Paisagismo & Jardinagem - Ed. 173 - Setembro2021
Paisagismo & Jardinagem - Ed. 173 - Setembro2021
Paisagismo & Jardinagem - Ed. 173 - Setembro2021
Sálvia
Conheça os encantos de uma das plantas
mais cultivadas em todo o mundo
Ervas daninhas
Identifique e combata essas verdadeiras pragas! Valorize
o seu jardim
Jardim Botânico de Porto Alegre com o uso de
Um legítimo representante da flora gaúcha
esculturas
03 Editorial BB 02.12.08 10:16 Página 3
EDITORIAL
dim está feio por causa da proliferação de ervas daninhas, veja nas pró-
[1] Tatiana Villa e [2] Divulgação
ÍNDICE
SEÇÕES REPORTAGENS
26 ALEXANDRE FABBRI
14 MEIO AMBIENTE
Como garantir a impermeabilização Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
de recursos paisagísticos Renato Sawaia Sáfadi
sem agredir a natureza
FALE CONOSCO
16 JARDINAGEM Atendimento em geral:
[email protected]
Evite a proliferação de 34 ELIANE FALANGA Dúvidas, críticas e sugestões:
40 CALUX JARDINS e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a repro-
dução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos
publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os
artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da
revista. A editora não se responsabiliza por informações ou
teor dos anúncios publicados.
IMPRESSO NO BRASIL.
82 OPINIÃO
para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Pro-
jetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e
com Luiz Felipe Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
Rudge Leite
MEIO AMBIENTE
VERDES
vado do petróleo. É o mais ecológico deles, pois seu manuseio não exi-
ge queima, evitando a contaminação do solo”, aponta.
Ainda segundo o coordenador de desenvolvimento da Lwart, os mate-
riais produzidos pela empresa são obtidos a partir dos subprodutos do
refino do petróleo, ou seja, as sobras que seriam descartadas no meio
Como eles podem cooperar ambiente são reaproveitadas na fabricação de impermeabilizantes.
com o meio ambiente A Viapol utiliza o mesmo procedimento. Além disso, a empresa tam-
bém desenvolve produtos menos agressivos à natureza. “Todo o proces-
Texto Roberta Benzati Ilustração Ricardo Dantas so de impermeabilização exige uma primeira demão de tinta de impri-
Quer ideias?
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de 200 para você…
JARDINAGEM
camuflada
Existem espécies que podem ser
competitivas e impedir o desenvolvimento
adequado das demais plantas do jardim
Texto Renata Putinatti
E
las surgem despretensiosamente e até parecem inofensivas. Contudo, em pouco tempo se
alastram e são capazes de arruinar um belo jardim. Não se trata de insetos ou doenças,
mas das ervas daninhas.
Teoricamente, qualquer espécie que ocorrer em local ou momento indesejado, interferindo
negativamente no paisagismo ou na jardinagem, pode ser chamada de daninha. O engenheiro
agrônomo e paisagista Mauro Contesini, proprietário da The Gardener Place, de Vinhedo, SP,
exemplifica: “Ao surgirem várias mudas de alface (Lactuca sativa) na área verde, podemos consi-
derá-las invasoras, uma vez que sua presença não é esperada.”
A lista de plantas popularmente conhecidas como mato e que são muito temidas por se alas-
trarem é extensa: tiririca (Cyperus rotundus), caruru-rasteiro (Amaranthus deflexus), caruru-
roxo (Amaranthus hybridus), bredo (Amaranthus sp), carrapicho-rasteiro (Acanthospermum aus-
trale), picão (Bidens pilosa), falsa-serralha (Emilia sonchifolia), almeirão-do-campo (Hypochoeris
brasiliensis), dente-de-leão (Taraxacum officinale), corda-de-viola (Ipomea hederifolia), mostar-
da (Brassica rapa), tiririca-amarela (Cyperus esculentus), junquinho (Cyperus ferax), quebra-pedra
(Phyllanthus tenellus), mamona (Ricinus communis), capim-braquiária (Brachiaria decumbens),
capim-quicuio (Pennisetum clandestinum), guanxuma-branca (Sida glaziovii), trevo-azedo (Oxalis
latifolia), entre outras. Em comum, todas são rústicas, agressivas e competem com as orna-
mentais por água, nutrientes e luminosidade.
De acordo com José Roberto Antoniol Fontes, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa
Amazônia Ocidental, de Manaus, AM, existem diferentes maneiras dessas plantas aparecerem. A
mais comum é estar no local antes mesmo da implantação do jardim. “Há casos de sementes de
daninhas que podem permanecer viáveis no solo por longos períodos e até anos. Também é pos-
sível a contribuição de animais, principalmente pássaros, e do próprio homem, ao introduzi-las
por meio de mudas e propágulos (sementes, estolões, tubérculos, etc).” Outra forma de dissemi-
nação é através da contaminação de substrato ou terra com sementes levadas por vento, chuva e
maquinário ou ferramenta agrícola.
Embora impedir seu aparecimento seja difícil, existem maneiras de evitá-lo, como realizar
Tatiana Villa
a limpeza do local, retirando as invasoras antes do período de plantio definitivo das orna-
mentais; fazer a coibição durante seu desenvolvimento, em especial, quando as sementes come-
çam a germinar; adquirir substratos e mudas somente em empresas certificadas e com controle
de ervas daninhas; manter as ferramentas e os maquinários sempre asseados; e observar vege-
tais com grande capacidade de produzir sementes, por exemplo, aqueles pertencentes à famí-
Tarso Figueira
lia Asteraceae, como margarida (Chrysanthemum leucanthemum) e girassol (Helianthus laeti-
florus), além dos que se disseminam por rizomas e tubérculos (caules subterrâneos), como tra-
poeraba (Commelina erecta).
No entanto, se já foi detectada sua presença na área verde, alguns métodos podem ser apli-
cados para diminuir sua incidência. “A erradicação de ervas daninhas é, na maioria das vezes, one-
rosa e tecnicamente inviável. O melhor é adotar medidas para uma convivência harmoniosa, seguin-
do recomendações de um profissional”, ressalta Fontes. Ele ainda lembra que o controle manual
– seja com as mãos ou ferramentas – antes da fase de produção de sementes é fundamental para
reduzir a infestação.
Contesini afirma que a contenção pode ser feita com herbicidas, desde que tenha orientação
de um especialista qualificado e cuidado para não matar as outras plantas. “Um procedimento
pouco utilizado, mas muito benéfico, é o uso de inimigos naturais que limitam o crescimento das
PRÓS E CONTRAS
Além do dano estético, pois um jardim infestado por ervas daninhas não cumpre seu papel
de embelezamento e harmonização, as daninhas prejudicam as outras plantas devido à competi-
ção exercida na absorção de água e nutrientes minerais existentes no solo e na busca pela lumi-
nosidade. “O resultado desta intervenção é o crescimento e o desenvolvimento das ornamentais
abaixo do desejado”, resume o pesquisador da Embrapa.
