Manual CE B2

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FICHAS DE TRABALHO

Cidadania e
Empregabilidade

Organização: Acir Meirelles


Fichas de trabalho – Cursos ABC – Cidadania e Empregabilidade – Nível B2
Revisão: Hugo Cordoeiro, Natércia Bettencourt, Sónia Ariana

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Fichas de trabalho – Cursos ABC – Cidadania e Empregabilidade – Nível B2
Índice
Ficha n.º 1 – Mudar de vida..................................................................................................................................3

Ficha n.º 2 – Higiene pessoal................................................................................................................................6

Ficha n.º 3 – Ideias e opiniões...............................................................................................................................7

Ficha n.º 4 – Gestão de conflitos...........................................................................................................................8

Ficha n.º 5 – Reclamação e/ou sugestão................................................................................................................9

Ficha n.º 6 – A Cidadania....................................................................................................................................10

Ficha n.º 7 – Órgãos de soberania portugueses....................................................................................................13

Ficha n.º 8 – O voto.............................................................................................................................................15

Ficha n.º 9 – Regiões Autónomas........................................................................................................................17

Ficha n.º 10 - Concelhos......................................................................................................................................19

Ficha n.º 11 - Freguesias.....................................................................................................................................20

Ficha n.º 12 – O mundo que nos rodeia...............................................................................................................21

Ficha n.º 13 – Organização/Gestão do tempo......................................................................................................22

Ficha n.º 14 – Empregabilidade...........................................................................................................................24

Ficha n.º 15 – Contrato de trabalho.....................................................................................................................26

Ficha n.º 16 - Retribuição....................................................................................................................................27

Ficha n.º 17 – Cessação do contrato de trabalho..................................................................................................29

Ficha n.º 18 – Faltas ao trabalho..........................................................................................................................31

Ficha n.º 19 – Trabalhador independente............................................................................................................32

Ficha n.º 20 - Sindicato.......................................................................................................................................33

Ficha n.º 21 – Avaliação pessoal e profissional...................................................................................................34

Ficha n.º 22 – Planear a procura de emprego.......................................................................................................35

Ficha n.º 23 – Curriculum vitae...........................................................................................................................36

Ficha n.º 24 – Entrevista de emprego..................................................................................................................39

Ficha n.º 25 – Segurança no trabalho..................................................................................................................40

Ficha n.º 26 - Medicamentos...............................................................................................................................42

Ficha n.º 27 – Vida saudável...............................................................................................................................44

Ficha n.º 28 – Reduzir, reutilizar, reciclar...........................................................................................................45

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Ficha n.º 1 – Mudar de vida

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Identificação de algumas características individuais;
Refletir sobre a mudança como uma realidade da vida.

Nas sessões de Cidadania e Empregabilidade vamos discutir, entre outras coisas, sobre o que é viver numa
sociedade democrática, quais são os nossos direitos e deveres, o que podemos fazer para melhorarmo-nos e ao mundo
que nos rodeia. Mas para percorrermos este caminho temos que reconhecer o nosso ponto de partida, ou seja, quem
nós somos.

Leia a seguinte letra da música Mudar de Vida, de António Variações:

Muda de vida, se tu não vives satisfeito


Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar! Olha que a vida não
Muda de vida, não deves viver contrafeito Não é nem deve ser
Muda de vida, se a vida em ti é de outro jeito Como um castigo que
Tu terás que viver
Ver-te sorrir, eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi Muda de vida, se tu não vives satisfeito
Será de ti ou pensas que tens que ser assim Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Ver-te sorrir eu nunca te vi Muda de vida, se a vida em ti é de outro jeito
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens que ser assim

Sobre o que é esta música?

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Com certeza que já fez mudanças na sua vida e que há outras que gostaria de fazer. Então, pense sobre isso e
preencha os quadros das páginas a seguir.
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Quem sou eu

Virtudes Defeitos
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Capacidades Caraterísticas que chamem a atenção
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Dou valor a: Fico incomodado/a com:
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Que aspetos tenho em atenção quando me relaciono com os outros
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As decisões da minha vida

Decisão arrojada Má decisão


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Os trunfos da minha vida


Refira algo que:

Seja capaz de ensinar a outra pessoa Se orgulhe de conseguir fazer


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Que tenha conquistado
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Ficha n.º 2 – Higiene pessoal

Unidade de competência: Assumir responsabilidade pessoal e social na preservação do ambiente


Objetivos: Identificar hábitos básicos de higiene pessoal.

A higiene pessoal é o conjunto de meios para manter as condições favoráveis à saúde. Nenhuma empresa
contrata ou mantêm um trabalhador que não cuida da sua higiene pessoal.

Banho: A pele tem milhões de glândulas que produzem suor e outras que produzem uma substância parecida
com o sebo. A falta de banho provoca a acumulação progressiva dessas substâncias, que se somam à sujidade exterior
(poeiras, terra, areia, etc.). A consequência de um banho tomado sem cuidado é o aparecimento de infeções na pele,
além do odor desagradável, o risco de aparecimento de piolhos e sarna, seborreia, e infeções urinárias. O banho é
importantíssimo e é indispensável à saúde do corpo. Depois do banho, certifique-se que estejam bem limpos e secos os
espaços entre os dedos, virilhas e outras dobras.

Limpeza das mãos: As mãos têm de estar sempre limpas. Devemos sempre lavar as mãos:
- Antes de comer ou mexer em alimentos;
- Sempre que se apresentarem sujas;
- Sempre que tossir, espirrar ou mexer no nariz;
- Sempre que utilizar as instalações sanitárias;
- Depois de manipular e/ou transportar lixo;
- Depois de utilizar produtos químicos (limpeza e desinfeção).

Unhas: Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são medidas importantes para prevenir certas doenças.
Quando a pessoa coloca a mão na boca, a sujidade armazenada debaixo das unhas pode dar origem a verminoses e
outras doenças intestinais. Além disso, devemos valorizar os aspetos estéticos relacionados à beleza das unhas.
Cabelos: Devem estar sempre lavados (duas vezes por semana no mínimo) e penteados. Devem ser cortados
regularmente. Nos cabelos acumulam-se poeiras e gorduras que precisam ser eliminadas.

Higiene dentária: Depois de cada refeição há resíduos alimentares que ficam nos dentes caso estes não sejam
escovados com regularidade. Vão-se acumulando e atraindo micróbios, que se transformam em ácido. Esse ácido
“ataca” o esmalte dos dentes, provocando as cáries. No intervalo entre os dentes limpe com fio dental.
É essencial escovar os dentes após cada refeição e visitar regularmente o dentista para prevenir as cáries.

Vestuário: A roupa e o calçado devem estar sempre limpos e serem adequados ao tempo que faz.

Exercício:

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1 - Elabore, em grupo, um panfleto sobre hábitos de higiene pessoal, destinado a crianças do 1.º ciclo.

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Ficha n.º 3 – Ideias e opiniões

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Exprimir ideias e opiniões para os outros participantes num grupo;
Aceitar as opiniões e os pontos de vista diferentes.

A perceção do mundo vai-se construindo através da comunicação interpessoal e desenvolvimento em função do


contexto sociocultural em que se vive.
Cada um de nós recebe constantemente estímulos que interpreta em função da sua educação e da sua formação
particular. Assim, pessoas diferentes podem interpretar o mesmo estímulo de formas diferentes e como cidadãos
educados e conscientes temos o dever de respeitar todos os pontos de vista.
Leia o poema que se segue:

Pelas ruas e estradas


"Os meus olhos são uns olhos, onde passa tanta gente,
e é com esses olhos uns uns veem pedras pisadas,
que eu vejo no mundo escolhos, mas outros gnomos e fadas
onde outros, com outros olhos, não veem escolhos num halo resplandecente!
nenhuns.
Inútil seguir vizinhos,
Quem diz escolhos, diz flores! querer ser depois ou ser antes.
De tudo o mesmo se diz! Cada um é seus caminhos!
Onde uns veem luto e dores, Onde Sancho vê moinhos,
uns outros descobrem cores D. Quixote vê gigantes.
do mais formoso matiz.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!"
http://www.romulodecarvalho.net/Poemas/Impressao. Digital.html

Exercícios:
1 - Que mensagem pretendeu transmitir o autor ao escrever este poema?
2 - Releia os dois últimos versos do poema. Explique o seu sentido.
3 - Demonstre que respeita sempre a opinião dos que o rodeiam, mesmo que não concorde com ela.
4 - Em grupo, comente as seguintes frases: “Todos possuímos algo de verdade. Dialogar é pôr em comum as
nossas verdades parciais”; “ É através da comunicação que se processa a estruturação da realidade.”.

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Ficha n.º 4 – Gestão de conflitos

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Exprimir ideias e opiniões.

Os conflitos podem ser resolvidos de forma positiva ou negativa:


- O diálogo e a negociação são formas positivas de resolver um conflito.
- A violência pode surgir como estratégia negativa de resolver um conflito.

Lembre-se que…
Os conflitos fazem parte das relações. É importante procurar resolvê-los de forma positiva, sem recorrer a
qualquer forma de agressão ou violência.

Estratégias que se podem usar para resolver conflitos


- Dê tempo - tente acalmar-se e pensar na situação:
- saia do local onde está;
- respire fundo;
- conte até 10.

- Reconheça que há um problema:


- converse com a outra pessoa , dizendo-lhe que não gosta do que aconteceu;
- lide com a situação sem fazer ataques pessoais ou apontar defeitos à  outra pessoa;
- centre-se no problema, no que pensa sobre o que aconteceu e em tudo o que isso lhe fez sentir. Explique
calmamente o que lhe desagradou no que ele/ela disse ou fez e o que sente em relação a isso.
- escute a versão da outra pessoa sobre o que aconteceu.

- Negoceie – converse com a outra pessoa de modo a que quer você quer ela concordem com o resultado.

- Peça desculpas se acha que estava errado/a – muitas vezes um pedido de desculpas sincero pode ser
suficiente para terminar e resolver um conflito.

- Peça ajuda a outra pessoa se acha que não é capaz de resolver o assunto sozinho/a.

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Ficha n.º 5 – Reclamação e/ou sugestão

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Exprimir ideias e opiniões.

Os bens móveis têm 2 anos de garantia, se comprados em estabelecimentos comerciais.


