Análise Combinatória

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Análise Combinatória

A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos e técnicas


que permitem resolver problemas relacionados com contagem.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das combinações
possíveis entre um conjunto de elementos.

Princípio Fundamental da Contagem


O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, postula que:

“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo que as
possibilidades da primeira etapa é x e as possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número
total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.

Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as


escolhas que lhe são apresentadas.

Exemplo:
Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos um
sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. São oferecidos três opções de sanduíches: hambúrguer
especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo. Como opção de bebida pode-se
escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cupcake de
cereja, cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as
opções oferecidas, de quantas maneiras um cliente pode escolher o seu lanche?

Solução:
Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de possibilidades,
conforme ilustrado abaixo:

Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches


podemos escolher. Assim, identificamos que existem 24 combinações possíveis.

Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as diferentes
possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches, bebidas e
sobremesa.

Total de possibilidades: 3.2.4 = 24


Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.

Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas relacionados
com contagem. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução muito trabalhosa.

Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas características.
Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.

Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma ferramenta
muito utilizada em problemas de contagem, que é o fatorial.

O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus
antecessores. Utilizamos o símbolo ! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.

Exemplo:
O! = 1
1! = 1
3! = 3.2.1 = 6
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5 040
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3 628 800
Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então, frequentemente
usamos simplificações para efetuar os cálculos de análise combinatória.

Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.

Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

Exemplo:
Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e um vice-
representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o representante e o
segundo mais votado o vice-representante. Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha
poderá ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é importante, visto que altera o resultado final.

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.

Permutações
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número de elementos (n) do agrupamento é
igual ao número de elementos disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando o número de elementos é igual ao
número de agrupamentos. Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1 na
permutação.

Assim a permutação é expressa pela fórmula:

Exemplo:

Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se sentar em um
banco com 6 lugares.

Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número de
pessoas, iremos usar a permutação:

Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.

Combinações

As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante, entretanto, são
caracterizadas pela natureza dos mesmos.

Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a
seguinte expressão:

Exemplo:
A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma comissão
organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.

De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?

Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é relevante. Isso
quer dizer que escolher Maria, João e José é equivalente à escolher João, José e Maria.

Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto, mas


conservamos o fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
denominador.

Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.

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