Segundo o engenheiro agrônomo e paisagista de Vinhedo, por serem mais rústicas, agüen-
tam interferências climáticas, como estresse hídrico e altas temperaturas, crescendo de forma
mais agressiva que os outros exemplares da área verde. “Também competem pelo adubo incor-
porado à terra, roubando nutrientes que deveriam alimentar as ornamentais; disputam espaço
Por apreciarem as mesmas condições ambientais da vegetação em geral, torna-se difícil con-
trolar o aparecimento das invasoras nos jardins. Somado a isso, elas são mais resistentes e se
adaptam facilmente a situações extremas, como mencionado anteriormente. Mas, é bom ficar
de olho nas épocas de chuva, pois o contato com a água dá início à germinação das sementes.
Outro momento crítico é durante a adubação, quando o solo é revolvido, criando uma cir-
cunstância favorável para o surgimento de novas mudas. Por isso, sempre vale a pena cuidar e
observar a área verde.
José Roberto A. Fontes
APOSTA CERTA
Ainda que a área verde ganhe um toque especial com a presença des-
sas peças, é importante ter prudência ao usá-las e considerar as dimensões
do ambiente. “Não abuse da sua utilização, a menos que o espaço seja real-
mente extenso e seja possível criar vários pontos focais ao longo do per-
curso. Também vale ter cuidado quanto à proporção: um elemento muito
pequeno em um local amplo tende a desaparecer e, em contrapartida, uma
escultura grande em um lugar menor ‘pesa’ no visual”, explica Pedrinha.
Daniela acrescenta que os jardins com mais de 100 m2 podem receber
objetos maiores, desde que em consonância com a quantidade de vegeta-
ção. Já em espaços de estar, ela recomenda que tenham porte reduzido.
Os recantos onde a peça pode ser colocada são bastante variados: em
meio ao gramado, próximo à piscina, fazendo combinação com vasos,
no jardim de inverno, ao redor de canteiros, entre outros. “Quando o
paisagismo é tropical, gosto de dispô-la sobre uma estaca de modo que
fique pouco acima do nível da vegetação. Isso faz parecer que ela está
levitando”, diz Daniela. Ela ainda aconselha uma brincadeira com a volu-
metria usando as plantas e o objeto. “Mas não use escultura baixa com
espécies altas, porque ela perde o significado.”
Para assegurar que ganhe realce na área verde, Pedrinha ensina que
o melhor efeito no entorno é utilizar um fundo vegetal de cor neutra e
CENÁRIO
de textura relativamente uniforme e, na base, elementos rasteiros como
seixos, grama e forrações. “Reserve um local de destaque logo na entra-
da do jardim ou crie um ambiente de estar íntimo para apreciá-la enquan-
to descansa”, sugere.
Projeto paisagístico Irene Cisneros Fotos Evelyn Müller AS ESCULTURAS PODEM SER FEITAS DE
MUITOS MATERIAIS, DESDE QUE SEJAM
PREPARADOS PARA SUPORTAR A AÇÃO
DO TEMPO. NÃO EXISTE UMA REGRA A
RESPEITO DA MELHOR FIGURA PARA
Projeto paisagístico Roberto Riscala Foto Evelyn Müller
PLANTA DO MÊS
VIBRANTE
As qualidades de espécies
de Salvia comumente
cultivadas em todo o mundo
Texto Roberta Benzati Fotos Tatiana Villa
R
usticidade, colorido vibrante e excelente desempenho no jardim.
Por reunir todas essas qualidades, a sálvia, particularmente a espé-
cie Salvia splendens, é uma das plantas mais cultivadas no Brasil
e também no mundo. Originária da América do Sul, é nativa de países como
Paraguai, Argentina, México e Brasil. Contudo, a Salvia farinaceae, tam-
bém conhecida como sálvia-azul, aparece comumente nas áreas verdes, ten-
do procedência do estado do Texas, nos Estados Unidos.
“Por ser nativa, a S. splendens se adapta muito bem às nossas condi-
ções, sendo necessárias somente as atenções básicas para atingir resultados
satisfatórios, o que garantirá cor e beleza aos jardins”, afirma Roberto
Berganton, engenheiro agrônomo e diretor da Ball Horticultural do Brasil
(empresa que produz e comercializa sementes, plugs, mudas, mudas in vitro
e substrato para produtores profissionais), de Holambra, SP.
Atingindo entre 30 e 80 cm, ela possui folhas ovaladas e denteadas
e flores reunidas em espigas terminais que se formam praticamente o ano
inteiro. No mercado é possível encontrar cultivares nas colorações ver-
melha, branca, rósea e roxa e com porte baixo, como a Salvia Vista Red,
que tem ótima performance.
É uma planta que apresenta resultados bastante interessantes quan-
do usada na composição de bordaduras e de grandes maciços. Deve ser
cultivada em canteiros a pleno sol, preparados com matéria orgânica e
com boa drenagem, além de precisarem de rega periódica. Geralmente,
é tratada como anual ou bienal, de acordo com o tempo do seu ciclo de
vida. Após o florescimento, a poda pode revigorá-la e torná-la perene.
Para sua multiplicação, recomenda-se a semeadura que pode ser fei-
ta em qualquer época do ano.
SÁLVIA-AZUL
A sálvia-azul ou sálvia-farinhenta (Salvia farinaceae), como o próprio
nome indica, apresenta coloração azul-arroxeada intensa, além de pos-
suir forte apelo visual. Mas também ocorre a variedade “alba”, com flo-
res brancas. As folhas são alongadas, verde-escuras e formam touceiras.
“Essa espécie é bienal e gera bons resultados em jardins implantados em
regiões subtropicais”, afirma Emerson Steinberg, engenheiro agrônomo
e paisagista, da Naturarte – Ambientes Naturais, de Campinas, SP.
SÁLVIA-AZUL
NOME CIENTÍFICO: Salvia farinaceae
NOMES POPULARES: sálvia-azul, sálvia-farinhenta
e sálvia
ORIGEM: Texas, nos Estados Unidos
PORTE: de 60 a 90 cm de altura
FOLHAS: opostas e de margens serrilhadas
FLORES: apresentam cálice com superfície
farinhenta, tomentosa e branco-arroxeada.
