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Esquema FSSC 22000 Versão 5
DIREITOS AUTORAIS
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida e/ou
publicada sob qualquer forma, por meio de impressos, fotocópia, microfilme, gravação ou
qualquer outro método ou tecnologia, sem a autorização por escrito da Fundação FSSC 22000.
TRADUÇÕES
Esteja ciente de que, no caso de traduções dos documentos do Esquema FSSC 22000, a versão
em inglês é vinculativa.
CONTEÚDOS GERAIS
INTRODUÇÃO 4
APÊNDICE 1: DEFINIÇÕES 67
APÊNDICE 2: REFERÊNCIAS 74
INTRODUÇÃO
Com uma população mundial em crescimento, há uma crescente necessidade de produtos
alimentares acessíveis, seguros e de boa qualidade. Para atender a essa necessidade, a FSSC
22000 fornece uma plataforma de garantia de marca de confiança para a indústria de alimentos.
O principal nesta missão é a disponibilidade do Esquema de Certificação FSSC 22000 para os
sistemas de gestão de segurança de alimentos. Este documento contém a nova Versão 5 do
Esquema FSSC 22000 publicada em Maio de 2019. Os principais fatores que iniciaram o
desenvolvimento desta versão foram:
• publicação da nova norma ISO 22000:2018 em 19 de junho de 2018;
• período de 3 anos para a transição para a nova norma ISO 22000:2018, conforme
determinado pelo Fórum Internacional de Acreditação (IAF) até 29 de junho de 2021;
• habilitar as auditorias do sistema de gestão integrada para a FSSC 22000-Qualidade;
• melhoria dos requisitos do Esquema anterior;
• conformidade com os Requisitos de Benchmarking da Iniciativa Global de Segurança de
Alimentos (GFSI);
• conformidade com os requisitos do Organismo de Acreditação.
SOBRE O ESQUEMA
O Esquema consiste de seis Partes e dois Apêndices que estão incluídos neste documento. Além
disso, existem sete Anexos. Todos estes documentos também contêm requisitos obrigatórios do
Esquema. Por último, há dois documentos de orientação sobre diversos temas para fornecer um
suporte adicional. Todos os documentos podem ser baixados gratuitamente a partir do website
da FSSC 22000.
APÊNDICE 1 DEFINIÇÕES
Esta parte contém todas as definições que foram utilizadas ao longo de todos os documentos do
Esquema.
APÊNDICE 2 REFERÊNCIAS
Esta parte contém todas as referências que foram utilizadas ao longo de todos os documentos
do Esquema.
ANEXOS
Existem sete Anexos que são obrigatórios e necessários para a correta implementação do
Esquema:
• Anexo 1 Declarações de escopo do Certificado do OC
• Anexo 2 Modelo do relatório de auditoria (FSSC 22000)
• Anexo 3 Modelo de relatório de auditoria (FSSC 22000-Qualidade)
• Anexo 4 Modelo de Certificado do OC
• Anexo 5 Escopo do certificado de acreditação do OA
• Anexo 6 OT - Especificações dos Cursos
• Anexo 7 OT - Modelos de certificado de Treinamento
PARTE 1
VISÃO GERAL DO
ESQUEMA
1 Introdução ............................................................................................................................... 8
O Esquema ......................................................................................................................................... 8
Propriedade ........................................................................................................................................ 8
Idioma ................................................................................................................................................. 8
2 Características ......................................................................................................................... 9
2.1 Finalidade e objetivos ............................................................................................................. 9
2.2 Natureza do esquema............................................................................................................. 9
3 Escopo ..................................................................................................................................... 10
3.1 Criação de animais (categoria A) .......................................................................................... 13
3.2 Fabricação de alimentos (categoria C) ................................................................................. 13
3.3 Produção de alimentação animal (categoria D) .................................................................. 13
3.4 Catering (categoria E) ............................................................................................................ 13
3.5 Varejo e atacado (categoria F) .............................................................................................. 14
3.6 Transporte e armazenamento (categoria G) ....................................................................... 14
3.7 Produção de embalagem de alimentos e materiais de embalagem (categoria I) ............ 14
3.8 Produção de bioquímicos (categoria K) ............................................................................... 15
3.9 FSSC 22000 - Qualidade ........................................................................................................ 15
1 INTRODUÇÃO
O ESQUEMA
O sistema de certificação FSSC 22000 (doravante o Esquema) descreve os requisitos para a
auditoria e certificação dos sistemas de gestão de segurança de alimentos (SGSA) ou SGSA e
Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) das organizações na cadeia de abastecimento de
alimentos. O certificado confirma que o SGSA (FSSC 22000) ou SGSA e SGQ (FSSC 22000-
Qualidade) da organização está em conformidade com os requisitos do Esquema.
O Esquema fornece um modelo de certificação voluntária que pode ser aplicado em toda a
cadeia de abastecimento de alimentos. Pode cobrir os setores da cadeia de abastecimento, onde
os programas de pré-requisitos específicos (PPRs) foram desenvolvidos e aceitos. A descrição da
categoria da cadeia alimentar utilizada por este Esquema está definida de acordo com a ISO/TS
22003:2013 (ver o Capítulo 3).
Desde Fevereiro de 2010, o Esquema foi avaliado e reconhecido pela Iniciativa Global de
Segurança de Alimentos (GFSI), confirmando o reconhecimento e aceitação da indústria global
de alimentos.
PROPRIEDADE
A Fundação FSSC 22000 (doravante a Fundação) detém a propriedade e os direitos autorais de
todos os documentos relacionados ao Esquema e também mantém os acordos para todos os
Organismo de Certificação, Organismos de Acreditação e Organizações de Treinamento
envolvidos.
IDIOMA
A versão do Esquema em inglês é a original e válida.
2 CARACTERÍSTICAS
2.1 FINALIDADE E OBJETIVOS
A finalidade do Esquema é garantir que atenda continuamente aos requisitos da indústria
internacional de alimentos, resultando em uma certificação que garanta que as organizações
forneçam alimentos seguros aos seus clientes.
O Esquema:
a) incorpora as normas ISO, especificações técnicas específicas do setor para PPRs,
requisitos adicionais orientados pelo mercado, bem como os requisitos legais e
regulamentares;
b) é reconhecido pela Iniciativa Global de Segurança de Alimentos;
c) permite a integração com outras normas de sistema de gestão, tais como meio
ambiente, saúde e segurança etc.;
d) é regido pela Fundação sem fins lucrativos e gerenciado por um Conselho de Partes
Interessadas independente;
e) aumenta a transparência em toda a cadeia de abastecimento de alimentos;
f) oferece um “Registro FSSC 22000 de organizações certificadas” que é publicamente
acessível.
