SLD - 1 - Enfermagem Interdisciplinar

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UNIDADE I

Enfermagem
Interdisciplinar
Profa. Elizete Sampaio
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica

 O câncer se desenvolve quando células anormais deixam de seguir esse


processo natural, alteram a maneira de divisão celular, sofrendo mutação que
pode provocar danos em um
ou mais genes de uma única
célula (BRASIL, 2011).

Fonte:
http://www.universiaenem.com.br/sistema/face
s/pagina/publica/conteudo/texto-
html.xhtml?redirect=306499982252275128780
07398852
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica

1 CÉLULAS NORMAIS 2 DIVISÃO CELULAR 3 CÉLULA MUTADA


Formam tecidos e órgãos Células normais crescem, se Célula normal pode sofrer
reproduzem (duplicando de alteração no material
DNA) e morrem genético (DNA)
AGENTES
CANCERIOGÊNICOS

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2013/04/cientista- 5 O CÂNCER 4 REPRODUÇÃO CELULAR
brasileiro-analisa-efeitos-da-gravidade- Células mutadas invadem Célula mutada pode se dividir
outros tecidos e órgãos de maneira desordenada e
zero-em-celulas-do-cancer.html dar origem ao tumor

Fonte: http://melhorsaude.org/2015/01/07/nova-descoberta-contra-metastases-cancro/
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica

 O termo “estádio” é usado para descrever a extensão ou a gravidade do câncer.


 Estádio inicial, a pessoa tem apenas um pequeno tumor maligno.
 No avançado, o tumor, maior, já pode ter se espalhado para as áreas próximas
(linfonodos) ou outras partes do corpo (metástases).
 Para determinar a chance de cura do câncer (prognóstico), os profissionais
consideram vários fatores, inclusive o tipo e o estádio do câncer.
 Existem diferentes tipos de câncer que correspondem aos vários tipos de células
do corpo.
 Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele,
porque a pele é formada de mais de um tipo de célula.
 Tecidos epiteliais como pele ou
mucosas carcinoma.
 Tecidos conjuntivos como osso,
músculo ou cartilagem sarcoma.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica

 Mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas todo ano com


tumor. Cerca de oito milhões morrem.

 Constituindo-se em um dos mais importantes problemas de saúde pública tanto


em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento.

 No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte não violenta, atrás apenas das
doenças cardíacas.

 Estima-se que se medidas efetivas não forem tomadas,


haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de
mortes por ano no mundo em 2030, sendo que 2/3 das
vítimas vivem nos países em desenvolvimento
(INCA, 2017).
Fatores de risco

 Externas ou internas ao organismo e estando ambas inter-relacionadas.


 As causas externas relacionam-se ao meio ambiente como: radiação solar,
poluição e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural
que são o tabagismo, etilismo, hábitos alimentares, hábitos sexuais, uso de
medicamentos e atividade física; correspondendo a cerca de 80 a 90%.
 As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente predeterminadas,
estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas
ou quadros de oxidação celular.
 Esses fatores causais podem interagir de várias formas,
aumentando a probabilidade de transformações malignas
nas células normais.
Prevenção: primária e secundária

Prevenção primária:
 Impedir que o câncer se desenvolva, apareça.
 Isso inclui a adoção de um modo de vida saudável e evitar a exposição a
substâncias causadoras de câncer.

Prevenção secundária:
 Detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus
HPV ou pólipos nas paredes dos intestinos) ou cânceres assintomáticos iniciais.
 Nesses casos, o diagnóstico precoce faz toda a
diferença, tanto na escolha do tratamento, quanto no
prognóstico.
Diferenciação tumoral

 Cápsulas: crescimento lento e ordenado: pseudocápsula fibrosa.


 Benignos  Crescimento: estroma e uma rede vascular adequada. Raramente
apresentam necrose e hemorragia.

 Cápsulas: crescimento rápido, desordenado, infiltrativo


e destrutivo: sem pseudocápsula.
 Malignos  Crescimento: desproporção entre o parênquima
tumoral e o estroma vascularizado. Áreas de necrose
ou hemorragia.
 Metástases: característica exclusiva de tumores
malignos e apresentam propriedades principais: a
capacidade invasivo-destrutiva local e a produção
de metástases
Diferenciação tumoral

 Benignos: semelhantes e reproduzem o aspecto das células do


tecido que lhes deu origem.
Morfologia:  Malignos: perderam as características, têm graus variados de
diferenciação e guardam pouca semelhança com as células que
as originaram.

