Direito-Teste 2
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Direito-Teste 2
FONTES DE DIREITO:
De onde brota a juridicidade (O direito nasce, evolui e morre)
• A – Sentido TÉCNICO - JURÍDICO - processo de formação e revelação de normas.
Lei/costume/jurisprudência/doutrina, e ainda, equidade: 4.º e 8.º
Modos de “formação ou criação” do direito:
1 - Direito consuetudinário…Consenso reiterado. (involuntária)
2 - Direito escrito expressa-se na LEI. (voluntária)
Modos de “revelação” do direito:
1 - Decisões de casos concretos aplicadas pelos tribunais: Jurisprudência.
2 - Doutrina – compreensão e sistematização das regras jurídicas
• B – Sentido FILOSÓFICO – fundamento da obrigatoriedade
Ex: pq vinculam as leis? (pq são legitimamente aprovadas e visam a realização de valores)
• C – Sentido SOCIOLÓGICO – causa que determinou a criação da norma e
condicionou seu conteúdo.
Ex: a fonte do imposto extraordinário é a crise.
• D – Sentido POLÍTICO ou orgânico – órgão criador da norma.
Ex: fonte de direito é a Assembleia da República. Iuris essendi
• E – Sentido INSTRUMENTAL – diploma que contém a norma.
Ex. CC é a fonte principal do direito civil. Iuris Cognoscendi
• F – Sentido HISTÓRICO – antecedentes das normas.
• Decretos do PR:
Declaração do ESTADO DE SÍTIO ou ESTADO DE EMERGÊNCIA –
prevalecem perante todas as outras: 19.º CRP, 134.ºd), 138.º.
Decreto de nomeação do PM e membros do Gov.
REGULAMENTOS:
Formas:
1- Dec. Regulamentares - promulgados pelo PR, referendados pelos ministros ou pelo
gov.;
2 - Resoluções do Conselho de Ministros – promulgadas.
3 - Portarias – ordens do governo, dadas pelos ministros. Não promulgadas.
4 - Despachos normativos e ministeriais – destinadas a subordinados dos ministros,
dentro do ministério.
5 - Instruções – regulamentos internos, c/ ordens dos ministros para os seus funcionários;
6 - Circulares – instruções dirigidas serviços
CESSAÇÃO de vigência:
• CADUCIDADE - 7.º, nº1, 1.º parte - pp lei prevê facto cessante (leis temporárias e
transitórias) ou desaparecem pressupostos de aplicação, conduz à cessação
automática da lei.
• REVOGAÇÃO: 7.º, n.º 1, 2.ª parte - por força de lei nova posterior.
• 7.º, n.º 2 - EXPRESSA: resultar do enunciado da lei revogatória
TÁCITA: deduzida p/via interpretativa (incompatibilidade)
• Total: ABROGAÇÃO
• Parcial: DERROGAÇÃO
• GLOBAL: nova lei regula toda a matéria
• INDIVIDUALIZADA: regula em parte
• Regras de conflitos:
• Lei nova revoga a antiga (se com mm nível);
• Lei geral não revoga a especial, salvo por específica intenção do legislador, 7.º/3;
• Lei inferior não revoga a superior.
• A cessação de vigência da lei revogatória não implica o renascimento da lei por ela
revogada (7.º/4). Mas legislador pode aprovar lei repristinatória.
• REPRISTINAÇÃO - reentrada em vigor de uma lei que anteriormente tenha sido
revogada por outra, por efeito da revogação desta última.
• Se a lei X, que revoga um Código de 2000, é revogada pela lei Y, tal não significa
que o Código de 2000 volte automaticamente a vigorar. Tal só acontecerá se o
legislador assim o determinar.
• A repristinação não é uma decorrência necessária da revogação da lei
revogatória.
2 – PROMULGAÇÃO: 136.º
• Ato pp do PR (tb é tarefa: 120.º, 134.ºal.b), CRP) - atesta solenemente a existência da lei ordenando que a
mesma seja cumprida, e dá ordem de publicação, defendendo a CRP.