Se forem comprados em segunda mão e quando não estipulado no, contrato, o prazo de garantia, também é de 2
anos: Os bens imóveis têm 5 anos de garantia.
O equipamento só pode estar em reparação 30 dias: O consumidor pode pedir a reparação do equipamento, a
substituição por um novo ou o reembolso do dinheiro. As novas peças ou bens substituídos ganham novas garantias (2
anos) a contar da data da substituição.
A garantia para uso pessoal diverge da garantia para uso profissional.
Um dos direitos dos consumidores é o direito à reclamação ou sugestão.
Para Isso posso pedir o livro de reclamações e/ou Sugestões. Este serve para apresentar reclamações objetivas
do consumidor.
Nº_________
Departamento_____________________________________________________________________________
Organismo/Serviço_________________________________________________________________________

Reclamação e/ou Sugestão


Nome do utente: ___________________________________________________________________________
Morada: _________________________________________________________________________________
Código Postal: _____ - ______ _____________________ Telef./Telem. ______________________________

Descrição da Reclamação/ Sugestão


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_______________________________________________________________________________________________
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Data: _____/_____/__________ Hora: _____:_____

Assinatura do Utente
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Ficha n.º 6 – A Cidadania

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Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos cidadãos portugueses.

Não vivemos isolados do mundo, não fazemos o que queremos como se não existisse mais ninguém, pois não?
Vivemos em sociedade e toda a gente que vive em sociedade tem deveres e direitos para serem respeitados - somos
todos cidadãos!
No entanto, ser cidadão não é uma coisa muito simples... para ser cidadão é preciso praticar a cidadania, ou seja:
- saber exigir os direitos;
- cumprir os deveres;
- respeitar e viver com os outros;
- conhecer o papel de cada um na Democracia.

A Cidadania é justamente a relação de respeito para com o meio em que vivemos e para com as pessoas que
fazem parte dele. É participar na vida em comunidade, nas pequenas e nas grandes coisas, por exemplo: na colocação
do lixo no seu lugar, na organização de uma festa lá na rua ou na freguesia, na proteção do meio ambiente, na mão que
dá àquele idoso que tenta atravessar a rua e no respeito pela diferença!
Ser um cidadão ativo é estar atento ao mundo e ser capaz de refletir acerca deste. É saber analisar o que
acontece no dia-a-dia nos quatro cantos do mundo, dar a opinião e discuti-la com os outros!
Viver em sociedade implica que as pessoas tenham direitos e deveres a cumprir. Nem todas as organizações
necessitam de regras escritas para regular os comportamentos. Na vida em família, por exemplo, não há normalmente
regras escritas. Mas já na escola ou no local de trabalho existe um regulamento, onde se podem encontrar os direitos e
deveres dos alunos ou dos trabalhadores.
A nível do país os direitos e deveres encontram-se fixados na Constituição da República Portuguesa.

Constituição – É o texto base a partir do qual se organizam a vida das pessoas e das instituições do país. Todos
os indivíduos, até mesmo os governantes, têm que agir de acordo com as normas estabelecidas nessa Constituição.

Direitos dos cidadãos


Artigo 13.º
1 - Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2 - Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer
dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
instrução, situação económica ou condição social.
Artigo 24.º
1 - A vida humana é inviolável.

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2 - Em caso algum haverá pena de morte.

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Artigo 27.º
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança.
Artigo 37.º
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por
qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem
discriminações.
Artigo 41.º
1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
Artigo 43.º
1. É garantida a liberdade de aprender e ensinar.
Artigo 49.º
1. Todos os cidadãos maiores de 18 anos, têm direito a sufrágio. Este é pessoal e constituí um dever cívico.
Artigo 58º.
1. Todos têm direito ao trabalho.
Artigo 64º.
1. Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover.
Artigo 66.º
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o
defender.
Artigo 74.º
1. Todos têm direito ao ensino.

Deveres dos cidadãos


Votar para escolher os governantes e os seus representantes;
Pagar os seus impostos;
Respeitar os direitos sociais de outras pessoas;
Prover o seu sustento com o seu trabalho;
Alimentar parentes próximos que sejam incapazes de prover o seu próprio sustento;
Educar e proteger os seus semelhantes;
Proteger a natureza e o património comunitário, social e público do país;
Colaborar com as autoridades;
Cumprir com todas as leis existentes na sociedade.

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Exercícios:
1 - Das seguintes afirmações, identifique se correspondem a um direito ou a um dever, sublinhando a opção
correta.
- Direito à vida (direito/dever)
- Reserva da sua vida privada (direito/dever)
- Cumprir as leis (direito/dever)
- Prover o seu sustento com o seu trabalho (direito/dever)
- Direito à manifestação nos termos da lei (direito/dever)
- Votar para escolher nossos governantes e nossos representantes (direito/dever)

2 - De que forma o Estado garante direitos como os dos artigos 64.º e 74.º?

3 - Pense na seguinte situação e diga quais direitos foram violados:


Naquele dia, nos correios a fila era interminável: uns iam pagar a luz e o telefone, outros receber a reforma.
Todos estavam a ficar impacientes e ansiosos que chegasse a sua vez. Entra o Sr. Silva, cheio de pressa, e, como ele é
uma pessoa rica e influente, o funcionário dos correios deixa-o passar à frente de todos.

4 - Leia o texto abaixo e responda às questões que se encontram a seguir ao mesmo.

Vera, a cigana.
“Eu vi um anúncio a pedir uma assistente de vendas na montra de uma loja de roupas. Queriam alguém entre os
18 e os 23 anos. Eu tenho 19, por isso entrei e pedi informações acerca do emprego, mas a gerente disse-me para
voltar dois dias depois, porque ainda não tinha aparecido candidatas suficientes. Voltei duas vezes e continuaram a
dizer-me o mesmo. Quase uma semana depois, voltei à loja. O anúncio sobre o emprego continuava na montra. A
gerente estava demasiado ocupada para falar comigo, mas disseram-me que o lugar já estava ocupado. Depois de sair
da loja estava aborrecida e por isso pedi a uma amiga minha que não era cigana, se ela podia perguntar pelo emprego.
Quando saiu disse-me que lhe tinham pedido para ir a uma entrevista na segunda-feira.”. Quando a gerente foi
confrontada pela Vera, respondeu:
- Eu achei que a Vera teria dificuldades em trabalhar aqui, por causa da distância que teria de percorrer todos os
dias para o trabalho. Seria uma viagem de 14 quilómetros em dois autocarros. É muito difícil gerir uma loja se o
pessoal chega sempre atrasado. Preferia contratar alguém desta área. A pessoa a quem ofereci o emprego parecia a
pessoa certa.

4.1 - Na sua opinião, quais os direitos que se encontram aqui violados?


4.2 - Perante esta situação, como poderia a Vera lutar pelos seus direitos?

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Ficha n.º 7 – Órgãos de soberania portugueses

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Objetivos: Identificar os órgãos de soberania portugueses e as suas atribuições.

Presidência da República
É o chefe de Estado Português, eleito pelos cidadãos para um mandato de 5 anos, através das eleições
Presidenciais, não podendo ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo.
Algumas das suas funções são:
- nomear o Primeiro-Ministro;
- demitir o Governo, ouvido o Conselho de Estado, quando tal se torne necessário para assegurar o regular
funcionamento das instituições democráticas;
- garantir o normal funcionamento das Instituições Democráticas;
- representar politicamente o país;
- promulgar ou vetar as leis;
- é o Comandante Supremo das Forças Armadas.

Poder Legislativo
A Assembleia da República, situada no Palácio de São Bento, em Lisboa, é a morada onde o povo tem os seus
representantes. O Parlamento português é constituído por 230 deputados, eleitos por voto direto em listas de partidos,
para mandatos de quatro anos (legislatura).
Tem como principais funções:
- fazer as leis para serem aplicadas em todo o país;
- compete-lhes também aprovar o programa do Governo, por exemplo discutir e decidir, em cada ano, o
orçamento geral do Estado;
- fiscalizar a atividade do Governo.

Poder Executivo
O Governo é o órgão de condução da política geral do País e o órgão superior da administração pública. É
formado pelo Primeiro-Ministro, Ministros, Secretários de Estado, Secretários de estado adjuntos e Subsecretários de
Estado.
Após as eleições para a Assembleia da República, o Presidente da República ouve todos os partidos que
elegeram deputados à Assembleia e, tendo em conta os resultados das eleições legislativas, convida uma pessoa para
formar Governo. O Primeiro-Ministro, nomeado pelo Presidente da República, convida as pessoas que entender. O
Presidente da República dá posse ao Primeiro-Ministro e ao Governo que, seguidamente, faz o seu programa,
apresentando-o à Assembleia da República.

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A atuação do governo é julgada pelos cidadãos nas eleições. O Presidente da República e os deputados podem
fazer perguntas ao Governo.
Poder Judicial
Os Tribunais administram a justiça em nome do povo. A sua função é a de determinar, em função da lei, se as
ações dos indivíduos e das instituições estão ou não dentro da legalidade, garantindo que os direitos dos indivíduos
são preservados. Os tribunais determinam penas às pessoas que não cumprem as leis, faltando às suas obrigações ou
cometendo crimes contra terceiros.

Exercício:
1 - Preencha o quadro abaixo:

Nome do Presidente da República ____________________________________________________


Nome do Presidente da Assembleia da República ____________________________________________________
Nome do Primeiro-Ministro ____________________________________________________
Palavras novas que descobri: O seu significado:
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Ficha n.º 8 – O voto

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Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos cidadãos portugueses.

O voto é a forma encontrada pelos regimes democráticos para os cidadãos exprimirem as suas escolhas
políticas, sociais ou morais, (no caso de alguns referendos - atos eleitorais pelos quais se decide um assunto concreto).
Contudo, o voto não é exclusivo dos regimes democráticos, sendo usado por ditaduras para obterem
legitimidade - por exemplo, Salazar fez aprovar a Constituição de 1933 por referendo.
Em Portugal podem votar todos os portugueses maiores de 18 anos, ou, nas eleições para o Parlamento
Europeu, todos os cidadãos da União Europeia residentes em Portugal.
O voto não é obrigatório, ao contrário do que acontece noutros países.
O recenseamento, que é obrigatório aos 17 anos, é automático desde 2008.
Como votar em Portugal?
Para votar em Portugal deve primeiro saber o local onde deve votar e depois dirigir-se a este na posse dos seus
documentos.
Quais os documentos necessários para votar?
O eleitor deve apresentar-se na mesa de voto, indicando o seu nome e número de eleitor e identificando-se com
o seu Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão. Na falta deste, ele deve apresentar um documento com
fotografia atualizada que seja utilizado para identificação (carta de condução ou passaporte por exemplo).
Pode também identificar-se através de dois eleitores que garantam sob compromisso de honra a sua identidade,
ou então por reconhecimento unânime dos membros da mesa.
Ato eleitoral
O presidente da mesa entrega ao eleitor o boletim de voto, devendo este dirigir-se à câmara de voto, onde
assinala com uma cruz (X) o quadrado referente ao candidato ou partido em que deseja votar.
Em caso de engano no voto, o eleitor pode pedir na mesa de voto um novo boletim, devolvendo o primeiro, que
é dado como inutilizado.
Na câmara de voto, o eleitor deve dobrar o boletim em quatro com a parte desenhada para dentro.
Nas eleições presidenciais e legislativas deve-se entregar o boletim de voto ao presidente da mesa que o
introduz de seguida na urna. Nas eleições autárquicas é o próprio eleitor que o insere.
Será considerado nulo o boletim de voto:
- com mais do que um quadrado marcado ou que deixe dúvidas sobre qual o quadrado assinalado,
- no qual tenha sido selecionado o quadrado referente a uma lista que tenha desistido ou não tenha sido
admitida,
- que apresente algum corte, desenho, rasura ou esteja escrito,
- contendo voto antecipado, quando o boletim de voto não chegar à mesa nas condições legais previstas, ou
quando é recebido em sobrescrito não fechado devidamente.