3 ESCOPO
O Esquema destina-se à auditoria, certificação e registro de organizações para as seguintes (sub)
categorias da cadeia de alimentos (em conformidade com a ISO/TS 22003:2013; veja também a
Tabela 1):
O material de embalagem usado para cuidados pessoais, farmacêuticos ou outros usos estão
fora do escopo da norma. Talheres descartáveis só podem ser certificados quando vendidos
juntos (e como parte) do produto alimentar. Os exemplos são colheres que são embaladas com
iogurte, garfos ou palitos embalados com alimentos prontos para comer.
2.2 O Conselho nunca pode consistir de uma maioria de membros que representam os
interesses de um dos grupos de partes interessadas envolvidas. Os grupos de partes
interessadas neste contexto são partes interessadas ou Organismos de Certificação ou
titulares de certificados ou organizações que pretendem ser titulares da certificação.
2.3 O Conselho deve preencher quaisquer vagas que possam surgir com a devida observância
do acima exposto. As nomeações são feitas por resolução do Conselho.
2.4 Os membros do Conselho têm mandatos de 5 anos. Podem ser reconduzidos em suas
funções apenas duas vezes. Desta forma, somente tornam-se elegíveis para a nomeação
para o Conselho pelo menos um ano após o término de seu último mandato. O Conselho
deve usar o prazo prescrito para elaborar uma lista de aposentadoria. Além disso, o
Conselho deve assegurar que as saídas ao final do mandato não coloquem em risco o seu
funcionamento equilibrado.
ARTIGO 3 REPRESENTAÇÃO
3.1 A Fundação é representada pelo Conselho ou dois membros do Conselho agindo
conjuntamente.
4.2 Os membros do Conselho têm o direito que outro membro do Conselho os represente em
uma reunião após tal autorização por escrito ser dada e que o Presidente da reunião
considere suficiente. Um membro do Conselho só pode agir como procurador de outro
membro do Conselho.
4.3 Se o mesmo foi mencionado na convocação, cada membro do Conselho tem o direito,
pessoalmente ou através de uma procuração por escrito, através de um meio eletrônico
de comunicação, por exemplo, através de uma conferência ou vídeo chamada, de
participar na reunião do Conselho, a usar a palavra na reunião, e exercer o direito de voto,
uma vez que o membro do Conselho possa ser identificado através dos meios eletrônicos
de comunicação, possa tomar conhecimento dos procedimentos da reunião diretamente e
possa participar em todas as deliberações.
4.4. O Conselho está autorizado a definir as condições para o uso de meios eletrônicos de
comunicação. Se o conselho exerce essa autoridade, as condições devem ser publicadas
na convocação.
5.2 A votação será oral, a menos que um membro do Conselho solicite um voto escrito.
5.3 A menos que estes artigos determinem o contrário, o Conselho deve adotar propostas por
maioria simples de votos expressos.
5.4 Se não houver uma maioria no primeiro escrutínio em caso de votação sobre a nomeação
de pessoas, uma nova votação será realizada. Se a maioria não é alcançada após a
segunda votação, um voto provisório decidirá quais pessoas permanecerão na disputa.
Se uma votação em pessoas resultar em um empate, lotes serão sorteados para decidir
quem foi eleito; se uma eleição sobre outros itens resultar em votação empatada, a
proposta será rejeitada.
6.3 O Conselho deve adotar o conselho do BoS referido no item 6.2 deste artigo, a menos que
esteja em conflito com quaisquer disposições estatutárias, ou esteja em conflito com
qualquer requisito que a Fundação deva cumprir no contexto do credenciamento, ou se o
Conselho é da opinião que, considerando todos os interesses relevantes de todas as
partes interessadas, os interesses da Fundação sejam opostos à adoção do Conselho.
Neste caso, a Fundação deve informar o BoS por escrito, tendo o BoS o direito de convocar
uma reunião para discutir isso.
6.4 Com relação ao Artigo 9, parágrafo 3 dos Estatutos da Fundação, o BoS deve, a partir de
seus membros, nomear uma Comissão de Sanção, consistindo de pelo menos 3 membros
e presidida pelo presidente independente do BoS. A Comissão tem a tarefa de decidir em
nome do BoS sobre as sanções a serem impostas aos Organismos de Certificação
licenciados em conformidade com o Programa de Integridade e Política de Sanção
conforme estabelecido pelo BoS.
6.5 O BoS pode nomear uma Comissão Consultiva que pode incluir membros do BoS, peritos
externos, representantes de organizações de grupo de organismos de certificação,
representantes da indústria, representantes de instituições científicas e públicas, para
aconselhar o BoS sobre as decisões a serem tomadas com relação aos conteúdos e a
aplicação do Esquema. O BoS deve em qualquer caso, considerar tais conselhos, mas não
é obrigado a segui-los.
6.6 O BoS decidirá sobre os Termos de Referência para as Comissões de Sansão e Consultiva.
7.2. A Fundação deve nomear um perito independente para avaliar os resultados dos
programas acima mencionados, reportando-se ao Conselho.
7.3 O Conselho deve manter uma política de sanção consistindo de um sistema de avisos por
escrito e cartões amarelos e vermelhos, com base nas não conformidades maiores e
menores nos programas.
7.4. As partes diretamente interessadas podem interpor recurso por escrito contra as decisões
de sansão tomadas pelo Conselho.
7.5 O Conselho tornará pública a maneira pela qual qualquer parte interessada pode
apresentar reclamações contra qualquer dos aspectos do Esquema.
7.7 O Conselho pode, em consulta com o BoS, decidir sobre disposições específicas sobre a
accreditação dos OCs e memorando de entendimento entre a Fundação e Organismos de
Acreditação, que podem ir além das disposições previstas no Esquema.
7.8 O contrato padrão com os organismos de certificação, conforme referidos acima, conterá
as disposições para o uso do logotipo FSSC 22000 e a infraestrutura de TI da Fundação
apoiando o processo de auditoria e o processo de registro da auditoria.
PARTE 2
REQUISITOS PARA AS
ORGANIZAÇÕES A
SEREM AUDITADAS
1 Finalidade............................................................................................................................... 22
2 Requisitos............................................................................................................................... 22
2.1 Geral ....................................................................................................................................... 22
2.2 ISO 22000 ............................................................................................................................... 22
2.3 ISO 9001 ................................................................................................................................. 22
2.4 Programas de pré-requisito.................................................................................................. 22
2.5 Requisitos adicionais FSSC 22000 ........................................................................................ 23
1 FINALIDADE
Esta parte descreve os requisitos do Sistema em relação às quais Organismos de Certificação
licenciados devem auditar o Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos (SGSA) ou SGSA e
Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) da organização a fim de obter ou manter a certificação
para o FSSC 22000 ou FSSC 22000-Qualidade.
2 REQUISITOS
2.1 GERAL
As organizações devem desenvolver, implementar e manter todos os requisitos descritos abaixo
e serão auditadas por um Organismo de Certificação licenciado para receber um certificado
válido.
requisitos PPR estão especificados nas séries ISO/TS 22002-x, NEN/NTA 8059 e/ou nas normas
BSI/PAS 221.