• Ato político do PR, que lhe dá o direito de veto político, solicitando nova deliberação parlamentar. Logo, não é
apenas mero ato de fiscalização da regularidade da elaboração – 136.º, nº1. Se AR confirmar voto por
maioria absoluta dos deputados, PR deve promulgar em 8 dias
• O PR tb controla a conformidade constitucional dos diplomas: 278.º/1 e 279.º da CRP, que lhe dá veto jurídico
(requerida em 8 dias).
• Falta de promulgação gera: INEXISTÊNCIA jurídica do acto, 137.º
• Referenda ministerial – 140.º (inexistência)
• Qd o PR recebe um decreto para ser promulgado como Lei ou DL: 136.º CRP
1 - PROMULGÁ-LO (dever)
2 - REQUERER FISC. PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE – VETO JURÍDICO
(até 8 dias: 278.º e 279.º, nº2)
2.1 - Se TC se pronunciar pela inconstitucionalidade: PR não pode promulgar,
obrigado a vetar (devolvendo diploma ao órgão donde proveio, PODENDO
DISCRICIONARIAMENTE PROMULGAR se for confirmado por 2/3 – 279º, nº2)
2.2.- Se TC não se pronuncia, PR PODE promulgar, ou exercer veto político. PR
(LIVRE): 279.º/2 e 136.º
VI - DIREITOS DE PERSONALIDADE
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE DIREITO CIVIL:
• Princípio do reconhecimento da personalidade jurídica do ser humano enquanto
corolário da dignidade humana – PRINCÍPIO ESTRUTURANTE E IMANENTE A TODO
O RODENAMENTO JURÍDICO
• Art. 1.º da CRP, 6.º DUDH, aplicável ex vi art. 16.º da CRP
• QUALIDADE DE PESSOA INERENTE AO SER HUMANO
3 – DTO À INTEGRIDADE FÍSICA -25.º CRP – tutela o corpo e saúde das pessoas
singulares, nascidas ou concebidas, com protecção penal: 143.º CP
• Dto irrenunciável, mas auto-limitável se respeitador dos bons costumes (149.ºCP e
38.º, nº3). Regime especial para a colheita e transplante de órgão de dador post
mortem, dd que para fins terapêuticos e no interesse do recetor (se for de órgão
não regenerável depende de parecer favorável emitido pela Entidade de
Verificação da Admissibilidade da Colheita). Menores de 16 anos precisam de
autorização do representante se for órgão regenerável, ou de autorização judicial
se for incapaz por anomalia psíquica. Sem autorização há responsabilidade penal
do médico – 156.º CP, em caso urgente presume-se consentimento a menos que
se conclua que tal consentimento seria recusado.
• Ofensa a este dto pode ser direta (agressão física) ou indireta (emissão de ruídos e
cheiros ou fumos)
4 – DTO À HONRA E AO BOM NOME – 26.º, n.º 1 CRP (honra social, reputação –
juízo ético sobre honestidade e honorabilidade).
• Sanção- 70.º, n.º 2 responsabilidade civil por ato ilícito – 483.º (lesão da honra) e
484.º - ofensa do crédito ou do bom nome, ou providências adequadas – ex:
retratação pública, publicação de sentença
• Liberdade de imprensa e de expressão ou de informação podem justificar a licitude
– colisão de direitos: 335.ºCC, tendo sempre em conta a garantia do direito ao
bom nome (no TEDH há preponderância destes direitos – interesse público e
legítimo para restringir tais direitos – importância, seriedade e intensidade do
interesse da informação, comparativamente com o prejuízo causado ao bem da
personalidade adequação – mm que o fim não seja reprovável, não deve exceder
uma medida racional)
• Tutela penal: incriminação da difamação 180.º CP e da injúria 181.º CP, ofensa à
memória de pessoa falecida 185.º CP e ofensa a pessoa coletiva 187.º CP
2 - RESPONSABILIDADE OBJECTIVA
• (RISCO OU ACTO LÍCITO- não é razoável obrigar o lesado a suportar o dano)
• REQUISITOS da responsabilidade civil EXTRA-OBRIGACIONAL - 483.º/1 n
• 1) Facto Voluntário
• 2) Ilícito:
• 3) Culpa:
• 4) Dano:
• 5) nexo causal entre o facto ilícito e os danos causados: “que causar à outra
parte”
• Possibilidade de praticar actos jurídicos por nós próprios, livre e pessoalmente sem autorização de
outra pessoa, ou mediante um representante (mandatário) escolhido por nós, i.e. não imposto por lei.