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Será considerado voto em branco o boletim que não tenha qualquer marca.

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Qual o horário para votar?
A votação decorre ininterruptamente entre as 8 e as 19 horas. Depois desta hora só podem votar os eleitores
que ainda se encontrem dentro da Assembleia ou secção de voto.
Voto acompanhado e emigrantes
O voto acompanhado só é permitido a pessoas com notória deficiência física ou doença, que a mesa considere
estarem impossibilitadas de exercer o voto sem ajuda.
Estas pessoas podem votar acompanhadas de um cidadão eleitor por si selecionado, obrigado a sigilo absoluto.
A mesa pode pedir um atestado comprovativo, emitido por um médico da área do município (os centros de saúde estão
abertos no dia eleitoral).
Os portugueses emigrados no estrangeiro podem votar nas eleições desde que permaneçam recenseados em
Portugal.
Um outro dado relativo ao boletim de voto está relacionado com o fato de ser impossível rastrear o histórico de
participação de cada eleitor ao longo dos anos, uma vez que os cadernos eleitorais são destruídos cerca de três
semanas após cada sufrágio, ultrapassados os prazos de reclamações e recursos.
Abstenção é deixar de intervir, de opinar, de não participar voluntariamente de qualquer escolha ou deliberação.
É não exercer o direito do voto é não optar por escolher livremente o seu candidato numa eleição, é renegar o seu
direito de escolha de seus governantes.

Maiorias
Maioria simples é o número de votos favoráveis, desde que superior aos votos contrários dos deputados
presentes, sendo esta a regra geral para a tomada das deliberações.
Em Portugal vem consagrada esta votação quando se fala no processo de feitura dos atos legislativos na
Assembleia da República, na Constituição da República Portuguesa no artigo 116º, nº3.
Maioria Qualificada é número de votos favoráveis necessários para aprovação de certas iniciativas
legislativas, nos termos determinados pelo Regimento para certas matérias, desde que superior a 2/3 ou a 4/5 dos
Deputados em efetividade de funções.
Maioria absoluta é o número de votos necessários para aprovação de certas iniciativas legislativas importantes,
nos termos determinados pelo regimento para certas matérias, desde que superior a metade dos deputados em
efetividade de funções.

A maioria absoluta tem de ser maior do que a maioria simples e do que a maioria qualificada, e por isso
geralmente tem de ser atingida pelo menos por 70% de votos dos membros presentes. A maioria simples é de 50% e
mais, seja qual for o número de membros presentes, e vai até 2/3. A maioria qualificada vai de 2/3 a 4/5. A maioria
absoluta vai de 4/5 até ao total de membros para que haja unanimidade ou uniformidade de opinião e de voto.
Em Portugal nenhuma lei e nem a Constituição definem o que é a maioria absoluta, porque se trata de uma
política.

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Ficha n.º 9 – Regiões Autónomas

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Distinguir os diferentes níveis de divisão administrativa do território;
Descrever as características principais da Região Autónoma dos Açores.

As regiões autónomas de Portugal são constituídas pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira, que possuem
Estatuto Político-Administrativo e órgãos do governo próprio: Assembleia Legislativa Regional e Governo Regional.

Bandeira Brasão

No período anterior ao 25 de Abril de 1974, as ilhas dos Açores e da Madeira encontravam-se divididas em
quatro distritos administrativos. A Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, estabeleceu um regime
autonómico, com estatuto político-administrativo e órgãos de Governo próprios. A autonomia regional abrange os
poderes de legislar em matérias que sejam de interesse específico das regiões e o exercício de poder executivo próprio.

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Artigo 6.º
(Estado unitário)
1 - O Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular e os
princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização democrática da administração
pública.
2 - Os arquipélagos dos Açores e da Madeira constituem regiões autónomas dotadas de estatutos político \
administrativos e de órgãos de governo próprio.

1 - Pesquise e escreva, as seguintes informações sobre os Açores:


Ano do descobrimento _________________________________________________________
Nome do Presidente do Governo Regional _________________________________________________________
Local onde se encontra a Assembleia
_________________________________________________________
Legislativa Regional
População _________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Nomes dos concelhos _________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Nomes das cidades _________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Principais setores económicos
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2 - Efetue uma pesquisa e escreva, no caderno, sobre os seguintes serviços do Governo Regional:
RIAC - Rede Integrada de Apoio ao Cidadão O que é?
Agência para a Qualificação e Emprego Quais os serviços que presta?
Rede Valorizar Qual a morada mais próxima de si?

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Ficha n.º 10 - Concelhos

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Distinguir os diferentes níveis de divisão administrativa do território;
Descrever as características principais do concelho onde reside.

Com cerca de 900 anos de história, os concelhos constituem a administração territorial mais estável que o país
já teve. Alguns foram extintos e outros criados, as suas competências e administração variaram, mas os concelhos
permaneceram.
O concelho, ou município, é uma circunscrição administrativa composta por freguesias, com autonomia
administrativa e financeira, possuindo órgãos político-administrativos: assembleia e câmara municipal.
A Câmara Municipal é o órgão executivo, responsável pelo governo do município. O executivo é
representativo, incluindo vereadores eleitos pelos diferentes partidos.
A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo, o "parlamento" do município. O número de vereadores varia
de acordo com a população do concelho. A sua principal competência é a de fiscalizar a atividade da câmara.
Um concelho possui núcleos populacionais que, conforme um determinado conjunto de características, podem
ser classificados como vila ou cidade.
Vila é um aglomerado populacional possuindo normalmente entre 1.000 e 10.000 habitantes.
Cidade é uma área urbanizada cuja definição depende de critérios como: população, densidade populacional e
estatuto legal.
Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, estes requisitos são adaptados à realidade local.

Principais cidades:
Portugal continental Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal, Viseu, Faro, Évora, Braga e Aveiro
Açores Ponta Delgada, Ribeira Grande, Angra do Heroísmo, Lagoa, Praia da Vitória e Horta
Madeira Funchal

1- Eu moro numa: ____ Vila ____ Cidade


2 - Escreva, na tabela e no caderno, as seguintes informações sobre o Concelho onde reside:
Nome
População
Nome do Presidente da Câmara
N.º de vereadores da Assembleia Municipal
Concelhos limítrofes
Atividades económicas mais importantes
Serviços prestados pela Câmara Municipal

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Ficha n.º 11 - Freguesias

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Distinguir os diferentes níveis de divisão administrativa do território;
Descrever as características principais da freguesia onde reside.

As freguesias são a mais pequena unidade administrativa de um município, desenvolvendo a sua ação por meio
de órgãos próprios: Assembleia de Freguesia e Junta de Freguesia. Todos os concelhos têm pelo menos uma freguesia,
a única exceção é a ilha do Corvo.
A Assembleia de Freguesia tem funções deliberativas e é eleita diretamente pelos cidadãos recenseados no
território da freguesia. A Junta de Freguesia tem funções executivas e é eleita pelos membros da assembleia de
freguesia. O Presidente da Junta de Freguesia é o primeiro candidato da lista mais votada. As freguesias estão
representadas nos órgãos municipais pelo presidente da Junta, que tem lugar, por inerência de cargo, na assembleia
municipal.

Exercícios:
1 - Escreva, no caderno, as seguintes informações sobre a freguesia onde reside:
Nome, nome do Presidente da junta, outras freguesias existentes no Concelho e serviços prestados pela Junta de
freguesia
2 - Identifique os principais problemas existentes na sua freguesia.
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3 - Se fosse Presidente da Junta de Freguesia quais seriam as soluções que tentaria implementar?
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Ficha n.º 12 – O mundo que nos rodeia

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Conhecer o mundo que nos rodeia.

Existem 5 oceanos: Oceano Pacífico, Oceano Atlântico, Oceano Índico, Oceano Glacial Antártico e Oceano
Glacial Ártico.
Continente N.º população Área Km2 Densidade populacional
Ásia 3.879.000.000 43.810.000 88,54 hab Km2
América 924.000.000 42.330.000 21,82 hab Km2
África 922.011.000 30.370.000 30,35 hab Km2
Europa 731.000.000 10.180.000 71,80 hab Km2
Oceânia 32.000.000 7.600.000 4,21 hab Km2

N.º País Bandeira Capital N.º população Área Km2 Densidade populacional
1 China Pequim 1.372.470.000 9.596.961 143,01 hab Km2

2 Índia Nova Deli 1.278.160.000 3.287.590 388,78 hab Km2


3 E.U.A. Washington 321.968.000 9.371.175 34,35 hab Km2
5 Brasil Brasília 205.002.000 8.515.767 24,07 hab Km2

16 Alemanha Berlim 81.197.500 357.051 227,41 hab Km2

29 Espanha Madrid 46.439.864 504.030 92,13 hab Km2


37 Canadá Otava 35.851.774 9.984.670 3,59 hab Km2
86 Portugal Lisboa 10.374.822 92.090 112,65 hab Km2

--- Madeira Funchal 267.785 801 334,31 hab Km2

--- Açores Ponta Delgada 246.746 2.333 105,76 hab Km2

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Ficha n.º 13 – Organização/Gestão do tempo

Unidade de competência: Organização económica dos estados democráticos


Objetivos: Gerir o tempo;
Modificar tarefas.