2.5.3.2 PLANO
a) A organização deve ter um plano de defesa dos alimentos documentado especificando
as medidas de mitigação relativas aos processos e produtos no âmbito da SGSA da
organização.
b) O plano de defesa dos alimentos deve ser apoiado pelo SGSA da organização.
c) O plano deve cumprir a legislação aplicável e ser mantido atualizado.
2.5.4.2 PLANO
a) A organização deve ter um plano de mitigação de fraude alimentar documentado
especificando as medidas de mitigação relativas aos processos e produtos no âmbito da
SGSA da organização.
b) O plano de mitigação de fraude alimentar deve ser apoiado pelo SGSA da organização.
c) O plano deve cumprir a legislação aplicável e ser mantido atualizado.
O uso do logotipo em preto e branco é permitido quanto todos os outros textos e imagens estão
em preto e branco.
c) A organização certificada não pode usar o logo FSSC 22000, qualquer declaração ou fazer
referência ao seu status certificado em:
i. um produto;
ii. seu rótulo;
iii. sua embalagem (primária, secundária ou qualquer outra forma);
iv. qualquer outra forma que implique que a FSSC 22000 aprova um produto, processo
ou serviço.
A organização deve assegurar que o produto seja transportado e entregue sob condições que
minimizem o potencial de contaminação.
PARTE 3
REQUISITOS PARA O
PROCESSO DE
CERTIFICAÇÃO
1 Finalidade............................................................................................................................... 28
2 Geral ....................................................................................................................................... 28
3 Recursos ................................................................................................................................. 28
6 Relatório de auditoria........................................................................................................... 37
6.1 Relatório escrito .................................................................................................................... 37
6.2 Não conformidades............................................................................................................... 37
1 FINALIDADE
Esta Parte estabelece os requisitos para a execução do processo de certificação a ser conduzido
por Organismos de Certificação (OCs) licenciados.
Onde se fizer referência aos requisitos FSSC 22000, isto também é aplicável para a FSSC 22000-
Qualidade, salvo indicação contrária.
2 GERAL
O OC deve gerenciar seu sistema de gestão de certificação de acordo com os requisitos da
ISO/IEC 17021-1:2015, ISO/TS 22003:2013, e os requisitos FSSC 22000, incluindo quaisquer
decisões do Conselho de Partes Interessadas da FSSC.
O OC deve controlar toda documentação e registros relacionados ao Esquema de acordo com
seus próprios procedimentos.
O OC deve ter procedimentos de certificação que confirmem a conformidade das organizações
certificadas.
3 RECURSOS
O OC deve fornecer recursos suficientes para possibilitar o fornecimento confiável de seus
serviços de certificação FSSC 22000.
4 PROCESSO DE CONTRATO
4.1 SOLICITAÇÃO
O OC deve coletar e documentar as informações da organização requerente e em um formulário
de solicitação que detalhe as informações mínimas, conforme exigido na ISO/IEC 17021-1 e
ISO/TS 22003, e requisitos adicionais do Esquema.
4.2 ESCOPO
O OC deve avaliar o escopo proposto pela organização no formulário de solicitação e analisá-lo
em relação aos requisitos do Anexo I.
b) o cálculo do tempo de auditoria para a FSSC 22000 deve ser documentado pelo OC,
incluindo as justificativas para a redução ou adição de tempo com base na duração
mínima de auditoria;
c) a duração da auditoria on-site deve ser indicada nas horas de trabalho do auditor,
mostrando o tempo gasto no local e deve coincidir com o plano de auditoria e os desvios
devem ser registrados (incluindo as motivações);
d) o tempo de auditoria on-site não inclui o planejamento, relatórios ou atividades de
viagem, apenas o tempo de auditoria real on-site;
e) o tempo de auditoria on-site só se aplica aos auditores que sejam auditores FSSC 2200
plenamente qualificados e registrados;
f) onde a auditoria FSSC 22000 é realizada em combinação ou integração com outras
auditorias de segurança de alimentos como uma auditoria combinada, o tempo de
auditoria declarado no relatório deve ser a auditoria combinada total e deve coincidir
com o plano de auditoria. A duração total da auditoria é então mais longa que a FSSC
22000 sozinha. Isto é considerado um aumento na duração da auditoria e a razão para
isso deve ser justificada.
Exceção: A redução adicional só é permitida para sites com processos simples, tendo 5 FTE ou
menos e no máximo 1 estudo HACCP. Para tais sites, uma redução no tempo de auditoria on-site
(TFSSC) pode ser feito, mas o tempo total Ts+ TFSSC deve ser no mínimo de um dia.
Um tempo adicional deve ser considerado caso um intérprete seja necessário para dar suporte à
equipe de auditoria.
Em ambos os tipos de auditoria, a duração mínima para Ts é 1 dia conforme a ISO/TS 22003,
Anexo B. Isto torna a duração mínima da auditoria FSSC 22000 básica de 1.5 dias,
independentemente do tipo de auditoria.
Nota: Para a subcategoria A, a ISO/TS 22003:2013 define uma duração mínima de auditoria de
0.5 dia, a duração mínima da auditoria FSSC 22000 será para esta categoria de 1 dia).
Se após o cálculo o resultado for um número decimal, o número de dias deve ser ajustado ao
meio dia mais próximo (por exemplo, 5.3 dias de auditoria se torna 5.5).
As auditorias (especiais) adicionais podem ser realizadas acima – mas nunca como uma
substituição das auditorias anuais de manutenção /recertificação. Estas auditorias especiais
devem ser documentadas e carregadas no Portal.
A duração mínima da auditoria para as auditorias anuais deve sempre ser respeitada.
4.4 CONTRATO
Deve existir um contrato de certificação em vigor entre o OC e a organização solicitante da
certificação, detalhando o escopo do certificado e em relação a todos os requisitos relevantes do
Esquema.
Este contrato deve detalhar ou se referir aos acordos entre o OC e a organização que deve
incluir, mas não se limitar a:
1) a posse do certificado e do conteúdo do relatório de auditoria deve mantida pelo OC;
2) a pedido das autoridades de segurança de alimentos, as informações relacionadas ao
processo de certificação e auditoria devem ser compartilhadas;
3) condições sob as quais o contrato de certificação pode ser rescindido;
4) condições sob as quais o certificado pode ser utilizado pela organização certificada;
5) termos de confidencialidade em relação às informações coletadas pelo OC durante o
processo de certificação;
6) a organização certificada permite que o OC compartilhe as informações quando exigido
pela lei por autoridades governamentais e/ou pela Fundação;
7) procedimentos para a gestão da não conformidade;
8) procedimentos para reclamações e recursos;
9) inclusão de informações sobre o status do certificado da organização no site e no Portal
FSSC 22000;
10) cooperação permitindo avaliações testemunhadas pelo OA e/ou a Fundação quando
solicitado;
11) obrigações de comunicação de organizações certificadas ao OC dentro de 3 dias úteis
em relação ao seguinte:
a) quaisquer alterações significativas que afetem a conformidade com os requisitos
do Esquema e a obtenção de conselho do OC em casos em que haja dúvidas
sobre a importância de uma alteração;
Cada site (mais a função central) deve ter seu próprio relatório (ver a seção 6). O certificado deve
ser um certificado de grupo.
