Fichas FISICA 11 - Ficha 7 - Mecânica, Ondas e Eletromagnetismo (Ficha Global)

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Fichas formativas _ FQA – FISICA 11ºANO

Ficha 7 – Mecânica, ondas e eletromagnetismo


(ficha global)
Considere g = 10 m s-2

Grupo I

Uma régua de madeira, graduada em centímetros, e com a escala na vertical é deixada cair.
Verifica-se que na queda da régua a resistência do ar é desprezável.
No instante inicial, t = 0 s, a marca correspondente a 0,0 cm coincide com a origem do
referencial O𝑦, sendo positivo o sentido descendente.
A figura à direita mostra uma parte da régua num instante t ’ posterior ao inicial.

1. Selecione a equação que traduz a posição da marca correspondente a 5,0 cm em função


do tempo, expressa em unidades SI.
(A) 𝑦 = 0,050 − 5,0𝑡 2 (B) 𝑦 = −0,050 + 5,0𝑡 2
(C) 𝑦 = 0,022 + 5,0𝑡 2 (D) 𝑦 = −0,022 − 5,0𝑡 2

2. A distância percorrida pela régua desde que foi largada é…


(A) diretamente proporcional ao intervalo de tempo de queda.
(B) diretamente proporcional à raiz quadrada do intervalo de tempo de queda.
(C) diretamente proporcional ao quadrado do intervalo de tempo de queda.
(D) independente do intervalo de tempo de queda.

3. Determine a componente escalar da velocidade da régua, 𝑣𝑦 , no instante t ’ representado na figura.


Apresente todas as etapas de resolução.

Grupo II

Um carrinho, de massa 750 g, é puxado



sobre uma superfície horizontal por uma força constante F1 que faz
um ângulo de 37° com a horizontal, como se representa na figura à
direita, e tem módulo 4,5 N.
As forças de atrito que atuam sobre o carrinho não são desprezáveis,
sendo a sua resultante constante.
Na figura representa-se o eixo horizontal O𝑥 .
Partindo do repouso, a velocidade do carrinho aumenta
5,2 m s-1 nos primeiros 4,0 s do movimento, como se representa no
gráfico, à esquerda, da componente escalar da velocidade do
carrinho segundo Ox, vx, em função do tempo, t.

1. Determine, com base no gráfico velocidade-tempo, a componente escalar do deslocamento do


carrinho, x , nos primeiros 4,0 s.

2. Selecione a opção que melhor representa as posições do carrinho, a intervalos de tempo iguais,
nos primeiros 4,0 s do movimento.
(A)

(B)

(C)

(D)

3. Determine o módulo da resultante das forças de atrito, Fa , que atuaram sobre o carrinho nos
primeiros 4,0 s do movimento. Apresente todas as etapas de resolução.

4. Passados os primeiros 4,0 s, a força F1 deixa de atuar.
Preveja, fundamentando, qual o tipo de movimento do carrinho após o instante t = 4,0 s.

Grupo III

O limiar de audibilidade corresponde à intensidade do som mais fraco que pode ser ouvido. Mas esse
limite depende da frequência. Por exemplo, para a frequência de 512 Hz a amplitude de um som no
limiar de audibilidade é 3,0 × 10−5 Pa.
Um diapasão produz um som puro de 512 Hz que se propaga num tubo, à velocidade de 342 m s−1.
Na extremidade do tubo, com 1 m de comprimento, uma pessoa coloca o ouvido.

1. Obtenha a expressão que traduz a variação de pressão com o tempo (sinal harmónico), num certo
ponto do tubo, para o limiar de audibilidade do som de um diapasão de 512 Hz, e, com base nela,
1
determine o valor da pressão nesse ponto quando, após o instante inicial, passou um tempo de 4
de período do som do diapasão.
Interprete o valor obtido para essa perturbação.

2. Se o sinal sonoro fosse emitido por outro diapasão que emitisse um som mais alto, verificar-se-ia,
relativamente ao som detetado, no mesmo meio de propagação, que…
(A) o comprimento de onda diminuiria. (C) o comprimento de onda aumentaria.
(B) a amplitude da onda diminuiria. (D) a amplitude da onda aumentaria.

Grupo IV

Na figura (que não está à escala), à direita,


representa-se, de duas perspetivas diferentes,
uma bobina de forma quadrada, com 9,0 cm de
lado e 200 espiras, forçada a mover-se com
velocidade, 𝑣⃗, constante, perpendicularmente
à direção de um campo magnético, 𝐵⃗⃗, uniforme,
e que permanece constante no decurso do
tempo.
A região onde existe o campo magnético tem
uma largura, 𝐿, igual a 25,0 cm. O fluxo do campo magnético através de bobina, desde a posição
inicial, I, da bobina imediatamente acima da região considerada, até à sua posição final, F,
imediatamente abaixo dessa região, varia de acordo com o gráfico seguinte.