• INCAPACIDADE DE EXERCÍCIO SÃO SUPRÍVEIS:
TUTELA:
Qd se instaura: 1921.º
Exercida por conjunto de órgãos (tutor, protutor, e Conselho de família – 2 vogais que são protutores e
MP), sob vigilância de Tribunal de Menores (MP).
Poderes análogos aos dos pais – 1935.º, mas mais restritos – a autorizar por tribunal
Designação: pelos pais ou por acção pp – 1928.º e 1931.º
Regime de Administração de bens – coexiste com TUTELA ou PODER PATERNAL (qd excluídos ou inibidos)
Mm poderes do Tutor: representa o menor em actos que incidam sobre os bens dos menores.
MAIOR ACOMPANHADO:
QUEM É O ACOMPANHANTE - designação judicial (escolhido pelo acompanhado ou pelo representante
legal deste).
• O Regime do Maior Acompanhado, aprovado pela Lei nº 49/2018 de 14 de agosto, permite a qualquer
pessoa que, por razões de saúde, deficiência ou pelo seu comportamento se encontre impossibilitada de
exercer pessoal, plena e conscientemente os seus direitos ou de cumprir os seus deveres, possa requerer
junto do Tribunal as necessárias medidas de acompanhamento. Permite ainda que possa escolher por quem
quer ser acompanhado (pessoa ou pessoas incumbidas de a ajudar ou representar na tomada de decisões de
natureza pessoal ou patrimonial).
• As medidas de acompanhamento podem também ser requeridas pelo Ministério Público, pelo cônjuge, pelo
unido de facto ou por qualquer parente sucessível da pessoa que carece daquelas medidas.
• Qualquer adulto pode escolher antecipadamente o seu “acompanhante” e essa vontade deve ser respeitada.
• o tribunal, depois de analisar todos os elementos que foram levados ao processo e com o auxílio de
informação médica, decide os atos que a pessoa – o acompanhado – pode e deve continuar a praticar
livremente e aqueles que, para sua proteção, devem ser praticados por ou com o auxílio de outra pessoa –
o acompanhante. Há, porém, certos atos que o acompanhante só poderá praticar depois de obter
autorização do tribunal.
• Trata-se, pois, de um novo regime jurídico, em vigor desde o dia 10 de fevereiro de 2019, que tem
necessariamente de ser decidido por um juiz e que vai substituir as interdições e inabilitações.
ÂMBITO
• Acompanhamento limitado ao mínimo indispensável.
• Em função de cada caso, pode o tribunal atribuir ao acompanhante as funções associadas aos seguintes
regimes:
• o exercício das responsabilidades parentais ou dos meios de as suprir;
• representação geral ou especial com indicação expressa das categorias de atos para que seja necessária;
• administração total ou parcial de bens;
• autorização prévia para a prática de determinados actos e intervenções de outro tipo, que estejam
devidamente explicitadas.
• O acompanhado pode exercer de forma livre o exercício dos seus direitos pessoais e a celebração de
negócios da sua vida corrente, a não ser que haja uma disposição da lei ou decisão judicial em contrário.