5.4.2 EXECUÇÃO
1) O OC define a data da auditoria não anunciada normalmente entre 8-12 meses após a
auditoria anterior (mas respeitando o planejamento da recertificação). A consequência
disso pode ser que a auditoria não seja realizada anualmente (conforme requerido pelo
§5.1).
2) O site não deve ser notificado com antecedência sobre a data da auditoria não
anunciada e o plano de auditoria não deve ser compartilhado até a reunião de abertura.
3) A auditoria não anunciada ocorre durante o horário de expediente operacional normal,
inclusive em turnos noturnos quando necessário.
4) Os dias de restrição podem ser acordados previamente entre o OC e a organização
certificada.
5) A auditoria terá início com uma inspeção das instalações de produção, com início dentro
de 1 hora após o auditor ter chegado ao local. No caso de vários edifícios no local, o
auditor deve, com base nos riscos, decidir quais edifícios/instalações devem ser
inspecionados e em qual ordem.
6) Todos os requisitos do Esquema devem ser avaliados, inclusive os processos de
produção ou serviço em operação. Onde partes do plano de auditoria não possam ser
auditadas, uma auditoria de follow-up (anunciada) deve ser agendada dentro de 4
semanas.
7) O OC decide quais das auditorias de manutenção devem ser escolhidas para a auditoria
não anunciada.
8) Se a organização certificada se recusa a participar na auditoria não anunciada, o
certificado deve ser suspenso imediatamente, e o OC deve revogar o certificado, caso a
auditoria não anunciada não seja realizada dentro de um prazo de seis meses a partir da
data da recusa.
9) A auditoria da Sede separada que controla determinados processos do SGSA pertinente
à certificação separado do(s) site(s) (ver 5.2.1) deve ser anunciada. Onde as atividades da
Sede são parte da auditoria de um site, esta deve ser não anunciada.
10) Sites secundários (atividades off-site) e o armazenamento off-site, as instalações de
depósitos e distribuição também devem ser auditadas durante a auditoria não
anunciada.
4) Equipes de auditoria que conduzem auditorias integradas FSSC 22000 e ISO 9001 (FSSC
22000-Qualidade) devem cumprir coletivamente as respectivas especificações de auditor
FSSC 22000-Qualidade.
5) O auditor líder deve sempre ser um auditor FSSC 22000 qualificado.
6) Não é permitido que um auditor realize mais de dois ciclos de 3 anos de certificação no
mesmo site certificado como um auditor líder ou co-auditor. Se um auditor inicia a
auditoria dentro de um ciclo de certificação, deve ser alternado após seis (6) anos por
um mínimo de um ano.
6 RELATÓRIO DE AUDITORIA
6.1 RELATÓRIO ESCRITO
O OC deve fornecer um relatório escrito para cada auditoria.
a) O relatório de auditoria deve ser tratado confidencialmente pelo OC, mas deve ser
disponibilizado às Autoridades de Segurança de Alimentos após a aprovação da
organização.
b) O relatório de auditoria deve confirmar que todos os requisitos do Esquema sejam
avaliados, relatados e que uma declaração de conformidade seja dada. Além disso, deve
cumprir todos os requisitos relevantes da ISO/IEC 17021-1. O conteúdo deve cumprir
com os requisitos do Anexo 2.
c) As condições processuais e operacionais do sistema de gestão de segurança de
alimentos devem ser verificadas para avaliar a eficácia do sistema de gestão de
segurança de alimentos em cumprimento com os requisitos do Esquema e relatadas.
d) Em casos excepcionais, um requisito pode ser considerado não aplicável, mas somente
quando os requisitos da ISO/TS 22003:2013, cláusula 9.1.2 são cumpridos. N/As devem
ser motivadas no relatório.
e) As exclusões do escopo devem ser avaliadas e justificadas no relatório de auditoria.
f) Os desvios do plano de auditoria devem ser justificados no relatório.
g) Os auditores devem relatar todas as não conformidades (NCs) em todas as auditorias.
Para cada não conformidade (NC), uma declaração clara e concisa do requisito, a NC,
grau da NC e a comprovação objetiva deve ser escrita.
h) As correções, planos de ação corretiva e sua aprovação devem ser incluídos conforme o
Anexo 2.
i) O relatório da Sede deve conter no mínimo as NCs encontradas na Sede. O upload deste
relatório deve ser feito. Na auditoria de cada site a implementação das ações corretivas
deve ser verificada e relatada.
Em caso de não conformidades notadas na auditoria da Sede, considera-se que têm impacto
sobre os procedimentos equivalentes aplicáveis a todos os sites. As ações corretivas, portanto,
devem abordar problemas de comunicação em todas as localidades certificadas e as ações
apropriadas para os sites afetados. Tais não conformidades e ações corretivas devem ser
claramente identificadas na respectiva seção do relatório de auditoria do site e devem ser
apuradas de acordo com os procedimentos do OC antes de emitir o certificado do site.
substitui uma auditoria anual). Esta auditoria deve ser documentada e o upload do
relatório deve ser realizado;
4) o certificado será retirado quando a não conformidade crítica não for efetivamente
resolvida no prazo de seis (6) meses;
5) no caso de uma auditoria de certificação (inicial), a auditoria completa de certificação
deve ser repetida.
PARTE 4
REQUISITOS PARA OS
ORGANISMOS DE
CERTIFICAÇÃO
1 Finalidade............................................................................................................................... 43
3 Competência .......................................................................................................................... 48
3.1 Geral ....................................................................................................................................... 48
3.2 Responsável pela decisão de certificação............................................................................ 48
3.3 Especialista técnico ............................................................................................................... 48
3.4 Testemunha ........................................................................................................................... 49
3.5 Processo de qualificação do auditor .................................................................................... 49
1 FINALIDADE
Este documento descreve os requisitos para os Organismos de Certificação (OCs) licenciados
que desejam oferecem os serviços de certificação do Esquema às organizações.
Onde se fizer referência aos requisitos FSSC 22000, isto também é aplicável para a FSSC 22000-
Qualidade, salvo indicação em contrário.
Onde o termo “Requisitos do Esquema” é utilizado, isto se refere aos requisitos do Esquema
FSSC 22000, ISO/IEC 17021-1, ISO/TS 22003 e lista de decisão do Conselho de Partes
Interessadas (BoS).