Considere que fora da região de largura 𝐿 o campo magnético é nulo.

⃗⃗. Apresente todas as etapas de resolução.


1. Determine o módulo do campo magnético 𝐵

2. Apresente o esboço do gráfico que traduz o módulo da força eletromotriz induzida na bobina, |𝜀i |,
em função do tempo, 𝑡, desde o instante 𝑡 = 0 até ao instante 𝑡 = 170 ms.
Comece por determinar os módulos da força eletromotriz nos intervalos de tempo [0, 45] ms, [45,
125] ms e [125, 170] ms.
Apresente todas as etapas de resolução.

3. O módulo da velocidade da bobina, na unidade SI, é…


9,0×10−2
(A) 45×10−3 m s−1.
25,0×10−2
(B) (125−45)×10−3 m s−1 .
45×10−3
(C) 9,0×10−2 m s−1.
(125−45)×10−3
(D) 25,0×10−2
m s−1.

Grupo V

Quando um feixe luminoso incide na superfície de separação de dois


meios transparentes ocorrem vários fenómenos.
A figura, à direita, representa alguns desses fenómenos: um feixe
luminoso A, muito fino, que incide na superfície de separação de
dois meios transparentes, I e II, fazendo um ângulo de 48,0° com a
normal a essa superfície no ponto de incidência, origina os feixes B
e C.
Considere desprezável a absorção de luz.

1. Qual é a amplitude do ângulo 𝛽 que o feixe B faz com a normal à superfície de separação dos meios
I e II no ponto de incidência?

2. O feixe luminoso C, em relação ao feixe A, tem …


(A) a mesma intensidade e a mesma velocidade de propagação.
(B) a mesma intensidade e maior velocidade de propagação.
(C) menor intensidade e a mesma velocidade de propagação.
(D) menor intensidade e maior velocidade de propagação.

3. Na tabela, à direita, apresenta-se a percentagem da velocidade de propagação 𝒗


𝑣 Meio (%)
𝒄
da luz em três meios materiais em relação à velocidade da luz no vácuo, (%).
𝑐
óleo 78,1%
Dois dos meios indicados são os meios I e II.
Indique, justificando, quais são os meios I e II. água 75,0%
Apresente todos os cálculos necessários. acrílico 67,1%
RESOLUÇÃO- FICHA 7 – MECÂNICA, ONDAS E ELETROMAGNETISMO (FICHA GLOBAL)

GRUPO I
1. (B)
[No instante inicial, a origem O coincide com a marca 0,0 cm na régua, segue-se que a componente
escalar da posição da marca 5,0 cm na régua (acima do 0,0 cm) é 𝑦0 = −5,0 cm = −0,050 m. A
régua foi deixada cair, o que significa que a sua velocidade inicial é nula: 𝑣0𝑦 = 0 . Sendo
desprezável a resistência do ar, apenas atua a força gravítica e a aceleração da régua é a aceleração
gravítica, de módulo 10 m s−2 e sentido descendente, que é o sentido positivo, assim, 𝑎𝑦 = 10 m
s−2 .
1 1
Conclui-se que 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2 = −0,050 + 0 + × 10 𝑡 2 = −0,050 + 5 𝑡 2 (SI).
2 2

2. (C)
A componente escalar do deslocamento da barra no intervalo [0, 𝑡] é:
1 1
∆𝑦 = 𝑦 − 𝑦0 = 𝑣0𝑦 𝑡 + 2 𝑎𝑦 𝑡 2 = 0 + 2 × 10 𝑡 2 ⇒ ∆𝑦 = 5,0 𝑡 2 (SI).

Esta expressão mostra que a distância percorrida, 𝑠, é diretamente proporcional ao quadrado do


𝑠 |∆𝑦|
intervalo de tempo de queda, 𝑡 2 : = = 5,0 m s−2 = constante.
𝑡2 𝑡2

3. A componente escalar da posição da marca 0,0 cm, 𝑦(𝑡), é dada por:


1 1
𝑦(𝑡) = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 2 𝑎𝑦 𝑡 2 = 0 + 0 + 2 × 10 𝑡 2 = 5,0 𝑡 2 (SI).

No instante 𝑡 ′ , representado na figura, a componente escalar da posição da marca 0,0 cm é


7,25 cm, assim:

2 7,25×10−2
7,25 × 10−2 = 5,0 𝑡 ′ ⇒ 𝑡 ′ = √ 5,0
s ⇒ 𝑡 ′ = 0,120 s .

