Lop Ri
Lop Ri
Regulamento
do
Livro de Origens Português
e do
Registo Inicial
CAPÍTULO I
FINS E ORGANIZAÇÃO
Artigo 1.º
Denominação
1. Com o nome de “Livro de Origens Português”, criou-se em 1932, o registo genealógico para
a identificação dos cães de raça pura existentes em Portugal, conforme despacho ministerial
de 29 de Março de 1939 (Diário do Governo, n.º 91, 3ª Série de 20 de Abril de 1939), que
passa a reger-se pelo presente regulamento.
2. O “Livro de Origens Português” é também designado pelas iniciais LOP.
3. O Clube Português de Canicultura (CPC) é o fundador, gestor e depositário do LOP, como
tal reconhecido pela Fédération Cynologique Internationale (FCI), na qual está federado.
Artigo 2.º
Gestão do Livro de Origens Português
Artigo 3.º
Objectivos do Livro de Origens Português
O LOP destina-se ao registo e identificação, em Portugal, dos animais de raça canina pura,
tendo como objectivos principais:
a) Instituir as necessárias medidas para conservar puras todas as raças caninas;
b) Classificar as raças caninas portuguesas;
c) Inscrever e catalogar os animais de raças caninas puras;
d) Solicitar à FCI a concessão dos afixos para os canicultores residentes em Portugal;
e) Proceder aos registos e conceder os certificados mencionados neste Regulamento;
f) Cumprir e fazer cumprir os regulamentos nacionais da especialidade, bem como os da
FCI.
CAPÍTULO II
Artigo 4.º
Admissão ao Livro de Origens Português
Artigo 5.º
Inspecção prévia
1. A admissão ao LOP, dos cães nas condições das alíneas a) e b) do ponto 2 do Artigo 4.º, está
condicionada a uma eventual inspecção prévia da respectiva ninhada.
2. A selecção das ninhadas a inspeccionar será decidida aleatoriamente.
3. A inspecção prévia deverá confirmar as declarações prestadas pelo criador no boletim de
declaração de beneficiamento e nascimento de ninhada e consistirá na apresentação dos
cachorros e sua progenitora, por parte do criador, a um inspetor credenciado pelo CPC, e a
sua verificação constará num Boletim de Verificação de Ninhada, fornecido pelo CPC para
esse efeito.
4. Esta inspecção prévia será efectuada pela 1ª Comissão ou pelos Clubes de Raça com os
quais o CPC vier a estabelecer protocolos de cooperação.
5. A 1ª Comissão do CPC poderá delegar esta inspecção em juízes ou criadores.
6. Todos os cachorros da ninhada a que se refere a declaração de beneficiamento e nascimento
de ninhada, deverão estar à disposição do inspector para a sua verificação até aos 50 dias de
idade, assim como a sua progenitora.
Artigo 7.º
Limites de utilização dos reprodutores
Artigo 8.º
Cruzamentos autorizados
1. As cadelas registadas no LOP só podem ser cobertas por cães da mesma raça e variedade,
registados num Livro de Origens reconhecido.
2. Exceptuam-se do ponto anterior, os cruzamentos oficialmente reconhecidos pela FCI, entre
variedades de uma mesma raça e os produtos resultantes serão registados como pertencendo
à variedade a que mais se assemelhem.
3. No que diz respeito às Raças Portuguesas compete ao CPC autorizar os cruzamentos entre
variedades.
4. O não cumprimento do ponto 1 implicará a aplicação de sanções aos proprietários dos
progenitores, bem como a não admissão do registo dos produtos no LOP.
Artigo 9.º
Admissão de cães importados
Os cães importados, e registados num Livro de Origens reconhecido, terão que ser
registados no LOP, e os seus números de registo no estrangeiro só poderão ser usados, no nosso
país, quando precedidos pelo número de registo no LOP.
REGISTOS E CERTIFICADOS
Artigo 10.º
Declaração de Beneficiamento e Nascimento de Ninhada
Artigo 11.º
Registo de Ninhada
Artigo 13.º
Identificação por tatuagem
Artigo 14.º
Registo Individual
Artigo 15.º
Registo de Transferência
Aos cães registados no LOP que se destinem a residir no estrangeiro será emitido, a pedido
do seu proprietário, um Pedigree de Exportação, autenticado com o carimbo “Export”.
Artigo 17.º
Identificação dos documentos
Todos os registos e certificados emitidos pelo Clube Português de Canicultura terão o seu
número de ordem inscrito e antecedido pelas iniciais LOP.
Artigo 18.º
Identificação dos cães nos documentos
Artigo 19.º
Reserva de admissão do registo
O facto de se aceitar um pedido de registo não implica a sua admissão, pois esta só se torna
efectiva após a sua aprovação pela 1ª Comissão.