2.1.2 LICENÇAS
2.1.2.1 CONTRATO DE LICENÇA (STATUS PROVISÓRIO)
1) O OC deve apresentar uma solicitação à Fundação especificando as categorias de cadeia
alimentar que deseja prestar serviços de certificação. Como parte da solicitação, o OC
deve enviar uma autoavaliação concluída no formato fornecido da FSSC 22000 em
relação aos requisitos do Esquema.
2) Mediante a análise bem sucedida das informações, o OC receberá um contrato de
licença com um status provisório a ser listado como provisoriamente aprovado na lista
de OC no website da FSSC 22000.
3) O OC deve então solicitar uma acreditação com um OA aceito pela Fundação e enviar a
confirmação por escrito da aceitação da solicitação à Fundação.
4) O status provisório permite ao OC utilizar o Esquema para a certificação não acreditada.
Os certificados não acreditados devem ser registrados no Portal. Após a acreditação ser
obtida, estes certificados não acreditados devem ser substituídos por um certificado
acreditado. Se a acreditação não é obtida, a licença provisória será encerrada e os
certificados já emitidos serão revogados.
5) O status provisório da licença é válido por doze (12) meses a partir da data de assinatura
da Fundação e dentro deste período de tempo o OC deve:
a) obter a acreditação de um OA aceito pela Fundação para as (sub) categorias
abrangidas no contrato de licença. Para os requisitos FSSC 22000 do processo de
acreditação veja a Parte V do Esquema;
b) ter pelo menos duas (2) organizações certificadas registradas no Portal.
2.1.5.1 SUSPENSÃO
1) Quando uma licença de OC é suspensa pela Fundação, a Fundação irá determinar em
que medida o OC poderá manter suas atividades de auditoria e certificação por um
período definido de tempo. A Fundação irá publicar as suspensões no website da FSSC
22000 e o Organismo de Acreditação será notificado.
2) A Fundação irá restabelecer a licença suspensa quando o OC tiver demonstrado que o
problema que resultou na suspensão tiver sido resolvido e as condições para o
levantamento da suspensão tenham sido atingidos.
3) Falha em resolver os problemas que resultaram na suspensão no prazo estabelecido
pela Fundação, irá resultar na rescisão ou redução do escopo da licença, conforme o
Programa de Integridade e Política de Sanção.
2.1.5.2 RESCISÃO
1) Quando uma licença de OC é rescindida pela Fundação, o OC não pode solicitar uma
nova licença dentro do prazo comunicado pela Fundação.
2) O OC deve acordar com a Fundação a transferência de suas organizações certificadas
seguindo os requisitos descritos no contrato de licença.
2.2 ENVOLVIMENTO
2.2.1 COMUNICAÇÃO
1) O OC deve nomear uma pessoa de contato FSSC 22000 que seja competente nos
requisitos do Esquema e mantenha contato com a Fundação.
2) Esta pessoa deve ser responsável por todos os aspectos da implementação do Esquema
e assegurar que as seguintes responsabilidades sejam definidas e implementadas no
OC:
a) nomear uma pessoa de contato para os sistemas de TI FSSC 22000;
b) nomear uma pessoa responsável pela gestão do Programa de Integridade;
c) nomear um representante para participar da Conferência de Harmonização;
d) manter-se atualizado com os desenvolvimentos do Esquema, incluindo os
desenvolvimentos de TI;
e) gestão de outras informações adicionais requeridas pela Fundação;
f) comunicar as novas informações ou alterações em relação aos requisitos no
Esquema às partes envolvidas no prazo de um mês, a menos que especificado em
contrário pela Fundação.
2.2.2 RESPONSABILIDADES
1) O OC deve cooperar com todas as solicitações da Fundação para relatar informações em
relação a todos os aspectos no desempenho e integridade do Esquema.
2) Caso a variedade dos serviços de certificação do OC seja maior do que aqueles
acreditados, o OC deve assegurar que os limites e o âmbito da acreditação serão
esclarecidos e estarão publicamente disponíveis. Qualquer ambiguidade em relação ao
escopo dos serviços oferecidos pelo OC para o Esquema deve ser resolvida com a
Fundação e os serviços de certificação que estejam fora do escopo da acreditação devem
estar separados daqueles que estão acreditados.
3) O OC é responsável pela plena aplicação desses requisitos do Esquema e deve estar
preparado para demonstrar a conformidade a qualquer momento com todos esses
requisitos.
4) O OC deve participar da conferência anual de Harmonização e compartilhar as
informações para todos os funcionários relevantes.
5) O OC deve participar no Programa de Integridade.
6) O OC deve informar seus OA(s) sobre quaisquer alterações no status da licença (por
exemplo, reduzida, estendida, suspensa, etc.) feita pela Fundação.
7) O OC deve compartilhar as informações relativas à organização certificada com a
Fundação e as autoridades governamentais, quando requerido pela lei.
8) O OC deve garantir que todos os dados relacionados ao Esquema no Portal estejam
completos, atualizados, corretos e atendam aos requisitos do Esquema.
9) Sempre que o OC utilizar o logo FSSC 22000, deve cumprir com os requisitos na Parte II e
têm o direito de usá-lo somente quando o OC tenha um contrato de licença assinado.
2.3.2 FOLLOW-UP
1) Quando uma não conformidade é recebida, o OC deve:
a) registrar e gerenciar a não conformidade em seu sistema interno,
b) responder no prazo definido e agir para:
i. restabelecer a conformidade (ou seja, implementar correções);
ii. investigar para identificar os fatores causais;
iii. realizar uma análise de impacto;
iv. fornecer um Plano de Ação Corretiva (CAP) documentada detalhando a não
conformidade, classificação, análise causal, correção, ação corretiva planejada,
pessoa responsável, data limite, medidas de eficácia, data do fechamento.
2) Então:
a) realizar as ações corretivas para gerenciar os fatores causais identificados para que
os riscos expostos pela recorrência sejam reduzidos a um nível aceitável,
proporcionar as evidências objetivas;
b) utilizar a oportunidade para investigar como e onde mais uma não conformidade
semelhante poderia ocorrer;
c) adotar medidas preventivas para gerenciar esses fatores causais para que os riscos
expostos pela ocorrência sejam reduzidos da mesma forma a um nível aceitável.
3) O não cumprimento dos prazos para as não conformidades irá resultar no acionamento
do Programa de Integridade e Política de Sanção.
2.3.3 SANÇÕES
1) O OC que persistentemente não esteja em conformidade com os requisitos do Esquema
ou coloque a integridade do sistema em risco deve ser investigado pela Fundação de
acordo com o Programa de Integridade e Política de Sanção.