• Dtos pessoais: designadamente, testar, casar ou de constituir situações de união, procriar, perfilhar ou
adoptar, educar os filhos ou adotados, escolher profissão, fixar domicílio e residência e estabelecer
relações com quem entender.
• O internamento do maior acompanhado fica dependente de autorização judicial. Ao
acompanhado, no caso de a sentença dispor nesse sentido, encontra-se vedada a outorga de
testamento. É-lhe ainda vedado o direito de recorrer a técnicas de procriação medicamente assistida
EFEITOS
CESSA A PRODUÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO NEGÓCIO VICIADO, RETROAGINDO AQUELAS À
DATA DA CELEBRAÇÃO DO NEGÓCIO:
Devolução de tudo o indevidamente prestado ou, se a reconstituição em espécie não for viável, o valor
correspondente.
Eficácia retroactiva é mm face a terceiro, 288.º/4.
Ex. A vende a B, por negócio anulável, uma coisa e vende o mm a C. Confirmação da 1.ª venda torna a 2.ª
viciada p/ilegitimidade do vendedor. (venda de coisa alheia).
Apesar do vício formativo, o negócio produz efeitos como se fosse válido, enqt não forem julgados
procedentes os efeitos da acção de anulação.
O dto potestativo de anular pertence a uma das partes e só aí são destruídos retroactivamente os efeitos
entretanto produzidos.
Se o negócio não for anulado dentro do prazo legal, passa a ser válido. Se for anulado, os efeitos não se
produzirão dd o início.
art. 286º - - art. 287º -
. 1. opera ipso iure - há necessidade de acção
judicial;AUTOMATICAMENTE;
• 2. invocável por qualquer interessado - legitimidade da sua invocação
é de conhecimento oficioso RESTRITA a certas pessoas
• 3. a todo o tempo (salvo usucapião) - 1 ano a contar conhecimento ou da
cessação do vício, se negócio cumprido;
se não cumprido, a todo o tempo – 287º/2;
- sanável pelo decurso do tempo
• 4. insanável por confirmação - sanável por confirmação – 288.º
C – ANÓNIMAS – sócios não têm responsabilidade pessoal pelas dívidas da sociedade; credores sociais pagos
por bens sociais.
Capital dividido em fracções, cada uma corresponde a uma acção. Sócios com responsabilidade limitada cfr o
capital que subscreveram (obg. de entrada): 271.º Ccom Sociedade de capitais. Acções livremente
transmissíveis, por mera tradição nas acções ao portador. Conselho Fiscal; Administração, ROC, e mesa da AG
(50 mil euros)
Ex: capital social de 100 000 mil euros dividido em acções de 100 euros cada.
A, que subscreveu 50 acções – responde para com a sociedade por 5000 euros.
Pagas as acções subscritas, nenhuma responsabilidade lhe pode vir a ser exigida
D – SOCIEDADES EM COMANDITA –5 sócios com resp. ilimitada (sócios comanditados) e sócios que só arriscam
o valor das suas entradas, como nas anónimas (sócios comanditários): 465.º CCom
4.1.3.4. Elemento organizatório – preceitos sobre o funcionamento que permitam que ela funcione como
unidade autónoma.
Órgãos: centros institucionalizados de poderes funcionais que expressem da vontade.
Deliberativos (activ. no interior – cérebro – vontade da pc),
Executivos (representativos – braço – gerência nas sociedades por quotas e conselho de
administração nas SA).
6 - EXTINÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS: Causas – 182.º (183.º - decretação da insolvência) e 192.º
7 - EFEITOS DA EXTINÇÃO: 184.º e 166.º e 194.º
• Prática de actos conservatórios necessários à liquidação do património social e ao fecho de todos os negócios
pendentes: pelos demais actos e danos que lhes advenham, respondem solidariamente os administradores que
os praticaram.
• Pelas obrigações que os administradores contraírem, a pessoa colectiva só responde face a terceiros de bf, se
não houver publicidade do acto de extinção: 184.º e 194.º.
INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO
Introdução à Relação Jurídica
Interpretação da lei – fixar o sentido e alcance da lei
Quem a faz? Legislador – interpretação autêntica Juristas ou Doutrinal
• Devemos procurar o sentido da lei conforme desejava quem a escreveu? – interpretação subjetivista.
• Interpretação histórica – quando a lei foi feita.
• Interpretação atualista – sentido da lei no momento da sua aplicação. 9.º, n.º 1
• Devemos procurar o sentido mais razoável: art. 9.º CC – da lei em si mesma, desde que seja inequivocamente
demonstrada no texto – objetivista.
• Elementos da interpretação:
A – Atender às palavras: ELEM. LITERAL ou GRAMATICAL
dp
B – Atender à lógica: ELEM. LÓGICO - Determina o sentido ou espírito da lei lançando mão do elemento
racional ou teleológico (procurar o fim da norma, tendo em conta as circunstâncias em que foi elaborada, 9.º
n. 1), sistemático e histórico.
o que conduz a um
RESULTADO DA INTERPRETAÇÃO:
Declarativa; Extensiva; Restritiva; Corretiva; Abrogante; Enunciativa.
• Declarativa – fixa-se o sentido literal;
• Extensiva – fixa-se sentido mais amplo do que aquele que resulta do texto (877.º, n.º 1 – bisavós incluídos);
• Restritiva – fixa-se sentido mais limitado do que o seu texto – legislador disse mais do que queria dizer (125 só
abrange menores não emancipados);
• Enunciativa – deduz-se uma norma de outra, mediante a utilização de argumentos lógicos:
A lei que permite o mais permite o menos; a lei que proíbe o menos tb proíbe o mais; se uma norma é
excecional, conclui-se que a regra contrária é a geral; a lei que permite os fins permite os meios para os
realizar; a lei que proíbe os fins proíbe os meios para os realizar; a lei que permite os meios permite o
respetivo fim; a lei que proíbe os meios proíbe o respetivo fim
2 - ESPÉCIES DE LACUNAS:
• LEGIS – de regulamentação – omissão - procura-se norma que discipline casos
semelhantes. 10.º /1 e 2 CC - Caso análogo – mesma razão de decidir. (analogia
legis)
• IURIS – de previsão - não há norma análoga: 10.º/3 – criação de norma dentro do
ESPÍRITO DO SISTEMA – 10.º/3 - O julgador tem de se posicionar como legislador.
• Continua a haver lacuna: integração não é fonte de direito
Diferença entre
• INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: estende a norma a situações não abarcadas pela sua
letra, MAS envolvidas no seu espírito.
• ANALOGIA: aplica a norma a situações NÃO antevistas nem pelo espírito, nem
pela letra.
• Obediência à vontade presumível do legislador. (razões de justiça relativa)
Limites à Analogia:
• Normas excecionais (só extensiva): 11.º.
• Normas incriminadoras (sanções ou fiscais): 29.º/1,3 e 4 e 103.º/2 e 3 CRP
• Normas de definição completa (numerus clausus): 1306.º/1
• Normas restritivas de DLG: 18.º/2 CRP
ELEMENTOS:
• 1 – SUJEITOS – nexo entre pessoas, titular ativo – detém o poder, passivo (s) sofre
a vinculação;
• 2 – OBJECTO – aquilo (bem jurídico) sobre o que incidem os poderes do sujeito
ativo
Se RJ emerge de contrato de empréstimo – prestação ou conduta a que está adstrito o
devedor, sobre a qual incide o direito subjetivo do credor: restituir.
(pessoas (1879.º, 1881.º e 1884.º); coisas (202.º);
• 3 – FACTO – evento gerador de consequências jurídicas
constitutivos; modificativos; extintivos;
• 4 – GARANTIA – conjunto de providências coercivas.
• Objeto Imediato – CONTEÚDO - conj. de poderes/faculdades e vinculações.