Se não planear corretamente o caminho para chegar ao seu destino, nunca saberá quanto tempo precisa para o
atingir!
Nos dias de hoje cada vez mais é importante uma boa gestão do tempo, tanto no trabalho como no dia a dia.
Estamos numa sociedade onde a produtividade é cada vez mais importante. Já não resta ser bom naquilo que se faz, é
preciso ser-se rápido, pois cada vez mais, tempo é dinheiro. Se sente que precisa de mais tempo em cada dia, que um
dia não é suficiente para realizar as suas tarefas, então precisa de descobrir porquê, e só depois “atacar” realmente o
problema. É necessário primeiramente descobrir as causas para as perdas de tempo e depois então elaborar um bom
plano de gestão de tarefas.
Com a democratização (à disposição de qualquer pessoa) do tempo, há muitas coisas que se tornam possíveis:
sincronização de aterragem e descolagem de aviões, lançamento de bombas, hora de ponta, marcação de encontros
entre pessoas num dado local... E fazer dinheiro.
O termo tempo significa, geralmente, a duração sucessiva de qualquer fenómeno ou de movimento real das
coisas. (...) propriedade que as coisas têm de coexistirem ou de se sucederem, considerada objetivamente; sucessão de
dias, horas, momentos. (...)" * Grande dicionário da língua Portuguesa – Círculo de Leitores, p.267
Gestão do tempo: O termo gestão significa (...) “ação ou forma de gerir, de administrar algo. Tempo que dura
essa ação.” O que nos leva a dizer que o recurso mais valioso da gestão é o tempo. Nova Enciclopédia Larousse –
Círculo de Leitores, p. 3313
Porque falta o tempo?
Cada vez mais é sentida a falta de tempo. Há motivos/causas que levam a constatar-se a falta de tempo. As
causas mais comuns para que se desperdice o tempo são de foro: individual, estrutural, cultural, ambiental, de gestão.
O tempo não é um bem escasso, é um recurso valioso. Temos todo o tempo do mundo. Não é preciso ser
formado para saber gerir. Quer no trabalho quer em casa todas as pessoas têm de saber gerir o tempo.
Como gerir o tempo ou que uso dar ao tempo?
Planear o trabalho e o tempo
É importante planear, mas pouca gente o faz. Porquê? Porque muitas vezes não há tempo. Há tanta coisa a
fazer que planear acaba por ficar por segundo plano.
Uma das principais razões é o facto de não ter a visão concreta das metas a atingir.
Criação de um diário
O primeiro passo para uma boa gestão do tempo é a criação de um diário das atividades diárias. Neste diário
inserem-se todas as atividades realizadas durante o dia, até aquelas interrupções que se fazem durante o dia, só assim
se pode ter uma noção mais ampla do tempo perdido.

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Identificação das principais causas para a perda de tempo


Categoria(tarefa diária, Duração Duração
Hora Atividade Início Fim Comentários
semanal, mensal…) atual estimada
09.00
10.00
11.00
12.00
13.00
14.00
15.00
16.00
17.00
18.00
19.00

1 - Interrupções (Visitas, telefonemas, conversas);


2 - Procrastinação e indecisão;
3 - Falta de capacidade de delegação das tarefas;
4 - Atuar com incompleta informação;
5 - Objetivos e prioridades não claras;
6 - Stress e fadiga;
7 - Incapacidade de dizer “Não”;
8 - Desorganização pessoal.

Dicas para melhorar e controlar o tempo de trabalho


Para melhorar a gestão do tempo, há que primeiramente identificar os objetivos a que se quer atingir e os
obstáculos que se podem opor ao objetivo pretendido. Há que organizar um plano de tarefas e dar prioridades às várias
tarefas que se têm que executar. É preciso dar flexibilidade ao plano de trabalho, pois um plano durante a sua
execução pode sofrer alterações que são perfeitamente normais, e é preciso que nos adaptemos facilmente a esta
alteração. Para isso, um truque muito útil é estimar um pouco de tempo a mais para cada tarefa, assim dá-nos a
flexibilidade necessária para a possível alteração de planos. A flexibilidade nos planos é importante quando estamos a
falar de tarefas partilhadas, tarefas que envolvem outras pessoas.
A escrita de um bloco de apontamentos com todas as notas que nos vamos lembrando durante o dia é
importante para uma boa gestão do tempo.

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Ficha n.º 14 – Empregabilidade

Unidade de competência: Educação/formação, profissão e trabalho/emprego


Objetivos: Definir empregabilidade;
Reconhecer a importância de adaptação às mudanças no mercado de trabalho.

Empregabilidade pode ser entendida como a capacidade de uma pessoa se manter empregada ou de tornar a
conseguir emprego. Ou seja, os conhecimentos, habilidade e capacidade individuais que nos permitem ingressar e
permanecer no mercado de trabalho.
A busca constante pela empregabilidade é uma realidade não só para os que estão a procurar emprego, mas
também para os que estão empregados. Num mercado de trabalho onde os empregos garantidos e para toda a vida são
cada vez mais raros, o trabalhador deve encarar o desafio de manter o seu lugar, pois o empregado de hoje pode ser o
desempregado de amanhã.

Cada profissional deve perguntar constantemente a si próprio:


- O que eu tenho feito para manter o meu grau de empregabilidade?
- Tenho-me mantido atualizado?
- O meu grau de qualificação será suficiente?
- Será necessário aprender algo novo?
- Estarei preparado para as necessidades atuais e futuras da minha profissão?
- Estarei preparado para enfrentar novos desafios?
- Quais são as minhas hipóteses de conseguir um novo emprego?

Um bom trabalhador não se limita a manter o seu emprego, procura também adaptar-se a novas exigências,
necessidades e mudanças, entre as quais, mudanças de tarefas, atividades profissionais, evolução das tecnologias,
entre outros. Se antes o mercado procurava profissionais especializados em áreas muito limitadas, atualmente pretende
profissionais polivalentes, flexíveis e autónomos.

Exercícios:
A população da Lomba de São Pedro estava em festa. Um importante grupo hoteleiro resolveu construir lá mais
um dos seus hotéis, voltado principalmente para turistas do Norte da Europa. Todos esperavam ter uma oportunidade
de empregar-se no novo hotel.
Os problemas, no entanto, surgiram quando os responsáveis dos recursos humanos do grupo hoteleiro
começaram a recrutar os futuros trabalhadores. Queriam pessoas que soubessem falar inglês e com cursos
profissionais em receção, cozinha e empregado de mesa.
No final da fase de seleção, um dos raros habitantes da Lomba de São Pedro que ficaram selecionados foi o Sr.
José, antigo lavrador, que passou a ser responsável por cuidar do jardim. Poucos eram os moradores que tinham um

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curso profissional e a maioria apenas arranhava o Inglês. Os restantes trabalhadores vieram todos de Coimbra e do
Porto.
1.1 - Na sua opinião a Lomba de São Pedro tinha um problema de falta de emprego ou de empregabilidade?
Justifique a sua resposta.
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2 - Centre-se agora no seu papel enquanto trabalhador(a) e explique o que procura fazer para se ajustar/adequar
a estas mudanças.
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3 - Concentre-se agora no seu papel em contexto familiar e/ou social e reflita sobre o que podemos mudar nos
nossos comportamentos para poupar dinheiro. Preencha a grelha.

Medida Consequência
Apagar a luz sempre que não está ninguém num quarto. Diminuição da conta de luz.
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Ficha n.º 15 – Contrato de trabalho

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos trabalhadores;
Definir contrato de trabalho e as suas características.

O contrato individual de trabalho é o resultado do acordo de vontades ocorrido entre duas pessoas – empregado
e empregador - por meio do qual uma delas compromete-se a prestar trabalho subordinado e não eventual à outra,
mediante o recebimento de um salário. Por outras palavras, haverá contrato de trabalho sempre que uma pessoa se
obrigar a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante um período
determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma remuneração.
Quanto à sua forma, o contrato de trabalho pode ser verbal ou escrito.
Quanto à sua duração, há contratos por prazo indeterminado e contratos por prazo determinado. Se as partes
ajustarem o seu termo final, o contrato será por prazo determinado.
O contrato de trabalho é firmado entre o empregado e o empregador.
Empregado é a pessoa que presta pessoalmente serviços a outrem.
Empregador é a empresa que admite e dirige a prestação pessoal de serviços de outrem, que remunera.
Resumo:
Empregado Empregador
Presta o serviço pessoalmente, não podendo se fazer substituir;
Admite o empregado;
Serviço não eventual, deve ser regular;
Coordena o seu trabalho;
Subordinado, pois recebe ordens do empregador;
Paga o salário.
Assalariado, pois é prestado em troca de um salário.

As cláusulas contratuais são determinadas livremente entre as partes, desde que não contrariem a Lei. São
objeto do contrato de trabalho, entre outros, os seguintes itens:
- Identificação, sede e domicílio do empregador;
- Categoria profissional e a caracterização sumária do seu conteúdo;
- Data da celebração e início dos efeitos do contrato;
- Local de trabalho;
- Duração das férias e os critérios para a sua determinação;
- Valor e a periodicidade da retribuição;
- Período normal de trabalho diário e semanal, especificando os casos em que este é definido em termos médios;
- Instrumento de regulamentação coletiva aplicável.

No caso dos contratos verbais, o empregador, nos primeiros 60 dias de execução do contrato, é obrigado a
prestar por escrito ao trabalhador as informações acima descritas.

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Ficha n.º 16 - Retribuição

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos trabalhadores;
Definir retribuição e as suas características.

Por retribuição, também conhecida por remuneração ou salário, entendemos o conjunto de pagamentos devidos
pelo empregador ao empregado, como contrapartida de um trabalho.
Apesar de regular e periódica, a retribuição pode ter uma parte certa e outra variável.
Parte certa - Permanece inalterada para idênticos períodos de tempo.
Parte variável - Fixada principalmente em função da produtividade do trabalhador.

Não são consideradas retribuições:


- Ajudas de custo, despesas de transporte, abonos de instalação, subsídio de refeição;
- Gratificações ou prestações extraordinárias concedidas pelo empregador como recompensa ou prémio dos
bons resultados obtidos pela empresa;
- Participação nos lucros da empresa.

O salário é calculado principalmente em função do tempo de serviço e não do resultado do trabalho.


São determinantes da retribuição:
- O salário mínimo: A retribuição mínima mensal é o menor valor da prestação devida e paga pelo empregador
a todo trabalhador;
- Os acordos nacionais celebrados entre o Governo e confederações patronais e sindicais;
- A categoria do trabalhador e as funções desempenhadas;
- A antiguidade do trabalhador numa determinada categoria;
- A decisão individual do empregador, desde que respeite o princípio da igualdade de tratamento: para trabalho
igual, salário igual.