2) As sanções contra OCs não conformes podem incluir:
a) Suspensão da licença para emitir certificações sob o Esquema até que as
discrepâncias sejam satisfatoriamente corrigidas;
b) Cancelamento da licença para emitir certificações no âmbito do Esquema.
3 COMPETÊNCIA
3.1 GERAL
1) O OC deve seguir os requisitos descritos no Anexo C da ISO/TS 22003 para definir as
competências necessárias para conduzir as atividades de análise de aplicação, seleção
de equipe de auditoria, atividades de planejamento de auditoria e decisão de
certificação.
2) Deve haver um processo documentado para a análise inicial e contínua de competência
de todas essas funções. Os registros das análises de treinamento e competência devem
ser mantidos.
3.4 TESTEMUNHA
1) As auditorias testemunhadas devem ser realizadas por um auditor qualificado por um
programa de certificação reconhecido pela GFSI que possa demonstrar competência nos
requisitos do Esquema FSSC 22000, ou por uma pessoa de certificação técnica FSSC
22000 do OC de competência e experiência equivalentes. As testemunhas devem ser
avaliadas e qualificadas pelo OC como adequadas para realizar as auditorias
testemunhadas.
2) A testemunha recebeu treinamento em técnicas de auditoria testemunhada.
3) A testemunha não tem nenhuma parte ativa na auditoria.
4) Testemunhas devem ter, no mínimo, a competência equivalente da função que está
sendo avaliada (ver a ISO/TS 22003:2013 Anexo C).
5) A auditoria testemunhada realizada pelo OC não pode ser substituída por a auditoria
testemunhada de Organismos de Acreditação (OA) se esta é a primeira auditoria
testemunhada sob uma licença provisória.
1) Experiência de Trabalho
a) Experiência na indústria de alimentos ou relacionada, incluindo pelo menos 2 anos
de trabalho em tempo integral em funções de garantia de qualidade e segurança de
alimentos na produção ou fabricação de alimentos, varejo, inspeção ou execução ou
equivalente.
2) Formação
a) Educacional: Graduação em um curso relacionado a alimentos ou biociência ou, no
mínimo, que tenha concluído com êxito um curso superior relacionado a alimentos
ou biociência ou equivalente.
3) Treinamento
a) Curso de Auditor Líder para SGSA ou SGQ – mínimo de 40 horas, incluindo o exame;
b) Treinamento de HACCP – mínimo de 16 horas, incluindo exame;
c) Norma ISO 22000 – mínimo de 8 horas incluindo exame (se não incluído como parte
do Curso de Formação de Auditor Líder);
d) Treinamento de defesa dos alimentos abrangendo a metodologia de avaliação do
risco da defesa dos alimentos e possíveis medidas de mitigação (incluindo exame);
4) Outros
a) Auditorias: pelo menos dez (10) dias de auditoria e cinco (5) auditorias de ISO 22000
ou sistemas reconhecidos pelo GFSI pertinentes ao setor específico da indústria,
incluindo pelo menos uma (1) auditoria FSSC 22000.
b) Exame do GFSI: todos os auditores devem concluir o exame do GFSI dentro do prazo
dado pela Fundação. Para os novos auditores isto deve ser concluído antes da
qualificação como auditor FSSC 22000.
c) Para a Categoria I: uma qualificação primária, um diploma ou certificado superior na
tecnologia de embalagem e um respectivo certificado em tecnologia de alimentos,
higiene de alimentos ou curso relacionado à ciência OU uma qualificação primária
em tecnologia de alimento, segurança/higiene de alimentos ou curso relacionado à
ciência e um treinamento (mínimo de 30 horas) além do certificado em tecnologia de
embalagem atendendo aos requisitos definidos pela WPO Packaging.
d) FSSC 22000-Qualidade: ser um auditor qualificado na certificação ISO 9001,
acreditada sob a ISO/IEC 17021-1, de acordo com as categorias ISO/TS 22003 e
códigos do Setor de Alimentos da ISO 9001.
uma (1) destas cinco (5) auditorias deve ser uma auditoria FSSC 22000 (auditorias
de fase 2, manutenção ou recertificação).
Onde o trabalho de consultoria é utilizado para demonstrar a experiência de
trabalho, a quantidade de dias de consultoria deve totalizar até seis (6) meses.
b) competência específica demonstrada na subcategoria;
c) cumprir os critérios próprios de competência do OC para a subcategoria.
2) O OC deve ter critérios de competência definidos para cada subcategoria para assegurar
o conhecimento de produtos, processos, práticas e leis e regulamentos aplicáveis da
respectiva subcategoria. Deve demonstrar competência em todas as subcategorias
completas. Onde o OC separe as subcategorias, deve estar claro para quais partes da
subcategoria o auditor está qualificado.
PARTE 5
REQUISITOS PARA
ORGANISMOS DE
ACREDITAÇÃO
1 FInalidade .............................................................................................................................. 55
1.1 Membro do IAF ...................................................................................................................... 55
1.2 Comunicação e responsabilidades ...................................................................................... 55
1 FINALIDADE
Este documento descreve os requisitos em relação aos quais a Fundação irá reconhecer os
Organismos de Acreditação (OA) que prestam serviços de acreditação aos Organismos de
Certificação licenciados.
2 ACREDITAÇÃO DE OCS
2.1 CONTRATO DE LICENÇA
1) O OA deve verificar se o OC assinou um contrato de licença (provisória) com a Fundação
para certificar uma categoria da cadeia alimentar predefinida ISO/TS 22003:2013 (Anexo
4) e/ou para a FSSC 22000-Qualidade.
a) Avaliações inicial e de extensão de escopo exigirão pelo menos uma (1) auditoria
testemunhada de cada categoria (conforme definido na ISO/TS 22003:2013) detalhada
sobre o contrato de licença provisória ou plena do OC;
b) O OA deve realizar auditorias testemunhadas abrangendo todas as categorias incluídas
no escopo do acreditação do OC durante o ciclo de acreditação do OA.
PART 6
REQUIREMENTS FOR
TRAINING
ORGANIZATIONS
FSSC 22000 Versão 5 | Maio 2019 57 de 78
Parte 6 | Requisitos para as Organizações de Treinamento
PARTE 6
REQUISITOS PARA
ORGANIZAÇÕES DE
TREINAMENTO
1 Finalidade............................................................................................................................... 60
5 Treinadores ............................................................................................................................ 66
5.1 Competência do treinador.................................................................................................... 66
5.2 Manutenção da qualificação dos auditores ........................................................................ 67
1 FINALIDADE
Este documento descreve os requisitos para as organizações de treinamento (OT) licenciadas
que desejam fornecer cursos de treinamento aprovados pelo Esquema.
2.1.1 SOLICITAÇÃO
1) A OT deve apresentar uma solicitação à Fundação especificando o tipo de treinamento
FSSC 22000 que desejam se candidatar. O formulário de solicitação está disponível no
website FSSC 22000. As informações exigidas incluem:
a) informações de contato;
b) operação da OT;
c) atividade regional;
d) tipos de cursos FSSC 22000 oferecidos;
e) treinadores FSSC 22000.
