Ebook introdutório

dos estudos de tarô

 A informação mais antiga do tarô do qual se tem registro é do século XIV,
encontrado em um documento na Suíça. No entanto, a criação do tarô é um
mistério e a maioria dos estudiosos acreditam que o tarô foi criado na Itália, no
Renascimento. Tudo indica que os Arcanos Maiores foram inventados
separadamente dos naipes dos baralhos comuns (os 4 naipes: paus, espadas,
ouros e copas) e unidos posteriormente.
Inicialmente, o conhecimento dessa ferramenta ficou apenas na posse da alta
sociedade, como Reis e nobres.
O conhecimento do tarô começou a ser
disseminado para um maior número de
pessoas após a segunda metade do século XIX
e, ao longo do tempo, os arquétipos ilustrados
foram se modernizando.
O tarô é uma ferramenta antiga de autoconhecimento, previsão de futuro
e leitura energética. Através do tarô é possível ter uma visão ampla das
situações e se guiar pelos melhores conselhos e caminhos para seguir. Ele
é um sinal claro do universo que chega para o consulente ou para aquele
que faz a tiragem através do poder da intenção e da sincronicidade.
o tarô é composto
por...

78 cartas 22 Arcanos 56 Arcanos

ao Total Maiores Menores
 Os 22 Arcanos maiores compreendem:
(0) O Louco, (1) O Mago, (2) A
Sacerdotisa ou a Papisa, (3) A
Imperatriz, (4) O Imperador, (5) O Papa
ou o Hierofante, (6) Os Enamorados, (7)
O Carro, (8) A Justiça, (9) O Eremita, (11)
A Força, (12) O Enforcado, (13) A Morte,
(14) A Temperança, (15) O Diabo, (16) A
Torre, (17) A Estrela, (18) A Lua, (19) O
Sol, (20) O Julgamento e (21) O Mundo.
 Já os Arcanos Menores, tem a
seguinte estrutura: 4 naipes, desde os
ases ao número 10 e, em seguida,
valetes ou pajens, cavaleiros (e em
alguns tarôs modernos, princesas),
rainhas e reis.
O Tarô um sistema de representação simbólica de características arquetípicas do
inconsciente coletivo. Ou seja, cada Arcano Maior do tarô representa um
arquétipo universal que é passível de influência para todos que aqui habitam.
Por exemplo: A Imperatriz e O Imperador são os arquétipos da mãe e do pai,
respectivamente. Nesse caso, não é a representação de um pai ou mãe em
específico, mas tudo o que o universo de uma mãe compreende, suas
características e funções (maternidade, fertilidade, amor incondicional, carinho,
afeto, cuidado), assim como de um pai (proteção, ação, responsabilidade, chefe,
provedor).
Arquivo nuvem I. C
Pastas Arquétipos Universais

Itens arquivados Informações, padrões

na pasta e funções que
compõem o arquétipo
 Quem estudou e teorizou
profundamente sobre o inconsciente
coletivo foi Carl Jung e, como indicação
de leitura sobre o assunto, recomendo
“Jung e o tarô”, de Sallie Nichols.
Arcanos Menores
Já os Arcanos Menores, mostram situações e influências
do dia-a-dia. Nesse sentido, o tarô como um todo traz as
temáticas universais e mostram as situações do
cotidiano, sendo um aliado para autoconhecimento e
resolução de problemas. Os Arcanos Menores trazem um
maior nível de detalhe para as leituras.
Funcionamento do tarô
Como o tarô funciona através de leitura energética, ele esclarece as
mais diversas situações que, à princípio, parecem não ter como saber
sobre aquilo.
Conforme a energia do passado e do presente, o tarô mostra a
tendência futura, o que pode vir a acontecer caso a situação continue
da mesma forma. A tendência pode mudar se os envolvidos mudam os
comportamentos, atitudes ou pensamentos, pois, todo indivíduo possui
livre-arbítrio.
E como ele pode ser
usado?
Por exemplo: para tomada de decisões
importantes, o tarô mostra a tendência de
cada escolha. Assim, você ou o consulente
pode escolher o caminho que achou melhor
para ser experienciado.
Posso perguntar
sobre outras pessoas?
Outro exemplo: quando se deseja consultar sobre outra pessoa, o
tarô faz uma leitura energética do campo do indivíduo e traz o
esclarecimento sobre a pergunta feita. Devemos entender que, o que
uma pessoa demonstra pode ser muito diferente do que ela
realmente pensa e sente. Por isso, não se deixe enganar apenas pelas
aparências, o tarô sempre vai mostrar a camada que não está na
superficialidade.
E como são feitas as
tiragens?
O tarô pode ser consultado com uma gama de
jogadas ou mesmo de perguntas específicas. Algumas
jogadas já têm regras próprias e não precisam de um
comando. Já outras, têm suas regras, mas podem ser
ativadas por comandos de perguntas específicas.
A Jornada do Louco
 A Jornada do Louco representa o caminho progressivo, cíclico e
espiralado da alma, do desenvolvimento espiritual e da
iluminação. Essa jornada pode ser vista como algo mais simbólico
e amplo para a vida em geral ou para representar uma fase, pois,
todos nós percorremos a Jornada várias vezes na vida, ao passo
que criamos a nossa Jornada maior.