 Mitose: quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número


de mitoses verificadas.
 Antigenicidade: tumores benignos, por manterem muitas
das características da célula de origem, não apresentam a
capacidade de produzir antígenos. As células malignas,
pouco parecidas com as células de origem, têm essa
propriedade de produzir antígenos.
Interatividade

Quando falamos em câncer, pensamos em uma única doença, entretanto, o termo é


utilizado para definir um conjunto de mais de 100 doenças. Todas essas
enfermidades apresentam em comum o fato de:
a) Apresentarem células maiores que o normal.
b) Apresentarem células menores que o normal.
c) Apresentarem células que migram por todo o corpo.
d) Apresentarem células com crescimento desordenado.
e) Apresentarem células que não sofrem divisão celular e formam tumores.
Resposta

Quando falamos em câncer, pensamos em uma única doença, entretanto, o termo é


utilizado para definir um conjunto de mais de 100 doenças. Todas essas
enfermidades apresentam em comum o fato de:
a) Apresentarem células maiores que o normal.
b) Apresentarem células menores que o normal.
c) Apresentarem células que migram por todo o corpo.
d) Apresentarem células com crescimento desordenado.
e) Apresentarem células que não sofrem divisão celular e formam tumores.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica
oncológica: tratamentos

 Cirurgia: é o principal tratamento para diversos tipos de câncer e, em alguns


casos, pode ser a cura. Pode confirmar o diagnóstico (biópsia), determinar
estadiamento, aliviar os efeitos colaterais (como uma obstrução) ou aliviar a dor
(cirurgia paliativa).

 Quimioterapia: tratamento sistêmico do câncer que usa medicamentos, podendo


ser: quimioterápicos propriamente ditos, hormonioterápicos, bioterápicos,
imunoterápicos, alvoterápicos, de acordo com os esquemas terapêuticos, com as
características do tumor e condição clínica do paciente.

 Quimioterapia paliativa, quimioterapia prévia, curativa,


neoadjuvante ou citorredutora.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica
oncológica: tratamentos

 Radioterapia: método de tratamento local ou loco-regional, visando à destruição


das células expostas à radiação por meio da desestabilização do DNA celular e
consequente destruição das células.
 Radioterapia paliativa, radioterapia pré-operatória (RT prévia, neoadjuvante ou
citorredutora), curativa, antiálgica, anti-hemorrágica.
 Radioterapia externa: consiste na aplicação diária de uma dose de radiação,
durante um intervalo de tempo predeterminado, a partir de uma fonte de
irradiação localizada longe do organismo (teleterapia).
 Radioterapia interna: fonte de radiação fica em contato
com o corpo () por um período predeterminado de tempo,
(betaterapia, radiomoldagem, braquiterapia com fios de
irídio e braquiterapia de baixa ou de alta taxa de dose).
Ex.: Iodoterapia.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica
oncológica: tratamentos

 Transplante de medula óssea ou transplante de células-tronco hematopoéticas


(TCTH): tratamento baseado em radioterapia e quimioterapia em altas doses,
seguida por resgate de células-tronco hematopoéticas de um doador aparentado
(singênico ou alogênico) ou não aparentado (alogênico) ou do próprio paciente
(autólogo), ou seja, o objetivo do TCTH é substituir as células-tronco da medula
óssea doente por células-tronco normais.
 O doador da medula óssea pode ser autólogo ou autogênico que é quando o
doador é o próprio paciente (receptor), ou seja, ele doa a medula para ele mesmo.
 Nesse caso, a obtenção da medula óssea, em remissão,
é coletada após a mobilização e congelada previamente
à administração de radioterapia e/ou quimioterapia em
altas doses para depois ser infundida e produzir células-
tronco saudáveis.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica
oncológica: tratamentos