A componente escalar da velocidade da régua nesse instante é


𝑣𝑦 (𝑡 ′ ) = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 𝑡 ′ = 0 + 10 × 0,120 = 1,2 m s−1 .

GRUPO II
1. A componente escalar do deslocamento do carrinho, ∆𝑥, segundo o eixo dos 𝑥𝑥, é dada pela área
compreendida entre a linha do gráfico 𝑣𝑥 (𝑡) e o eixo das abcissas no intervalo de tempo
4,0 s×5,2 m s−1
considerado (área de um triângulo): ∆𝑥 = = 10,4 m≈10 m.
2

2. (C)
O sentido do movimento do carrinho é positivo (para a direita), 𝑣𝑥 > 0, e o movimento é acelerado,
portanto, as sucessivas posições do carrinho têm que ficar cada vez mais afastadas.
3. Nos primeiros 4,0 s, a componente escalar da aceleração do carrinho, 𝑎𝑥 , segundo o eixo O𝑥 é
∆𝑣𝑥 (5,2−0) m s−1
𝑎𝑥 = ∆𝑡
= (4,0−0) s
= 1,3 m s−2 .
Projetando as forças na direção do movimento, e aplicando a Segunda Lei de Newton, determina-
se o módulo da resultante das forças de atrito:
𝐹R𝑥 = 𝑚 𝑎𝑥 ⇒ 𝐹1𝑥 − 𝐹a = 𝑚 𝑎𝑥
𝐹a = 𝐹1 cos 37° − 𝑚 𝑎𝑥 ⇒
𝐹a = (4,5 cos 37° − 0,750 × 1,3) N ⇒ 𝐹a = 2,6 N .

OU
1
O trabalho da resultante das forças que atuam no carrinho é 𝑊𝐹⃗R = ∆𝐸c = 2 𝑚𝑣f 2 − 0 =
1
× 0,750 × 5,22 J = 10,1 J.
2

No modelo da partícula material, o trabalho da resultante das forças é igual à soma dos trabalhos
das forças que atuam no carrinho:
𝑊𝐹⃗R = 𝑊𝐹⃗g + 𝑊𝑁⃗⃗ + 𝑊𝐹⃗1 + 𝑊𝐹⃗a =

0 + 0 + |𝐹⃗1 |𝑑 cos 37° + |𝐹⃗a |𝑑 cos 180°


(os trabalhos realizados pelas força gravítica e reação normal são ambos nulos dado estas forças
serem perpendiculares ao deslocamento). Substituindo os valores numéricos na expressão anterior:
(37,4−10,1) J
10,1 J = 4,5 N × 10,4 m× cos 37° + |𝐹⃗a | × 10,4 m × (−1) ⇒ 𝐹a = ⇒ 𝐹a = 2,6 N .
10,4 m

4. Na ausência da força 𝐹⃗1 , a resultante das forças exercidas sobre o carrinho é a resultante das forças
de atrito que tem a mesma direção e sentido oposto à velocidade do carrinho, assim prevê-se que
o seu movimento seja retilíneo e retardado.
Sendo a resultante das forças constante, a aceleração do carrinho é também constante (a
velocidade varia proporcionalmente ao intervalo de tempo), assim prevê-se que o seu movimento
seja uniformemente retardado.

GRUPO III
1. Um sinal harmónico traduz-se por uma função sinusoidal (seno ou cosseno): num certo ponto do
espaço, a variação de pressão com o tempo associada à onda sonora é dada por:
𝑃(𝑡) = 𝑃máx sin(𝜔 𝑡) = 𝑃máx sin(2𝜋𝑓 𝑡) = 3,0 × 10−5 sin(1024𝜋 𝑡) (SI).
𝑇
A variação de pressão para o instante 𝑡 = 4
𝑇 2𝜋 𝑇 𝜋 𝑇
é 𝑃 (4) = 𝑃máx sin ( 𝑇 × 4) = 𝑃máx sin ( 2 ) = 𝑃máx = 3,0 × 10−5 Pa. Sendo 𝑃 (4) máximo,

conclui-se que nesse instante, o ponto do espaço considerado está na máxima compressão.
2. (A)
Um som mais alto (mais agudo) é um som de maior frequência. No mesmo meio de propagação quando
𝑣
a frequência, 𝑓, aumenta, o comprimento de onda, 𝜆, diminui: 𝜆 = 𝑓 .
GRUPO IV
1. No intervalo [45, 125] ms, o fluxo do campo magnético que atravessa a bobina, Φbobina , mantém-
se constante. Isto significa que a bobina está completamente imersa na região de largura 𝐿 e a área
⃗⃗, assim Φbobina =
𝐴 delimitada por cada uma das N espiras atravessadas pelo campo magnético, 𝐵
Φ
N𝐵𝐴 cos 𝛼 ⇒ 𝐵 = N 𝐴bobina
cos 0°
(como o campo magnético é perpendicular ao plano das espiras, fica

paralelo à normal à área delimitada por cada uma das espiras).