Nem sempre a jornada de um indivíduo será progressiva assim

como A Jornada do Louco, mas, o caminho dos Arcanos Maiores
compreende grandes ponto de evolução da vida.
 Cada um dos 22 Arcanos Maiores que compõem a Jornada do
Louco é um arquétipo do inconsciente coletivo que, como já
sabemos, é a representação de forças maiores que atuam em
nossas vidas.

O Louco, nessa mecânica, adota um posicionamento central e

coringa, já que ele representa o impulso de ação que vem de uma
conexão espiritual, a pureza em se jogar para uma nova aventura,
despreocupado com o que pode vir a acontecer, mas curioso. Ele
é o número 0, o símbolo da ciclicidade e do eterno retorno.
 Por isso, a sequência dos Arcanos Maiores é sua própria
Jornada. É através do Arcano 0 que vamos explorar esse
conhecimento fascinante e observar de perto as forças
maiores atuando na vida do Louco. Quando o Louco chegar
ao Mundo, a Jornada recomeça.
 A Jornada do Louco é dividida entre 3 septenários e cada um representa
uma grande fase. Septenários são as fileiras de 7 cartas cada.
 O primeiro septenário representa a formação do indivíduo, é a fase
de descoberta de si mesmo, da afirmação do sujeito, da formação
do ego, do Eu. É também a fase na qual acontecem os primeiros
contatos com o mundo externo e com outros indivíduos. Essa fase
possui uma energia masculina, já que os processos criativos e de
ações são voltados para fora de si.
 O segundo septenário representa a harmonização do externo e do
interno. Aqui, a percepção do indivíduo em relação ao mundo é
desenvolvida de acordo com experiências mais complexas ao qual é
submetido e que se submete. É também uma fase intermediária de
interiorização (diante dos conflitos experienciados para sua
evolução). Tem, portanto, a energia feminina.
 O terceiro septenário representa a evolução da alma e os
aprendizados espirituais. Nesta fase o sujeito alcança sua realização
e consegue a transcendência. É o momento de reconexão consigo
mesmo e o entendimento de que uma nova Jornada vem em frente.
 O Louco, ao iniciar sua jornada, encontra o Mago, que é
o princípio de realização masculina, é a criatividade que
dá vida a algo novo. É aqui que o Louco entende seu
potencial de criar, sua força interior de canalizar as ideias
para o mundo real. É a conscientização do Louco. A
formação do consciente. É também a representação
simbólica de seu nascimento físico, assim como um bebê.
 Quando encontra a Sacerdotisa, que é a força
oposta ao Mago, O Louco se depara com os
processos inconscientes e com a formação de suas
crenças, é a personalidade primária.
Dessa forma, o princípio feminino de receptividade da
Sacerdotisa aceita e recebe as informações do meio.
O solo fértil da Sacerdotisa mantém o potencial de
tudo que possa florescer dali a diante e o indivíduo
aprende a se guiar pela própria intuição e recebe os
sinais que vem do seu inconsciente.
 Após conhecer o princípio masculino e o princípio
feminino, O Louco encontra a junção dessas duas
forças na Imperatriz, o arquétipo da mãe, que é a força
geradora e ele entende seu poder de manifestação e
crescimento do que desejar gerir. Também é aqui
onde ele se depara com o primeiro contato com outro
indivíduo, com o sentimento de cuidado e amor, assim
como os bebês que se deparam primeiro com o
aconchego do colo materno.
 Então, O Louco se depara com o Imperador e nosso herói
conhece as regras, a estabilidade e a solidez que se
constroem através de esforço intencionado. O Imperador é
o Arquétipo do Pai e, nessa fase da formação, o indivíduo
lida com a proteção e com a autoridade e entende que há
pessoas demarcadas em hierarquias de poder no mundo
em que vive. Para que possa viver nesse mundo, O Louco
entende que a ordem é um fator importante.
 Diante do Hierofante, a ordem e o método são aprendidos também
nos ambientes externos, ao passo que lida com as crenças e
estruturas do seu meio social e não mais apenas familiar. Nesse