 Tratamento de suporte: constitui um grupo especial de medicamentos utilizados


para auxiliar no tratamento de câncer, embora não exerçam influência direta
sobre as neoplasias: antieméticos, corticoides, analgésicos, anti-inflamatórios,
diuréticos, antagonistas dos receptores H2, antibióticos e antifúngicos profiláticos.
 Cuidado paliativo: não se baseia em protocolos, mas sim em princípios.
 Sugere-se o cuidado desde o diagnóstico e se propõe a mudança de
impossibilidade de cura, para possibilidade ou não de tratamento modificador da
doença, dessa forma afastando a ideia de “não ter mais nada a fazer”.
 Pela primeira vez, uma abordagem inclui a espiritualidade
dentre as dimensões do ser humano. A família é
lembrada, portanto, assistida também após a morte do
paciente, no período de luto (ANCP, 2012).
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem

 O profissional de enfermagem é o membro da equipe que mais tempo permanece


com o paciente e, muitas vezes, o primeiro a identificar os efeitos indesejáveis.

 Cuidar, em enfermagem, é planejar com embasamento científico e realizar


intervenções para melhorar as respostas das pessoas aos problemas de saúde
identificados e aos processos da vida de pacientes e familiares. Requer a
identificação de respostas funcionais e disfuncionais, a proposição de
intervenções e a avaliação de resultados obtidos.

 As ações de enfermagem compreendem todo o cuidado,


seja ele preventivo, curativo, reabilitação antes, durante e
após tratamento ou no controle dos sintomas.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em quimioterapia

 A RDC 220/04 e a Resolução COFEN 210/1998 regulamentam a atuação dos


profissionais de Enfermagem em quimioterapia.

 O enfermeiro clínico especialista em oncologia fornece assistência direta ao


paciente e familiar, podendo desempenhar um papel vital na educação deles
sobre a melhor forma de manejar seus sintomas, evitando, por vezes a re-
hospitalização.

Tendo como principais atribuições:


 Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar
todas as atividades de enfermagem.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em quimioterapia

 Elaborar protocolos terapêuticos de enfermagem na prevenção, no tratamento e


na minimização dos efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento.
 Realizar consulta baseada no processo de enfermagem.
 Assistir, de maneira integral, os clientes e suas famílias, tendo como base o
Código de Ética dos profissionais de enfermagem e a legislação vigente.
 Promover e difundir medidas de prevenção de riscos e agravos por meio da
educação dos clientes e familiares, objetivando melhorar a qualidade de vida
do paciente.
 Participar de programas de garantia da qualidade em
serviço de quimioterapia antineoplásica de forma
setorizada e global.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em quimioterapia

 Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material


e da disposição da área física, necessários à assistência integral aos clientes.
 Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes às
áreas de atuação.
 Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins desenvolvendo
estudos de investigação e pesquisa.
 Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando
garantir uma assistência integral ao cliente e familiares.
 Manter a atualização técnica e científica da
biossegurança individual, coletiva e ambiental.
Interatividade

Sobre pacientes oncológicos, analise as afirmativas e assinale a correta.


I. A radioterapia é uma terapêutica que deve ser realizada exclusivamente em
pacientes em estágios terminais de câncer.
II. Pacientes submetidos à radioterapia devem ser orientados a evitar exposição
ao sol, calor e frio.
III. São cuidados de enfermagem ao paciente em tratamento quimioterápico:
realizar balanço hídrico, orientar e/ou realizar higiene oral, avaliar diariamente a
mucosa oral.
a) I e II, apenas. d) II, apenas.
b) I e III, apenas. e) III, apenas.
c) II e III, apenas.
Resposta

Sobre pacientes oncológicos, analise as afirmativas e assinale a correta.


I. A radioterapia é uma terapêutica que deve ser realizada exclusivamente em
pacientes em estágios terminais de câncer.
II. Pacientes submetidos à radioterapia devem ser orientados a evitar exposição
ao sol, calor e frio.
III. São cuidados de enfermagem ao paciente em tratamento quimioterápico:
realizar balanço hídrico, orientar e/ou realizar higiene oral, avaliar diariamente a
mucosa oral.
a) I e II, apenas. d) II, apenas.
b) I e III, apenas. e) III, apenas.
c) II e III, apenas.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em radioterapia

 O cuidar de enfermagem na radioterapia envolve atividades específicas


planejadas após a consulta de enfermagem como a realização de nebulização,
administração de medicações, encaminhamentos em geral, acompanhamento em
exames e procedimentos como na braquiterapia, realização de curativos,
cuidados com a traqueostomia e cuidados com o material do setor.

