Direito Tributário - Aula 07
Direito Tributário - Aula 07
Direito Tributário - Aula 07
Aula 07
"Se você realmente quer algo, não espere. Ensine você mesmo a ser impaciente" Gurbaksh
Chahal, Empreendedor
1 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Muitos conceitos se entrelaçarão a partir desse momento. Embora tenhamos visto apenas
superficialmente alguns aspectos relativos à obrigação tributária, você será capaz de perceber que
De início, é importante saber que a obrigação tributária caracteriza-se por uma relação
jurídica estabelecida entre dois indivíduos, credor e devedor, cujo objeto consiste em uma
prestação de dar, fazer ou deixar de fazer algo.
Assim, faz-se necessário conhecer os elementos subjetivos (sujeitos) e objetivos
(prestações) da obrigação.
No que concerne aos sujeitos envolvidos na relação obrigacional, cabe destacar que o
devedor é denominado sujeito passivo, e o credor, sujeito ativo.
Em direito tributário, o sujeito ativo é o ente instituidor do tributo (União, Estados, DF ou
Municípios) ou a pessoa jurídica de direito público titular da capacidade tributária ativa que, como
já vimos, é responsável pela arrecadação e fiscalização do tributo.
Em relação ao outro sujeito da obrigação tributária, isto é, o sujeito passivo, pode-se
afirmar que este é o particular (pessoa física ou jurídica), que fica sujeito ao cumprimento das
obrigações tributárias.
No tocante aos elementos objetivos da obrigação, cabe observar que, as prestações de dar
e de fazer exigem uma ação do devedor, sendo, portanto, consideradas prestações positivas. Já a
obrigação de deixar de fazer, caracteriza-se por uma abstenção do devedor, sendo considerada
prestação negativa.
Assim, retornando nossos olhares para o Direito Tributário, podemos ter a obrigação de dar
representada pelo dever de entregar dinheiro ao Fisco, pagando tributos ou multas. É
denominada de obrigação principal.
No que se refere às obrigações de fazer ou deixar de fazer algo, pode-se definir como
prestações acessórias, com o objetivo de auxiliar a arrecadação e fiscalização tributária. Assim, por
exemplo, o particular pode ser obrigado a escriturar livros fiscais (obrigação de fazer algo), como
também não impedir o acesso da fiscalização à sua empresa (obrigação de deixar de fazer algo).
São as denominadas obrigações acessórias.
Nesse contexto, estabelece o caput do art. 113 CTN que a obrigação tributária é principal
ou acessória.
Estudaremos cada um delas a seguir. No entanto, antes disso, é bom que você guarde que,
independentemente de a obrigação ser principal ou acessória, ela surge com a ocorrência do fato
gerador. Ou seja, há uma hipótese de incidência prevista abstratamente que, ocorrida no mundo
concreto, faz gerar o liame entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, isto é, a relação jurídico-
tribtária.
Observação: Vamos começar a adotar o conceito de sujeito ativo e sujeito passivo nesse
momento. No que se refere ao sujeito passivo, veremos, nesta aula, que nem todo
devedor é contribuinte.
Nessa linha de raciocínio, só existe obrigação tributária se houver um fato gerador, já que
é com a ocorrência deste que surge a obrigação tributária. Esse assunto será estudado ainda nesta
aula.
Portanto, na aula de hoje, nós também vamos estudar a hipótese de incidência e o fato
gerador, e as diferenças conceituais entre eles, mas antes é necessário entender melhor o que é
uma obrigação tributária principal e acessória.
Vamos lá!
A definição de obrigação principal consta no art. 113, § 1º, do Código Tributário Nacional.