ponto, ele já se aventurou um pouco mais no desconhecido e com
esse processo vai obtendo novos conhecimentos, inclusive formais. A
curiosidade o guia e também a força instintiva de pertencimento. No
mais, O Louco descobre também que os métodos em demasia podem
o levar a alguns desafios e que precisa desenvolver a flexibilidade, ou
seja, manter a mente mais aberta à novas ideias e se adaptar.
 A flexibilidade anterior é muito bem vinda quando O Louco
encontra Os Enamorados, pois, nessa fase, lida com as
indecisões e aprende que tem livre-arbítrio e que precisa
desenvolver suas próprias opiniões. Entende que cada escolha
deve ser feita com consciência e responsabilidade. Nesse
ponto, O Louco também conhece os desejos de se aliar com
outro indivíduo, já que Os Enamorados é a primeira carta a ser
representada com mais de uma figura e, nesse sentido, O
Louco começa a perder seu instinto puramente egocêntrico.
 Ao se deparar com o Carro, O Louco entendeu que em
muitos momentos da vida, principalmente nos de
indecisão, o necessário a ser fazer é puxar as rédeas da
própria vida e leva-la onde se deseja, de acordo com as
próprias convicções. É aqui que ele precisa desenvolver
o senso de autoconfiança e autodisciplina. É necessário
também controlar os instintos e o ego, pois a pressa e a
ansiedade podem atrapalhar.
 Quando O Louco encontra a Justiça, já está
preparado para utilizar melhor a racionalidade,
discernimento e lógica e entender os princípios de sua
ética e moral, com a consciência da lei do retorno, ao
qual a Justiça se refere. É um aprendizado de nível
mais social, mas, isso impacta de forma grandiosa sua
personalidade, pois, agora, entende o peso de suas
decisões.
Chegando ao Eremita, O Louco passa por um intenso
processo de introspecção realizado de bom grado. O
número 9 também representa encerramento e, nesse
ponto, um tipo de renascimento interior ocorre com o
viajante, concedendo-lhe maior maturidade e respeito
com os processos da vida, inclusive com o tempo. O
Eremita invoca a busca da verdade e a conexão com
algo maior, com a própria espiritualidade.
 Com todos os aprendizados mais elevados no nível do
ser realizados com O Eremita, O Louco entende que, na
vida, há processos que não estão ao seu alcance, e que os
acontecimentos se encaixam em uma ordem perfeita e
harmônica. A Roda da Fortuna o mostra que a estabilidade
é uma ilusão e que a vida é feita de constantes mudanças
e, com essa experiência, ele entende que há algo maior
regente o universo.
 Nem sempre as mudanças da vida são fáceis e, com as
instabilidades, O Louco descobre A Força que tem para
ultrapassar todos os desafios. Nesse ponto, ele fica
ciente de sua coragem, força interior e de seu poder de
resiliência. O Louco também descobre que pode realizar
suas conquistas, desde que tenha força para lidar com as
situações, controlar seu ego, suas emoções, vícios e
compulsões.
 No Entanto, paixões desenfreadas ou desafios são
acontecimentos repentinos e que muitas vezes nos cegam e,
quando não bem trabalhados, podem estagnar a vida. Esse é o
aprendizado que O Louco tem com O Enforcado. Aqui, é um
momento de pausa, de analisar tudo o que está deixando a vida
do Louco bloqueada. É um momento no qual a ação fica
suspensa e ele pode optar por dois caminhos: se martirizar ou
soltar, deixar fluir e que chegue o momento certo de realizar
mudanças. Às vezes, sacrifícios precisam ser feitos em prol de
algo melhor.
 Depois das profundas reflexões na fase do Eremita, O Louco
entende que chegou o momento de transformações
profundas, tanto internas quanto externas. Com a Morte, o
viaante sente a necessidade de deixar hábitos, crenças
nocivas, ideias e até mesmo algum estilo de vida que já não
faça mais sentido. É um processo que pode ser extremamente
doloroso, mas é temporário. A Morte nada mais é que uma
passagem. É uma fase de transição na qual muitas coisas
