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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA - LABORATÓRIO DE QUÍMICA TECNOLÓGICA

LABORATÓRIO Nº6 – CORROSÃO D

Tipos de proteção contra a corrosão – exemplos:

(I) Inibidores de corrosão;

(II) Proteção catódica por anodo de sacrifício;

(III) Proteção catódica forçada;

(IV) Proteção por recobrimentos metálicos superficiais;

Exemplos de vantagens da proteção contra a corrosão: aumento da vida útil do equipamento,


conservação do valor decorativo da superfície metálica, ausência de contaminação de produtos,
eliminação de paradas não programadas e prevenção de acidentes resultantes de fraturas por
corrosão.

(I) Inibidores de corrosão

É uma substância ou mistura de substâncias que, quando presente em concentrações


adequadas, no meio corrosivo, reduz ou elimina a corrosão.

Exemplos de usos de inibidores de corrosão

Soluções ácidas: Usadas para decapagem de metais, processos e outros.

Soluções aquosas: Águas para fins de abastecimento, águas naturais, de refrigeração, águas de
caldeiraria e águas de processo.

Soluções contendo óleo: Usadas para proteção durante a fabricação, estocagem, transporte e
outros.

Mecanismo geral de atuação dos inibidores de corrosão:

- O inibidor adsorve sobre a superfície metálica por adsorção química.

- O inibidor provoca a formação de uma película de óxido protetor do metal base.

- O inibidor reage com um componente potencialmente corrosivo presente no meio aquoso.

Classificação dos inibidores:

- Quanto à composição – podem ser inibidores orgânicos e inorgânicos;

- Quanto ao comportamento – podem ser inibidores oxidantes, não-oxidantes, anódicos,


catódicos e de adsorção;

Inibidores anódicos: Atuam reprimindo reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a


reação do anodo. Funcionam, geralmente, reagindo com o produto de corrosão inicialmente
formado, ocasionando um filme aderente e extremamente insolúvel, na superfície do metal,
ocorrendo à polarização anódica.

Inibidores catódicos: Atuam reprimindo reações catódicas. São substâncias que fornecem íons
metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis.
Esses compostos insolúveis envolvem a área catódica, impedindo a difusão do oxigênio e a
condução de elétrons, inibindo assim o processo catódico. Essa inibição provoca acentuada
polarização catódica.

Inibidores de adsorção: Funcionam como películas protetoras, algumas substâncias têm a


capacidade de formar películas sobre as áreas anódicas e catódicas interferindo com a reação
eletroquímica.

(II) Proteção catódica por anodos galvânicos ou de sacrifício

O método está fundamentado na aplicação de um fluxo de corrente que se inicia da diferença de


potencial (ddp) que há entre o metal a ser protegido e o metal escolhido como anodo que ocupará
um potencial mais elevado.

Há uma tabela de potenciais que possui uma serie galvânica prática e os anodos mais usados:
liga de zinco, alumínio ou magnésio, cujas exigências técnicas são:

a) Bom rendimento teórico de corrente em relação ao consumo de massa;


b) Estabilidade da corrente ao longo do tempo formando películas passivantes;
c) Rendimento prático não deve ser muito inferior ao rendimento teórico;

Os critérios de escolha do tipo de anodo dependerão das características da superfície a ser


protegida e do tipo de eletrólito em contato com o material metálico. Os usos de anodos
galvânicos são geralmente para eletrólitos de muito baixa resistividade elétrica, ou seja, para
resistividade elétrica ate 3000 Ω.cm, pois apresentam ddp muito pequenas, necessitando de
circuitos com baixa resistência elétrica capazes de liberar a corrente necessária para a proteção
catódica.

Caso a superfície a ser preservada necessitar até 5A (amperes) para ser protegida, recomenda-
se o uso de proteção catódica galvânica tanto pelos aspectos técnicos quanto econômicos da
proteção.

Os anodos que forem utilizados na proteção catódica galvânica em superfícies enterradas devem
ser protegidos com enchimento condutor (mistura de gesso, bentônita e sulfato de sódio),
uniformizando seu consumo e melhorando sua eficiência. Devem-se evitar películas passivantes,
pois possuem a capacidade de absorverem umidade do solo, diminuindo por consequência, a
resistência de aterramento e possibilitando melhor fluxo de corrente do anodo para o solo.

Figura 1: Esquema de proteção catódica em tubulação enterrada e sistemas galvânicos (Fonte:


Oliveira, 2012).
(III) Proteção catódica forçada ou por corrente impressa

O funcionamento do processo apoia-se no mesmo princípio do fluxo de elétrons ou de corrente


requerida para a proteção por sistemas galvânicos. Mas, o fluxo de elétrons vêm da força
eletromotriz (f.e.m.) de uma fonte geradora de corrente elétrica continua retificada, sendo preciso
que a dispersão dessa corrente no eletrólito ocorra por meio de anodos inertes próprios que
variam em função do eletrólito.