• Objeto Mediato – OBJECTO - AQUILO sobre que incidem os poderes do titular.
BEM de que aquela se ocupa e cujo desfrute se assegura. Quid - aquilo
Ex: A é proprietário de x.
Conteúdo do direito de propriedade: usar, fruir e dispor
Objeto é a
• DTOS DE CRÉDITO – prestação de coisa certa e determinada:
Ex: A empresta a B 250 E
Obj. imediato- direito de crédito de A e obrigação de B - prestação em si mesma ou
pagamento (conduta humana) dos 250 E, por B
Obj. mediato - coisa a prestar: acede-se à coisa mediante a prestação
FACTO – evento (natural ou humano) gerador da relação que produz efeitos jurídicos.
(217.º ss)
I - Factos jurídicos voluntários lícitos
1. SIMPLES ACTOS JURÍDICOS – 295.º - (efeitos produzem-se independentemente
da vontade das partes, decorrendo diretamente da lei)
- Operações Jurídicas (pintar um quadro, comer um pão, achar um tesouro, 1324.º) e
Atos Jurídicos quase negociais (decl. de nascimento, casar)
2 - 203.º - CLASSIFICAÇÃO
1 – Corpóreas e incorpóreas (bens imateriais e inventos);
2 – No comércio jurídico ou fora dele
3 – Imóveis e móveis – 204.º
(Prédios são terrenos e edifícios, logo uma quinta é um prédio)
- Prédio rústico - porção delimitada de solo (TERRENO) c/construções nele
incorporadas, ao serviço do solo onde se integram, desde que não tenham autonomia
económica.
Ex: vinha, c/muros e lagares edifício de recolha de alfaias e celeiros e águas
incorporadas no solo, olival.
- Prédio urbano – EDIFÍCIO (casa de habitação) incorporado no solo com terrenos que
lhe sirvam de logradouro – i. é pátios, quintais e jardins. (sem muros)
Ex: Casa desmontável não é prédio urbano é coisa móvel.
4 – Consensuais ou Reais – estes últimos exigem a prática de certo ato material que
transfere a posse (entrega). Ex: 1185.º e1142.º
I - ELEMENTOS ESSENCIAIS:
• 1 – Identificação dos Contraentes;
• 2 – Identificação do objeto mediato (c/referência a ónus e encargos e local,
confrontações, n.º predial, artigo matricial);
• 3 – Identificação do objeto imediato (o contrato a celebrar)
• 4 – Indicação do preço (forma e calendário);
• 5 – Data limite (elem. acessório, mas imp. devido à mora e data de celebração);
• 6 – Referência à tradição da coisa;
• 7 – Referência ao sinal, reforço de cláusula penal ou execução específica (que são a
sanção por incumprimento)
• 8 – Local e Data;
• 9 – Assinatura dos contraentes.
REQUISITOS DE VALIDADE:
• Regra geral:
• Princípio da Equiparação – 410.º, n.º 1 CC
i.é. são aplicáveis aos CP:
1 – MORA:
830.º - Possibilidade de requerer execução específica :
- Promitente fiel pode obter sentença que supra a inércia do promitente faltoso,
recorrendo ao 830.º/1 – sentença constitutiva que substitui a falta de manifestação de
vontade, possuindo a mesma eficácia do contrato prometido, mm para efeitos de registo,
SE NÃO HOUVER CONVENÇÃO EM CONTRÁRIO (ou seja, as partes não a afastarem,
presumindo-se (830.º/2, 350.º - ilidível) que se houver sinal ou cláusula penal tal hipótese
foi efetivamente por eles afastada – NATUREZA SUPLETIVA) ou a natureza da obrigação
assumida não se oponha à mesma.
- MAS, o 830.º/3 diz que a CE nunca pode ser afastada nas promessas a que se
refere o 410.º/3 – (NATUREZA IMPERATIVA), mm que haja sinal e cláusula em
contrário.
