Caso de Estudo Da Semana II-Helena Langa (95509)

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PATOLOGIAS DAS CONTRUÇÕES (Ficha de anomalias)

Caso de estudo da semana II: Departamento de geociências (UA)

Professor: Aluno:
Hugo Rodrigues Helena Langa n.◦95509

Aveiro, dezembro de 2021


PATOLOGIAS DAS CONTRUÇÕES (Ficha de anomalias)

1. Descrição da patologia
Analisando as imagens fornecidas na descrição do problema, verifica-se o destacamento da
camada superficial de betão e posterior corrosão da armadura. É possível notar a presença de uma
fissura que começa, quase que desapercebida e vai ganhando destaque na zona próxima a
armadura.

Figura 1-Patologias em análise.

2. Causas da patologia
A degradação de estruturas de betão armado está associada à alteração das propriedades
mecânicas, físicas e químicas do betão. Esta degradação pode manifestar-se através do e
destacamento do betão que pode dever-se à espessa camada de betão, a falta de recobrimento
mecânico, a fraca aderência entre o aço e o betão ou até mesmo pode resultar da interação entre
o betão e o meio envolvente a que está exposto (vento, água, poluição do ar, carbonatação,
penetração de cloretos, ataque com sulfatos, ação das águas residuais, que conduzem a um maior
ou menor nível de degradação do betão.
Entre estes fenómenos destacam-se, para este caso em particular, os processos de degradação
físicos, falta de recobrimento mecânico, a exposição direta ao ar que acaba por provocar reações
químicas prejudiciais ao betão e a fraca aderência entre o aço e o betão.
Outra grande razão para este fenómeno são as tensões causadas pelo choque térmico resultante
das diferenças de temperaturas entre a superfície de betão e o exterior.
Agora, a corrosão do aço deve-se, sem sombra de dúvidas, a sua exposição ao ar que acaba
provocando reações de oxidação que conduzem ao desgaste do mesmo.
Outra possível razão seria o inverso do que foi anteriormente referido, pode ter se iniciado uma
corrosão interna do aço que acabou levando ao destacamento do betão.
PATOLOGIAS DAS CONTRUÇÕES (Ficha de anomalias)

3. Ensaios que se podem realizar


Tendo em consideração que a reparação a efetuar se deve integrar esteticamente com o resto da
superfície, devem ser efetuados provetes de teste ao teor de pigmentos e ligante, e testes relativos
ao envelhecimento natural do material de reparação, de forma a escolher o mais adequado.
Devem se fazer sondagens na superfície de betão usando um detetor de armaduras de modo a se
verificar a atividade das fendas.

4. Possíveis soluções para a correção ou extinção da patologia


A solução para este tipo de patologias é reparar-se a superfície exposta com argamassa ou
microbetão de reparação que pode ser a pode ser à base de cimento portland ou polímeros. Nas
situações em que se verifique a existência de fendas ativas ou presença deve-se recorrer aos
polímeros, devido à sua maior elasticidade e resistência química, em detrimento da utilização de
cimento. É ainda importante que os materiais utilizados na reparação sejam não apresentem um
grande coeficiente de retração para evitar uma futura fendilhação por retração.
Assim sendo, esta técnica de reparação inicia-se pela remoção do betão de recobrimento
deteriorado até expor completamente a armadura corroída, com auxílio de martelo elétrico ligeiro
ou por hidrodemolição (Figura 3), sendo preferível que as zonas a reparar sejam delimitadas por
arestas e/ou juntas. Posteriormente, procede-se à limpeza da armadura, removendo produtos da
oxidação e outro tipo de sujidade, com recurso a esfregão de aço ou jato seco de areia(Figura 4) ,
para pequenas ou grandes áreas a limpar, respetivamente. Importa salientar que, caso exista perda
de secção da armadura, se deve realizar o reforço através de novos varões. Além disso, é
conveniente prevenir o reaparecimento da corrosão, pelo que se deve realizar a proteção das
armaduras com produto anticorrosivo ou optar pela utilização de varões de aço inox (Figura 5).
Seguidamente, o betão de substrato deve ser limpo de poeiras / partículas soltas, através de jato
de ar, sendo ainda aconselhável aumentar a resistência da ligação da argamassa ou microbetão de
reparação ao substrato, através da aplicação de um primário adequado ou saturação da superfície
com água. Por fim, segue-se a aplicação do novo material de recobrimento manualmente
(pequenas áreas a reparar), por projeção (Figura 6) ou através de betão bombeado cofrado e a
realização do acabamento superficial conforme o original, caso aplicável (Emmons, 1993; Brito
e Flores-Colen, 2005).
PATOLOGIAS DAS CONTRUÇÕES (Ficha de anomalias)

Figura 2-Aplicação do betão por projeção.

Figura 3-Remoção do betão com martelo elétrico(esquerda) e por hidrodemolição(direita).

Figura 4-Remoção da sujidade no aço com esfregão de aço(esquerda) ou através de um jato de areia.

Figura 5-Proteção das armaduras com produto anticorrosivo(esquerda) ou utilizar varões de


inox(direita)

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