Φ 0,162 Wb
Substituindo pelos valores numéricos obtém-se 𝐵 = N 𝐴bobina
cos 0°
= 200×(9,0×10−2 m)2 ×1 = 0,10 T.

2. No intervalo [0, 45] ms, o módulo da força eletromotriz induzida é


|∆Φ| |0,162−0| Wb
|𝜀i | = = (45×10−3 −0) s = 3,6 V , obtendo-se também o mesmo valor para o intervalo
∆𝑡

[125, 170] ms,


|∆Φ| |0−0,162| Wb
|𝜀i | = = (170−125)×10−3 s = 3,6 V.
∆𝑡

No intervalo [0, 45] ms, o fluxo do campo magnético é constante, ∆Φ = 0, e, portanto, não há força
eletromotriz induzida: 𝜀i = 0.
3. (A)
O fluxo do campo magnético que atravessa a bobina aumenta enquanto a bobina está a entrar na
⃗⃗, dado que a área atravessada pelo campo
região de largura 𝐿, onde existe um campo magnético 𝐵
magnético vai aumentando.
O fluxo aumenta no intervalo de tempo necessário para que a bobina sofra um deslocamento igual
ao lado do quadrado definido por cada espira, 9,0 cm, assim o módulo da velocidade da bobina é:
𝑠 9,0 cm 9,0×10−2 m 9,0×10−2
𝑣 = ∆𝑡 = (45−0) ms = 45×10−3 s
= 45×10−3
m s−1 .

Outra forma de obter o módulo da velocidade seria considerar o deslocamento da bobina enquanto
o fluxo é constante, de 45 ms a 125 ms, i.e., enquanto está totalmente dentro da região de largura
𝐿, obtendo-se:
𝑠 (25,0−9,0) cm 16,0×10−2
𝑣 = ∆𝑡 = (125−45) ms
= (125−45)×10−3 m s−1 , o que não corresponde a nenhuma das opções,

apesar de correto.
GRUPO V
1. 𝛽 = 48,0°
O feixe B resulta da reflexão do feixe A, assim o ângulo entre o feixe incidente, A, e a normal à
superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência, ângulo de incidência de 48,0°, é
igual ao ângulo entre o feixe refletido, B, e essa normal, ângulo de reflexão 𝛽.
2. (D)
O feixe incidente A sofre reflexão e refração, portanto, a intensidade do feixe refratado, C, é menor
do que a do feixe incidente, A, uma vez que parte da energia deste é transportada pelo feixe
refletido, B.
Do meio I para o meio II, o feixe de luz afasta-se da normal à superfície de separação dos dois meios,
o que implica que o meio II tenha menor índice de refração do que o meio I (𝛼II = 59,9° > 𝛼I =
48,0° ⇒ 𝑛II < 𝑛I ). Quanto menor o índice de refração, maior a velocidade de propagação 𝑣
𝑐
(𝑛 = ).
𝑣

3. Do meio I para o meio II a luz afasta-se da normal à superfície de separação dos dois meios:
𝛼II = 59,9° > 𝛼I = 48,0° ⇒ 𝑛II < 𝑛I .
Quanto maior o índice de refração menor será a velocidade de propagação, assim o meio I ou é
acrílico ou é água.
Admitindo como hipótese que o meio I é o acrílico:
𝑐 𝑐 𝑣II 𝑣I sin 59,9° 𝑣II
𝑛I sin 𝛼I = 𝑛II sin 𝛼II ⇒ sin 48,0° = sin 59,9° ⇒ = × ⇒ = 0,671 ×
𝑣I 𝑣II 𝑐 𝑐 sin 48,0° 𝑐
sin 59,9° 𝑣II
sin 48,0°
⇒ 𝑐
= 0,781 ,

conclui-se que o meio II é o óleo.


OU
𝑐 𝑐 𝑣II sin 59,9° 𝑣II
𝑛I sin 𝛼I = 𝑛II sin 𝛼II ⇒ sin 48,0° = sin 59,9° ⇒ = ⇒ = 1,16 .
𝑣I 𝑣II 𝑣I sin 48,0° 𝑣I
𝑣óleo 0,781 𝑣óleo 0,781 𝑣água
Testando para os 3 meios verifica-se que = = 1,04 ; = = 1,16 ; =
𝑣água 0,750 𝑣acrílico 0,671 𝑣acrílico

0,750
0,671
= 1,12; conclui-se que o meio II é o óleo e o meio I o acrílico.

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