Acompanhemos sua redação:
Art. 113:
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
O dispositivo supracitado deve ser dividido em três partes a fim de que você o compreenda
perfeitamente:
Já foi dito nesta aula que o surgimento de uma obrigação tributária realmente pressupõe a
ocorrência de um fato gerador, e ainda falaremos muito sobre isso ao longo da aula. De antemão,
podemos considerar que o fato gerador é a concretização no mundo real de uma hipótese de
incidência prevista na lei. Por exemplo: a lei municipal instituidora do IPTU estabelece que haverá
incidência desse imposto quando uma pessoa for proprietária de um imóvel urbano. Quando
IPTU
a obrigação tributária principal.
No tocante ao objeto da obrigação principal, podemos dizer que compreende uma
prestação pecuniária, isto é, de entregar dinheiro, nela consistindo tanto o pagamento de tributo
quanto multa tributária. Assim, se a obrigação é principal, deve haver dinheiro como seu objeto.
Nós já vimos no nosso curso, que os tributos, pelo próprio conceito, distinguem-se das
multas, pois aqueles não podem constituir sanção por ato ilícito, correto? Embora não se
confundam, ambos têm algo em comum: possuem conteúdo pecuniário. Sendo assim, os tributos
e as multas constituem obrigação tributária principal.
A multa não se confunde com tributo, mas a obrigação de pagá-la é de natureza tributária, ou seja,
uma obrigação tributária pode ter como conteúdo o pagamento de uma multa tributária.
Por fim, no tocante à extinção da obrigação tributária principal, o CTN estabeleceu que se
dá juntamente com a extinção do crédito dela decorrente, ou seja, com a extinção do crédito
tributário. Também discorreremos ao longo da aula sobre a distinção entre obrigação tributária e
crédito tributário, mas, de antemão, guarde que o crédito tributário é a obrigação tributária que já
se encontra em fase de exigibilidade, ou seja, já pode ser cobrada do sujeito passivo.
Desse modo, se o sujeito passivo extingue o crédito tributário, extinta estará também a
obrigação tributária que lhe deu origem. Neste momento, convido você a verificar a redação do
art. 156, do CTN, que trata das hipóteses de extinção do crédito tributário. Não se preocupe em
compreendê-las por completo, mas veja que o pagamento (inciso I) extingue o crédito tributário.
Assim sendo, se o sujeito passivo paga o tributo, extingue o crédito tributário e, também, a
obrigação tributária que lhe deu origem! O raciocínio é bastante simples!
O gozo de imunidade ou de benefício fiscal não dispensa o seu titular de cumprir as obrigações
tributárias acessórias a que estão obrigados quaisquer contribuintes.
Com a ilustração acima, fica fácil perceber a autonomia da obrigação acessória. Veja que a
entidade é imune aos impostos (não há obrigação principal), mas ainda assim fica obrigada a
cumprir os deveres burocráticos, para auxiliar o controle da atividade de fiscalização.
Embora não haja uma relação de dependência entre a obrigação principal e a acessória, a
inobservância desta pode ensejar a surgimento daquela, ou seja, o descumprimento da obrigação
acessória gera uma obrigação principal, que são as multas. Observe a redação do § 2º do art. 113,
do CTN:
Art. 113:
(...)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.
E CTN -
-se entender que a obrigação acessória não deixa de existir. Nesse
caso, o sujeito passivo fica obrigado a cumprir a obrigação acessória e ainda assim pagar a multa
(obrigação principal).
Nunca se esqueça de que a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias deve ser
interpretada literalmente!
Nessa esteira, quando o legislador institui o tributo, surge a hipótese de incidência, sendo
esta a previsão abstrata do fato que dará causa à obrigação tributária.
Quando o fato se concretizar, surge, então, o fato gerador, dando nascimento à obrigação
tributária. É nesse momento que se cria a obrigação de pagar o tributo, sendo que a exigibilidade
só poderá ser feita, em regra, após o lançamento, quando fica constituído o crédito tributário.
Observação: É possível que o tributo seja pago antes de se concretizar o fato gerador.
Trata-se do mecanismo da substituição tributária, que será estudado em momento
oportuno.