 Ao enfermeiro, cabe planejar, coordenar e prestar


cuidados de enfermagem aos clientes do setor, sendo
que os cuidados envolvendo alta complexidade e a
consulta de enfermagem são atividades privativas do
enfermeiro (ANTUNES, 2008).
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em radioterapia

 Cuidados com problemas com a pele, pois a radiação atua na velocidade da


renovação do epitélio da pele, podendo causar irritações, eritema ou lesões que
se assemelham a queimaduras.
 No caso de alguma lesão instalada a ser
tratada, avaliá-la e propor um plano
de ação para recuperação da pele, uma vez
que lesões de grande porte podem levar à
interrupção do tratamento radioterápico,
o que pode ser prejudicial para o cliente.

Fonte:
https://www.viverhoje.org/2017/18
97-2686-reacao-de-pele-em-
radioterapia/
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em radioterapia

 Feridas cirúrgicas deverão ser acompanhadas quanto à sua cicatrização, que


poderá estar retardada pelo efeito do tratamento. Lesões não tratadas ou tratadas
de modo incorreto podem se aprofundar. Por isso, a prevenção é o melhor
caminho (MOHALLEM, 2007).
 Orientações sobre cuidados com a pele em local submetido à radioterapia,
informações sobre alimentação, cuidados estéticos e apoio familiar são atividades
desenvolvidas pela enfermagem em grupos de apoio e que podem fazer a
diferença no processo de recuperação.
 São exemplos de grupos: Abrale, Instituto Vencer o
Câncer, Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC),
Kimeo, Amor à vida (AC Camargo), entre outros.
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em transplante de medula óssea (TMO)

 O TMO é um procedimento agressivo, de alto custo financeiro, acarretando


severos efeitos colaterais, além de outras complicações e fatores de tensão
físicos e psicológicos vivenciados pelo paciente e pela família.
 O tempo de internação média previsto para a realização do transplante é de um
mês. Entretanto, a recuperação efetiva da medula óssea ocorre ao longo de seis
a doze meses.
 O paciente transplantado é de caráter crítico e instável, devendo o enfermeiro que
atua nessa área elaborar um plano terapêutico detalhado, visto que atua de forma
decisiva em todas as fases do tratamento.
 A condição de imunossupressão não permite que o
próprio paciente realize alguns cuidados de higiene, em
especial do ambiente (LIMA, 2014).
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em radioterapia

 A implantação ocorre em centro cirúrgico e seu uso e manutenção são de


responsabilidade da equipe de enfermagem da unidade de internação. Deve ser
realizada a troca de curativo do óstio de inserção do cateter, procedimento
realizado com técnica asséptica após
o banho do paciente.

Fonte:
http://educare.bio.br/word
press/wp-
content/uploads/2015/12/
cvc-300x230.jpg
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em transplante de medula óssea (TMO)

 Checagem de hemocomponentes e quimioterápicos em conjunto com a equipe


assistencial (checagem dupla).
 As complicações apresentadas pelos pacientes variam principalmente de acordo
com o tipo de transplante, condições físicas do paciente e do regime de
condicionamento a que foram submetidos.
 Para a infusão de medicamentos, grandes números de
soluções ao paciente durante o tratamento, como soros
de hidratação, antibióticos, medicações quimioterápicas,
hemotransfusões e a própria infusão de células-tronco
hematopoéticas e manter acesso venoso, comumente é
instalado o cateter de Hickman.
(BONASSA, 2005)
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em transplante de medula óssea (TMO)

 O enfermeiro deve avaliar as condições do cateter e do tecido subjacente como


os pontos de fixação, sinais de inflamação ou infecção na pele ou de irritação
consequente à fixação e tração do cateter.
 Apesar de ser amplamente utilizado, o cateter central expõe o paciente a
complicações, tais como infecções da corrente sanguínea.
 Essas atividades são realizadas exclusivamente pelos
enfermeiros, não sendo permitida sua execução pelos
técnicos de enfermagem e seguem a Resolução
n. 200/1997 do COFEN, que dispõe como competência
do enfermeiro que atua no TCTH a execução de
procedimentos técnicos específicos relacionados à
aspiração e infusão de células-tronco hematopoéticas.
(COFEN, 1997)
Fundamentos científicos sobre oncologia e terapêutica oncológica:
papel da enfermagem em transplante de medula óssea (TMO)

 A coleta de sangue de medula óssea ocorre no centro cirúrgico.