Elas se encontram aglomeradas formando espigas
CULTIVO: ideal para compor bordaduras
e maciços em jardins
SOLO: rico em matéria orgânica
e mantido úmido
CLIMA: de ameno a frio
LUMINOSIDADE: pleno sol
IRRIGAÇÃO: freqüente
DIFICULDADE DE CULTIVO: nenhuma
MULTIPLICAÇÃO: por sementes e estacas
no final do Inverno
CURIOSIDADE: ocorre a variedade “alba”,
que apresenta flores brancas
SÁLVIA
NOME CIENTÍFICO: Salvia splendens
NOMES POPULARES: sangue-de-adão,
alegria-do-jardim e sálvia
ORIGEM: Brasil
PORTE: de 30 a 80 cm de altura
FOLHAS: ovaladas e denteadas
FLORES: vermelhas, formadas quase o ano todo
e reunidas em espigas terminais. Ocorrem tam-
bém variedades brancas, róseas e roxas
CULTIVO: ideal para compor bordaduras
e grandes maciços
SOLO: rico em matéria orgânica e bem drenado
CLIMA: ameno ou quente
LUMINOSIDADE: pleno sol
IRRIGAÇÃO: periódica
DIFICULDADE DE CULTIVO: nenhuma
MULTIPLICAÇÃO: por sementes
CURIOSIDADE: é tolerante a baixas temperaturas
Exemplo de preservação
Paisagismo & Jardinagem*27
28-33 P1 Alexandre Fabri 28.11.08 13:04 Página 28
L
ocalizada em um condomínio do Guarujá, cidade do litoral pau-
lista, esta residência congrega harmoniosamente arquitetura sido construída, mas o terreno apresentava um grande problema de dre-
contemporânea e imponente a um jardim tipicamente tropical, nagem e, devido ao excesso de chuva do litoral, a área externa sofria com
composto, inclusive, por exemplares remanescentes de um trecho de alagamentos. “Antes de começar a introduzir o projeto paisagístico, tra-
Mata Atlântica. balhei a drenagem do solo para que a água pudesse ser escoada”, desta-
De acordo com o engenheiro agrônomo e paisagista Alexandre Fabbri, ca, ao completar que ainda realizou a preparação da terra seguindo as
de São Paulo, SP, responsável pelo projeto paisagístico, um dos desafios necessidades da região praiana.
foi preservar a vegetação nativa existente no local e ainda inserir espé- Ele também lembra que diante do contexto do lugar e visando o ade-
cies ornamentais com o objetivo de criar uma área verde bonita e em per- quado crescimento das plantas foi adotado o estilo tropical no paisagis-
feita consonância. “Há muitos espaços sombreados, pois as plantas da mo. “O resultado é um jardim belo, funcional, integrado à mata nativa
Mata Atlântica são frondosas e de grande porte. Então, procurei inserir e que existe há dez anos, sempre com bom desenvolvimento e receben-
a esse microclima espécies que se desenvolvessem bem”, explica. do as atualizações apropriadas”, revela.
palmeira-triângulo
pândano
mapuá agave
íris grama-esmeralda
“O resultado é um jardim belo, funcional, integrado à mata nativa e que existe há dez an
SEM INTERFERÊNCIAS
Fabbri comenta que os clientes fizeram poucas solicitações, entretan-
to, a estética era muito importante: “Eles queriam que o paisagismo fosse
tão imponente quanto a arquitetura, com vegetação de grande porte e já
adulta.”Além disso, segundo ele, são pessoas que apreciam bastante o con-
tato com a natureza e, por isso, gostam de diversidade e volume.
Privacidade em relação ao lado externo da residência foi outro pedi-
do feito ao engenheiro agrônomo e paisagista, que providenciou veda-
ções com cercas-vivas em todos os lados do terreno usando algumas varie-
dades de helicônias (Heliconia spp) e alpínias (Alpinia purpurata), que
são excelentes para compor essas estruturas e se desenvolvem muito bem
no litoral. “Consegui a proteção que eles pretendiam, mas elaborando
pontos de visualização sem esconder a casa.”
Na fachada, sobre o tapete de grama-esmeralda (Zoysia japonica),
que cobre todo o lado externo, foram usadas as elegantes palmeiras-triân-
gulo (Dypsis decaryi), de folhas azul-prateadas, para conferir altura e impo-
nência, quebrando a angulação e a geometria da arquitetura. Logo abai-
xo das palmáceas está o volumoso maciço de íris (Iris germanica), que
floresce ao longo do ano, e, pontuando o acesso de pedras portuguesas
brancas, há conjuntos de estrelítzia (Strelitzia reginae).
À direita, para camuflar o aparelho de ar-condicionado, foi consti-
tuído um contorno de bromélias (Bromeliaceae) de diferentes espécies
e tonalidades dispostas em troncos de eucalipto tratados. “Suas flores
são responsáveis por ‘quebrar’ o verde”, esclarece o profissional.
Na entrada, há uma rotatória onde estão árvores remanescentes da
Mata Atlântica e guaimbês (Philodendron bipinnatifidum), que ajudam
a manter a privacidade, além de exemplares de pândanos (Pandanus uti-
lis), que são extremamente esculturais em função de suas salientes rami-
ficações e proporcionam movimento ao espaço.
Fechando uma das laterais, foi composto um canteiro essencial para
diminuir a intensidade do verde-escuro, com folhagens ornamentais de
tonalidades mais claras, como as do mapuá (Cyclanthus bipartitus).
ÁREA DE LAZER
Ao lado da residência, onde antes havia uma quadra de areia, foi
construído um anexo para os filhos do casal desfrutarem com os amigos.
O local conta com quartos, sala de ginástica, spa e home teather. Como
essa estrutura foi edificada depois que o jardim estava pronto, para Fabbri,
foi um desafio integrá-la à casa por meio do paisagismo sem que pare-
cesse mais recente.
O profissional utilizou espécies tropicais para dar continuidade à lin-
guagem do jardim. As palmeiras-pticospermas (Ptychosperma sp) e a exten-
sa cerca-viva de tumbérgia-azul-arbustiva (Thunbergia erecta) são separa-
das apenas pelo caminho de cruzetas de madeira entremeadas por pedra
mosaico. “A união foi feita de forma natural e harmoniosa”, acredita.
A área de lazer também apresenta vegetação volumosa e ornamental
para destacar os elementos propostos pela arquiteta responsável pelo
projeto do imóvel, como a piscina e o bangalô.
Para vedar a visão dos vizinhos, o entorno da piscina foi fechado
com exemplares de diferentes alturas, por exemplo, as elevadas pal-
meiras-areca (Areca guppyana) e as medianas helicônias e palmeiras-
fênix (Phoenix roebelenii), além das piteiras-azuis (Agave americana)
que possuem baixo porte e estão dispostas tanto no canteiro como em
vasos. “Essas peças dão um aspecto balinês ao ambiente”, afirma o
engenheiro agrônomo e paisagista.
Outro destaque da área verde são os vasos rústicos de cerâmica – ver-
dadeiras antiguidades – nos quais estão plantadas estrelítzias-brancas
(Strelitzia augusta). Na mesma região, as touceiras de cicas (Cycas revo-
luta) proporcionam mais simetria ao paisagismo e dão seqüência ao esti-
lo tropical. O colorido fica por conta da congéia (Congea tomentosa), tre-
padeira disposta sobre uma cobertura de vidro que desabrocha intensa-
mente suas flores róseas.