O Salário Mínimo Regional é de ______________ , ______€

Salário ilíquido - Valor do salário sem os descontos


Salário líquido - Valor do salário após os descontos
Juntamente com o salário, a entidade patronal deve entregar ao trabalhador um documento com as seguintes
informações:
- Nome do trabalhador; - Período a que respeita;
- N.º da segurança social; - Descontos e deduções;
- Categoria profissional; - Montante líquido a receber.

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- Salário base e demais retribuições;

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Os trabalhadores têm ainda direito a:
- Subsídio de Natal, de valor igual a um mês de retribuição e devendo ser pago até 15 de Dezembro.
- Retribuição no período de férias, corresponde à que o trabalhador receberia se estivesse em serviço efetivo e
um subsídio de férias.
- Acréscimo salário devido à prestação de trabalho suplementar – horas extraordinárias – realizado fora do
horário normal de trabalho, em dia de descanso semanal ou feriados.
- Acréscimo salário devido à prestação de trabalho noturno.

A entidade trabalhadora não pode, por sua própria iniciativa, fazer quaisquer descontos ou deduções no salário
do trabalhador, salvo nos seguintes casos:
- Descontos a favor do Estado, da segurança social ou de outras entidades, ordenados por lei;
- Indemnizações devidas pelo trabalhador ao empregador, quando se acharem liquidadas por decisão judicial;
- Preços de refeições no local de trabalho, de utilização de telefones, de fornecimento de géneros, de
combustíveis ou de materiais, quando solicitados pelo trabalhador, bem como a outras despesas efetuadas pelo
empregador por conta do trabalhador, e consentidas por este;
- Abonos ou adiantamentos por conta da retribuição.

Exercício:
1 – Preencha os quadros abaixo:
Empresa onde trabalhei Contrato e salário
De _____/_____/__________ até _____/_____/__________ Contrato verbal
Contrato escrito
Remuneração igual ao salário mínimo
Remuneração superior ao salário mínimo

Empresa onde trabalhei Contrato e salário


De _____/_____/__________ até _____/_____/__________ Contrato verbal
Contrato escrito
Remuneração igual ao salário mínimo
Remuneração superior ao salário mínimo

Empresa onde trabalhei Contrato e salário


De _____/_____/__________ até _____/_____/__________ Contrato verbal
Contrato escrito
Remuneração igual ao salário mínimo
Remuneração superior ao salário mínimo

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Ficha n.º 17 – Cessação do contrato de trabalho

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Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos trabalhadores;
Distinguir as formas de cessação do contrato de trabalho.

É normal, quando pensamos em cessação do contrato de trabalho, associarmos à ideia de despedimento. No


entanto, o chamado despedimento, ou seja, a cessação do contrato de trabalho por iniciativa do empregador, é apenas
uma das formas existentes de cessação contratual.
Um contrato de trabalho pode cessar por…
Caducidade / Mútuo acordo / Iniciativa do empregador / Iniciativa do trabalhador.
- Caducidade - o contrato de trabalho caduca nas seguintes situação:
- Reforma do trabalhador.
- Verificando-se o seu termo.
- Na impossibilidade do trabalhador prestar o seu trabalho ou do empregador o receber.
- É exemplo de impossibilidade do trabalhador a ocorrência de um acidente incapacitante.
- É exemplo de impossibilidade do empregador a falência da empresa. A venda da empresa não é
considerada uma situação de impossibilidade, sendo mantidos os contratos de trabalho existentes.
- Mútuo acordo: O empregador e o trabalhador podem fazer cessar o contrato de trabalho por acordo de
revogação. Tal acordo só é valido se for reduzido à forma escrita, sendo assinado por ambas as partes.
- Iniciativa do empregador: O contrato de trabalho pode ser rescindido por iniciativa do empregador nas
seguintes situações:
Despedimento por fato imputável ao trabalhador / Despedimento coletivo / Despedimento por extinção de posto
de trabalho / Despedimento por inadaptação.

São consideradas justas causas de despedimento:


- Desobediência ilegítima às ordens dadas por responsáveis hierarquicamente superiores;
- Violação dos direitos e garantias de trabalhadores da empresa;
- Provocação repetida de conflitos com outros trabalhadores da empresa;
- Desinteresse repetido pelo cumprimento, com a diligência devida, das obrigações;
- Lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa;
- Falsas declarações relativas à justificação de faltas;
- Faltas não justificadas ao trabalho que determinem diretamente prejuízos ou riscos graves para a empresa ou,
independentemente de qualquer prejuízo ou risco, quando o número de faltas injustificadas atingir, em cada ano civil,
5 seguidas ou 10 interpoladas;
- Falta culposa de observância das regras de higiene e segurança no trabalho;
- Prática, no âmbito da empresa, de violências físicas, de injúrias ou outras ofensas punidas por lei;

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- Incumprimento ou oposição ao cumprimento de decisões judiciais ou administrativas;
- Reduções anormais de produtividade.
Iniciativa do trabalhador: O contrato de trabalho pode ser rescindido por iniciativa do trabalhador nas
seguintes situações:
- Justa causa;
- Aviso prévio;
- Abandono do trabalho.

Ocorrendo justa causa, pode o trabalhador fazer cessar imediatamente o contrato. São consideradas justa causa,
entre outras, as seguintes situações:
- Falta culposa de pagamento pontual da retribuição;
- Violação culposa das garantias legais ou convencionais do trabalhador;
- Aplicação de sanção abusiva;
- Falta de condições de segurança, higiene e saúde no trabalho;
- Lesão culposa de interesses patrimoniais sérios do trabalhador;
- Ofensas à integridade física ou moral do trabalhador, puníveis por lei, praticadas pelo empregador ou seu
representante legítimo.
- Necessidade de cumprimento de obrigações legais incompatíveis com a continuação ao serviço;
- Alteração substancial e duradoura das condições de trabalho.

Independentemente de haver ou não justa causa, o trabalhador pode denunciar o contrato mediante
comunicação escrita enviada ao empregador com a seguinte antecedência mínima:
30 ou 60 dias, conforme tenha, respetivamente, até dois anos ou mais de dois anos de
Contratos sem termo
antiguidade.
30 dias, se o contrato tiver duração igual ou superior a seis meses, ou de 15 dias, se for de
Contratos a termo
duração inferior.
Se o trabalhador não cumprir o prazo de aviso prévio a situação é considerada abandono do trabalho, ficando
sujeito a pagar ao empregador uma indemnização e pode ser responsabilizado pelos danos eventualmente causados.

Sempre que ocorre uma cessação do contrato de trabalho, o empregador é obrigado a entregar ao
trabalhador um certificado de trabalho, indicando as datas de admissão e de saída, bem como o cargo ou cargos
que desempenhou. Este certificado não pode conter quaisquer outras referências, salvo pedido do trabalhador nesse
sentido.

Exercícios:
1 - Descreva uma situação de cessação do contrato de trabalho que conheça e identifique se ela se deveu à
caducidade, mútuo acordo, iniciativa do empregador ou iniciativa do trabalhador.

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2 – Só podem receber o subsídio de desemprego os trabalhadores que estiverem em situação de desemprego
involuntário. Assim, quais as formas de cessação do contrato de trabalho que dão direito a receber o subsídio
desemprego?

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Ficha n.º 18 – Faltas ao trabalho

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Identificar os direitos e deveres dos trabalhadores;
Diferenciar os tipos de falta e as suas consequências.

Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho durante o período em que devia desempenhar a sua
atividade. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
São consideradas faltas justificadas:
- Casamento.
- Luto.
- Prestação de provas em estabelecimento de ensino.
- Impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao trabalhador (ex. doença, acidente ou
cumprimento de obrigações legais).
- Necessidade de prestação de assistência inadiável e imprescindível em caso de doença ou acidente de filhos,
adotados ou enteados, menores de 10 anos, ou independentemente da idade, caso sejam portadores de deficiência ou
doença crónica.
- Assistência a netos, que sejam filhos de adolescentes que convivam com o trabalhador.
- Ausências para deslocação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa do filho menor.
- Desempenho de funções sindicais.
- Campanha eleitoral dos candidatos a cargos públicos, durante o período da campanha.
- As autorizadas ou aprovadas pelo empregador.
Todas as demais faltas são consideradas injustificadas.
Quando previsíveis, as faltas justificadas são obrigatoriamente comunicadas ao empregador com a antecedência
de cinco dias. Quando imprevisíveis, têm de ser comunicadas ao empregador logo que possível. O empregador pode,
nos quinze dias seguintes à comunicação, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados para a justificação da falta.
As faltas injustificadas constituem violação do dever de assiduidade e determinam perda da retribuição
correspondente ao período de ausência, o qual será descontado na antiguidade do trabalhador, podendo levar a
processo disciplinar com vista ao despedimento.
Considera-se que o trabalhador praticou uma infração grave se faltou injustificadamente a um ou meio período
normal de trabalho imediatamente anterior ou posterior a um feriado ou aos dias ou meios-dias de descanso.

No caso de a apresentação do trabalhador, para início ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com
atraso injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode o empregador recusar a aceitação da prestação durante
parte ou todo o período normal de trabalho, respetivamente.

Exercício:

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1 – Num curso ABC quais as faltas que podem ser consideradas como justificadas?

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Ficha n.º 19 – Trabalhador independente

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Definir trabalhador independente;
Identificar as suas obrigações.

É considerado trabalhador independente todo o indivíduo que trabalha por conta própria, sem cumprir ordens
de um superior, isento da obrigatoriedade de horários, entregando ao seu cliente o trabalho contratado e recebendo por
isso o valor acordado. Não possui, portanto, um contrato de trabalho, mas sim um contrato de prestação de serviços.
Também não têm direito a qualquer subsídio, quer seja de desemprego, férias ou natal.

Trabalhador por conta de outrem Trabalhador por conta própria


Salário Pagamento por serviços
Horário de trabalho fixado Isenção de horário de trabalho
Com subordinação hierárquica Sem subordinação hierárquica
Contrato de trabalho Contrato de prestação de serviço
Trabalho sempre na mesma empresa Pode trabalhar para várias empresas
Efetua diretamente o seu trabalho Pode subcontratar outros para a execução do trabalho em sua substituição

Os termos em que se irá desenvolver a atividade do trabalhador independente, seus direitos e deveres, são
estipuladas no contrato de prestação de serviços, assinado entre o trabalhador e a empresa a quem presta serviço.
O trabalhador independente, como comprovativo do pagamento pelos seus serviços, deve emitir um dos
seguintes documentos: recibo-verde, fatura de prestação de serviços ou recibo de ato único.