Quando um fato coincide com a hipótese de incidência descrita na norma, falamos em subsunção
do fato à hipótese de incidência.
É muito importante memorizar esses termos, pois quando o examinador quer surpreender o
candidato ele normalmente traz esses termos inusitados. Isso, a partir de agora, não é mais
novidade para você!
Para que tudo fique mais claro, vamos exemplificar: sabemos que a CF/88 conferiu aos
Estados a competência tributária para instituir imposto sobre a propriedade de veículos
automotores.
Logo, quando o Estado do Acre institui o IPVA, na lei instituidora, há a previsão de uma
hipótese de incidência, que é possuir veículo automotor. No momento em que o sujeito passivo
adquire um veículo automotor, o fato (possuir o veículo) subsume-se à hipótese de incidência,
ocorrendo o fato gerador e surgindo a obrigação tributária.
Aí eu te pergunto: qual é o momento exato da ocorrência desse fato gerador? Qual será o
valor exato da obrigação tributária? Enfim, é de se destacar que a lei instituidora precisa definir,
além do elemento material (possuir o veículo automotor, no exemplo fornecido), outros aspectos
que vão definir com precisão a obrigação tributária.
A doutrina majoritária conclui que, ao instituir determinado tributo, a lei deve prever vários
aspectos, a fim de que a obrigação tributária seja exata, e que os seus elementos objetivos e
subjetivos sejam precisos.
Memorizar os aspectos do fato gerador é de extrema relevância para enfrentar as provas de
concurso público. Por esse motivo, vou trazê-los em forma de tópico para facilitar a leitura e
posterior revisão:
importante para se definir, no caso do IPTU, por exemplo, a qual Município cabe o
referido imposto, quando ambos são limítrofes.
Vídeo Extra: Com objetivo de tornar nossa aula ainda mais didática, eu gravei um vídeo
tratando sobre este assunto. Para visualizá-lo, basta ler o QR Code abaixo com a câmera
do seu smartphone, utilizando um aplicativo de leitura de QR Codes.
Nos arts. 114 e 115 do CTN, o legislador disciplina os fatos geradores da obrigação principal
e da obrigação acessória.
No que concerne à obrigação principal, o CTN dispôs da seguinte maneira:
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência.
estudamos. Logo, pode-se dizer que o CTN considerou os institutos como sinônimos.
Ignorando a crítica feita, devemos saber que para se concretizar o fato gerador, deve
ocorrer a situação que foi definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Isto é,
devem estar presentes todos os requisitos previstos em lei para que ocorra o fato gerador da
obrigação principal.
Muito cuidado com questões que afirmam que o fato gerador é a situação definida em lei como
suficiente (ou necessária à sua ocorrência). Isso está errado!
Para que a assertiva seja considerada correta, deve-
!
Quando uma lei institui certo tributo (obrigação principal), é necessário prever os
contribuintes, a base de cálculo, as alíquotas e, necessariamente, o fato gerador!
Como não há exceções ao princípio da legalidade, no que se refere à instituição de tributos,
o fato gerador da obrigação principal deve ser definido em lei ou medida provisória.
Vale relembrar que, em relação aos impostos, cabe à lei complementar nacional definir os
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (CF/88, art. 146, III, a).
Como vimos, legislação tributária compreende tanto os atos normativos primários, como os
secundários (infralegais). É nessa linha que muito se discute acerca da permissão conferida pelo
CTN para que a obrigação acessória seja instituída por normas infralegais.
Os que argumentam em sentido contrário, alegam que, de acordo com o art. 5º, II,da CF/88,
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Logo,
somente lei poderia criar obrigações tributárias, sejam elas principais ou acessórias.
Para o STJ (REsp 724.779/RJ) foi legada à legislação
tributária" em sentido lato, podendo ser disciplinados por meio de decretos e de normas
complementares, sempre vinculados à lei da qual dependem .