2) O formulário de solicitação fornece detalhes sobre quais documentos devem ser
fornecidos para cada etapa do processo (contrato de licença provisória e plena).
2.3.2 FOLLOW-UP
1) Quando uma NC é emitida pela Fundação, a OT deve:
a) registrar e gerenciar a não conformidade em seu sistema interno;
b) responder no prazo definido e agir para:
i. restabelecer a conformidade (ou seja, implementar correções);
ii. investigar para identificar os fatores causais (ou seja, realizar a ação
corretiva);
iii. identificar os riscos para o treinamento eficaz da FSSC 22000;
2.3.3 SANÇÕES
1) A OT que persistentemente não esteja em conformidade com os requisitos do Esquema
ou coloque a integridade do Esquema em risco deve ser investigada pela Fundação de
acordo com o Programa de Integridade e Política de Sanção.
2) A OT deve responder às sanções conforme determinado pela Fundação. O não
cumprimento das sanções irá resultar na rescisão da licença com a OT.
3 TIPOS DE TREINAMENTO
Existem quatro (4) categorias gerais de treinamento para a FSSC 22000. As especificações destes
cursos de treinamento estão detalhadas na seção 4.2 e Anexo 6. Os webinars on-line são
permitidos para os tipos 3.1 e 3.2 com uma duração equivalente.
4 PROCESSOS OPERACIONAIS
4.1 NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM
1) Antes de cada treinamento a OT deve determinar o grupo alvo e respectivos objetivos de
aprendizagem.
2) A OT deve especificar o nível mínimo de formação/experiência dos participantes de seu
curso.
5 TREINADORES
5.1 COMPETÊNCIA DO TREINADOR
5.1.1 EXPERIÊNCIA
1) O treinador deve ter pelo menos 3 anos de experiência de trabalho com Sistemas de
Gestão de Segurança de Alimentos (SGSA) como um auditor, consultor ou funcionário de
GQ/Segurança de Alimentos.
2) A experiência de treinamento deve ser de no mínimo 3 cursos de treinamento,
totalizando 10 dias de treinamento (onde um dia é de oito horas). Um registro deve ser
fornecido que demonstre que o treinamento foi na área de segurança de alimentos (por
exemplo: ISO 22000, outras normas de segurança de alimentos GFSI, HACCP etc.)
3) A experiência de treinamento pode ser conseguida através da participação sob
supervisão em cursos de treinamento.
5.1.2 QUALIFICAÇÕES
1) O treinador deve ter o seguinte conhecimento adequado, demonstrado através de
registros de treinamento e/ou experiência:
a) Treinadores qualificados a fornecer cursos de introdução e implementação:
i. Requisitos do Esquema, documentos normativos pertinentes, documentos
de Orientação da FSSC 22000.
b) Treinadores qualificados a fornecer cursos de auditoria:
i. Requisitos do Esquema, documentos normativos pertinentes, documentos
de Orientação da FSSC 22000.
ii. princípios, práticas e técnicas de auditoria (treinadores de auditores
internos);
iii. Treinamento de Auditor Líder SGSA (treinadores de auditores líderes).
5.1.6 REGISTROS
Registros da experiência de trabalho, qualificações e treinamento devem ser mantidos pela OT
para cada treinador FSSC 22000.
6 SISTEMA DE GESTÃO
1) A OT deve ter um Sistema de Gestão para desenvolver e entregar o treinamento,
incluindo:
a) solicitação de cursos;
b) aceitação de participantes;
c) seleção e qualificação dos treinadores;
d) desenvolvimento de materiais de treinamento;
e) recursos de treinamento;
f) entrega de treinamento;
g) avaliação de participantes;
h) avaliação de cursos;
i) emissão de certificados.
APÊNDICE 1
DEFINIÇÕES
APÊNDICE 1: DEFINIÇÕES
As definições a seguir se aplicam à terminologia utilizada em toda a documentação do Esquema.
ACCREDITAÇÃO
O atestado de terceiros relacionado a um organismo de certificação proporcionando a
demonstração formal de sua competência para realizar as tarefas específicas de avaliação de
conformidade (ISO/IEC 17011:2004).
ADITIVO
Qualquer substância que não é normalmente consumida como um alimento por si só e não é
normalmente usada como um ingrediente típico do alimento, ou não tem um valor nutritivo,
cuja adição intencional aos gêneros alimentícios com uma finalidade tecnológica (inclusive
organoléptica) na fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, transporte
ou mantendo tais resultados alimentares, ou pode ser razoavelmente esperado que resulte,
(direta ou indiretamente) neste ou seus subprodutos, tornando-se um componente ou de outra
forma afetando as características de tais alimentos. O termo não inclui os “contaminantes” ou
substâncias adicionadas aos alimentos para manter ou melhorar as qualidades nutricionais
(Codex Alimentarius).
ALIMENTO
Substância de produto (ingrediente), seja processado, semi-processado ou bruto, que é
destinado ao consumo, e inclui bebida, goma de mascar e qualquer substância que tenha sido
usada na fabricação, preparação ou tratamento de “alimento”, mas não inclui cosméticos ou
tabaco ou substâncias (ingredientes) usados como medicamentos (ISO 22000:2018). O alimento
é destinado ao consumo por humanos e animais, e inclui alimentos para animais e alimentos
animal:
— alimentos para animais (feed) destina-se a ser dada a animais de produção de alimentos;
— alimento animal (animal food) destina-se a ser dado a animais não produtores de alimentos,
tais como pets.
AMEAÇA
Susceptibilidade ou exposição a um ato de defesa de alimentos (tais como sabotagem,
adulteração maliciosa, funcionário descontente, ato terrorista, etc.), que é considerado como
uma lacuna ou deficiência que pode afetar a saúde do consumidor se não resolvida.
APELAÇÃO
Solicitação de reconsideração de uma decisão tomada em uma reclamação apresentada.
AUDITOR
Pessoa que conduz uma auditoria (ISO/IEC 17021-1:2015).
AUDITORIA
Processo sistemático, independente e documentado para obter evidências e avaliá-las
objetivamente para determinar até que medida os requisitos especificados no Esquema são
cumpridos.
AUDITORIA DE FOLLOW-UP
Uma auditoria adicional a uma auditoria regular para a qual uma visita extra é necessária
quando a auditoria não pôde ser concluída no tempo planejado e/ou o plano de auditoria não
pode ser realizado por completo. Como o follow-up é parte de uma auditoria regular, deve ser
concluído dentro de um curto prazo após a auditoria principal.
AUDITORIAS ESPECIAIS
Auditorias em organizações certificadas que são realizadas além das auditorias anuais de
manutenção /recertificação.