Artigo 20.º
Alteração de registos
Um registo efectuado não poderá sofrer alteração alguma, a não ser que motivos imperiosos
e justificados a isso obriguem, e a 1ª Comissão assim o entenda e autorize.
O registo individual não poderá ser feito mais do que uma vez, a não ser que o registo do
animal tenha sido suspenso e neste caso deverá retomar o seu primitivo número.
Artigo 22.º
Autenticação dos registos
Os certificados dos registos mencionados nos Artigos 14.º e 16.º, só serão válidos quando
assinados pela Direção do CPC, e autenticados com o selo branco do LOP.
Artigo 23.º
Morte de um cão
Sempre que se der a morte ou desaparecimento dum cão registado, o seu proprietário
deverá comunicar esse facto ao CPC, no prazo de 30 dias contados a partir da sua morte.
Artigo 24.º
Averbamento de títulos
CAPÍTULO IV
AFIXOS
Artigo 25.º
Conceito de afixo
Os afixos são palavras que se usam precedendo ou sucedendo os nomes dos cães e servem
para atestar a origem dos produtos de determinado canil.
Artigo 27.º
Não aceitação de nomes de afixos
1. Não serão aceites para afixos letras, números, nomes e apelidos de pessoas ou ainda aqueles
que se possam confundir com outros já concedidos.
2. A 1ª Comissão poderá recusar nomes de afixos se os julgar impróprios pela sua escrita ou
significado.
Artigo 28.º
Duração e âmbito de utilização do afixo
Um afixo é outorgado a título vitalício e poderá só ser utilizado para os cães criados pelo
detentor desse afixo.
Artigo 29.º
Alteração e Sucessão do afixo
Um afixo não poderá ser modificado, trocado ou vendido mas, em caso de morte do
detentor, poderá ser transmitido aos seus herdeiros quando eles o peçam à 1ª Comissão no prazo de
5 anos.
Artigo 30.º
Cedência do afixo
Um afixo poderá ser cedido pelo seu detentor ao cônjuge ou descendente directo passando
este a figurar como seu único detentor.
O criador não é obrigado a aplicar o seu afixo a todos os filhos de cadelas da sua
propriedade, mas, se um cão for registado sem afixo este não lhe poderá ser aplicado
posteriormente.
Artigo 32.º
Utilização de afixos por conjuntos de criadores
Quando duas ou mais pessoas se associarem para, conjuntamente, fazerem a criação de cães,
essas pessoas não poderão utilizar-se de qualquer afixo que, porventura, seja já pertença de qualquer
dos sócios.
Artigo 33.º
Extensão do direito ao afixo
O direito ao afixo pode estender-se ao cônjuge e aos descendentes, ou a outra união de facto
legalmente reconhecida desde que os cães se encontrem em co-propriedade. O indivíduo a quem foi
concedido o afixo permanece seu representante oficial.
Artigo 34.º
Concessão do afixo a uma sociedade ou Pessoa Colectiva
1. Uma sociedade ou pessoa colectiva, que deseje usar um afixo, deverá pedir a sua concessão
em seu próprio nome.
2. O afixo concedido nos termos deste artigo ficará submetido às condições que regem os
afixos individuais.
Artigo 35.º
Número de afixos concedidos
O número de afixos concedidos a uma pessoa ou conjunto de criadores estará de acordo com
o permitido da FCI.
CAPÍTULO V
NOMES
Artigo 37.º
Indicação dos nomes dos cães
1. No pedido de registo individual para cães nascidos em Portugal, o criador indicará dois
nomes, por ordem de preferência, para, de entre eles, a 1ª Comissão escolher aquele com
que deve ficar registado o animal.
2. Exceptuam-se deste artigo os nomes acompanhados dum afixo.
Artigo 38.º
Repetição de nomes
Na mesma raça e variedade não poderá haver nomes repetidos, nem parecidos ou que se
possam confundir, exceptuando-se os nomes acompanhados dum afixo.
Artigo 39.º
Alteração de nomes
Os nomes registados noutros Livros de Origens não poderão ser substituídos nem alterados
e, quando num cão importado tenha o nome de outro já registado da mesma raça no LOP, esse
nome será aceite devendo seguir-se-lhe o nome do país onde foi primitivamente registado.
1. Para nomes de cães, nascidos em Portugal, pode a 1ª Comissão não aceitar o nome proposto,
desde que o considere ilegal ou impróprio pela sua escrita ou significado.
2. Para nomes sem afixo a 1ª Comissão pode recusar ainda nomes de cães com mais de uma
palavra.
Artigo 41.º
Integração do afixo no nome
Um afixo, uma vez aplicado a um cão, fica fazendo parte integrante do seu nome que não
poderá ser modificado.