O recibo-verde é a opção mais comum, pois trata-se de um modelo já criado, podendo ser emitido no Portal das
Finanças.
O recibo de ato isolado é um documento que só pode ser emitido uma única vez por ano. Serve para o caso dos
profissionais não coletados como trabalhadores independentes, mas que prestam serviços de uma forma esporádica.
Quanto à fatura de prestação de serviços, esta só pode ser emitida pelas pessoas coletadas como Empresário
em Nome Individual e que tenham contabilidade organizada.

Antes de iniciar uma atividade por conta própria deve dirigir-se aos serviços de Finanças e da Segurança Social,
para informar-se dos seus direitos e deveres.

Exercício:
1 - Discuta em grupo as vantagens e as desvantagens em se ser um trabalhador independente.

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Ficha n.º 20 - Sindicato

Unidade de competência: Organização política dos estados democráticos


Objetivos: Definir o que é um sindicato;
Identificar o papel dos sindicatos.

Um Sindicato é uma associação de trabalhadores e tem como função defender os seus interesses e direitos
profissionais. Cada trabalhador é livre de participar na constituição de um sindicato e dele se tornar sócio.
Os sindicatos começaram em Portugal em 1853, com a fundação do Centro Promotor de Melhoramento da
Classe Laboriosa. Em 1872, dão-se as primeiras greves. Desde então as organizações dos trabalhadores
multiplicaram-se. Com a ditadura, os sindicatos foram dissolvidos e foi estabelecido um tipo de sindicalismo
corporativo totalmente controlado pelo Estado. Até 1969 não existia um movimento organizado em Portugal, mas
mesmo assim surgiram várias greves.
A liberdade de pertencer a um sindicato e de se associar a qualquer organização foi totalmente adquirida após o
25 de Abril de 1974. Essa liberdade encontra-se na Constituição da República Portuguesa, como podemos constatar
nos seguintes artigos:
Artigo 54.º - Comissões de trabalhadores: Garante o direito aos trabalhadores de criarem comissões de
trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenção democrática na vida da empresa.
Artigo 55.º - Liberdade sindical: Reconhece aos trabalhadores a liberdade sindical, condição e garantia da
construção da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses.
Atualmente, com as crises económicas, o papel dos sindicatos é cada vez mais importante. Sem estes, os
trabalhadores encontrar-se-iam “desprotegidos” e dificilmente seriam “ouvidos” pelos órgãos de decisão. Compete às
associações sindicais defender e promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representam,
através das seguintes atividades:
- Participar na elaboração da legislação do trabalho;
- Participar na gestão das instituições de segurança social e outras organizações que visem satisfazer os
interesses dos trabalhadores;
- Pronunciar-se sobre os planos económico-sociais e acompanhar a sua execução;
- Fazer-se representar nos organismos de concertação social, nos termos da lei;
- Participar nos processos de reestruturação da empresa, especialmente no que toca a ações de formação ou
quando ocorra alteração das condições de trabalho.
Foi com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diárias que, no dia 1 de Maio de 1886, milhares de trabalhadores
de Chicago (EUA) se juntaram nas ruas para protestar contra as suas más condições de trabalho. A manifestação
devia ter sido pacífica, mas as forças policiais tentaram pará-la, o que resultou em feridos e mortos.
Em 1889, o Congresso Internacional em Paris decidiu que o dia 1 de Maio passaria a ser o Dia do Trabalhador, em
homenagem aos "mártires de Chicago".

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Exercício: 1 – Pesquise quais são os sindicatos existentes na sua área profissional.

Ficha n.º 21 – Avaliação pessoal e profissional

Unidade de competência: Educação/formação, profissão e trabalho/emprego


Objetivos: Planear a procura de emprego;
Efetuar uma avaliação pessoal e profissional.
A procura de emprego tem que ser devidamente estruturada e organizada para aumentar as hipóteses de êxito e
garantir que não hajam oportunidades perdidas. Um bom plano terá de incluir as seguintes fases: Avaliação pessoal e
profissional / Organização do tempo / Recolha da informação.
Avaliação pessoal e profissional
Nesta primeira fase devem ser analisados:
- As preferências por uma determinada área profissional;
- Os conhecimentos adquiridos e as capacidades possuídas;
- As atividades que consegue desempenhar com correção;
- As habilitações académicas pois, independentemente das capacidades, algumas empresas exigem um grau de
escolaridade mínimo;
- As possibilidades de deslocação, na hipótese de ter de trabalhar numa área que não a da residência.
Com base nesta avaliação é mais fácil centrar os esforços nas hipóteses que realmente interessam.

Exercícios:
1 - Escreva, no caderno ou no computador, o seu percurso formativo, listando os cursos que já fez, o que
aprendeu, as partes que achou mais fáceis e as que achou mais difíceis.
2 - Responda, no caderno ou no computador, às seguintes questões:
2.1 - Que cursos gostaria de frequentar?
2.2 - O que gostaria de aprender?
2.3 - Qual a importância desta formação para a minha vida?
2.4 – Quais as dificuldades que enfrentarei para realizar esta formação?
2.5 – Quais as ajudas com que posso contar?
3 – Copie no seu caderno o quadro abaixo e pense nos seus projetos de vida profissional e pessoal.
- Defina, com realismo, quais os principais projetos profissionais que pensa ser possível concretizar de forma
mais imediata e, também, a longo-prazo.
- Descreva quais as metas pessoais que pretende atingir a curto, médio e a longo prazo. Essas metas pessoais
podem estar relacionadas quer com a sua vida familiar e social, quer com os esforços que pretende desenvolver no
sentido da sua valorização pessoal (aprendizagens ao longo da vida).
Prazo Projeto Oportunidades Dificuldades
Curto prazo (meio ano)
Médio prazo (1 ano)

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Longo prazo (2/3 anos)

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Ficha n.º 22 – Planear a procura de emprego

Unidade de competência: Educação/formação, profissão e trabalho/emprego


Objetivos: Planear a procura de emprego.

Organização
Organizar a forma como se vai procurar trabalho é importante pois …
- É a melhor maneira de não perder demasiado tempo em tarefas que são pouco importantes;
- Um quotidiano pouco ou nada organizado torna mais difícil a adaptação quando se começa a trabalhar;
- O excesso de tempos mortos é desmotivador.
São muitas as atividades que podem ser programadas com antecedência. Um plano semanal eficiente deveria
conter, no mínimo, as seguintes tarefas:
- Consultar os locais de afixação de anúncios e sua seleção;
- Elaborar uma pequena lista de exigências e compatibilidades para cada anúncio selecionado;
- Elaborar uma carta de apresentação e currículo para cada anúncio, respeitando as características específicas de
cada um;
- Enviar todas as respostas e registar as datas de envio;
- Verificar se houve algum contacto (telefonema, carta ou e-mail);
- Preparar as entrevistas.
Informação
A busca de informação obedece a diferentes necessidades, exigindo, por isso, técnicas e instrumentos
diferentes:
- A recolha de anúncios e oportunidades de emprego é o primeiro passo a dar;
- Informações sobre empresas com potencialidades de crescimento ou a precisar de pessoal são úteis no caso de
se querer enviar candidaturas espontâneas.
A maior parte destas informações encontra-se em locais de fácil consulta:
- A primeira fonte de informação são os jornais, onde é possível consultar os anúncios de emprego;
- As Agências para a Qualificação e Emprego também possuem informações, não apenas sobre as ofertas
existentes, mas também sobre técnicas de procura de emprego ou anúncios de programas específicos;
- Os contactos pessoais são igualmente úteis, pois amigos e familiares podem ter, por exemplo, informações
importantes sobre uma empresa que está a recrutar trabalhadores.
- A Internet pode funcionar como forma de comunicação, informação e mesmo de colocação de anúncios de
emprego.

Exercícios:
1 - Encontre a morada da Agência para a Qualificação e Emprego mais próximo da sua residência.
2 - Faça uma lista das empresas próximas da sua residência onde poderia procurar emprego.

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3 – Elabore um plano sobre como organiza diariamente a sua vida, onde esteja presente a procura ativa de
emprego.

Ficha n.º 23 – Curriculum vitae

Unidade de competência: Educação/formação, profissão e trabalho/emprego


Objetivos: Redigir um curriculum vitae.

Seja qual for a estratégia escolhida para procurar um emprego, ela certamente incluirá a elaboração de um
currículo. Quando se procura emprego este é provavelmente o documento mais importante e aquele cuja preparação
mais deve preocupar o candidato.
Um currículo (curriculum vitae, literalmente "curso da vida") é um resumo de informações pessoais, formação
recebida, experiência profissional e outras atividades desenvolvidas, que tem como objetivo convencer um
desconhecido da capacidade de realizar uma qualquer tarefa para a qual se candidata.
Sendo, na maioria dos casos, a primeira fase num processo de seleção, a sua elaboração é decisiva,
principalmente se imaginarmos que a cada anúncio respondem milhares de cartas semelhantes. Um currículo bem
estruturado permite destacar aquilo que faz do candidato uma pessoa única e adequada àquele posto específico.

Em resumo, um currículo permite:


- Interessar o selecionador em conhecer o candidato;
- Dar uma visão rápida da evolução e potencial do candidato;
- Passar a primeira fase de seleção;
- Apoiar a entrevista.

O modelo europeu de currículo permite apresentar as habilitações e aptidões de maneira lógica.

Para redigir o seu currículo a partir do modelo europeu deve …


- Carregar o modelo a partir do site http://www.cedefop.eu.int/transparency/cv.asp
- Gravar no disco rígido do computador.
- Preencher as diferentes rubricas.
- Respeitar a paginação do modelo, bem com o tipo de letra utilizado.

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INFORMAÇÃO PESSOAL ______________________________________________________
_____________________________________________, Açores, Portugal
_______________________________ _______________________________
_________________________________________________________

Sexo ______________ | Data de nascimento ____/_____/__________ | Nacionalidade Portuguesa

EMPREGO PRETENDIDO ______________________________________________________


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
De 30/12/1976 até 02/09/2010 profissão
Nome da empresa
▪ principais atividades e responsabilidades
Indique o tipo de empresa ou sector de atividade
De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
De __/__/____ até __/__/____ 6.º ano – ABC_II
Rede Valorizar
▪ Matemática para a vida, Linguagem e comunicação, Língua estrangeira (Inglês), Cidadania e
empregabilidade e Tecnologias de informação e comunicação
De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ ________________________________________________________________
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▪ ______________________________________________________________________________
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De __/__/____ até __/__/____ 4.º ano
Escola Primária
▪ Matemática, Português, História de Portugal
COMPETÊNCIAS PESSOAIS
Língua materna Português

Outras línguas COMPREENDER FALAR ESCREVER

Compreensão oral Leitura Interação oral Produção oral

Inglês A 1/2 A 1/2 A 1/2 A 1/2 A 1/2


Níveis: A1/2: Utilizador básico - B1/2 utilizador independente - C1/2: utilizador avançado
Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas

Competências informáticas ▪ na ótica do utilizador

Carta de Condução ▪B
ANEXOS
▪ cópias dos diplomas e certificados;.

