partir de 2006, os trabalhadores passam a ter visibilidade na
assistência social.
A NOB SUAS 2012 reafirma a política de assistência social como política de
Seguridade Social, afiançadora de direitos, tal como consagrado pela Constituição Federal de
1988 e representa, sem dúvida, uma conquista do Estado, gestores, conselhos, trabalhadores,
especialistas, e também da população brasileira, em especial, daquela atendida pelo SUAS.
Com relação ao trabalho dos Assistentes Sociais temos o Código de Ética que é
direção para profissão. Nele encontram-se princípios fundamentais que devem nortear as
práticas destes profissionais. São princípios que dão suporte para vencer os desafios do
cotidiano. Assim temos:

Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e autoritarismo;


Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade
de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como
sua gestão democrática;
Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o
aprimoramento profissional (BRASIL, 1993).

De fato, frente a toda a complexidade social que envolve o exercício profissional dos
assistentes sociais, é necessário que estes possuam um projeto profissional sólido para
efetivar suas ações na realidade dinâmica da sociedade capitalista. O primeiro pressuposto
para a consolidação do projeto profissional é ter total domínio e compreensão sobre seus
princípios e fundamentos centrais. Ou seja, especificamente, no projeto ético-político dos
assistentes sociais, compreender o princípio da liberdade.

O desafio é a materialização dos princípios éticos na cotidianidade do trabalho,


evitando que se transformem em indicativos abstratos, deslocados do processo
social. Afirma, como valor ético central, o compromisso com a parceria inseparável,
a liberdade. Implica a autonomia, emancipação e a plena expansão dos indivíduos
sociais, o que tem repercussões efetivas nas formas de realização do trabalho
profissional e nos rumos a ele impressos (IAMAMOTO, 2008, p. 77).

Cabe ressaltar que as o Assistente Social tem suas competências prevista na Lei
8.662/93 de Regulamentação da Profissão.

Do 4° Art. que tem as competências de:


II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam
do âmbito de atuação do Serviço Social com participação.

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III – encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à
população.
V – Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus
direitos;
VII – planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da
realidade social e para subsidiar ações profissionais.

Estes são as principais competências que os Assistentes sociais devem realizar para
atendimento das demandas existentes no campo da Assistência Social, em prol da qualidade
de vida dos usuários desistidos. Ou seja, tem compromisso de garantir e verificar alternativas
para viabilizar os direitos das pessoas. Assim, não deve acolher uma determinação
institucional se vier a ferir algum direito do cidadão. Esse é um dever ético do assistente
social.
Nessa ótica o assistente social possui habilidade profissional para propor e
implementar políticas públicas no atendimento das pessoas com deficiência.

Trabalhar junto das pessoas portadoras de deficiência é atuar na perspectiva de


garantia de direitos historicamente constituídos, modificando a realidade,
transformando o sujeito em autor de sua história, instigando autonomia. Ressalta-se
a importância da constante e permanente formação técnica do assistente social,
garantindo o aprimoramento de competência técnica, operativa e intelectual,
consolidando assim o compromisso político com as pessoas portadoras de
deficiência (MUNHÓS; PEREIRA, apud, TAVARES, 2010, p. 236).

Outro ponto importante são os projetos sociais desenvolvidos pelos Assistentes


Sociais. É uma das poucos profissões que possui um projeto coletivo e hegemônico
denominado projeto ético-político que tem contornos claramente expressos na lei 8662/93, no
código de ética e nas diretrizes curriculares. Na pratica o Assistente Social participa
ativamente das ações elaboradas nos projetos sociais, seja na elaboração do projeto social,
nas visitas e entrevistas com o público alvo do projeto, bem como nas ações educativas
propostas. Em muitas situações o Assistente Social em suas ações junto ao público alvo
consegue promover autonomia, vínculos familiares, e cidadania (IAMAMOTO, 2009).
Os projetos sociais exigem do Assistente Social conhecimento da realidade do público
alvo; o conhecimento dos meios, e modos de sua utilização, a visão da prática em forma de
teoria, e contribui para o estabelecimento das finalidades ou antecipação dos resultados
objetivos que se pretende atingir no projeto social.

