Reprodução Assexuada 1
Reprodução Assexuada 1
Reprodução Assexuada 1
Reprodução
Reprodução assexuada
(B)
Bipartição nos seres unicelulares: bactérias (procariontes) (A) e amibas (eucariontes) (B)
Plasmodium sp., o parasita que provoca a malária, reproduz-se assexualmente por divisão múltipla
(neste caso pode designar-se esquizogonia) no interior dos eritrócitos, levando à rotura destas células
do sangue)
Divisão múltipla (Esquizogonia ou merogonia) – Estratégia de reprodução
assexuada típica de protozoários como o Plasmodium (causador da malária) . Neste
processo o núcleo do progenitor divide-se várias vezes, só ocorrendo mais tarde a
divisão do citoplasma por uma membrana celular em torno de cada núcleo e a
individualização de cada novo organismo. Quando a membrana celular do progenitor
se rompe os descendentes libertam-se.
Fragmentação
(A)
(B)
Fragmentação
Vamos observar o processo de fragmentação na planária. Uma parte do corpo
do progenitor fica separada, originando um fragmento, que se pode desenvolver num
indivíduo completo.
Gemulação ou Gemiparidade
Nota: As plantas também formam gomos. Esses gomos têm a capacidade de dar
origem a uma planta inetira.
(A)
(B)
Gemulação em corais (A) onde é responsável pelo crescimento da colónia) e em leveduras (B).
Gemulação:
Nas leveduras dá-se uma divisão desigual do citoplasma, o processo tem início
com o desenvolvimento de um anel de quitina à volta da área onde se formará a
protuberância, e a nova célula que será expelida através da parede celular do
progenitor é de menores dimensões.
Nos cnidários forma-se uma protuberância – gema ou gomo – que cresce até se
tornar um adulto. O novo indivíduo pode permanecer unido ao progenitor formando
uma colónia ou individualizar-se formando um organismo autónomo.
Repara que algumas leveduras têm uma dilatação à superfície. Esta dilatação à
superfície chama-se gomo ou gema. Ao separar-se do progenitor, o gomo forma um
novo indivíduo, geralmente, de menor tamanho que o progenitor.
Esporulação
A esporulação corresponde à formação, por mitose, de células reprodutoras
especiais – esporos assexuados ou mitósporos – que se libertam do progenitor. Cada
esporo pode originar um novo indivíduo. O facto de se formarem e libertarem em
grande quantidade facilita a dispersão da respetiva espécie.
Nos fungos, os esporos desenvolvem uma camada protetora que lhes permite
resistir a condições adversas. O tamanho reduzido dos esporos torna fácil a sua
dispersão no ar.
Nota: Rizomas, tubérculos e bolbos, como são órgãos subterrâneos ricos em reservas,
constituem formas de resistência das plantas à estação desfavorável. A parte aérea das
plantas pode morrer, mas na próxima estação favorável brotam novas plantas a partir
destas estruturas.
As raízes também podem originar novas plantas, como no caso dos choupos,
podendo uma única árvore originar um bosque constituído por alguns clones.
O método que vamos usar é a estacaria, mas existem muitos outros. Para
começar colocámos uma mistura de areia e turfa num tabuleiro e regamos. Depois,
cortamos a folha de begónia e distribuímos pelo tabuleiro. Para evitar que apodreçam
pulverizamos com fungicida. Tapamos o tabuleiro e colocamos num lugar com luz, mas
sem luz direta e com uma temperatura de aproximadamente 20ºC.
Partenogénese e apomixia
Reprodução assexuada
• Potencialidades
➢ Basta um progenitor;
➢ Menor gasto energético na reprodução;
➢ Processo mais rápido para originar descendência numerosa e para
colonizar novos ambientes.
➢ Preservação de variantes génicas favoráveis em ambientes estáveis.
• Limitações
➢ Reduzida variabilidade genética;
➢ Maior vulnerabilidade a novas situações ambientais.
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Parte vegetativa do fungo.
Potencialidades:
A reprodução assexuada pode ser muito vantajosa, tanto para plantas como
para animais. Por exemplo, os animais cesseis, como as esponjas, permanecem no
mesmo local durante toda a sua vida, mesmo que sejam capazes de realizar
reprodução sexuada é difícil contactarem com outros indivíduos da mesma espécie,
pelo que a reprodução assexuada pode ser uma boa alternativa.
Limitações:
Não havendo formação de gâmetas, não há meiose, pelo que não ocorrem
processos responsáveis por aumentar a variabilidade genética, tais como croossing-
over e separação aleatória dos cromossomas homólogos. Para além disso, não há
fecundação, que é o processo que também contribui para a existência de variabilidade
genética, devido à união ao acaso dos gâmetas com informação genética diferente.
Estacaria
Consiste na remoção de porções das plantas – estacas – que depois de
enterradas podem originar novas plantas. Na maioria dos casos são utilizadas estacas
caulinares, uma técnica eficaz na propagação de várias plantas (roseiras, videiras,
choupos, salgueiros, limoeiros, gerânios e crisântemos). As estacas foliares podem ser
utilizadas em plantas como begónias e violetas. As estacas de raízes são utilizadas na
multiplicação vegetativa de framboesas. Esta técnica milenar sofreu um aumento de
eficácia com a descobertas das fitohormonas3 e do seu modo de atuação.
3 Hormonas vegetais que controlam o crescimento e a diferenciação dos órgãos das plantas.
Enxertia
É um processo muito utilizado nas árvores de fruto. Permite que os frutos que
se desenvolvem a partir do enxerto tenham as mesmas características da árvore da
qual este foi retirado.
Mergulhia
3
Sem doenças, nem pragas.
Clonagem animal
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Originados a partir do mesmo óvulo fecundado (zigoto)
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Do inglês, somatic cell nuclear transfer (SCNT).
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Célula não-germinativa.
Nota: Dolly foi o primeiro mamífero a ser clonado. Era semelhante à ovelha dadora do
núcleo, pois é no núcleo que está o material genético. Recebeu, também material
genético da ovelha dadora do oócito. Como foi removido extraído o núcleo do oócito,
o material genético encontrava-se nas mitocôndrias do citoplasma. O material
genético das mitocôndrias não contribui para as características. A outra «mãe» é
aquela na qual foi introduzido o embrião. Assim, Dolly teve três «mães», recebeu
genomas de duas, mas apenas se parecia com uma.
A clonagem de SCNT está agora a ser usada para tentar clonar animais em vias
de extinção ou animais extintos dos quais foi possível recuperar alguns núcleos.
Reprodução assexuada:
• Vantagens
Permite a clonagem de organismos que apresentam características de
interesse:
➢ Para a produção de vitaminas, proteínas específicas e medicamentos;
➢ Para a produção de alimentos;
➢ Para o repovoamento vegetal;
➢ Como plantas ornamentais selecionadas;
➢ Para a preservação ou recuperação das espécies;
➢ Como animais reprodutores com características excecionais;
• Clonagem de plantas
➢ Técnicas utilizadas (exemplos): estacaria, enxertia e micropropagação;
➢ Suporte de técnicas utilizadas: capacidade de as plantas se
reproduzirem a partir de tecidos vegetativos; conhecimento dos
processos de controlo hormonal; cultura com controlo de variáveis
ambientais, de forma a garantir a qualidade fitossanitária das plantas.
• Clonagem de animais
➢ Técnicas utilizadas:
❖ Separação de blastómeros;
❖ SCNT – transferência de núcleos de células somáticas para
oócitos aos quais é retirado previamente o núcleo.