Cabe destacar também que o art. 115 do CTN deixou claro que o fato gerador da obrigação
acessória é aquela situação que impõe a prática ou abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Por conseguinte, como já estudamos, a legislação pode prever como obrigação acessória a
entrega de declarações ao Fisco (prática de ato) bem como a obrigação de o contribuinte não
impedir o acesso da fiscalização à sua empresa (abstenção de ato).
Observação: A salvo
disposição de lei em contrário I os entes federados podem estipular
outro momento como o de ocorrência do fato gerador.
D CTN
os fatos geradores são divididos em duas categorias, quais sejam: aqueles que tomam por base
uma situação de fato e os que levam em consideração uma situação jurídica.
M E V
Em alguns casos, a situação definida em lei como o fato gerador do tributo já foi prevista em
lei em outro ramo do direito (Civil ou Empresarial, por exemplo), havendo consequências jurídicas
predeterminadas. Por exemplo, o ITCMD incide sobre uma situação jurídica, haja vista que a
transmissão de propriedade já foi regulamentada no âmbito do Direito Civil.
Nesse caso, como o fato gerador é baseado em uma situação jurídica, o art. 116, II, do CTN,
dispõe que, salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido no momento em que a
situação esteja definitivamente constituída (no caso, transferida a propriedade) nos termos de
direito aplicável. Segue-se, portanto, o que já havia sido definido.
Por outro lado, quando a situação definida em lei como o fato gerador do tributo não tenha
sido definida em outro ramo do direito como capaz de gerar efeitos jurídicos, ou seja, somente
produza efeitos econômicos, temos a situação de fato. Citemos, como exemplo, a entrada de
mercadorias estrangeiras no território nacional não era, antes de ser instituído o II, situação
jurídica, pois não produzia efeitos jurídicos em nenhum outro ramo do direito.
Para os fatos geradores definidos com base em situação de fato, o CTN, no art. 116, I,
estabeleceu que, salvo disposição de lei em contrário, o fato gerador ocorre desde o momento
em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, ou seja, com a entrada das mercadorias.
Na prática, isso não é possível, pois é muito difícil precisar o momento em que as
mercadorias entram no território nacional. Nesse caso, o legislador, no art. 23 do Decreto-lei
37/1966, valeu-se da exceção permitida pelo CTN para definir que, para fins de cálculo, o fato
gerador do II considera-se ocorrido na data do registro da declaração de importação de mercadoria
submetida a despacho para consumo.
Vamos iniciar esse tópico transcrevendo o que foi disposto no art. 117 do CTN:
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior (referente às situações jurídicas estudadas no tópico
anterior) e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Vamos entender tudo isso aí. Fique tranquilo(a)! Parece complicado, mas não é!
O alvo do nosso estudo nesse momento é a condição, figura disciplinada no art. 121 do
Código Civil, sendo aplicável, no Direito Tributário, aos negócios jurídicos, que podem ser
exemplificados pelos contratos em geral.
Consoante o Código Civil, a condição é uma cláusula que pode ser incluída em um contrato,
subordinando o negócio jurídico a um evento futuro e incerto, ou seja, pode ou não vir a ocorrer.
Ademais, destaque-se que a condição pode ser suspensiva ou resolutória (ou resolutiva).
Como exemplo de condição suspensiva, imaginemos que o seu pai doa-lhe um apartamento
caso você seja aprovado(a) em algum concurso da público. O negócio jurídico (a doação) está
condicionado a um evento futuro e incerto, podendo vir ou não a ocorrer (eu torço para que você
seja aprovado e ganhe o apartamento, ok?). Perceba que, enquanto não se cumprir a condição
(aprovação), os efeitos da doação permanecem suspensos. Aliás, com a celebração do negócio
jurídico, os efeitos já estão suspensos (não há produção de efeitos).
Por conseguinte, de acordo com o art. 117, I, do CTN, o fato gerador do ITCMD (imposto
incidente sobre a doação), salvo disposição de lei em contrário, só ocorrerá quando (futuro) e se
(incerto) você for aprovado(a) no concurso público.