 Após a coleta, o enfermeiro retorna à unidade de transplante para iniciar a infusão
de células-tronco hematopoéticas.
 Além de sangue de medula, o setor realiza transplante de células de sangue
periférico e de sangue de cordão umbilical e placentário.
 Durante todo o procedimento, o paciente é monitorado, com avaliação do estado
geral, controle periódico de dados vitais e possíveis reações secundárias.
 Na alta hospitalar, o paciente deverá estar apto para
assumir os seus cuidados, para dar continuidade ao
tratamento, lidar com suas consequências e retomar sua
vida, adaptar-se às condições impostas pela terapêutica,
envolver-se no processo de recuperação.
(LIMA, 2014)
Interatividade

O transplante de medula óssea (TMO) é uma modalidade terapêutica que utiliza


altas doses de quimioterapia e(ou) radioterapia, seguido do resgate com medula
óssea, com células progenitoras do sangue periférico (CPSP) ou com células
obtidas do sangue de cordão umbilical. Com base nesse procedimento, a
assistência de enfermagem pós-transplante de medula óssea é direcionada para:

a) Monitorar sangramento.
b) Administrar hemoderivados e controlar hemogramas de rotina.
c) Evitar rejeição.
d) Prevenir infecções.
e) Controlar diurese e oximetria de pulso.
Resposta

O transplante de medula óssea (TMO) é uma modalidade terapêutica que utiliza


altas doses de quimioterapia e(ou) radioterapia, seguido do resgate com medula
óssea, com células progenitoras do sangue periférico (CPSP) ou com células
obtidas do sangue de cordão umbilical. Com base nesse procedimento, a
assistência de enfermagem pós-transplante de medula óssea é direcionada para:

a) Monitorar sangramento.
b) Administrar hemoderivados e controlar hemogramas de rotina.
c) Evitar rejeição.
d) Prevenir infecções.
e) Controlar diurese e oximetria de pulso.
Políticas de promoção à saúde

 O SUS, como política do Estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vida e


do direito à vida e à saúde, tem na base do seu processo de criação o conceito
ampliado de saúde.
 Entre as estratégias de promoção da saúde estão aspectos que determinam o
processo saúde-adoecimento no País: como violência, desemprego, subemprego,
falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou ausente, dificuldade de
acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água
ameaçada e deteriorada.
 A saúde, como produção social de determinação múltipla
e complexa, exige a participação de todos os sujeitos
envolvidos em sua produção, na análise e na formulação
de ações que visem à melhoria da qualidade de vida.
Políticas de promoção à saúde

 A integralidade implica, além da articulação e da sintonia entre as estratégias de


produção da saúde, na ampliação da escuta dos trabalhadores e serviços de
saúde na relação com os usuários, quer individual e/ou coletivamente.
 Diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde na Política Nacional de Promoção
da Saúde, a saber: integralidade, equidade, responsabilidade sanitária,
mobilização e participação social, intersetorialidade, informação, educação,
comunicação, e sustentabilidade.
 O sedentarismo e a alimentação não saudável, o
consumo de álcool, tabaco e outras drogas, o estresse da
vida cotidiana, a competitividade, o isolamento do homem
nas cidades estão diretamente relacionados à produção
das ditas doenças modernas.
(BRASIL, 1996)
Políticas de promoção à saúde: Política Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem/ PNAISH

 A PNAISH (2009) respeita a singularidade masculina nos seus diversos aspectos


socioculturais e político-econômicos, e aponta princípios para o aumento da
expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas
preveníveis e evitáveis na população masculina de 20 a 59 anos.
 A proposição da PNAISH se identifica com a atenção primária, garantindo a
promoção da saúde e prevenção aos agravos evitáveis.
 Violência: uma das causas mais predominantes de morte,
especialmente de jovens, é importante saber que o
homem é mais vulnerável à violência, seja como autor,
seja como vítima, endossado pelas perspectivas sociais
apresentadas de virilidade, provedor e condutor social.
(SCHWARZ, 2012)
Políticas de promoção à saúde: Política Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem/ PNAISH