Já o bangalô, que fica em uma “ilha” cercada pela piscina, um gran-
de maciço de bambu (Phyllostachys sp) oferece uma agradável sombra.
Por ali também passa um caminho de cruzetas de madeira entremeadas
por grama-esmeralda, que dá acesso a um trecho do jardim onde estão
espécies como pleomele (Pleomele reflexa variegata), árvore-do-
viajante (Ravenala madagascariensis), bromélia, moréia (Dietes bicolor),
estrelítzia e miniclúsia (Clusia sp).
Para Fabbri, o diferencial do projeto foi a preocupação com a pre-
servação e o cuidado na escolha das plantas. “Essa área verde partiu do
zero, mas com o máximo de conservação da Mata Atlântica existente no
terreno”, acrescenta.
Não é à toa que a residência se tornou referência no condomínio e é
muito admirada pelos freqüentadores do local.
HARMÔNICO
Ao projetar o jardim, a paisagista conciliou
diferentes estilos com maestria Texto Roberta Benzati Fotos Evelyn Müller
U
m jardim diferenciado e com formação imediata. Essa era a
principal solicitação do proprietário da residência quando con-
tratou os serviços do falecido paisagista José Alfeu Falanga,
cujo trabalho tem continuação por meio de sua esposa Eliane Falanga,
decoradora e paisagista, de São Paulo, SP.
“O grande desafio era que a área verde ganhasse forma logo após sua
implantação, pois o cliente queria um projeto com resultados rápidos.
Para solucionar essa questão, Falanga optou por espécies já adultas para
compor o paisagismo”, esclarece Eliane.
Ainda segundo ela, como o solicitante deixou o paisagista à vontade
para executar suas idéias, dando a ele total liberdade de criação, o tra-
balho do profissional foi facilitado, assim possibilitando que se aventu-
rasse durante a concepção do espaço.
Para elaborá-lo, Falanga apostou na mescla do estilo italiano com toques
do tropical, mas garantindo uma perfeita harmonia e ainda enquadrando-
os com ousadia à arquitetura da casa de praia.
Sua intenção também foi desenvolver uma área verde voltada para o
lazer e que não exigisse manutenção constante. Isso influenciou na esco-
lha das espécies. “Como em todos os projetos do Falanga, foram usadas
jabuticabeiras (Myrciaria cauliflora). Uma marca registrada dele”, afirma
a decoradora e paisagista.
COMPOSIÇÕES VEGETAIS
“Era impressionante a facilidade e a criatividade que Falanga tinha
para dar vida a seus projetos. Bastava olhar a arquitetura e o terreno ao
redor para que ele tivesse a exata idéia de como seria o paisagismo. Foi
exatamente isso que aconteceu com esse jardim”, revela Eliane.
Como a residência era antiga e havia passado por uma reforma, o jar-
dim foi totalmente feito. Não havia elementos ou vegetações no local para
serem reaproveitados. As principais espécies utilizadas foram palmeira-
imperial (Roystonea oleracea), guariroba (Syagrus oleracea), palmeira-rabo-
de-peixe (Caryota urens), helicônia (Heliconia rostrata), alpínia (Alpinia
purpurata), primavera (Bougainvillea glabra), azaléia (Rhododendron sim-
sii) e buxinho (Buxus sempervirens) topiado.
Especificamente, na entrada da casa, Falanga fez uso de moréias (Dietes
bicolor), conjuntos de guarirobas e de palmeiras-de-touceira (Caryota
mitis). Em uma das laterais da fachada, apostou no trabalho com gardê-
nias (Gardenia jasminoides), moréias, patas-de-elefante (Beaucarnea recur-
vata) e buxinhos em formato de bolas, além de recursos como pedras e
seixos. Na porta principal, vasos com mais buxinhos e duas palmeiras-
imperiais enaltecem a arquitetura.
“As espécies foram selecionadas de acordo com o clima litorâneo.
Além disso, também foram escolhidas aquelas que não precisassem de
cuidados constantes”, acrescenta.
RECANTOS VERDES
Como era de interesse do proprietário ter um ambiente para medi-
tar e desfrutar momentos de relaxamento, foi construído um espaço zen
próximo à piscina. Ali existe um quiosque de madeira com cobertura de
piaçava e, ao redor, uma vegetação tropical constituída majoritariamen-
te por alpínia, filodendro (Philodendron sp) e bananeira (Musa sp), além
de pedriscos e seixos que compõem os canteiros. Dois tocheiros orna-
mentam a entrada do local. “A decoração conta com artigos de Bali
(Indonésia). Foram utilizados elementos como fogo, através dos tochei-
ros, e água, por meio da fonte, para atrair boas energias.”
Também há um refeitório na área verde. Trata-se de um belo e acon-
chegante ambiente, onde fica a churrasqueira. Para ornamentá-lo,
Falanga se baseou no estilo europeu, compondo-o com buxinhos topia-
dos, cipestres-italiano (Cupressus sempervirens) e murtas (Murraya exo-
tica). Ainda foram dispostos podocarpos (Podocarpus macrophyllus) e
uma treliça com jasmim-dos-açores (Jasminum azoricum) para acres-
centar um suave perfume.
Ao redor da piscina, o jardim conta com bela-emília (Plumbago auri-
culata), helicônia e maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) nos tons
vermelho e branco, além de primaveras. “Palmeiras adicionam altura a
esse espaço, que também contém viburnos (Viburnum sp) e caminhos
estruturados com pedra São Tomé.”
Em um dos vários cantinhos da área verde é possível avistar um pai-
nel vertical formado por exemplares de bromélias (Bromeliaceae) e rip-
sális (Rhipsalis baccifera). “Esse jardim é feito de recantos e, ao mesmo
tempo, é integrado, pois de qualquer ângulo da casa se tem uma vista
voltada para ele”, conta a profissional.
RESULTADOS
Segundo Eliane, o projeto paisagístico encantou o proprietário e con-
tinua a maravilhar aqueles que conhecem o lugar. “Esse era o jardim pre-
dileto de Falanga. Tudo o que foi cultivado ali cresce abundantemente.
As frutíferas estão sempre carregadas e os exemplares florescem bela-
mente. É um cenário deslumbrante.”
Ainda de acordo com ela, a ousadia de mesclar dois estilos, implan-
tando-os nos lugares certos e de forma harmônica sem agredir o paisa-
gismo, é a prova da capacidade e competência do paisagista, dando um
toque completamente diferenciado ao projeto.
“A preocupação de Falanga era integrar a natureza à arquitetura e
proporcionar ângulos maravilhosos ao jardim. Além disso, apresentava
uma grande preocupação em oferecer um espetáculo de aromas e sabo-
res por meio das espécies vegetais utilizadas.”