Imagine agora que você logrou a aprovação e tomou posse no cargo, mas ficou insatisfeito
por ter que morar em uma cidade de fronteira, longe de casa. Decidiu que deveria pedir
exoneração do cargo e voltar para a sua cidade.
Sabendo da sua insatisfação, o seu pai doa-lhe um carro novo, com a condição de que, se
você pedir exoneração do cargo, perderá o veículo.
Note a diferença entre os dois exemplos: no primeiro, a doação irá ocorrer quando você
passar no concurso; no segundo, você já recebe a doação com a condição de não pedir
exoneração. Em ambos os casos, há um evento futuro e incerto, mas, no segundo, a doação já
ocorreu. Em termos jurídicos, o negócio jurídico já produz efeitos.
Caso você venha a pedir exoneração (implemento da condição resolutória), cessarão os
efeitos do negócio jurídico, fazendo com que você perca o veículo. Ou seja, a ocorrência da
condição resolve (desfaz) o negócio jurídico, sendo por isso denominada condição resolutória.
Portanto, se o negócio estiver sujeito a uma condição resolutória, o art. 117, II, do CTN
prevê que, salvo disposição de lei em contrário, o fato gerador do ITCMD ocorre desde a
celebração do negócio jurídico, sendo irrelevante, para fins de incidência tributária, o
cumprimento ou não da condição.
Se houver o cumprimento da condição resolutória, o veículo voltará a pertencer ao seu pai, mas o
ITCMD pago não será devolvido, pois o implemento da condição resolutória é irrelevante ao
Direito Tributário.
Lembre-se de que o implemento da condição suspensiva é relevante, e é justamente o momento
da ocorrência do fato gerador.
Vídeo Extra: Com objetivo de tornar nossa aula ainda mais didática, eu gravei um vídeo
tratando sobre este assunto. Para visualizá-lo, basta ler o QR Code acima com a câmera
do seu smartphone, utilizando um aplicativo de leitura de QR Codes.
Nós estudamos no início do nosso curso que incide imposto de renda sobre os rendimentos
decorrentes de atividades ilícitas, com base no princípio do pecunia non olet (dinheiro não cheira).
Logo, para o Fisco pouco importa se o negócio jurídico celebrado é válido sob a ótica do
direito. Se a pessoa auferiu rendimentos, torna-se sujeito passivo da relação jurídico-tributária,
devendo arcar com o imposto de renda.
Nessa linha, veja o que diz o art. 118 do CTN:
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Assim, a situação definida em lei como fato gerador do tributo (a hipótese de incidência
tributária) deve ser interpretada desconsiderando-se a validade jurídica dos atos praticados, bem
como os efeitos dos fatos ocorridos.
Nesse momento, o que importa é entender e memorizar o art. 118 do CTN, e saber que ele ampara
o princípio do pecúnia non olet.
Vamos entender: o STJ decidiu que, mesmo havendo furto de sinal, por meio de clonagem
de linha telefônica, o fato gerador do ICMS ocorre, pois a situação descrita em lei como fato
gerador do imposto ocorreu, devendo ser interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados.
Vejamos um exemplo típico: João deseja vender um terreno, cujo valor é muito elevado, a
Maria. Sabendo-se que o ITBI incidente sobre a operação de transmissão da propriedade (o
negócio jurídico) seria muito alto, decidem simular outra situação, alterando a forma do negócio.
Como o ITBI não incide sobre a transmissão dos bens incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica, nem sobre a extinção desta, a saída seria constituir uma empresa, em que João
entraria com o seu terreno, e Maria, com o capital. Pouco tempo depois, ambos decidem extinguir
a pessoa jurídica, sendo que João recebe suas quotas em dinheiro, e Maria recebe o terreno.
Note que foi simulada a constituição e a extinção de uma pessoa jurídica, dissimulando a
ocorrência do fato gerador, que é a transmissão de propriedade de uma pessoa física para outra.