É um método cuja vantagem está no fato de o retificador apresentar potência e tensão de saída
variadas segundo a exigência da proteção, que depende de resistividade elétrica do eletrólito.
Sua aplicação é muito comum em proteção de estruturas em contato com eletrólitos de baixa,
média, alta e altíssima resistividade elétrica.

Ao se colocarem os anodos inertes (Figura 2) na superfície enterrada no solo, é preciso envolvê-


los com um enchimento condutor de coque moído cuja resistividade elétrica seja no máximo de
100 ohms.cm, pois ele diminui a resistência de aterramento, facilitando o escoamento da corrente
do anodo para o solo e reduzindo o desgaste do anodo inerte utilizado, que é normalmente de
grafite.

Figura 2: Esquema de proteção catódica forçada com o uso de eletrodos inertes (Fonte: Oliveira,
2012).

Reações envolvidas no processo de proteção catódica:

Na proteção galvânica

Área anódica:

Mg → Mg2+ + 2e-

Zn → Zn2+ + 2e-

Al → Al3+ + 3e-

Área catódica aerada:

H2O + 1/2O2 + 2e- → 2OH-

Área catódica não aerada:

2H2O + 2e- → 2OH-


Não é necessário superproteger uma superfície metálica quando for realizar uma proteção
catódica, em virtude da ocorrência de H2 e OH- na área catódica, porque pode provocar
fragilização do aço ou empolamento do revestimento.

Deve-se observar que os íons (OH-) podem atacar o alumínio, o zinco, o chumbo, o estanho, que
são anfóteros, daí a importância do uso de revestimentos com tintas não saponificáveis, ou tintas
epóxi ou vinílicas.

É possível aplicar a proteção catódica de tubulações enterradas em sistemas galvânicos, quando


em corrente impressa em casos de superfícies que apresentem grande porte com resistividade
elétrica do solo maior que 3000 Ω.cm.

Na proteção catódica em tubulações submersas, os sistemas por corrente impressa são os mais
utilizados, embora seja possível utilizarem-se anodos galvânicos de magnésio em água doce,
zinco e alumínio em água salgada.

Em tanques de armazenamento utilizam-se os dois sistemas de proteção catódica, seguindo as


mesmas orientações para tubulações enterradas. O aterramento elétrico, em vez de ajudar, traz
mais problemas de corrosão pela formação de par galvânico do aço a ser protegido com os cabos
de cobre do aterramento.

No momento em que se realiza proteção catódica em navios, o ideal é que se usem na proteção
catódica interna de tanques de lastro, os sistemas galvânicos de zinco e alumínio. Na parte
externa do navio, podem ser usados os dois sistemas de proteção catódica e tintas não
saponificáveis.

Sempre que o pH é menor que 4,5 ou então o oxigênio que estiver em toda a solução aquosa
estiver com concentração ±0,0001 molar é necessário ter certeza de que está acontecendo
corrosão. Como o oxigênio varia em função da temperatura e do teor de sais dissolvidos, por sua
concentração baixa, a corrosão somente será efetiva quando o pH for maior que 4,5.

(IV) Proteção por revestimento metálico

Os revestimentos metálicos, além da finalidade decorativa, de resistência, de função elétrica e


endurecimento superficial, servem para imprimir resistência ao processo corrosivo.

Ao se utilizarem metais nos revestimentos anticorrosivos, a ação protetora se explica pela


formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos e outros compostos que reagem com os
oxidantes do meio corrosivo, desde que ocorram formações de óxidos aderentes. Os mais
comuns são o alumínio, o cromo, o níquel e o zinco. O chumbo, o estanho, o zinco e o cádmio,
são resistentes aos ácidos em meio não aerado.

É preciso que haja boa aderência e impermeabilidade da película e os revestimentos que


possuem função catódica não devem formar pilhas galvânicas, como no caso do aço-carbono
revestido com Sn – Cu – Pb – Ag e aço inoxidável, caso tenha função anódica. Esse revestimento
protege o metal de base, sendo o anodo da pilha, fato esse comum entre o aço-carbono e o ferro
revestido com zinco e cádmio.

Figura 3: Chapa de aço galvanizado.


Referências:

GENTIL, V. Corrosão. 3ªed. LTC: Rio de Janeiro, 1996.

OLIVEIRA, A. R. Corrosão e tratamento de superfície. Belém: IFPA, 2012. Disponível em:


<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/tec_metal/corr_trat_superf
/161012_corr_trat_superf.pdf>. Acesso em 03 de julho de 2020.

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