N AT U R A L I S TA
Respeitando a paisagem existente, foi criado
um jardim de belezas rústicas e naturais
Calux Jardins
Texto Roberta Benzati Fotos Gui Morelli
PROJETO PAISAGÍSTICO
P
rojetar um ambiente rústico, florido, de fácil manutenção e essen-
cialmente agradável para compor o jardim da casa de campo. O lutamente nenhuma vegetação. Por isso, tivemos que partir do zero”,
engenheiro civil e paisagista Celso Bergamasco e a paisagista Jeane revelam Jeane e Bergamasco.
Calderan, da empresa Calux Jardins, de São Paulo, SP, tinham por obje- Para compor a área verde, eles apostaram em espécies que se adaptas-
tivo criar uma área verde com tais características, cuja principal finali- sem à região e seguissem a mesma linguagem do paisagismo, como pal-
dade era proporcionar momentos de lazer durante os finais de semana meiras latânias (Latania sp) e cariotas (Aiphanes aculeata), exemplares arbó-
que a família passar no local. reos, por exemplo, ipês (Tabebuia sp), cerejeiras (Eugenia involucrata) e
“Ao elaborarmos o paisagismo, foi fundamental atender as necessi- flamboyants (Delonix regia), arbustos como gardênias (Gardenia jasminoi-
dades e expectativas de nossos clientes, no entanto, sempre levando em des), azaléias (Rhododendron simsii), rosa-meninas (Rosa sp) e espirradei-
conta os aspectos do terreno e do clima. Também analisamos o entorno ras (Nerium sp), espécies herbáceas como papiros (Cyperus giganteus), íris
onde o jardim seria implantado para poder contextualizá-lo”, afirmam (Iris germanica), moréias (Dietes sp), lírios (Hemerocalis x hybrida) e aga-
os profissionais. pantos (Agapanthus africanus), frutíferas como jabuticaba (Myciaria cauli-
Ainda de acordo com eles, as exigências dos solicitantes do projeto flora), acerola (Malpighia glabra), romã (Punica granatum), carambola
eram, em primeiro lugar, que se tomasse o melhor partido da topografia (Averrhoa carambola), banana (Musa sp) e nativas, dentre elas, pau-brasil
original e também que a área contemplasse piscina, churrasqueira, qua- (Caesalpinia echinata), cabreúva (Myroxylon sp), pau-ferro (Caesalpinia fer-
dra de tênis e alguns recantos. rea), mogno (Swietenia macrophylla), além de outras.
VISTA PANORÂMICA
De acordo com os profissionais da Calux Jardins, esse projeto
seguiu um estilo naturalista. “Não nos prendemos à escola ou moda.
Nos guiamos pela sensibilidade no momento de ocupar os espaços,
atendendo às necessidades do local e atentando para as possibilida-
des que ele oferecia.”
Os paisagistas procuraram tirar o melhor proveito do terreno no
momento de elaborar o paisagismo, de maneira que de qualquer pon-
to da varanda da casa ou mesmo de outros locais da propriedade é pos-
sível ter uma visão total do jardim.
“Criamos ainda um rio de cascalho onde a água desliza suavemente.
Nossa intenção era que, ao passear pela área verde, os usuários estives-
sem na companhia constante desse recurso”, revelam.
O posicionamento da piscina no mesmo patamar do riacho foi justa-
mente para propiciar uma visão contínua da linha d’água em relação ao
lago que faz divisa com o terreno da propriedade.
Graciosidade
A composição de cores delicadas e folhagens
exuberantes resultou em um jardim admirável Texto Roberta Benzati
Fotos Divulgação/Rogério Assis
E
sse jardim elaborado pelo arquiteto paisagista Roberto Riscala, de São Paulo, SP, traz con-
sigo uma história de dedicação e amizade. O projeto foi um dos primeiros desenvolvidos
por Riscala, que atua no ramo há 21 anos. Apesar da pouca experiência que possuía na épo-
ca, o resultado agradou tanto a proprietária que a relação estabelecida entre cliente e profissional
foi mantida e o arquiteto paisagista freqüentemente é chamado para incrementar a área verde.
“Ele é uma reforma do projeto original. Alguns elementos já existiam porque foram planta-
dos pela proprietária, como uma jabuticabeira (Myrciaria cauliflora) centenária. Por isso, meu pri-
meiro objetivo foi manter o que já estava presente, sem destruir nada”, conta.
Riscala diz ainda que o paisagismo não segue um estilo definido. Trata-se de uma mistura dos
gostos dos clientes e das idéias dele. “A intenção foi desenvolver um amplo espaço com tons de
verde sobre verde e criar um fundo infinito, como se o jardim não tivesse fim.”
De acordo com o arquiteto paisagista, o objetivo também era fazer um resgate do passado,
quando o bairro de Pinheiros, onde a residência está localizada, ficava mais isolado e era per-
meado por vegetação.
Por isso, ele apostou em espécies volumosas e exuberantes e fez um mix de vegetações tropi-
cais e mediterrâneas, como palmeira-de-lucuba (Dypsis madagascariensis) com camélia (Camellia
japonica), palmeira-fênix (Phoenix roebelenii) com azaléia rósea (Rhododendron simsii), areca-
bambu (Dypsis lutescens) com gardênia-européia (Gardenia jasminoides), buxinho (Buxus sem-
pervirens) e clorofito (Chlorophytum comosum).
“Implantei ainda espécies como agapanto (Agapanthus africanus) de flores azuis, minirrosa
(Rosa sp) na tonalidade rósea, bela-emília (Plumbago auriculata) azul, congéia (Congea tomento-
sa) rósea e evólvulo (Evolvulus glomertus) azul. Utilizei esse jogo de cores porque a proprietária
gosta muito de elementos nesses tons. Além disso, apostei em plantas mais exuberantes e instalei
um extenso gramado para que os netos da cliente possam desfrutar do espaço livremente. Ao mes-
mo tempo, a anfitriã oferece diversas festas, portanto, o projeto paisagístico tinha que impressio-
nar àqueles que freqüentam a casa”, complementa Riscala.
Para ele, o grande diferencial do local fica por conta do jogo de cores entre o azul e o róseo e
as texturas diferentes que o compõem.
ATRATIVOS tas ficam expostas à poluição, uma vez que a residência está próxima a
O jardim apresenta ainda outros atrativos, como limoeiros (Citrus uma das principais marginais de São Paulo e também porque o solo,
sp) e laranjeiras (Citrus sp) dispersos ao longo da propriedade. Um con- quando cavado, alaga”, explica.
vidativo recanto também foi pensado pelo arquiteto paisagista para agra-
dar às crianças. Nele foi instalado um delicado balanço, coberto por jas- COMPLEMENTAR
mim (Jasminum nitidum) branco e com forração de pedriscos brancos Para o arquiteto paisagista, a área verde deve ser a moldura da arqui-
também,que ainda recebe a sombra de uma frondosa jabuticabeira. Além tetura, portanto esse jardim deveria enquadrar a casa de estilo colonial,
disso, bancos e mesas formam agradáveis ambientes de convivência. complementando-a. “O paisagismo se integra à residência e deve ser
Outro objetivo do profissional era utilizar elementos e vegetação que duradouro, não um mero cenário. Meu trabalho não pode ser maior que
não exigissem manutenção constante, acrescentando praticidade ao pro- a arquitetura”, frisa.
jeto paisagístico, por isso, optou por espécies perenes. Os anos de dedicação a esse projeto resultaram, além do vínculo cria-
“Criei uma área verde que une exuberância, beleza e, ao mesmo tem- do entre o profissional e a proprietária, em um dos espaços prediletos
po, resistência, pois não são necessários muitos cuidados para mantê-la. da cliente e também de Riscala. “Ela ama o jardim e o melhor do meu
Algumas características do lugar também impediam o uso de exempla- trabalho é criar esse elo e ver que a beleza da área verde permanece mes-
res delicados, já que o terreno se encontra em uma região onde as plan- mo com o passar do tempo”, finaliza.