Como forma de tentar combater tais práticas, o legislador, por meio da LC 104/2001,
acrescentou o parágrafo único ao art. 116 do CTN, cuja redação é a seguinte:
Art. 116. (...):
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos
da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
a) Thiago, por ocasião da conclusão do curso superior por David, e não será devido por David
em momento algum.
b) Thiago e por David, por ocasião do registro da escritura de doação, no Cartório de Registro
de Imóveis.
c) Thiago, por ocasião do registro da escritura de doação, no Cartório de Registro de Imóveis,
e por David, na data em que ele concluir o curso superior.
d) Thiago, por ocasião da conclusão do referido curso superior, e por David, por ocasião do
registro da escritura de doação, no Cartório de Registro de Imóveis.
e) Thiago e por David, por ocasião da conclusão do curso superior por David.
Comentário: Na doação feita a Thiago, não houve a celebração de um negócio jurídico
condicional, uma vez que o pai já doou o imóvel sem impor qualquer condição ao filho.
Dessa forma, o ITCMD irá incidir já no registro da escritura de doação, no Cartório de Registro
de Imóveis.
Quanto à doação feita a David, o negócio ficou sujeito a uma condição suspensiva (conclusão
de curso superior). Por conseguinte, a incidência do ITCMD somente ocorrerá quando do
implemento da condição, nos termos do art. 117, I, do CTN. Assim sendo, o imposto será
devido na data em que ele concluir o curso superior.
Gabarito: Letra C
(FCC/TCE-AM-Auditor/2015) O Código Tributário Nacional estabelece uma distinção bem
clara entre obrigação tributária principal e crédito tributário a ela relacionado. De acordo com
esse Código, a obrigação tributária principal se extingue
a) juntamente com o crédito tributário dela decorrente.
b) com a constituição do crédito tributário.
c) com a apresentação de reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo administrativo tributário, dentre outras hipóteses.
d) nos casos de inocorrência do fato gerador.
e) com a conversão da moeda estrangeira em moeda nacional, sempre que o valor tributário
esteja expresso em moeda estrangeira.
Comentário: Conforme estabelece o art. 113, § 1º, do CTN, a obrigação principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Gabarito: Letra A
(FGV/Pref. Cuiabá-Auditor Fiscal/2016) Segundo a legislação, Caio, proprietário do imóvel X,
celebra contrato de locação com Tício, no qual estabelece que o responsável pelo pagamento
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana IPTU será o locatário do imóvel. O
referido contrato foi registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente. Sobre a
hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato é válido, podendo ser oposto ao Fisco, que deverá realizar o lançamento do
IPTU tendo como sujeito passivo Tício, locatário do imóvel.
b) O contrato é valido e terá seus efeitos limitados aos contratantes, mas não produzirá efeito
contra o Fisco, no que se refere à responsabilidade tributária. c) O contrato é nulo, uma vez
que altera definição de sujeição passiva disposta em lei.
d) O contrato é valido, tendo em vista que o Código Tributário Nacional prevê que o locatário
é o sujeito passivo da obrigação tributária referente ao pagamento do IPTU.
e) O contrato é válido e cria, para o pagamento do IPTU, uma forma de responsabilidade
solidária entre o locador e o locatário.
Comentário: Trata-se de um contrato válido, produzindo seus efeitos aos contratantes, mas
não será oponível ao Fisco, para definição do sujeito passivo da obrigação tributária
correspondente ao IPTU, haja vista a vedação prevista no art. 123, do CTN.
Gabarito: Letra B
O professor Eduardo Sabbag (2013), em sua obra, ainda prevê a seguinte denominação:
Sujeito ativo indireto São aqueles que detêm apenas a capacidade tributária ativa.
Lembre-se de que os territórios federais não possuem competência tributária, ou seja, não
podem instituir tributos. São considerados apenas descentralizações administrativo-territoriais
pertencentes à União.