serão deixadas para trás, para que coisas novas cheguem.
 Todos esses processos, desde o início da sua jornada,
deixaram instabilidades emocionais no Louco. Com a
Temperança, ele encontra seu momento de cura interior. É a
fase de harmonização de seus pensamentos, sentimentos e
emoções. A Temperança vem como um bálsamo, é um
momento de calma, de paz e serenidade. O Louco se
recompõe por esse breve tempo para que, à frente, possa
seguir com sua Jornada.
 Chegando ao terceiro septenário, começa a grande
ascensão espiritual do Louco. Mas, para que ele atinja a
máxima realização, ele precisará passar por lições
maiores. Nesse ponto, O Louco encontra o Diabo e se
depara com suas sombras e os desejos intensos que tem. É
a força do ego que o impele em uma busca insana pela
ilusão do poder e pela escravidão das posses matérias. Ele
sabe que pode conquistar tudo o que quer, mas essa
empreitada o mantém acorrentado
 Para que transcenda o mundo material e rompa com os
muros construídos ao redor de si pelo ego, O Louco enfrenta o
destrutivo poder da Torre. Ao encontrar o Arcano 16, o viajante
enfrenta um choque de realidade e vê as ilusões que construiu
se romperem e desabarem. A sensação que A Torre lhe traz é
desesperadora, mas só enquanto tenta manter as falsas
ilusões. O Louco só percebe uma luz no fim do túnel quando
percebe que o melhor a fazer é realizar mais uma vez a
transformação necessária.
 A Estrela começa a brilhar em seu interior com a
chama da esperança. Depois de mais um
aprendizado denso e transformador, O Louco vê
novas perspectivas para si e sua fé e confiança em
si mesmo e em algo maior é renovada. Ele já pode
continuar sua Jornada com sentimentos
melhores, com mais calma, tranquilidade e
pensamentos positivos.
 Falta pouco para que o Louco atinja o ápice de sua Jornada e
toda essa expectativa começa a nublar seus pensamentos e
racionalidade. Sua mente fértil alimenta pensamentos
fantasiosos e a ilusão começa mais uma vez a se instalar. É
necessário que, com A Lua, O Louco perceba os mecanismos da
mente, veja que a irracionalidade e confusão vêm de seu interior.
É o momento em que o Louco precisa afundar em seu
subconsciente e se conectar com sua intuição para discernir o que
é realidade e o que é ilusão.
 Seus processos interiores ganham mais clareza ao chegar no
Sol. O Arcano 19 ilumina tudo e, portanto, traz as respostas que
O Louco procurava. As ilusões começam a se dissolver, assim
como o medo, e a racionalidade e firmeza voltam a ganhar
força. Aqui, O Louco recupera a vitalidade e alegria e se conecta
com quem que realmente é. Ele se torna expansivo e
espontâneo e atrai para si tudo o que necessita. Já nesse ponto,
O Louco desfruta de sucesso e brilho e ganha mais clareza para
o que ainda precisa cumprir na reta final de sua Jornada.
 Ainda é preciso fazer uma última revisão. Com o Julgamento,
o Louco faz uma autoexame de consciência. Ele olha para sua
Jornada e relembra tudo o que aprender. Pensa o que é que
deve permanecer consigo e o que é que deve deixar para trás.
Ele compreende as mudanças de comportamentos que realizou
e calcula o que é preciso mudar em si mesmo para completar
sua Jornada. É um momento profundo de conexão com o Eu
Superior e o momento do chamado: é hora de fazer aquilo que
veio fazer. É hora da mudança final.
 O Louco conseguiu completar todos os seus aprendizados e
encontra O Mundo. Aqui, ele encontra a realização, a plenitude
e a conquista de todas as áreas de sua vida. Com o mundo, o
Louco consegue a sua realização espiritual. A completude o fez
perceber que não foi necessariamente o fim que o tornou
realizado, mas todos os feitos acumulados de sua Jornada. Ele
se prepara para reencontrar o Mago e iniciar um novo processo,
agora muito mais forte e convicto de que a vida é um grande
espaço de aprendizado e evoluções constantes.
 Você com certeza expandiu seu conhecimento de tarô com esse
conteúdo e deu um passo enorme na sua Jornada.