ADELICADEZA E BELE-
ZA DAS FLORES DA
CALANCHOÊ E DE
OUTRAS ESPÉCIES
FLORÍFERAS GARAN-
TEM AINDA MAIS COR
AO JARDIM
Trajetória
de conquistas
A história do engenheiro
agrônomo e paisagista que
lutou para atingir suas metas
D
escontraído, carismático, obstinado e desenvolto. À primeira
vista, essas são as características que se destacam no engenhei-
ro agrônomo e paisagista Alexandre Galhego, de Campinas, SP.
Sua desenvoltura e obstinação, aliás, foram essenciais no início de sua
carreira. Isso porque, quando decidiu abrir seu escritório de paisagismo,
ainda não possuía um nome consolidado no mercado e, para conquistar
clientes, andava pela cidade anotando os números de telefones dos enge-
nheiros responsáveis por obras em construção para os quais ligava ofe-
recendo seu trabalho.
“Apesar de ter nascido em Campinas, morei em Botucatu, SP, cida-
de da qual saí apenas para fazer o terceiro ano do ensino médio e depois
para cursar agronomia na Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’
(Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, SP. Por
isso, quando decidi me mudar para Campinas e dar início à minha car-
reira, não conhecia ninguém. Recordo-me que acordava todos os dias
bem cedo e, após procurar por obras na cidade, ligava para os contatos
que havia pesquisado. Até que um dia, um dos engenheiros resolveu con-
tratar meus serviços”, relata o profissional.
Outro acontecimento ajudou a dar um empurrão na carreira de
Galhego. Uma vendedora de pedras ornamentais se simpatizou com o
engenheiro agrônomo e paisagista e achou que ele tinha potencial. Então,
ela o indicou para seu sobrinho, um profissional reconhecido pela socie-
dade campineira. “Era uma casa grande e ele arriscou. Eu era um mole-
que de vinte e poucos anos, sem histórico, que havia terminado recen-
temente o mestrado em Botânica pela Unesp (Universidade Estadual
Paulista) de Botucatu. Mas o resultado agradou e, a partir disso, aos pou-
cos, outros trabalhos foram surgindo.”
Patrícia Cardoso
Hamilton Penna
PRIMEIROS PASSOS diu sua empresa. Em 2003, surgiu o convite para participar da Campinas
O fascínio do engenheiro agrônomo e paisagista pela profissão teve Decor (evento que reúne expositores da área de arquitetura, decora-
início na adolescência, quando acompanhava o dia-a-dia do pai e seu ção e paisagismo), outro fator decisivo em sua trajetória. “Essa mos-
sócio na empresa de paisagismo que ambos possuíam em Botucatu. tra me expôs à mídia. Nessa época, eu não tinha projetos publicados
“Sempre gostei de ir a obras com eles e achava divertido participar em revistas e qualquer notinha em jornal a meu respeito se tornava
das compras na Ceasa (Central de Abastecimento) em São Paulo, SP, motivo para comemoração. A partir da participação na feira deixei de
durante a madrugada. Tanto que entrei na faculdade de agronomia já correr atrás dos trabalhos e eles começaram a chegar até mim. Foi um
com a intenção de trabalhar com projetos paisagísticos”, afirma. episódio marcante da minha carreira, quando comecei a consolidar
Apesar de saber que o paisagismo era a carreira que gostaria de meu nome no mercado.”
seguir, algumas dúvidas surgiram no período da faculdade e Galhego O engenheiro agrônomo e paisagista diz que nessa fase ainda uti-
decidiu entrar no programa de estágio de uma grande empresa fabri- lizava o nome da empresa de seu pai, a Paisagem Paisagismo. “Eu não
cante de herbicidas e fungicidas. “Morava em uma república com oito tinha a minha própria grife até que, uma certa vez, folheando uma
pessoas e sete faziam estágio em corporações e pensei: ‘Será que o revista, vi uma entrevista sobre o livro Marca, de um famoso publici-
caminho certo é trabalhar com isso?’. Meu estágio na multinacional tário, que fala sobre a evolução de uma série de logotipos comerciais.
durou seis meses e, embora o salário fosse muito bom, tive certeza de Aquilo me fez perceber como era importante implantar meu nome
que, definitivamente, aquela não era minha área.” como uma marca e aproveitei a mostra para isso”, detalha.
Depois de graduado, ele voltou para Botucatu a fim de fazer o mes- Depois do evento, os veículos de comunicação do segmento de
trado e trabalhar com seu pai para vivenciar a rotina de um paisagista. paisagismo passaram a procurar Galhego para entrevistas e publica-
“Fiquei dois anos na empresa como auxiliar, participando de compras, ções de projetos e seu trabalho ganhou reconhecimento.
orientação de funcionários, distribuição de tarefas, entre outras fun-
ções, o que foi uma experiência essencial. Entretanto, mesmo não ten- PREFERÊNCIAS
do concluído o mestrado, já estava no momento de ir para outro local, Galhego cultiva uma série de hobbies. Ele conta que gosta de pra-
pois ali o mercado estava saturado. Foi então que decidi começar do ticar exercícios como corrida e jogar tênis, também aprecia sair com
zero em Campinas”, conta Galhego. os amigos, ir ao cinema, viajar e cozinhar.
Após muita determinação e o projeto feito para a residência do “Sempre morei em apartamento, o que me frustrava já que não era
renomado profissional de Campinas, conquistou mais clientes e expan- possível manter uma área verde. Porém, agora estou de mudança para
JARDIM BOTÂNICO
A DIVERSIDADE DA
FLORA GAÚCHA
54*Paisagismo & Jardinagem
54-59 Jd Botanico 25.11.08 11:55 Página 55
A
pesar de ter completado seu cinqüentenário no último mês de
setembro, a idéia de organizar um Jardim Botânico em Porto
Alegre é bastante antiga. A primeira pessoa a pensar no assun-
to foi o rei D. João VI (que governou o Brasil entre 1792 e 1826), um
grande admirador de plantas e que graças a sua dedicação foi criado o
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ.