AUDITORIA TESTEMUNHADA
Observação periódica on-site do desempenho do auditor por um supervisor competente
chamado testemunha.
CERTIFICAÇÃO
Processo pelo qual os Organismos licenciados de certificação fornecem a garantia que a
segurança dos alimentos e/ou sistema de gestão de qualidade e sua implementação pela
organização auditada cumprem com os requisitos do Esquema.
CERTIFICADO DE ACREDITAÇÃO
Documento formal ou um conjunto de documentos, afirmando que a acreditação foi concedida
para o escopo definido (ISO/IEC 17011:2004).
COMITÊ CONSULTIVO
Um grupo de partes interessadas no âmbito do Esquema que aconselha o Conselho de Partes
Interessadas.
COMITÊ DE SANÇÕES
Comitê que decide sobre as eventuais sanções com base em informações fornecidas pela
Fundação em caso de um desempenho inaceitável do OC.
COMPETÊNCIA
Capacidade para aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar os resultados desejados
(ISO 9000:2015).
DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO
Concessão, continuidade, expansão ou redução do escopo, suspensão, restauração, revogação
ou recusa de certificação por um Organismo de Certificação (GFSI v7.2:2018).
DIAS DE RESTRIÇÃO
Períodos de tempo compartilhados pela organização certificada com o organismo de certificação
para evitar períodos de extrema inconveniência, durante os quais o a organização teria
dificuldade para participar plenamente em uma auditoria não anunciada e/ou não há produção.
ESCOPO
Extensão e limites aplicáveis, por exemplo, da atividade auditoria, certificação,acreditação ou do
sistema (ISO 9000:2015).
ESQUEMA
Conjunto de regras e procedimentos que determina os objetos de avaliação de conformidade,
identifica os requisitos especificados para o objeto da avaliação de conformidade e fornece a
metodologia para realizar a avaliação de conformidade.
ESTUDO HACCP
Análise de risco para uma família de produtos/serviços com riscos similares e tecnologia de
produção similar e, quando pertinente, tecnologia de armazenamento similar (ISO/TS
22003:2013).
EVENTOS GRAVES
Situação ou evento impedindo que ocorra uma auditoria planejada, causada por humanos (por
exemplo, guerra, greve), ou pela natureza (inundação, tempestade) que também inclua situações
em que uma auditoria sem aviso prévio não é possível (por exemplo, por razões de segurança).
FABRICAÇÃO/PROCESSAMENTO
Transformação de matérias primas, por meios físicos, microbiológicos ou químicos, em um
produto final.
FRAUDE ALIMENTAR
Um termo coletivo abrangendo a substituição, adição, adulteração ou falsificação deliberada e
intencional de alimento, ingredientes de alimentos ou embalagem de alimento, rotulagem,
informações sobre o produto ou declarações falsas ou enganosas feitas sobre um produto para
ganho econômico que pode ter impacto sobre a saúde do consumidor (GFSI v7.2:2018).
LOGOTIPO FSSC
Logotipo emitido pela Fundação que pode ser utilizado pelos OCs licenciados, organizações
certificadas e organizações de treinamento licenciadas de acordo com os requisitos do Esquema
FSSC 22000.
MARCA DE ACREDITAÇÃO
Marca emitida por um organismo de acreditação para ser utilizada pelos OCs acreditados para
indicar a conformidade direta de uma entidade em relação a um conjunto de requisitos.
MATÉRIA PRIMA
Commodities, partes ou substâncias que são montadas ou processadas para formar um produto
final.
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Um programa para a avaliação da eficácia dos controles sobre a prevenção da contaminação do
ambiente de fabricação.
ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO
Organismo autoritário que realiza a acreditação (ISO/IEC 17011:2004).
ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO
Organização que presta serviços de auditoria e certificação (ISO/IEC 17021-1:2015).
ORGANIZAÇÃO
Entidade jurídica que tem suas próprias funções, com responsabilidades, autoridades e
relacionamentos para cumprir com os requisitos do Esquema e que pode abranger vários locais.
PORTAL
Principal plataforma digital fornecida pela Fundação de apoio aos principais processos do
Esquema e necessidades de troca de dados.
PROCESSO
Conjunto de atividades interrelacionadas ou em interação que transforma entradas em saídas
(ISO 22000:2018).
PRODUTO
Saída que é o resultado de um processo. Um produto pode ser um serviço (ISO 22000:2018).
PRODUTO PERECÍVEL
Produtos que perdem sua qualidade e valor por um tempo especificado, mesmo quando
tratados corretamente em toda a cadeia alimentar, portanto, que exigem um controle de
temperatura durante o armazenamento e/ou transporte para evitar danos, deterioração e
contaminação.
RECALL DE PRODUTO
A remoção por um fornecedor de um produto da cadeia de abastecimento que foi considerado
como inseguro e foi vendido para o consumidor final e está disponível para venda (GFSI
v7.2:2018).
RECLAMAÇÃO
Expressão de insatisfação feita a uma organização, relacionada com seu produto ou serviço, ou
o processo de tratamento da reclamação em si, onde uma resposta ou resolução é
explicitamente ou implicitamente esperada (ISO 9000:2015).
RECOLHIMENTO DE PRODUTO
A retirada de um produto por um fornecedor da cadeia de abastecimento que tenha sido
considerado inseguro, que não foi colocado no mercado para compra pelo consumidor final
(GFSI v7.2:2018).
RETRABALHO
O processo de re-fabricação ou produtos semifinal ou final, para obter um produto final que
está em conformidade com os requisitos do cliente. Também pode se referir ao material em um
estado processado ou semi-processado que se destina a ser reutilizado em uma etapa
subsequente de fabricação.
REVOGAÇÃO DO CERTIFICADO
Inativação final de um certificado após uma decisão de Certificação.
RISCO
Efeito de incerteza (ISO 22000:2018).
SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO
Sistema de avaliação de conformidade relacionado com os sistemas de gestão para o qual os
mesmos requisitos especificados, regras específicas e procedimentos se aplicam (ISO/IEC 17021-
1:2015).
SUSPENSÃO DO CERTIFICADO
Declaração de status de certificado como temporariamente inválido.
TERCEIRIZAÇÃO
Arranjo onde uma organização externa realiza parte de uma função ou processo da organização
(ISO 22000:2018).
UTENSÍLIOS DE MESA
Produtos de bens de Consumo descartáveis que entram em contato com o alimento e materiais
de embalagem de alimentos.
VULNERABILIDADE
Susceptibilidade ou exposição a todos os tipos de fraude alimentar, que é considerado como
uma lacuna ou deficiência que pode afetar a saúde dos consumidores se não resolvida.
APÊNDICE 2
REFERÊNCIAS
APÊNDICE 2: REFERÊNCIAS
Neste apêndice, todas as referências a todos os documentos não incluídos nos documentos do
Esquema estão listados: