Material para Revisão - Direito Civil
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LINDB
Vigência
A existência somada à validade da lei não confere a ela a vigência. Aquelas resultam da
promulgação e publicação da norma, enquanto esta fica condicionada a um prazo para que lei
possa gerar efeitos (cogência).
Esse período de hibernação da norma é chamado vacacio legis, e, de acordo com a LINDB, se o
texto da lei não trouxer previsão acerca do prazo, este será de 45 dias.
Princípio da vigência sincrônica: a lei entrará em vigor, de uma vez só, em todo o território
nacional.
Modificações da lei:
Derrogação: parcial
Expressa: quando a norma expressamente revoga a outra (é a regra de acordo com a Lei
complementar 95/98)
Exemplo mais utilizado: Norma sucessória, sendo aplicável aquela vigente à época do óbito,
não do curso do inventário.
OBS: Apenas é possível se a decisão possui eficácia retroativa, não cabendo se for o caso de
modulação dos efeitos.
Essa regra não é absoluta, havendo situações específicas e isoladas em que o erro de direito é
tolerado. Ex: erro de direito que gera anulação do negócio jurídico.
INTEGRAÇÃO NORMATIVA
Teoria natalista: adotada pelo art. 1º do CC, tendo em vista que se considera a
personalidade jurídica a partir do nascimento com vida;
Teoria concecpcionista: protege os direitos do nascituro.
Pode-se afirmar, então, que o indivíduo que nasce com vida parte de uma expectativa de vida,
para um ser dotado de direito subjetivo (formado pelo indivíduo, pelo bem, e pela relação
jurídica).
Portanto, o natirmorto, em que pese não fazer jus à personalidade jurídica, será titular de
direitos da personalidade.
CAPACIDADE
O legislador quis proteger as pessoas que não têm o necessário discernimento para a prática
dos atos da vida civil. Para isso, foi criada a figura do “incapaz”.
Para que um incapaz possa praticar atos da vida civil, será importante a presença de
um representante para o absolutamente incapaz ou de um assistente para o
relativamente incapaz. O representante manifestará vontade própria na persecução
do interesse do absolutamente incapaz. Já o assistente manifestará a sua, coadjuvando
com a vontade do relativamente incapaz (vontade do assistente + vontade do
relativamente incapaz) na persecução de um único interesse. No caso dos menores, os
titulares do poder familiar (pais) irão assumir a condição de representante e
assistente. Na hipótese de ausência (ou morte, por exemplo) dos pais, os tutores
designados pelos juízes irão exercer o poder familiar. Já na hipótese de insanidade, o
curador, nomeado no bojo de um procedimento de interdição, assumirá o papel ou de
representante (se o incapaz não tiver discernimento) ou de assistente (no caso de
incapaz com discernimento reduzido), a depender do grau de insanidade.
2) Pela invalidade dos atos praticados pelo incapaz, sem a presença do representante ou
assistente.
a) Fator etário (critério objetivo): são absolutamente incapazes os menores de 16 anos (art.
3º, caput, do CC), e, ainda, são relativamente incapazes os maiores de 16 e menores de 18
anos (art. 4º, I, do CC). São plenamente capazes os maiores de 18 anos (art. 5º, caput, do CC).
Vale recordar que, quando da concretização de direitos existenciais relativos ao menor,
sempre que possível a vontade deste deve ser levada em consideração, desde que demonstre
discernimento para tanto. Exemplos: adoção, guarda, cessão de direitos da imagem – o menor
deve ter sua vontade respeitada nesses casos, se tiver discernimento. Há alguns atos que
podem ser praticados pelo relativamente incapaz sem a necessidade de manifestação de
vontade do assistente. São atos personalíssimos, que podem ser praticados validamente, quais
sejam: ser testemunha (art. 228, I, do CC), ser mandatário (art. 666 do CC), fazer testamento
(art. 1.860 do CC).
b) Fator sanidade (critério subjetivo): esse fator se fazia fortemente presente nos arts. 3º, II e
III, e 4º, II a IV, do CC até ocorrer uma substancial mudança nesse regime com o advento do
Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Lei n. 13.146/2016. A nova norma alterou o sistema de
incapacidades do Código Civil, partindo da premissa de que uma pessoa deficiente não deve
ser considerada a princípio como um incapaz. Pela lógica do Estatuto, a deficiência física,
mental, intelectual ou sensorial não deve ser tida como causa de incapacidade, preservando-se
dessa maneira a autonomia do indivíduo portador de tais deficiências. Assim, foram eliminadas
do Código as hipóteses nas quais o deficiente mental era tido como incapaz.