- 410/ 3 - No caso de promessa respeitante à celebração de contrato oneroso de
transmissão ou constituição de direito real sobre edifício, ou fracção autónoma dele, já
construído, em construção ou a construir, o documento referido no número anterior
deve conter o reconhecimento presencial das assinaturas do promitente ou
promitentes e a certificação, pela entidade que realiza aquele reconhecimento, da
existência da respectiva licença de utilização ou de construção; contudo, o contraente
que promete transmitir ou constituir o direito só pode invocar a omissão destes
requisitos quando a mesma tenha sido culposamente causada pela outra parte.
839 /3 3 - O direito à execução específica não pode ser afastado pelas partes nas promessas
a que se refere o n.º 3 do artigo 410.º; a requerimento do faltoso, porém, a sentença que
produza os efeitos da sua declaração negocial pode ordenar a modificação do contrato nos
termos do artigo 437.º, ainda que a alteração das circunstâncias seja posterior à mora.
-
Só não é possível a execução específica (natureza da obrigação assumida), se for
impossível o objeto, ou impossível o suprimento da declaração de vontade.
Ex: consentimento do cônjuge ou do proprietário na venda de coisa alheia.
2 - INCUMPRIMENTO DEFINITIVO
Promitente comprador tem o direito a extinguir o CP – resolução
2.1. Incumprimento do Comprador:
• Havendo sinal - perde o sinal – 441.º (presunção ilidível) - sem outra indemnização,
se não havia estipulação em contrário, 442.º, nº4.
• Não havendo sinal – indemnização fixada nos termos da responsabilidade civil
• II.A. - PESSOAIS – reforço quantitativo da garantia do credor – o património de outra pessoa fica
adstrito a realizar a prestação
II.B. Garantias REAIS dtos reais que t~em por função garantir um crédito
Incidem sobre valor ou rendimento de bens certos e determinados, do devedor ou de terceiro, concedendo
preferência no pagamento pelo valor desses bens, face aos credores comuns, mesmo que venham a ser
posteriormente alienados, ou seja, mesmo que estejam em património de terceiro.
Credor adquire dto de ser pago, preferencialmente, ao credor comum, pelo valor de tais bens ou
rendimentos, DD que a garantia tenha sido registada, ressalvados ficando os privilégios creditórios e os dtos
de retenção.
EX: Consignação de rendimentos – Penhor – Hipoteca –
Privilégio creditório – dto de retenção- Penhora e arresto.
II.B.2 HIPOTECA – 686.º ss - Incide sobre certos imóveis (688.º a 691.º), ou móveis suj. a registo (vg
automóveis), pertencente ao devedor ou a terceiro.
Registada, sob pena de ineficácia, 687.º
Se voluntária deve ser constituída por escritura pública 714.º
695.º - Bens não têm de sair da posse, podendo seu titular aliená-los..
Se devedor não pagar: credor pode penorar e executar os bens, seja quem for, na altura, o seu possuidor
725.º, e pagar-se, preferencialmente pelo produto da venda, 725.º, face a outros credores que não gozem de
privilégio especial ou de prioridade de registo, mm que tenham sido transferidos para o património de
terceiro. 686.º
Sobre a mm coisa podem incidir várias hipotecas - 713.º, estabelecendo-se graduação de pagamentos
conforme regras da prioridade do registo.Todos têm preferência sobre os credores comuns.
Tipos- legais, (ex: Estado sobre o bem cujo rendimento esteja sujeito a contribuição), judiciais (710º) e
voluntárias (712º)
Extinção – 730.º
II.B.3. PENHOR – 666.º - dto real de garantia.
MOBILIÁRIOS:
Gerais (736.º e 737.º) ou Especiais (738.º a 742.º). (ex: crédito por despesas do funeral e crédito de
trabalhadores; despesas de justiça e imposto sobre sucessões e doações; etc, contribuição autárquica e
impostos de transmissão, regime de previdência, contrato individual de trabalho, etc).
