Agravo de Instrumento JJ Martins
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AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO
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Leonardo Araújo Marques
Promotor de Justiça
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Leonardo Araújo Marques
Promotor de Justiça
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Egrégia Corte,
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Em primeiro lugar, o plano de recuperação judicial foi aditado, com aprovação dos
credores e decisão homologatória proferida em 14/10/2019, estabelecendo-se neste aditivo
que "o prazo de supervisão legal da recuperação judicial fica prorrogado por 24 (vinte e
quatro) meses a contar da homologação judicial do presente Aditivo". Assim, esse novo
prazo de 02 anos que consta expressamente do aditivo ao plano deve ser respeitado.
mesmas são inócuas para conter a epidemia e que isto levará apenas e tão somente a uma
quebra geral das micro, pequenas e médias empresas, havendo a real possibilidade das
grandes empresas também serem atingidas, isso não vem ao caso.
Em quarto lugar, como bem explicado pelas recuperandas, além delas não prestarem
serviços essenciais, o que impede que abram as lojas, o seu sistema do comércio não permite
que elas sequer possam realizar atendimento online aos seus clientes, tal como outros
empresários que fornecem bens e serviços não essenciais e que estão autorizados a
funcionar por delivery.
Finalmente, em quinto lugar, ao contrário de certos setores da economia que, nos dizeres
Por tais fundamentos, defiro a continuidade desta recuperação judicial até o encerramento
do período de supervisão legal estabelecido no artigo 61, da Lei 11.101/2005, o que só
ocorrerá em outubro de 2021 bem como a concessão de uma moratória com relação às
obrigações concursais devidas desde o fechamento obrigatório das lojas até o 60º
(sexagésimo) dia corrido contado da decisão que autorizar a reabertura total, suspendendo-
se, portanto, a exigibilidade das obrigações concursais devidas nesse período. Defiro,
ainda, a prorrogação de todos os vencimentos das obrigações concursais, atuais e futuros
e a suspensão da exigibilidade dos créditos extraconcursais, ambos pelo mesmo período
acima indicado.
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É o relatório.
Art. 63. Cumpridas as obrigações vencidas no prazo previsto no caput do art. 61 desta Lei, o juiz
decretará por sentença o encerramento da recuperação judicial e determinará:
I – o pagamento do saldo de honorários ao administrador judicial, somente podendo efetuar a
quitação dessas obrigações mediante prestação de contas, no prazo de 30 (trinta) dias, e
aprovação do relatório previsto no inciso III do caput deste artigo;
II – a apuração do saldo das custas judiciais a serem recolhidas;
III – a apresentação de relatório circunstanciado do administrador judicial, no prazo máximo de
15 (quinze) dias, versando sobre a execução do plano de recuperação pelo devedor;
IV – a dissolução do Comitê de Credores e a exoneração do administrador judicial;
V – a comunicação ao Registro Público de Empresas para as providências cabíveis.
Com todas as vênias, o nosso Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, assim como
a maioria dos demais, não faz essa presunção de má-fé e vêm aplicando a letra expressa da
lei no que concerne ao termo a quo do prazo de supervisão judicial. Vejamos:
O que se vê, com grande nitidez, é que essa cláusula fere o princípio da duração
razoável do processo (Já são mais de 5 anos de recuperação judicial e de proteção do Grupo
Dirija) e viola o disposto nos artigos 61 e 63 da lei 11.101/2005.
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Início do prazo bienal para encerrar recuperação judicial não se altera com
aditivos ao plano
Banco recorrente alegou que termo inicial do prazo deveria ser contado da data da
última alteração, mas 3ª turma do STJ rechaçou a tese.
quarta-feira, 6 de maio de 2020
Quando há aditamento ao plano de recuperação judicial, o termo inicial do prazo
bienal de que trata o art. 61, caput, da lei 11.101/05 deve ser a data da concessão
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https://www.migalhas.com.br/quentes/326252/inicio-do-prazo-bienal-para-encerrar-recuperacao-judicial-
nao-se-altera-com-aditivos-ao-plano
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somente se mostraram depois, teve que ser modificado, o que foi admitido pelos
credores.
“Não há, assim, propriamente uma ruptura da fase de execução, motivo pelo qual
inexiste justificativa para a modificação do termo inicial da contagem do prazo bienal
para o encerramento da recuperação judicial.”
Assim, afirmou Cueva, passados os dois anos da concessão da recuperação
judicial, ela deve ser encerrada, "seja pelo cumprimento das obrigações
estabelecidas para esse período, seja pela eventual decretação da falência". No voto
apresentado aos colegas, Cueva acrescenta ainda que a existência de
habilitações/impugnações de crédito ainda pendentes de trânsito em julgado
também não impede o encerramento da recuperação.
A turma acompanhou o voto do relator à unanimidade.
Note-se, por um lado, que a reestruturação da empresa pode demorar anos, não
sendo raro planos de recuperação prolongarem as obrigações das devedoras por quinze, vinte
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e até trinta anos. Por outro lado, o encerramento do processo não pressupõe a “efetiva
recuperação da empresa”, mas apenas o cumprimento das obrigações inicialmente previstas
para aquele biênio inicial, ainda que muitas outras tenham que ser cumpridas no futuro.
De mais a mais, a lei 11.101/2005 não tem qualquer previsão para uma parada
reflexiva, ao final do prazo bienal de supervisão, a fim de aquilatar se o plano de recuperação
judicial aprovado pelos credores, homologado judicialmente e cumprido pelas devedoras
foi capaz de estancar a crise e afastar o risco de falência.
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,
Informativo nº 0649
Publicação: 21 de junho de 2019.
PRIMEIRA SEÇÃO
Processo CC 156.064-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. Acd.
Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, por maioria, julgado em
14/11/2018, DJe 29/05/2019
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Destaque
Compete à Justiça Federal processar e julgar ação que envolva concessionárias do serviço
de telefonia e a Anatel a respeito da precificação do VU-M (Valor de Uso de Rede Móvel)
ainda que um dos litigantes se encontre em recuperação judicial.
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Súmula
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Órgão Julgador
S2 - SEGUNDA SEÇÃO
Data do Julgamento
27/06/2012
Data da Publicação/Fonte
DJe 01/08/2012. RSSTJ vol. 43 p. 199. RSTJ vol. 227 p. 938
Enunciado
O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens não
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5. CONCLUSÃO
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