CAPÍTULO VI
RAÇAS PORTUGUESAS
Artigo 42.º
Raças Portuguesas reconhecidas
O CPC, reconhece as seguintes raças portuguesas, com as variedades que vão indicadas:
a) Barbado da Terceira;
b) Cão da Serra da Estrela, com as variedades de pêlo comprido e de pêlo curto;
c) Cão da Serra de Aires;
d) Cão de Água;
e) Cão de Castro Laboreiro;
f) Cão de Fila de S. Miguel;
g) Cão de Gado Transmontano;
h) Cão do Barrocal Algarvio
i) Perdigueiro Português;
j) Podengo Português com as variedades, grande de pêlo curto e liso e de pêlo
comprido e cerdoso; médio de pêlo curto e liso e de pêlo comprido e cerdoso e
pequeno de pêlo curto e liso e de pêlo comprido e cerdoso;
k) Rafeiro do Alentejo.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 43.º
Conceito de Criador
Artigo 44.º
Conceito de Proprietário
Entende-se por PROPRIETÁRIO a pessoa ou entidade em cujo nome estiver feito o registo
individual do cão, ou ao qual ele pertença por transferência registada.
Artigo 45.º
Livros de Origens reconhecidos
Artigo 46.º
Confirmação da identidade dos cães
Artigo 48.º
Ocorrência de fraudes
No caso de serem detectadas fraudes de identificação o criador fica sujeito a pena por
falsificação aplicável pelo Regulamento Disciplinar do CPC.
Artigo 49.º
Instauração de inquéritos
O CPC é competente para iniciar os inquéritos que julgar necessários para averiguar da
veracidade das informações prestadas nos pedidos de registo.
Artigo 50.º
Falsas declarações prestadas
Artigo 51.º
Taxas a cobrar pelos registos
1. Pelos registos mencionados em artigos anteriores, serão cobradas as taxas que a Direcção
estabelecer, tendo competência para as reduzir, elevar, suprimir ou para criar outras.
2. As taxas a cobrar constarão de uma tabela que será afixada nas instalações do CPC, em local
visível para o público.
3. A Direcção é competente para estabelecer os descontos que entenda convenientes aos
associados e organismos do Estado.
4. A Direcção é competente para estabelecer as verbas que julgar convenientes para os Clubes
de Raça com os quais estabelecer protocolos de cooperação para inspecção prévia de
ninhadas.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 52.º
Reprodução do Regulamento
A reprodução deste Regulamento só pode ser feita mediante prévia autorização do CPC.
Artigo 53.º
Casos não previstos no Regulamento
Qualquer caso não previsto pelo presente Regulamento será submetido para resolução
definitiva ao CPC, que é a autoridade suprema, última instância e árbitro em todas as questões que
dizem respeito ao LOP.
Artigo 54.º
Norma revogatória
Artigo 55.º
Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor 180 dias após a data da sua ratificação pela
Assembleia Geral do CPC.
Artigo 56.º
Artigo 1.º
Conceito de Registo Inicial
Artigo 2.º
Gestão do Registo Inicial
O RI, rege-se pelo presente Regulamento e a 1ª Comissão do CPC é quem o dirige, entendendo-se
que tem sobre ele os mesmos poderes e funções que tem sobre o LOP.
Artigo 3.º
Objectivos do Registo Inicial
1. O RI, destina-se a fomentar o desenvolvimento das raças caninas, permitindo conservar a sua
pureza até à admissão no Livro de Origens.
2. O RI, por exame, destina-se essencialmente a possibilitar o acesso de cães que fenotipicamente
se identifiquem com qualquer das raças caninas reconhecidas e cuja qualidade o justifique, bem
como, a possibilitar a inscrição de efectivos na fase provisória de reconhecimento de uma nova
raça nacional.
Artigo 4.º
Admissão ao Registo Inicial por exame
1. A admissão ao RI, por exame, é permitida aos cães que se encontrem devidamente identificados
e que tendo sido examinados por dois juízes indicados pelo CPC, os julgue em condições de
serem admitidos, por apresentarem qualidades étnicas bem definidas e coincidentes com um
Estalão de raça.
2. O exame de registo inicial para as raças portuguesas, é realizado por um juiz indicado pelo C. P.
C., aplicando-se em tudo o resto o disposto no número anterior.
3. O CPC através da sua 1ª Comissão, reserva-se no direito de estabelecer as regras que se
mostrarem adequadas a cada momento, à boa gestão do RI, nomeadamente, quanto à
admissibilidade ao mesmo, limitando ou ampliando o seu âmbito.
Artigo 5.º
Aplicabilidade do Regulamento do RI
Qualquer caso não previsto pelo presente Regulamento será submetido para resolução definitiva ao
CPC, que é a autoridade suprema, última instância e árbitro em todas as questões que dizem
respeito ao RI.
Artigo 7.º
Norma revogatória
Artigo 8.º
Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor 180 dias após a data da sua ratificação pela Assembleia
Geral do CPC.
Artigo 9.º
As normas relativas à identificação canina serão postas em vigor em simultâneo com a entrada em
vigor deste Regulamento.