 Álcool e outras drogas: segundo dados da OMS, cerca de 2 bilhões de pessoas


consomem bebidas alcoólicas no mundo.
 O uso abusivo do álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de
todos os anos perdidos de vida útil.
 A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino:
19,5% dos homens são dependentes de álcool, enquanto 6,9% das mulheres.
 Transtornos graves associados ao consumo de álcool e
outras drogas (exceto tabaco) afetam pelo menos 12%
da população acima de 12 anos, sendo o impacto do
álcool dez vezes maior que o do conjunto das
drogas ilícitas.
(CEBRID, 2006)
Políticas de promoção à saúde

 Tabagismo: é um dos principais fatores de risco para as doenças crônicas não


transmissíveis e a principal causa prevenível de morbidade e mortalidade,
responsável por cerca de 6 milhões de mortes ao ano.
 Projeções apontam que, em 2020, esse número será de 7,5 milhões, ou seja,
10% de todas as mortes ocorridas no mundo (WHO, 2011).
 Aspectos que influenciam o início do hábito do
tabagismo: gênero masculino, idade jovem, nível
socioeconômico baixo, pais, irmãos ou amigos fumantes,
rendimento escolar (não estudar ou ser repetente),
esporte (não praticar), bebidas alcoólicas consumidas no
último mês, trabalho remunerado exercido pelo
adolescente e separação dos pais (OLIVEIRA, 2010)
Políticas de promoção à saúde

 Direitos sexuais e reprodutivos: os homens têm o dever e o direito à participação


no planejamento reprodutivo.
 Segundo o INCA, a detecção precoce do câncer de próstata é de fundamental
importância para que se aumentem as possibilidades de cura. Entre as medidas
preventivas, ressalta-se o toque retal realizado por profissionais de medicina.
 Além das IST/HIV/Aids, outros problemas sexuais e reprodutivos vêm afetando
cada vez mais a população masculina: a impotência sexual e a
ejaculação precoce.
 Há ainda uma tendência de adequar sexo biológico,
gênero, desejo (orientação sexual) e prática sexual
(materialização do ato sexual) como se essa equação
tivesse que seguir a lógica da heterossexualidade.
(BUTLER, 2003)
Políticas de promoção à saúde

 Idoso: existe uma política específica, no entanto, as pessoas devem ser


consideradas como sujeitos de direitos sexuais, reconhecendo que o exercício da
sexualidade não é necessariamente interrompido com o avanço da idade.
 A possibilidade de um idoso ser contaminado por uma IST parece invisível aos
olhos da sociedade e do próprio idoso que nunca teve a cultura do uso de
preservativos no decorrer de sua vida adulta.
 Há uma falta de identificação do idoso com as
campanhas geralmente difundidas contra a AIDS
(Síndrome da Imunodeficiência Humana), que tem como
foco o adolescente, o jovem e o adulto jovem; então, o
idoso não é considerado como um doente em potencial.
(MASCHIO et al., 2011)
Políticas de promoção à saúde: Políticas Integrativas de Saúde

 Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

 Política Nacional de atenção à saúde dos povos indígenas.

 Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência.

 Saúde da população em situação de rua.


Interatividade

“Definida como produção social de determinação múltipla, a saúde exige uma


estratégia que implique o comprometimento de todos os sujeitos envolvidos em sua
produção (usuários, movimentos sociais, profissionais da saúde, gestores do setor
sanitário e de outros setores), na análise e na formulação de ações que visem à
melhoria da qualidade de vida.” Estamos falando de:

a) Vigilância em saúde. c) Participação popular.


b) Promoção em saúde. d) Programação pactuada.
e) Politicas públicas de saúde.
Resposta

“Definida como produção social de determinação múltipla, a saúde exige uma


estratégia que implique o comprometimento de todos os sujeitos envolvidos em sua
produção (usuários, movimentos sociais, profissionais da saúde, gestores do setor
sanitário e de outros setores), na análise e na formulação de ações que visem à
melhoria da qualidade de vida.” Estamos falando de:

a) Vigilância em saúde. c) Participação popular.


b) Promoção em saúde. d) Programação pactuada.
e) Politicas públicas de saúde.
ATÉ A PRÓXIMA!

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