Porém, a Jornada do Louco é apenas um introdução aos Arcanos

Maiores. Para que você possa realizar ótimas leituras de tarô, você
precisa conhecer os significados de cada um dos Arcanos, positivos,
negativos, o que significam na vida amorosa, profissional, financeira,
a nível pessoal, espiritual, etc...

Mas vamos continuar nos estudos! Vamos ver sobre Interpretação.

Como interpretar
jogadas de Tarô
 O passo inicial, que é óbvio, mas que preciso deixar claro é: você
precisa saber o significado de cada Arcano, tanto o lado positivo quando
o lado negativo/desafiador, porque, dessa maneira, pelo conjunto de
cartas, você vai entender se a energia da jogada está favorável ou tensa.
Para interpretar uma jogada é necessário escolher qual será ela e se
guiar pela pergunta feita e / ou pelas regras daquele jogo. Por regras,
quero dizer: o que significa cada posição em que as cartas vão ficar. Nas
jogadas, cada posição representa algum ponto e, é claro, você vai
escolher a melhor jogada que responda seus questionamentos ou do
consulente.
 Existem algumas jogadas que precisam de uma pergunta específica como
comando e outras não. Naquelas que precisam, você vai ler a resposta se
guiando estritamente pela pergunta e observando a estrutura do jogo.

Por exemplo: você perguntou a tendência de voltar com o ex e escolheu o jogo

das 3 cartas (passado, presente e futuro). Você vai olhar cada carta baseado no
significado do Arcano em si e contextualizar o que cada uma delas representa
no passado, presente ou futuro. Você também precisa olhar a jogada como um
todo: todas as cartas têm uma energia positiva e a tendência final é boa?
Começa desafiador e termina bom? Ou começa bom e termina desafiador?
Vamos a uma pergunta que pode ser respondida de diversas maneiras:

- Qual a tendência para determinada situação?

Exemplo 1: Cavaleiro de Espadas, II de Ouros e A Torre.

Passado Presente Futuro

 O Cavaleiro de Espadas indica que o consulente vem colocando uma força extremamente
focada e determinada em alguma coisa. Ele está fazendo o máximo possível, chegando quase ao
seu limite.
Como sabemos que, nesse caso, O Cavaleiro de Espadas fala do lado da carta de mais firmeza e
imposição para conseguir aquilo que se quer, sem medir esforços? Porque a próxima carta, o II
de Ouros, no presente, indica que essa energia workaholic está deixando a pessoa mega
atarefada.
Ela está tentando manter o equilíbrio de tudo, porém, esse empreendimento (seja lá de qual a
natureza, trabalho ou vida amorosa, por exemplo) não vai vingar por muito tempo, visto que a
tendência final é A Torre que, por sua vez, indica que aquilo não tem base sólida para continuar
da forma como está e vai ruir.
Esse processo pode ser doloroso para o consulente, visto que ele está dando o seu melhor para
lidar com os acontecimentos. Ele só gostaria que tudo desse certo, mas vai precisar recalcular a
rota e fazer o que pretende de uma maneira mais consciente e, possivelmente, saudável.
- Qual a tendência para determinada situação?

Exemplo 2: O Julgamento, A Temperança e O Mundo.

Passado Presente Futuro

 A tendência para a situação no exemplo 2 tem um desfecho diferente e menos
desafiador.

Observe a energia das cartas.

Pelas imagens, você consegue discernir que a situação se encaminha para uma
solução agradável. E por quê? Porque a jogada de 3 cartas, passado, presente e futuro,
é progressiva. Nesse sentido, uma situação que estava sendo analisada com crítica
consciente, com a carta do passado, o Julgamento, e com tempo para ponderação,
com calma e tolerância, a partir da carta da Temperança, o resultado do Mundo
mostra a realização, a felicidade e a completude do sujeito (ou sujeitos envolvidos)
diante da situação.
- Qual a tendência para determinada situação?