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3.2 O PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA APAE
Fundada no dia 31 de agosto de 1981 a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE) de Nova Andradina Mato Grosso do Sul está localizada na Rua João
Teodoro Braga nº 1615. Com o intuito de ter uma atuação pautada na ética, com
posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso
aos bens e serviços, tido como um dos princípios fundamentais, a APAE de Nova Andradina-
MS tem duas Assistentes Sociais.
As assistentes sociais afirmam que “trabalham dentro das condições previstas na
legislação profissional, ou seja, e concordância a Lei 8.662/93, que regulamenta a profissão.
Constituição Federal 1988; o PNAS/ 2004; o SUAS; destacam que o exercício do Serviço
Social é desenvolvido sem ser discriminado/a nem discriminar por questões de inserção de
classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero,
idade e condição física” (Entrevista, maio, 2017). Essa fala aponta diretamente o expresso
nos artigos X e XI do Código de Ética Profissional do Assistente Social.
Assim, as Assistentes Sociais da APAE de Nova Andradina, trabalham em defesa dos
direitos da pessoa com deficiência e afirmam que: “tem o dever de se comprometer e de
contribuir com a construção da educação inclusiva o que é fundamental para a inclusão
social” (Entrevista, maio, 2017). Isso está bem explicito no Código de Ética do profissional
de Assistente Social, que diz:

Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e autoritarismo;


Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade
de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como
sua gestão democrática;
Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o
aprimoramento profissional (BRASIL, 1993).

Para um melhor desempenho das atividades das Assistentes Sociais são desenvolvidos
alguns projetos sociais na APAE de Nova Andradina. São eles:
1- Projeto Rompendo Barreiras
Tem como objetivo geral desenvolver um trabalho de autonomia, higiene e de
rompimento dos vínculos familiares, especificamente com o público de vulnerabilidade social
e de risco, fortalecendo a convivência familiar e comunitário.
As atividades desenvolvidas são:

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ü Tarde de postura e relaxamento;
ü Tarde da beleza (cabeleireiro, manicure e pedicure, designer de sobrancelhas e
maquiagens);
ü Violação psicológica no âmbito familiar;
ü Estratégia de com enfrentar a violência psicológica;
ü Tarde de descontração (bingo, brinde, chá da tarde)
ü Palestra sobre autonomia da pessoa com deficiência;
ü Higiene doméstica;
ü Fortalecer a função protetiva da família;
ü Palestra de prevenção contra o câncer de mama e de câncer de útero;
ü Trabalhar as potencialidades existentes na família;
ü Palestra sobre responsabilidade;

Especificamente neste projeto as Assistentes Sociais trabalham com a pessoa com


deficiência e a família, no sentido de desenvolver a autonomia. As Assistentes Sociais dizem
que “alguma família é possível perceber que existe um cuidado exagerado com a pessoa que
tem necessidade especial, e tarefas rotineiras acabam sendo realizados por familiares, por
julgarem a pessoa com deficiência incapaz, o que na verdade é um grande equívoco”
(entrevista, maio, 2017). Sob essa perspectiva as Assistente Sociais realizam em palestras,
rodas de conversar, procurando orientar os familiares em estimular a autonomia das pessoas
com deficiência, e ainda, passar a confiança para eles, e que é possível fazer algumas coisas,
sempre respeitando as limitações de cada um.
Essas são basicamente algumas das competências do Assistente Social prevista na Lei
8.662/93 de Regulamentação da Profissão.

Do 4° Art. que tem as competências de:


II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam
do âmbito de atuação do Serviço Social com participação.
III – encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à
população.

A inserção do assistente social na educação justifica-se a partir de uma compreensão


ampla do processo de ensinar e aprender, contemplando as dimensões cognitiva, afetiva e
social. Esta última é o alvo primordial do Serviço Social. O serviço social da APAE

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desenvolve ações socioeducativas de cunho humanizador junto às famílias, com o objetivo de
facilitar a relação interpessoal de seus membros.
Isso vai de encontro com a legislação vigente, a exemplo disso temos, a NOB/2005,
que a primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais,
por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em
situação de vulnerabilidade social (BRASIL, 2005). Assim, nesse projeto Rompendo
Barreiras, está vinculado com o respeito uns com os outros, respeitar os limites, e ainda não
invadir os espaços do outro, a liberdade é até mesmo onde começa a do outro.

2- Projeto Fortalecimento de Vínculo


O Objetivo Geral deste projeto é abordar as relações, levando o foco do indivíduo
para a interação familiar. Sobretudo o objetivo maior consistiu em modificar a compreensão
que as mães possuem, fazendo compreender que a relação junta é uma vinculação e aceitação
maior se torna mais estruturada e contextualidade familiar.
Atividades desenvolvidas:
ü Reunião quinzenal com as famílias de vulnerabilidade, abordando a problemática
levantada pelas participantes, através de dinâmicas, conversas e vídeos.
ü Quando necessário, realizar visita domiciliar.