Com o objetivo de estimular a implantação desse parque na capi-
tal gaúcha, D. João VI enviou alguns exemplares vegetais para o Rio
Grande do Sul, mas as mudas não passaram do município de Rio
Grande (cerca de 315 km de Porto Alegre) onde algumas foram plan-
tadas. Aliás, ainda existe na cidade um eucalipto (Eucalyptus sp) his-
tórico, que data desta época.
Ao longo do tempo, duas iniciativas pareciam tirar do papel a idéia
de um espaço para preservação da natureza, mas não seguiram adiante.
Na primeira, um agrônomo fez uma doação de terra, que não foi com-
preendida e caiu no esquecimento. E a segunda, já na década de 1930,
foi encabeçada pelo professor e agrônomo Gastão de Almeida Santos,
que iniciou um jardim botânico em um bairro rural, no entanto, o pro-
jeto se tornou inviável devido à pressão da expansão urbana.
Somente em 1953 foi aprovada uma lei que alienava algumas chá-
caras situadas na capital gaúcha, numa área total de 81 hectares, da
qual deveria ser reservada uma porção não inferior a 50 hectares para
a organização de um parque de recreio ou do Jardim Botânico. Para
dar cumprimento a lei, o então governador criou uma comissão com
o objetivo de estudar a melhor maneira de aproveitar o local e implan-
tar o Jardim Botânico.
Em nossa
última visita
aos jardins
botânicos
brasileiros,
apresentamos
o parque de
Porto Alegre Texto Renata Putinatti
Fotos Eduardo Liotti
PELO Mundo
CASAMENTO PERFEITO
O moderno edifício japonês conseguiu reunir duas necessidades:
um empreendimento comercial e uma ampla área verde
Texto Renata Putinatti Fotos Divulgação/Hiromi Watanabe
A
cidade de Fukuoka, capital da província de mesmo nome, loca-
lizada na ilha Kyushu, no Japão, abriga uma poderosa solução de altura, e culminam em um magnífico mirante. Esse espetáculo arqui-
para um problema comum em metrópoles: conciliar desenvol- tetônico utilizou 35 mil exemplares vegetais de 76 espécies.
vimento e sustentabilidade. Os vários espelhos d’água dos terraços-jardins estão sincronizados
Construído no último espaço verde remanescente no centro da cida- por jatos de água, resultando em um efeito de cascata, e ainda, como
de, o Fukuoka Prefectural International Hall, também conhecido como estão diretamente acima do átrio central de vidro do interior do prédio,
ACROS Fukuoka, chama atenção pela máxima preservação da vegeta- conferem luz difusa ao ambiente por meio de clarabóias existentes entre
ção, graças ao arrojado projeto assinado pelo escritório Emilio Ambasz essas estruturas. Os espelhos d’água têm o importante papel de atenuar
& Associates, de Nova York, nos Estados Unidos, que propõe o concei- o barulho proveniente das ruas ao redor.
to de green over the gray (em português, verde sobre o cinza). O principal benefício da obra, além da conservação do meio ambien-
Inaugurado em 1993, foi concebido para ser um empreendimento te, é manter a temperatura interna agradável e constante, economizan-
polivalente em termos comerciais. Por isso, contém sala para exibições, do energia elétrica. E ainda capturar a água excedente da chuva para
museu, teatro com capacidade para 2 mil pessoas, salas para conferên- auxiliar na sobrevivência de insetos e pássaros.
cias, escritórios de empresas privadas e de órgãos governamentais, bem Muitas pessoas visitam a área dos terraços-jardins para praticar ati-
como lojas e estacionamento subterrâneo. vidades relaxantes, como meditação, leitura ou apenas para um momen-
Enquanto o lado sul da edificação parece um prédio de escritórios to de descanso ao ar livre durante o dia. Outro atrativo é a vista do topo
convencional com paredes de vidro e entrada formal, o outro (norte) do prédio, que oferece um incomparável cenário da baía de Fukuoka e
revela uma enorme cobertura de plantas que emerge de um parque, for- das montanhas que cercam a cidade.
FUKUOKA PREFECTURAL
I N T E R N AT I O N A L
HALL - FUKUOKA, JAPÃO
ENDEREÇO
1-1-1 Tenjin, Chuo-ku – Fukuoka – Kyushu
HORÁRIO
das 8 às 22 horas
TELEFONE
81 92 725 9111
OUTRAS INFORMAÇÕES
www.acros.or.jp ou www.emilioambaszandassociates.com
Ideias
para todos
os cantos
GUIA DE PLANTAS
Fotos Tatiana Villa
do jardim CAPIM-DO-TEXAS
Resistente ao frio e à
estiagem, o capim-do-
texas (Pennisetum seta-
ceum) é nativo da África
e suas folhas são linea-
res, recurvadas e orna-
mentais. Possui inflores-
cências (conjuntos de flo-
res) longas, cônicas e
com numerosas flores
róseo-esbranquiçadas ou
roxas, formadas no Verão.
É cultivado em pleno sol
em jardineiras, maciços
ou renques, compondo
touceiras densas, que
precisam ser podadas fre-
qüentemente para reno-
var a folhagem.
PARA ADQUIRIR
NOSSAS EDIÇÕES ACESSE
WWW.CASADOIS.COM.BR
72-74 Guia 28.11.08 09:50 Página 73
FLOCOS
É usado em bordaduras ou constituindo maci-
ços isolados em canteiros a pleno sol, enri-
quecidos com matéria orgânica e com boa
drenagem. O flocos (Phlox drummondii) con-
tém muitas flores nas cores vermelha, rósea,
branca, azul ou roxa, que aparecem princi-
palmente na Primavera-Verão. Ocorrem duas
variedades: a rotundata, com pétalas gran-
des, largas e franjadas ou não, e a stellaris,
de pétalas estreitas e franjadas ou não.
Aprecia clima frio.
LISIANTO
Podendo atingir até 60 cm de altura, suas flo-
res são duráveis, grandes, em forma de sino,
simples ou dobradas e de diversas cores ou mis-
tas, como brancas, róseas, roxas e vermelhas.
O lisianto (Eustoma grandiflorum) é originário
dos Estados Unidos e muito cultivado como flor
de corte, exigindo condições amenas de tem-
peratura para um bom desenvolvimento.
72-75 Guia 26.11.08 16:49 Página 72
GUIA DE PLANTAS
Fotos Tatiana Villa
FLOCOS
É usado em bordaduras ou constituindo maci-
ços isolados em canteiros a pleno sol, enri-
quecidos com matéria orgânica e com boa
drenagem. O flocos (Phlox drummondii) con-
tém muitas flores nas cores vermelha, rósea,
branca, azul ou roxa, que aparecem princi-
palmente na Primavera-Verão. Ocorrem duas
variedades: a rotundata, com pétalas gran-
des, largas e franjadas ou não, e a stellaris,
de pétalas estreitas e franjadas ou não.
Aprecia clima frio.
Renove
sua área
CAPIM-DO-TEXAS verde com
Resistente ao frio e à
estiagem, o capim-do- conhecimento
e técnica
texas (Pennisetum seta-
ceum) é nativo da África
e suas folhas são linea-
res, recurvadas e orna-
mentais. Possui inflores-
cências (conjuntos de flo-
res) longas, cônicas e
com numerosas flores
róseo-esbranquiçadas ou
roxas, formadas no Verão.
É cultivado em pleno sol
em jardineiras, maciços
ou renques, compondo
touceiras densas, que
precisam ser podadas fre-
qüentemente para reno-
var a folhagem.
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72-75 Guia 26.11.08 16:49 Página 74
LISIANTO
Podendo atingir até 60 cm de altura, suas flo-
res são duráveis, grandes, em forma de sino,
simples ou dobradas e de diversas cores ou mis-
tas, como brancas, róseas, roxas e vermelhas.
O lisianto (Eustoma grandiflorum) é originário
dos Estados Unidos e muito cultivado como flor
de corte, exigindo condições amenas de tem-
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80-81 Contatos 28.11.08 17:21 Página 80
Contatos
EMPRESAS Flora – O Produtor Viapol Impermeabilizantes Jeane Calderan Roberto Berganton
Sorocaba/SP Caçapava/SP Paisagista da Calux Jardins Engenheiro agrônomo e diretor
Agroflora Ipê (15) 3222-6103 (12) 3221-3000 São Paulo/SP da Ball Horticultural
São Paulo/SP www.floraoprodutor.com.br www.viapol.com.br (11) 5543-9599 Holambra/SP
(11) 5181-9613 (19) 3802-9700
www.agrofloraipe.com.br Forth Jardim Vila Garden José Fernando Vargas
Tietê/SP São Paulo/SP Coordenador de educação Roberto Riscala
Art Barro (11) 5049-1339 ambiental do Jardim Botânico Arquiteto paisagista
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São Paulo/SP www.vilagarden.com.br de Porto Alegre
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(19) 3802-9700 0800-7274343
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Campinas/SP Arquiteto paisagista e proprietá- Jacareí/SP
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São José do Rio Preto/SP (11) 3227-6261 Anderson Mendes de Oliveira São José do Rio Preto/SP Eduardo Delphino
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Pompéia/SP (28) 3525-1354 0800-7274343 Engenheira química da Viapol Evandro Ziemann
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Calux Jardins da Calux Jardins [email protected]
São Paulo/SP Ribeirão Preto/SP
São Paulo/SP Mauro Contesini
(11) 5543-9599 (16) 2101-7000 (11) 5543-9599 Fernando M. Yamasaki
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(11) 9652-3533 (11) 5505-3088
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Embrapa Amazônia Ocidental São Paulo/SP Decoradora e paisagista (11) 3021-9185
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Algi Visual (17) 3442-2799
Jacareí/SP Denis Zambelo Móveis Kamasan
Publicitário Jardins da Cidade Campinas/SP
(12) 3961-7772 Vasos de Atibaia
São Paulo/SP São Paulo/SP (19) 3252-6990
(11) 8663-0060 (11) 5034-9525 www.kamasan.com.br Atibaia/SP
Alto Pedras Ornamentais (11) 4415-1327
Barueri/SP
Deolux Iluminação Kolorines NGK
(11) 4192-2915 Vasos Vogue
Rio de Janeiro/RJ São Paulo/SP Mogi das Cruzes/SP
(21) 2497-1902 (11) 3215-6714 (11) 4793-8267 Itatiba/SP
AMS Plantas (11) 4524-0509
www.deolux.com.br www.kolorines.com.br
São Paulo/SP www.vasosvogue.com.br
Open Air Stands
(11) 9510-0929
Dracena Plantas Ornamentais KTZ Metais Atibaia/SP
Juquiá/SP São Paulo/SP (11) 4412-8998/9518-0768 Velas e Decorações Yara
Angola Angolá (13) 3844-1346/9726-2309 São Paulo/SP
Guararema/SP (11) 5535-5727
www.dracenaplantas.com.br www.ktz.com.br Pedras Belas Artes (11) 3848-9590
(11) 4695-2456 São Paulo/SP
Eco Leo La Belle Bergere (11) 3814-8066 Visual Paisagismo
Armazém Paludetto São Paulo/SP São Paulo/SP
São Paulo/SP São Paulo/SP
(11) 3812-3422 Personal Móveis (11) 3836-9456/9902-6775
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Arte Viva Comércio e Serviços São Paulo/SP e Comércio Quartzobras Campo Grande/MS
São Paulo/SP (11) 2268-0647/2076-1218 Itaquaquecetuba/SP Osasco/SP (67) 3354-2971
(11) 5673-4155 www.emporioluz.com.br (11) 4646-6400 (11) 3601-6320 www.woodbrasil.com.br
“Uma área
Paisagística, de São José
da com antecedência, é bem provável que não existirão circuitos elétricos dis- do Rio Preto, SP, que também
poníveis para todos os efeitos desejados, podendo ocorrer até uma sobrecar- atende na capital paulista
verde bem
ga do sistema.
É preciso entender que paisagismo é tudo aquilo que diz respeito ao ambien-
te externo. Portanto, ele representa um custo que, sendo estudado com ante-
executada
cedência e em conjunto com os demais profissionais envolvidos, pode ser defi-
nido e controlado.
Infelizmente ele é discriminado porque não há o conhecimento de sua
representa
importância e o quanto representa. Não se pode vê-lo como uma despesa
cara, mesmo quando considerados apenas os custos de implantação. Na ver-
apenas de
dade, não se deve ponderá-lo como um gasto, mas como um investimento.
Uma residência sem um projeto paisagístico adequado não tem bom valor
de mercado. Portanto, ele é de suma importância na valorização do imóvel.
3 a 4% da
Veja só quantos são os lançamentos de condomínios residenciais e comerciais
onde, além de destacar o nome do arquiteto responsável, também é ressalta-
do o paisagista.
despesa
Sendo assim, porque não planejar sua própria casa? Um jardim não cus-
ta caro. O que custa caro é a falta de programação e de valor agregado do
total da
serviço. No final de uma obra, quando já se investiu tudo aquilo que era ima-
ginado e mais um pouco, é claro que qualquer conta a mais será onerosa.
Uma área verde bem executada (sem exageros e extravagâncias) repre-
obra”
senta apenas de 3 a 4% da despesa total da obra. Este pequeno percentual sig-
nifica uma valorização do imóvel em torno de 25 a 30%. Ou seja, um investi-
mento tão pequeno constitui um ganho expressivo.
Quanto ele custa? É caro? Eu digo que não. O que falta é saber quanto vale
cada planta, a diária do jardineiro e uma boa terra adubada. Essas quantias são
desconhecidas pela maioria dos clientes e certamente serão surpresa para qual-
quer um que não fizer sua correta e completa programação.
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