Comunicação Da Ciência e Redes Sociais
Comunicação Da Ciência e Redes Sociais
Comunicação Da Ciência e Redes Sociais
Cristiane Barbosa
[email protected]
Universidade Fernando Pessoa (UFP)
Introdução
Este artigo tem o objetivo de promover reflexões acerca das relações entre o pensa-
mento científico, o avanço da ciência junto a sociedade e o papel do jornalismo no
contexto da divulgação da ciência. Trata-se de um trabalho que busca contribuir
para o enriquecimento das discussões acadêmicas, a partir de referenciais biblio-
gráficos e também discutir as relações entre redes sociais e a divulgação científica.
A crescente utilização das redes sociais na internet, também comumente
conhecidas como mídias sociais, intensificou-se a partir do advento da chamada
Web 2.0, termo utilizado para designar o que seria uma segunda geração de comu-
nidades e serviços da plataforma Web, a partir do uso de aplicativos, como redes
sociais e Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs).
Coutinho (2014) frisa que o termo web 2.0 foi cunhado em 2004 pela empresa
O’Reilly Media, para descrever a internet dos sociais media, isto é, da partilha de
conteúdo entre os seus utilizadores, da interação, da participação e da comuni-
cação bilateral. A autora cita ainda Brian Solis, ao conceituar social media: “é o
desencadear de uma revelação em que nós temos uma voz e através da democra-
tização das ideias e conteúdos podemos reunir-nos em torno de paixões comuns,
inspirar movimentos e fomentar a mudança” (2014, p. 25).
Atualmente, já se fala na web 3.0, a web da semântica e dos significados.
Ela veio para mais do que procurar ligações entre as pessoas, procura ligações entre
as informações. Assim, a expectativa é de que essa terceira geração de internet
faça um uso mais inteligente da informação disponível online. Por sua vez, as
mídias sociais permitem a interação entre os usuários a partir do uso de diferentes
formas de linguagem. Sendo assim, a internet é tida como a base estruturante de
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Todo processo de instauração da internet ocorre nos anos 70 e atinge seu ápice na
abertura comercial na década de 90, diante da reformulação do sistema capitalista,
inerente a essa época, conforme relata Castells (2003), na obra Galáxia da Internet.
Com as novas tecnologias digitais conectadas houve a ampliação do espectro de
possibilidades no campo da comunicação social. Diante dessa constatação feita a
partir da observação direta dos fenômenos comunicacionais, do final do século XX
para o início do século XXI, estamos passamos da era da escassez da informação,
que durou centenas de anos, para a era da informação (Big Data).
Há, então, um novo ecossistema midiático em formação, composto por meios
de comunicação analógicos a partir das conceções da Revolução Industrial e pelas
redes digitais conectadas, que possuem conexões topológicas descentralizadas e
de baixa hierarquia, fornecendo novas possibilidades de consumo de conteúdo
e alterando a relação estabelecida, pelo modelo broadcasting, entre a audiência
e suas preferências informacionais (Lima, 2011, p. 24).
Nesse ecossistema informacional surgem inúmeras possibilidades de relação
entre emissor de conteúdo informativo de relevância social e audiência. Segundo
Lima (2011), a relevância é o principal aspeto para que os usuários utilizem as
Tecnologias da Informação (TI) nas suas atividades de informação. O autor des-
taca ainda que na web existem dois complexos sistemas informativos interagindo
por meio dos sistemas computacionais e outro que movimenta todo o aparato
tecnológico: a sociedade – o ser humano interagindo.
Assim, há duas fundamentais categorias de relevância interagindo no ecos-
sistema da rede: sistema e humanos. Lima (2011) explica que quando se fala
no conceito de relevância, aponta-se a relevância do conteúdo informativo no
ambiente da Comunicação Mediada por Computador em relação a outros tipos de
conteúdo que neles transitam e são acessados pelos usuários da rede. É necessário,
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Considerações finais
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Referências bibliográficas
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