EMANCIPAÇÃO:
A emancipação foi disciplinada pelo Código Civil em seu art. 5º, parágrafo único, e
comportaria três espécies: (a) voluntária; (b) judicial; e (c) legal.
■ A vontade ser manifestada pelos pais, titulares do poder familiar. A manifestação será
realizada pelos dois em conjunto ou apenas de um deles na ausência do outro.
Importante recordar que não há previsão legal expressa para que haja o consentimento do
menor quando de sua emancipação voluntária. Porém, vários doutrinadores recomendam que
se colha o consentimento do menor a fim de preservar os interesses deste.
Há que se recordar que a emancipação voluntária é um ato não negocial, ou seja, os efeitos
são impostos pela lei (efeitos ex legis), não podendo ser estabelecidos pelas partes. A prática
do ato deflagra os efeitos previamente previstos pela lei.
A emancipação voluntária é irrevogável por ato de vontade dos pais, contudo esse ato de
emancipação, por ser um ato de vontade, poderá ser invalidado se estiver presente, por
exemplo, algum vício do consentimento. Por exemplo, menor que coage moralmente seus pais
a emancipá-lo.
Por fim, há que ter em conta que os pais respondem pelos atos do incapaz (art. 932, I, do CC).
A emancipação voluntária não exonerará os pais da responsabilidade civil pelos atos ilícitos
praticados pelos incapazes. Ou seja, a emancipação é ineficaz em relação à vítima do ato ilícito
praticado pelo menor. Isso evita a simulação e a fraude contra credores, sendo esse o
posicionamento da doutrina majoritária e do Superior Tribunal de Justiça, o STJ.
■ Presença de menores que estão sob o pálio da tutela. Os menores que são colocados sob
regime de tutela são aqueles cujos pais estão mortos, ausentes ou destituídos do poder
familiar (art. 1.728 do CC).
■ Oitiva do tutor.
redação do art. 1.520 do CC, fica proibida qualquer forma de casamento aos
menores de 16 anos, ainda que se esteja diante de uma situação de gravidez.
O casamento emancipa por ser um dos negócios jurídicos mais formais, impondo
maturidade para casar, há também maturidade para a prática dos demais atos da
vida civil.
público efetivo, conforme previsto no art. 5º, parágrafo único, III, do CC.
Registre-se que o Código Civil não foi técnico a ponto de excluir tal hipótese em
aplicar a regra, de acordo com o que demandar o caso concreto. Ou seja, o juiz dirá no
2 – Será nomeado curador (preferência: cônjuge, desde que não separado judicialmente ou de
fato há mais de dois anos, ascendentes, descendentes – mais próximos-, curador dativo –
nomeado pelo juiz);
4 – Nomeado o curador, deverá ser publicado edital na internet, no sítio do tribunal vinculado
e edital do CNJ, por um ano;
5 – Se não houver sítio, anunciar-se-á, de dois em dois meses, no órgão oficial e na imprensa
da comarca.
6 – Essa curadoria durará 1 (UM) ANO, se nos trâmites acima elencados, ou 3 (TRÊS) ANOS, no
caso do ausente, antes do desaparecimento, deixar curador, e este aceitar o encargo.
2 – OBS: Acaso nenhum dos interessados acima faça o requerimento, o MP poderá fazê-lo;
3 – A decisão que converte a curadoria em sucessão provisória terá efeito 180 DIAS APÓS
PUBLICADA NA IMPRENSA OFICIAL;
4 – O pedido da sucessão precária dos bens dependerá de caução, exceto se o requerente for
herdeiro necessário (ascendente, descendente, cônjuge);
5 – NÃO PODEM OS BENS SEREM DISPOSTOS, exceto com autorização do juiz, ou para
desapropriação;
2 – Há transmissão dos bens em caráter definitivo, com restituição das cauções e frutos, bem
como admite os atos de disposição;
SE O AUSENTE VOLTAR:
NA 3ª FASE: terá direito aos bens no estado em que se encontram, e se forem vendidos, terá
direito no que se sub-rogou (substituiu);
COMORIÊNCIA:
Declaração de morte simultânea, em que não é possível precisar QUEM MORREU ANTES,
NUMA MESMA OCASIÃO. Aqui significa “ao mesmo tempo” e não no mesmo evento.
Morada: temporária;
Residência: habitual;
Domicílio: habitual com animo definitivo.