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Ficha n.º 24 – Entrevista de emprego

Unidade de competência: Educação/formação, profissão e trabalho/emprego


Objetivos: Evidenciar capacidade de iniciativa;
Desenvolver planos de carreira profissional.

“Como entrevistados somos, em primeiro lugar, vendedores. O produto que vamos vender somos nós próprios,
e as qualidades dos produtos são as nossas experiências, capacidades e personalidade ”. (Medley, 1984 p. 22)

Entrevista de seleção
A entrevista é um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que interagem entre si (entrevistador/s
e entrevistado/s). Chiavenato (2000)
A definição de entrevista pode ser algo como uma comunicação bilateral em que uma das partes se procura
informar dos conhecimentos, motivações e sentimentos da outra parte.
Na entrevista
Uma entrevista dá a oportunidade de revelar outros aspetos para além do que está no currículo, de acentuar as
capacidades de comunicação, a autoconfiança, a energia, a criatividade. Estes aspetos permitirão ao entrevistador
formar uma imagem favorável do candidato.
Tipos de entrevista
Existem quatro tipos de entrevista: individual, em grupo, orientada e telefónica/vídeo-conferência.
Preparar a entrevista
Deve preparar cuidadosamente a entrevista tendo em atenção o vestuário, a higiene, a forma de ser e de estar.
Fatores chave
- Domínio total do CV;
- Domínio das competências profissionais e dos seus pontos fortes e menos fortes;
- Domínio de todas as referências sobre o posto de trabalho;
- Domínio do seu projeto profissional. Cardoso (2000)
Estratégias a seguir pelo candidato
- Preparar cada uma das rubricas do CV
- Fazer simulações dos diferentes estilos de entrevista com amigos e/ ou familiares
- Preparar respostas para as perguntas que são habitualmente colocadas nestas entrevistas. Cardoso (2000)
Atitudes a assumir/evitar
Crie uma imagem positiva, dirija-se de forma agradável, cumprimente o entrevistador com um aperto de mão
firme, sente-se apenas quando lhe derem indicação para o fazer, não olhe para o relógio, evite falar de outros
candidatos, não interrompa o entrevistador e é expressamente proibido: mastigar pastilha elástica.
Autoavaliação
Fixar os aspetos positivos e corrigir, em futuras entrevistas, os que não correram bem). Cardoso (2000)

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Ficha n.º 25 – Segurança no trabalho

Unidade de competência: Assumir responsabilidade pessoal e social na preservação do ambiente


Objetivos: Definir acidente de trabalho.

Acidente de trabalho é qualquer acidente que ocorrer com um trabalhador, estando ele a serviço de uma
empresa, é considerado acidente do trabalho. Provoca, no trabalhador, uma incapacidade para a prestação de serviço e,
em casos extremos, a morte. Pode ser consequência de um ato de agressão, de um ato de imprudência ou imperícia, ou
de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio, desabamento ou inundação.
O acidente típico de trabalho ocorre no local e durante o horário de serviço. Mas a legislação também considera
acidente de trabalho os que ocorrem nas situações apresentadas a seguir:
Acidente de trajeto (ou percurso): Ocorre no percurso da residência para o trabalho ou do trabalho para a
residência. Entretanto, se, por interesse próprio, o trabalhador alterar ou interromper o seu percurso normal, uma
ocorrência, nessas condições, deixa de caracterizar-se como acidente de trabalho.
Acidente fora do local e horário de trabalho: Considera-se, também, um acidente de trabalho quando o
trabalhador sofre algum acidente fora do local e horário de trabalho, no cumprimento de ordens ou na realização de
serviço da empresa. Se o trabalhador sofrer qualquer acidente, estando em viagem a serviço da empresa, não importa o
meio de condução utilizado, ainda que seja de propriedade particular, estará amparado pela legislação que trata de
acidentes do trabalho.
Existem também as doenças adquiridas em decorrência do exercício do trabalho em si ou das condições
especiais em que o trabalho é realizado. Ambos os casos são considerados como acidentes de trabalho, quando deles
decorrer a incapacidade para o trabalho.
Um trabalhador pode pegar uma forte gripe de colegas de trabalho, por contágio. Essa doença, embora possa ter
sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada acidente de trabalho, porque não é ocasionada pelos meios
de produção. Mas se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção auditiva adequada,
submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza acidente
do trabalho.
Todo acidente do trabalho, por mais leve que seja, deve ser comunicado à empresa. Caso contrário, o
trabalhador perderá os seus direitos e a empresa deverá pagar uma multa.
Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o que é
chamado de acidente sem afastamento. É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte e o
trabalhador retorna ao trabalho em seguida.
- A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o
qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.
- A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, para toda a vida, da capacidade física total para o
trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista.

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- A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho. Nesse caso, o trabalhador não tem
mais condições para trabalhar. É o que acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas num acidente do
trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.
Exercícios:
1 - António é técnico em manutenção de equipamentos eletrónicos em uma empresa com sede na Ribeira
Grande. O chefe do António passou-lhe uma ordem de serviço de manutenção, a ser realizado na máquina de um
cliente, em Ponta Delgada. Quando António se encontrava a executar o trabalho, houve um pequeno incêndio. Na
confusão que se seguiu, António foi ferido numa perna. Levado ao hospital, foi dispensado com a recomendação
médica de manter-se afastado do serviço por 15 dias. No seu entender o que ocorreu com o António encaixa-se na
definição legal de acidente de trabalho? Justifique a sua resposta.
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2 - João, ao sair do trabalho, de volta para casa, resolveu passar no supermercado para comprar um refrigerante
que estava em oferta. Na saída do supermercado foi atropelado por um carro. Considera o que aconteceu com o João
um caso de acidente de trajeto, que pode ser equiparado a um acidente do trabalho? Justifique a sua resposta.
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3 - Teresa era secretária de uma empresa. Certo dia, sentiu-se mal e foi encaminhada ao hospital. O médico
solicitou alguns exames e os resultados indicaram que Teresa havia contraído hepatite. O médico concluiu que o
contágio se deu pelo uso do sanitário da empresa (já havia registo de dois casos anteriores). Teresa foi afastada do
trabalho por um período de 2 meses. O que ocorreu com a Teresa foi um acidente de trabalho? Justifique a sua
resposta.
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4 - Maria trabalhava numa oficina de costura, como cortadora de moldes. Certo dia, muito preocupada com os
problemas domésticos, distraiu-se e fez um corte profundo no dedo com a tesoura. Depois de medicada na enfermaria
da empresa, Maria foi mandada para casa com um atestado médico dispensando-a do trabalho naquele dia. Assinale o
tipo de acidente que ocorreu com a Maria:
acidente sem afastamento
acidente com afastamento e incapacidade temporária
acidente com afastamento e incapacidade parcial e permanente
acidente com afastamento e incapacidade total e permanente

5 - Porquê é melhor prevenir acidentes do que remediar suas consequências?


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Ficha n.º 26 - Medicamentos

Unidade de competência: Assumir responsabilidade pessoal e social na preservação do ambiente


Objetivos: Interpretar o folheto informativo de um medicamento.

É comum nos sentirmos perdidos em meio a tantas informações quando consultamos o folheto informativo de
algum remédio. Isso pode levar a conclusões equivocadas e ao uso incorreto do mesmo.
O folheto informativo vem sempre dividido em duas partes: uma parte que traz as informações técnicas e outra
com as informações mais acessíveis ao paciente. Procure sempre esta parte dirigida ao paciente. As informações vêm
separadas por categoria:

Composição: Apresenta o nome científico da droga e a sua concentração. Normalmente mostra também sob
quais formas farmacêuticas o medicamento se apresenta: suspensão, comprimidos, cápsulas, xarope, etc; bem como se
apresenta algum corante ou outra substância.

Indicações: Informa para quais doenças e em quais situações o medicamento é usado. Algumas vezes um
mesmo remédio pode ser usado em várias doenças diferentes.

Contra-indicações: Informa em quais condições o medicamento deve ser evitado. Por exemplo, se um remédio
é contra-indicado para pacientes asmáticos, significa que pessoas que já apresentem um quadro de asma não podem
usar este remédio. Mas não significa que o medicamento cause asma.
É importante informar ao médico, na consulta, sobre qualquer doença que o paciente apresente, para que o
profissional possa avaliar corretamente as contra-indicações quando for prescrever o medicamento.

Reações adversas/Efeitos secundários: São as reações indesejáveis que o uso do medicamento pode causar. O
ideal de qualquer medicamento é que ele tenha o máximo de eficácia e o mínimo de efeitos colaterais.

Posologia: É a dosagem correta do medicamento que deve ser administrada.

Não ter cuidado ao ingerir um determinado medicamento é um perigo para a saúde e para o bolso. Podemos
estar a tomar um medicamento que não faz efeito ou mesmo prejudica a nossa saúde e estaremos a gastar dinheiro
para nada.

