Resenha Sobre A Evolução Do Capital
Resenha Sobre A Evolução Do Capital
Resenha Sobre A Evolução Do Capital
“A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO”
RESENHA CRÍTICA
PORTO VELHO
2012
Resenha
“A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO”
PORTO VELHO
2012
CAPÍTULO I - O CAPITAL
Nesta obra o autor tem como objetivo traçar de forma evolutiva e didática todo o processo de
evolução do capitalismo. No capítulo I, o autor traça uma discussão sobre o conceito de
capitalismo, primeiro o autor afirma que o conceito de capitalismo está muito atrelado ao
Laissez-faire e ao livre empreendedorismo, ou seja seria o conceito nesta visão como o espírito
de empreender.
Em segundo lugar o autor faz uma referencia ao conceito mais traçado dentro da história que
implica em afirmar o capitalismo como organização de produção para um mercado distante
enfatizando mais as relações sociais.
Em terceiro lugar, temos o significado mais Marxista, que não buscava a essência do
capitalismo num espírito de empresa, este conceito mais usado por Marx toma uma forma mais
técnica é se estende para a economia clássica como se fosse uma técnica de produção se
desvinculando um pouco menos como organização de produção e mais como uma relação
social de apropriação de poder entre o capitalista e o proletariado.
O Autor nesse capítulo faz uma discussão acerca do declínio do feudalismo, e afirma que para
a Dra. Helen Cam, no regime feudalista a posse das terras representava a fonte do poder
político, portanto, para o historiador da economia o cultivo da terra pelo exercício de direitor
sobre as pessoas. A ênfase da discussão acerca do feudalismo se fundamenta na relação
jurídica entre o vassalo e suserano, nem na relação entre produção e destinação do produto,
mas na relação entre o produtor direto e seu superior imediato, ou Senhor. A causa do declínio
feudal foi a ascensão da economia monetária que elevou a intensificação da servidão logo,
esta foi a causa do declínio feudal.
Diante das idéias tecidas pelo autor, compreende-se que diante de grandes estágios evolutivos
da economia, quaisquer regime que se caracterize como uma forma de exploração do homem
sobre o homem de forma desumana tende ao fracasso, dada sua ineficiência no processo de
produção que não se caracteriza como modo de produção organizado e orientado ao mercado.
Nos primórdios do capitalismo a produção era executada por pequenos produtores em suas
terras, donos de seus próprios instrumentos de produção, que comerciavam livremente seus
próprios produtos. Logo, a produtividade do trabalho e a unidade de produção eram pequenas.
Assim como na sociedade rural, na nova sociedade urbana a riqueza também é oriunda da
produção, contudo, esse excedente era maior, a produtividade era maior em virtude de novas
técnicas de produção que por meio de ganhos de eficiência acabavam que produzindo a
riqueza, surgindo um capital mercantil inicial.
Para Marx, o capital mercantil, em seu estágio inicial, tinha uma afinidade genuinamente
externa com o modo de produção. Algumas grandes tendências se despedem em um domínio
crescente do capital sobre a produção. Em meados do século XVII, uma parte dos próprios
artesão tornara-se preocupada com o aumento da indústria e na fuga às tradicionais restrições
da guilda. A sujeição da produção ao capital e o aparecimento desse arrolamento de classe
entre capitalista e produtor devem ser afrontados como um relevante divisor entre o antigo
modo de produção e o novo.
A cumulação de capital no momento mercantilista para a expansão dos mercados foi uma pré-
condição para o desenvolvimento da produção e do investimento. Para Adam Smith era
imperioso uma regulação do preço de compra dos bens com o preço de venda. O conceito
central era praticar a acumulação primitiva do capital que seria empregado para financiar o
crescimento e desenvolvimento da indústria. De um lado os lucros fáceis com a exploração do
monopólio de mercado, de outro a exploração da mão-de-obra industrial assalariada.
A acumulação primitiva de capital nada mais era do que o processo histórico de divorciar o
produtor dos meios de produção.
Para Marx a reserva de mão-de-obra fortalecia o crescimento da indústria, fortalecendo assim a
acumulação de riqueza do capitalista.
A principal marca capitalista capitaneada pelo estado era o recrutamento forçado da mão-de-
obra para suprir as necessidades dos capitalistas. O resultado desta politica desfavorável aos
trabalhadores era traduzido como politicas desumanas de escravização ao trabalho.
De inicio, essa acumulação se deu através da pirataria, do roubo (acumulação mercantil), dos
monopólios e do controle de preços praticados pelos Estados Absolutistas, tendo estes no
"comando", a burguesia. O autor observa que o capitalismo pode ser caracterizado de três
maneiras: pelo espírito capitalista, isto é, o ideal da busca pelo lucro presente no imaginário do
burguês; pela produção de um excedente para um mercado distante ou, por fim, pelas relações
de produção.
Como se aceita hoje em dia, essa última tendência, filha da complexidade crescente do
equipamento técnico, é que iria preparar o terreno para uma outra transformação crucial na
estrutura da indústria capitalista, e gerar o "capitalismo da sociedade por ações", monopolista
(ou semimonopolista ou quase monopolista) em grande escala, da era atual.