Salabery (2015), afirma que o portador de deficiência é um ser humano dotado de


sentimentos, emoções e elaborações mentais, sua condição deve ser encarada, como uma de
suas múltiplas características e não como a única configuração possível de sua
individualidade. [...] há graus diferentes de possibilidades em cada pessoa portadora de
deficiência.
As Assistentes Sociais dizem que “é na família que ocorrem as trocas, as
participações, e as descobertas. É na convivência com a mãe que a criança ouve as canções de
ninar, sente o aconchego na alimentação, na proteção contra o frio e o calor, nos cuidados
básicos. Nas relações entre os familiares desenvolve-se a cumplicidade entre os membros,
cujas identidades propiciam todo um clima de proteção e confiança no mundo que a criança
terá de enfrentar” (entrevista, maio, 2017).
Por isso esse no projeto Fortalecimento de Vínculos as Assistentes Sociais, tem
caráter preventivo e proativo, realizado em grupos, de modo a garantir aquisições

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progressivas aos seus usuários, de acordo com seu ciclo de vida. Trata-se de um Serviço de
Proteção Social Básica, e quando necessário as Assistentes vão até domicílios para um
melhor atendimento com deficiência. Esses Serviços socioassistenciais são voltados às
pessoas com deficiência e ao empoderamento de suas famílias, conforme preconiza o Sistema
Único de Assistência Social.
As assistentes Sociais da APAE de Nova Andradina – MS afirmam que o projeto tem
atingido os objetivos proposto, isso em decorrência da atitude ética-profissional por elas
realizadas.

3- Projeto Defesa, Garantia e Direito da Pessoa Com Deficiência


O objetivo geral do projeto é possibilitar a família integrar e configurar como rede de
apoio na proteção social, fortalecendo a participação política do usuário e da família na
defesa e garantia da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.
Atividades desenvolvidas:
ü Palestras sobre Benefício de Prestação Continuada (BPC)
ü Orientações sobre BPC
ü Encaminhamentos;
ü Atendimento a família sobre os benefícios garantidos por lei.

Esse projeto é desenvolvido para orientar a família para o direito do Benefício


Eventual, garantido a idosos e pessoas com deficiência física. É um benefício de 01 (um)
salário mínimo mensal pago às pessoas idosas com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais,
conforme o estabelecido no Art. 34 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - o Estatuto do
Idoso, e às pessoas com deficiência incapacitadas para a vida independente e para o trabalho.
Está previsto no artigo 2º, inciso IV, da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (Lei nº
8.742 de 07 de dezembro de 1993) e regulamentado pelo Decreto nº 1.744, de 08 de
dezembro de 1995 e pela Lei nº 9.720, de 20 de novembro de 1998 e está em vigor desde 1º
de janeiro de 1996.
As Assistentes Sociais dizem “que o projeto é um caminho em que por meio do
acompanhamento dos beneficiários garantem o cumprimento da Lei, pois é um direito da
pessoa com deficiência receber o benefício. Para ter acesso a tal Benefício de acordo com Lei
Orgânica da Assistência Social o formulário pode ser preenchido por qualquer pessoa e

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assinado pelo responsável pelo sujeito de direito, não é necessário nenhum intermediário.”
(entrevista, maio, 2017).
Em decorrência das dificuldades das famílias nos tramites legais, hoje o Assistente
Social, continua sendo uma grande referência no encaminhamento deste benefício, sendo
ainda procurado para este tipo de preenchimento. Neste encaminhamento cabe ao profissional
anexar um “parecer” referenciando a confirmação das condições sócio econômicas do núcleo
sócio- familiar da PPD, sob pena de indeferimento pelo INSS. (BRASIL, 2005).
Cabe ressaltar que a atuação do Assistente Social, com relação a pessoas com
deficiência em nenhum momento se restringem ao encaminhamento do BPC, que é apenas
uma das formas de inclusão social destes segmentos na sociedade. Assim, o trabalho do
Assistente Social busca promover ações quanto a este público alvo e devem estar articuladas
dentro dos processos de trabalho do Serviço Social, no sentido de promover a ampliação da
cidadania destas pessoas.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto é possível ver que o Assistente Social desempenha um papel bem
importante na APAE de Nova Andradina. As profissionais entrevistadas demonstram um
grande comprometimento com a população atendida, e tem desenvolvido um trabalho
embasado no Projeto Ético-Político do Serviço Social.
Acredita-se que tal comprometimento é fundamental para o provimento das
necessidades básicas de cada indivíduo e de sua família, garantindo um mínimo de dignidade
para a vida dessas pessoas.
Os projetos desenvolvidos pelas profissionais procuram atender, as vulnerabilidades
sociais, as territoriais, as fragilidades nos vínculos afetivos e as construções de relação de
poder. Cabe ao assistente social o respeito e a responsabilidade diante do poder que lhe cabe
no momento de atuação com as famílias, sabendo que o Código de Ética do assistente social
traz todos os deveres, direitos e proibições que competem ao profissional.
Para finalizarmos, percebeu-se que a ação das profissionais dentro da APAE de Nova
Andradina-MS é realizada com conhecimento da ética profissional, conhecimento das leis de
garantia de direitos, conhecimento das leis que determinam as regências da profissão, é
imprescindível, pois afirma diante da sociedade o papel da instituição.

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5 REFERÊNCIAS
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______. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial, 1998.

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