Exemplo 3: O Papa, O Enforcado e Os Enamorados.

Passado Presente Futuro

 Agora, temos um desfecho mais neutro, no qual a melhora da situação depende
muito das escolhas do consulente. Primeiro, analisando passado e presente, vemos
que a combinação dessas duas cartas evoca os lados desafiadores delas, pois, para
que um Papa dê lugar ao Enforcado, é porque não soube trabalhar bem suas
características. (A próxima carta sempre é um desfecho do que veio antes).
Aqui, O Papa ou o Hierofante fala da teimosia, da cabeça fechada e da falta de
flexibilidade com a vida que o faz estagnar e, portanto, sofre com a energia do
Enforcado.
O Arcano 12 fala sobre um período no qual as coisas dificilmente fluem e, nesse
caso, é necessário olhar para a questão e entender que não temos controle de tudo.
 É preciso soltar as amarras e praticar a não ação. Porém, a
próxima carta, Os Enamorados, indica que as coisas começam a
melhorar desde que o livre-arbítrio seja utilizado, ou seja, a
autorresponsabilidade consciente de suas próprias escolhas. A
tendência é que o consulente trabalhe esse lado de sua
personalidade e os acontecimentos comecem a fluir novamente,
visto que Os Enamorados indica a fluidez criativa diante da vida.
 Nos casos em que a jogada não precisa de uma pergunta, ou seja, a jogada
já tem uma função específica do que é que ela pode mostrar, você vai ler cada
carta com seu significado e o significa da posição que ela saiu e
contextualizar os detalhes de todas em uma leitura mais ampla.

- Dani, mas e as combinações de cartas? Não é assim que aprende a ler?

Sinto muito te desapontar, mas se agarrar apenas às combinações de cartas
vai te fazer fracassar nas leituras, visto que, em cada jogada, as cartas saem
diferentes. Falo isso porque é o que eu observo nos meus atendimentos. Cada
contexto é um. O que uma carta significa pra um (um ponto específico da
carta), pode não ser o mesmo para o outro.
Observe qual a regra do jogo ou qual pergunta foi feita.
Nunca fuja da pergunta, nunca responda o que não foi perguntado. Olhe as cartas e seus significados
e responda o que elas realmente querem dizer ao consulente
Em jogadas, olhe primeiro as cartas como um todo antes de falar carta por carta, pois, dessa forma,
você entende o amplo, mas explica os detalhes
Desenvolva a flexibilidade para lidar com as cartas
É necessário entender que leva um tempo para internalizar todas as cartas e a leitura se tornar fluida
No começo, tenha um caderno de anotações com os significados dos Arcanos ao seu lado sempre
que for abrir uma jogada
Não dê respostas deterministas e não dê um resultado final logo de cara para o consulente. É
necessário observar as outras perguntas também e entender o contexto que o consulente está
vivendo.
Quando interpretar para si, leia como se fosse para outra pessoa.
O treino é essencial tanto consigo quanto com pessoas próximas.
Tire carta do dia todos os dias ou faça uma jogada de três para saber como vai ser o seu dia e
observe as influências agindo na vida real.
Pergunte sobre situações que já aconteceram para que veja o tarô expondo o ocorrido.
Estude um pouco sobre as cartas todos os dias, para que comece a internalizar e também decorar
os significados.
Decorar é necessário, mas não se deixe engessar, pois, em uma jogada, a carta significa uma coisa,
mas em outra, pode ter outra conotação.
Estimule sua intuição, confie no tarô e aprenda a lidar com a insegurança de ler errado, não tenha
medo do consulente e nem das cartas: não existe carta que sai errado.
Leia para pessoas realmente interessadas e não para amigos ou parentes que vão te desqualificar
ou que não te apoiam de verdade.
Tenha uma visão aberta. Não caia no erro de achar que as pessoas deveriam fazer o que você faria,
pois as pessoas são dinâmicas. Então, não estranhe se você ver nas jogadas um comportamento
que não concorda ou que não faz sentido para você.
Até aqui você expandiu demais o seu conhecimento
sobre o tarô!

Mas, se você quer um estudo mais profundo, te convido

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do Tarô". São + de 60 aulas gravadas e mais conteúdos
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Material desenvolvido, escrito e revisado por Daniele Ribeiro dos Anjos -

@Danieledosanjoss

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