As sociedades são agrupamentos de pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício
em comum de certa atividade económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os lucros
resultantes dessa atividade.
Artigo 980 - Contrato de sociedade é aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou
serviços para o exercício em comum de certa atividade económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem
os lucros resultantes dessa atividade.
Existem diversos tipos de sociedades. A primeira distinção a que cumpre fazer referência é a que separa as
sociedades civis das sociedades comerciais.
São sociedades comerciais as que têm por objeto praticar um ou mais atos de comércio.
As sociedades civis podem constituir-se nos termos da lei civil, e fala-se, então, de sociedade civis sob forma
civil; ou constituem-se nos termos e segundo os trâmites da lei comercial, e então estaremos perante as
sociedades civis sob a forma comercial.
As sociedades civis com forma comercial ficam sujeitas à lei comercial, concretamente às normas constantes do
Código das Sociedades Comerciais. As soc. Comerciais têm personalidade jurídica o que significa que, tal como
estas sociedades, também as soc. Civis sob forma comercial têm, sempre, personalidade jurídica, o que já se
não verifica com a totalidade das restantes sociedades civis, ou seja, sociedades civis sob forma civil. Destas, só
as constituídas por escritura pública e dotada de denominação, devidamente inscrita no Registo Nacional de
Pessoas Coletivas, são consideradas pessoas coletivas em tudo semelhantes às demais sociedades.
Nas sociedades em nome coletivo os sócios, além de derem responsáveis perante a sociedade pela
sua obrigação de entrada, respondem solidária e ilimitadamente pelas dívidas sociais. No entanto, os
credores da sociedade só podem fazer-se pagar pelos bens particulares dos sóCios depois de
esgotado todo o património da sociedade (art 175º CSC)
Nas sociedades por quotas (art 197 do CSC), “os sócios são solidariamente responsáveis por todas as
entradas convencionadas no contrato social”. Neste tipo de sociedades, que são também um
intermédio entre as sociedades em nome coletivo e as sociedades anónimas, o capital social está
dividido em quotas. No que diz respeito às dividas da sociedade perante os seus credores, os sócios
não respondem com o seu património pessoal pelas dívidas da sociedade, apenas respondendo o
património social pelas dívidas desta, sem prejuízo de se poder estipular no contrato de sociedade a
responsabilidade de todos ou alguns sócios pelas dívidas da sociedade, subsidiária ou solidariamente
com esta, e por montante global máximo que tem de estar fixado (art q98 CSC).
Nas sociedades anónimas a responsabilidade dos sócios perante a sociedade está limitada ao
montante das ações que hajam subscrito (art 271 CSC). No que respeita às dividas da sociedade
perante os seus credores, estes são se podem fazer pagar à custa do património da sociedade não
podendo responsabilizar o património de cada sócio pelas dívidas da sociedade, uma vez que estes
estão isentos de responsabilidade pessoas pelas dívidas sociais. O capital das soc. Anónimas está
fracionado em ações sendo que cada sócio apenas é responsável para com a sociedade peãs ações
que subscreveu, ou seja, pela sua obrigação de entrada. Se um sócio já cumpriu a sua obrigação de
entrada, nada mais lhe pode ser exigido pela sociedade, ainda que outros sócios não tenham liberado
as ações por si subscritas.
As sociedades em comandita (art 465 CSC) há, lado a lado, sócios que respondem, como nas soc. Em
nome coletivo, solidária e ilimitadamente pelas dívidas da sociedade (sócios comanditados), e sócios
cuja responsabilidade é tal qual a dos sócios das soc. Anónimas (sócios comanditários).
Pessoas coletivas do direito público – aquelas que disfrutam do chamado jus imperius,
correspondendo-lhes, portanto, quaisquer direitos do poder público, quaisquer funções próprias da
autoridade estadual.
Pessoas coletivas do direito privado – todas as que não disfrutem desses poderes de soberania que
permitem emitir comandos ou decisões desde logo executáveis.