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Exercício:
1 – A seguir irá encontrar informação retirada do folheto do medicamento Ben-u-ron.
1.1 - Identifique:
A - O que é e para que é utilizado D - Posologia
B - Contra-indicações E - Conservação
C - Efeitos secundários possíveis

Não tome Ben-u-ron se tem ou a sua criança tem:


- alergia (hipersensibilidade) ao paracetamol ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados
na secção 6).
- doença grave do fígado.
Fale com o seu médico antes de tomar Ben-u-ron, se tem ou a sua criança tem:
- problemas nos rins;
- problemas no fígado (incluindo uma doença metabólica hereditária e rara, chamada doença de Gilbert, em
que a pele e/ou olhos ficam amarelados);
- está a tomar outros medicamentos que afetam o fígado;
- uma doença hereditária denominada deficiência de glucose -6-desidrogenase;
- anemia hemolítica;
-alcoolismo;
-desidratação;
- malnutrição crónica.
Não tome nem dê Ben-u-ron à sua criança sem falar com o médico se:
- a febre é alta (superior a 39ºC)
- a febre dura há mais de 3 dias
- a febre desaparece e depois volta a aparecer (febre recorrente).
Estas situações podem necessitar de avaliação e tratamento pelo médico.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico
se tiver dúvidas.
A dose a administrar depende da idade e do peso corporal do doente. A dose única habitual é de 10-20 mg/kg
de peso corporal, até um máximo de 60 mg/kg de peso corporal de dose máxima diária.
Ben-u-ron pode ser administrado em intervalos de 6 a 8 horas, até 3 a 4 vezes por dia, desde que a dose
máxima diária não seja ultrapassada.
O esquema seguinte de doses é apenas indicativo, sendo necessário ter em consideração as recomendações do
médico.
Ben-u-ron xarope alivia a dor e diminui a febre. Indicações terapêuticas: Ben-u-ron está indicado no
tratamento sintomático de situações clínicas que requerem um analgésico e/ou um antipirético, tais como
síndromes gripais ou outras hipertermias infeciosas, reações hiperérgicas da vacinação, cefaleias, enxaquecas,
dores de dentes, de ouvidos, menstruais, traumáticas, musculares e articulares; como analgésico antes e após
intervenções cirúrgicas.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças. Não conservar acima de 25ºC.
Manter o frasco bem fechado dentro da embalagem exterior. Após a abertura do frasco o xarope é estável
durante 12 meses. Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e
no rótulo após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não deite fora
quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora
os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
A utilização incorreta de grandes quantidades de medicamentos para as dores (analgésicos) por um período de
tempo prolongado pode provocar dor de cabeça. Não trate estas dores de cabeça com doses maiores de Ben-u-
ron. Pare imediatamente de tomar o medicamento e contacte o seu médico se sentir inchaço da face,
particularmente à volta da boca (língua e/ou garganta), dificuldade em respirar, suores, náuseas ou queda
brusca da tensão arterial. Estes sintomas podem significar que está a ter uma reação alérgica grave, que pode
colocar a sua vida em risco, mas que ocorre muito raramente.

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Ficha n.º 27 – Vida saudável

Unidade de competência: Assumir responsabilidade pessoal e social na preservação do ambiente


Objetivos: Identificar hábitos quotidianos que permitem uma vida mais saudável.

Alimente-se bem - Uma alimentação equilibrada é a base de uma vida saudável, já que, sem uma dieta
adequada, nenhum dos outros hábitos terá o efeito desejado no seu organismo. Para uma correta alimentação, deverá
comer muitas frutas, vegetais, fibras e proteínas, deixando de lado os fritos, doces, congelados e sal em excesso. Para
um bom funcionamento do organismo, prefira uma dieta variada e repleta de vitaminas e minerais, sempre em porções
equilibradas.

Pratique exercício físico - O sedentarismo é um dos piores inimigos de um corpo saudável. Se pretende adotar
hábitos de vida mais saudáveis, terá obrigatoriamente de mexer-se, independentemente da sua idade. A prática de
exercício físico irá trazer inúmeros benefícios para a sua saúde e bem-estar, bastando para isso que dedique 30
minutos do seu dia a uma atividade física. Se não está habituado/a a exercitar-se, comece por incluir caminhadas de,
pelo menos, 30 minutos na sua rotina diária.

Descanse - Uma boa noite de sono irá assegurar que corpo e mente se encontrem nas melhores condições. O
ideal será dormir entre 6 a 8 horas por noite, para que acorde com as energias repostas e pronto/a para um novo dia.
Estudos comprovam que dormir menos horas que o recomendado provoca a perda de vigor físico, hipertensão,
obesidade ou mesmo envelhecimento precoce.

Hidrate-se - Independentemente da idade ou da estação do ano, beber água é das melhores coisas que pode fazer
pelo seu organismo. Além de eliminar toxinas, beber água contribui para uma pele mais saudável, ajudando também
na digestão e na perda de peso.

Diga adeus ao tabaco - Os malefícios do tabaco são amplamente conhecidos. Ao fumar, estará a prejudicar o
desempenho do seu organismo. Lembre-se que o tabaco está na origem dos principais problemas cardiovasculares e
respiratórios, estando associado ao aparecimento de mais de 50 doenças distintas.

Exercício:
1 - Pesquise outros hábitos que permitem uma vida mais saudável.
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Ficha n.º 28 – Reduzir, reutilizar, reciclar

Unidade de competência: Assumir responsabilidade pessoal e social na preservação do ambiente


Objetivos: Identificar formas de diminuir a produção de resíduos.

A conservação da natureza e do ambiente dependem dos nossos comportamentos.


Pequenos gestos no dia-a-dia, quando somados, refletem um efeito global importante, benéfico para o ambiente
e para a qualidade de vida de todos os seres humanos.
De seguida estão algumas sugestões que são benéficas na proteção do meio ambiente mas também ajudam no
orçamento de cada indivíduo e das suas famílias.
Água - A água é considerada o recurso mais precioso para a humanidade. É utilizada em praticamente todas as
atividades humanas e é indispensável à sobrevivência dos seres vivos. Na superfície terrestre a água ocupa 70% do
território, sendo apenas 3% de água doce. Desta, apenas uma pequena parcela está disponível para consumo.
- Feche bem as torneiras. Uma torneira a pingar pode gastar cerca de 25 litros de água por dia.
- Faça uma leitura regular do contador e da fatura da água para controlar os seus gastos.
- Feche a torneira quando está a lavar os dentes ou a fazer a barba. Uma torneira aberta pode gastar 9 litros
de água por minuto. Se optar por lavar a loiça à mão, não deixe a água escorrer continuamente. Encha o lava-loiça
com a água necessária
- Instale autoclismos com dispositivo de dupla descarga. Poderá ainda colocar uma garrafa no interior do
reservatório e assim reduzir a quantidade de água gasta.
- Utilize a máquina de lavar roupa e loiça com carga completa, evitando assim o desperdício de água e de
energia.
- Quando cozer legumes, utilize apenas a água suficiente para os cobrir e mantenha a panela tapada. Os
legumes cozem mais rápido, poupa água e energia.
- Aproveite a água da chuva colocando um reservatório ou uma cisterna no exterior. Pode utilizar essa água
para lavar o pavimento, o carro, ou para regar as suas plantas.
Energia - Em quase todas as atividades, o ser humano consome energia.
- Não deixe os seus eletrodomésticos no “modo standby”. Neste “modo” eles continuam a consumir energia.
- Depois de carregar o telemóvel, o MP3 ou máquina fotográfica, não deixe os carregadores nas tomadas,
pois continuam a gastar energia.
- Não deixe o ferro de engomar ligado se deixar de passar a ferro durante alguns minutos – um ferro de engomar
gasta, em média, tanto como 10 lâmpadas de 100 watts.
- No verão, mantenha as cortinas e estores corridos para não deixar entrar os raios solares e no inverno faça o
contrário, para que o sol aqueça a casa.
- O frigorífico é dos eletrodomésticos que mais energia gasta, por isso, evite estar sempre a abrir a sua porta.
- O termóstato do frigorífico nunca deve estar abaixo dos 3ºC. Temperaturas mais baixas consomem mais
energia.

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- Cozinhe sempre com tampas a cobrir as panelas e tachos para poupar 75% em termos energéticos.

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Ecopontos
Os ecopontos são contentores de grande dimensão que servem para fazer a recolha seletiva de lixo de várias
naturezas. Os contentores têm cores diferentes consoante o tipo de lixo. Em Portugal são as Autarquias e Sistemas
Municipais as entidades responsáveis pelos ecopontos e a Sociedade Ponto Verde a entidade gestora responsável pelo
envio para reciclagem das embalagens recolhidas nos ecopontos.

Serve
Ecoponto Podemos colocar Não podemos colocar
para
- Garrafas e garrafões de plástico;
- embalagens de plástico de detergentes,
champôs, etc.; - Embalagens plásticas contaminadas;
Plástico - pacotes de bebidas (leite, sumo, vinho); - eletrodomésticos;
Amarelo
e metal - sacos de plástico; - brinquedos;
- latas de bebidas e de conservas; - calçado e vestuário.
- embalagens de sprays vazias;
- esferovite.
- Embalagens de cartão com gordura;
- Jornais e revistas; - embalagens de produtos químicos;
- embalagens de cartão espalmadas; - papéis sujos (fraldas, lenços e guardanapos);
Azul Papel
- papel de embrulho; - papéis metalizados;
- papel de escrita. - papéis plastificados;
- radiografias.
- Loiça de vidro, pirex, barro e cerâmica;
-ampolas e seringas;
- Garrafas de vidro (vinho, azeite, etc.);
- vidros de automóvel;
Verde Vidro - frascos;
- espelhos;
- boiões.
- vidro armado;
- lâmpadas.
- Pilhas usadas dos comandos, das
- Pilhas recarregáveis
lanternas, dos relógios, etc.;
- baterias de automóveis;
Vermelho Pilhão - Baterias usadas dos telemóveis,
- baterias de brinquedos;
computadores, máquinas fotográficas e de
- baterias de eletrodomésticos.
filmar, etc..
- Garrafas plásticas fechadas com óleos - Garrafas de vidro;
Laranja Oleão
alimentares usados (OAU) - outros líquidos.

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Material A sua decomposição demora… Se for reciclado evita…


1000 kg de papel 1 a 3 meses o corte de 20 árvores
1000 Kg de plástico 200 a 450 anos a extração de milhares de litros de petróleo
1000 Kg de alumínio 100 a 500 anos a extração de 5000 Kg de minério
1000 Kg de vidro 4000 anos a extração de 1300 Kg de areia

Resíduos
Os 3 r’s: reduzir, reutilizar e reciclar
Se a produção de lixo é algo que não vai desaparecer, ao menos podemos tentar diminuir esta produção:
reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a recolha seletiva.
Estes são os 3 r's: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
Reduzir: Um bom começo é reduzir o consumo, o desperdício e os gastos excessivos.
Reutilizar: Podemos tentar reaproveitar tudo o que estiver em bom estado: material de escritório,
equipamentos, peças, móveis, cortinas, vidros, etc.
Reciclar: Uma parte do que vai para o lixo pode ser reciclada e utilizada para fabricar novos produtos, o que
evita que mais matérias-primas sejam retiradas da natureza. Vidros, latas (alumínio e aço), plásticos e papéis são
exemplos disso.

Exercício:
1 - Efetue uma lista de exemplos do seu dia-a-dia onde poderia aplicar os 3 r’s:
Reduzir Reutilizar Reciclar
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Proteja o ambiente!

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