Quando estudamos a competência tributária, vimos também que o STJ (Súmula 396) já
entendeu que a CNA Confederação Nacional da Agricultura possui legitimidade ativa para
cobrança da contribuição sindical rural, que é considerada tributo. Contudo, vimos que, por ser
exceção, devemos adotar a Súmula 396 somente se a questão mencionar expressamente.
Ainda na sequência do nosso estudo sobre o sujeito ativo da obrigação tributária, você se
lembra de quando vimos que o CTN (art. 120) prevê uma hipótese de extraterritorialidade da
legislação tributária, em caso de desmembramento territorial?
N
desmembrado até que a sua entre em vigor. Contudo, o que acontece com as obrigações
tributárias surgidas até o momento naquele território que agora pertence ao novo ente federado?
Ocorre a denominada sucessão ativa.
Nas palavras do CTN, a pessoa jurídica que se constituir (o novo ente) pelo
desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta (a antiga), isto é, há
mudança do sujeito ativo, ou melhor, há inovação subjetiva.
Assim, resta claro que há dois efeitos previstos no art. 120 do CTN:
Até poderia surgir a seguinte dúvida: e as relações tributárias que vierem a ser constituídas
após o desmembramento? A resposta é simples: já pertencem ao novo ente, ou seja, não há
transferência.
O Sujeito passivo da obrigação tributária deve sempre ser estabelecido por lei. Afinal, é a própria
lei instituidora do tributo que define quem é o sujeito passivo.
Percebe-se que para ser contribuinte, é necessário que o sujeito passivo tenha relação
pessoa e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Do contrário, o sujeito
passivo será considerado responsável.
Sendo assim, o contribuinte é denominado pela doutrina de sujeito passivo direto,
enquanto o responsável, sujeito passivo indireto.
O responsável, então, não possui relação direta com o fato gerador, mas está obrigado a
adimplir a obrigação tributária principal, por expressa disposição legal.
Observação: Lembre-se de que o responsável não faz acontecer o fato gerador. Por esse
motivo, somente a lei pode obrigá-lo a cumprir com a obrigação tributária. Afinal de
contas, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei
(CF/88, art. 5º, II).
Vamos esquematizar?
Relação pessoal
Contribuinte
e direta com F.G.
Obrigação
Principal
Obrigação
Responsável decorrente da
Sujeito passivo lei
Obrigado a
Obrigação
fazer/deixar de
Acessória
fazer algo
Destaque-se que o responsável deve possuir certa relação ou vínculo (embora não seja
pessoal e direta) com a situação que deu origem ao fato gerador. Isso ocorre, como veremos ao
estudar a responsabilidade tributária, por conta do disposto no art. 128 do CTN:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial
da referida obrigação.
No caso específico do imposto de renda das pessoas físicas, o contribuinte é aquele que
recebe a renda e os proventos, mas o CTN permite que as fontes pagadoras sejam eleitas pela lei
como responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto.
O conceito de contribuinte que vimos até o momento é o contribuinte de direito. Existe
também o denominado contribuinte de fato. Lembra-se do que vimos na aula sobre imunidades?
O
relação jurídica, suportando apenas a incidência econômica do tributo.
Essa figura surge nos denominados tributos indiretos, em que o ônus do tributo e
repassado ao consumidor final. Assim, embora o consumidor não recolha os tributos, acaba
arcando com esse encargo que foi embutido no valor das mercadorias. Vamos repetir o exemplo
anteriormente fornecido:
Imaginemos que determinado cidadão compra uma TV de LED em uma loja de
eletrodomésticos. Sobre a incidência do ICMS nesta operação, a loja é eleita pela lei como
contribuinte, e é ela quem vai recolher tal imposto, correto? No entanto, quem sofre o ônus do
tributo não é a loja, mas, sim, a pessoa física que adquiriu a TV. Isso ocorre, porque a loja
simplesmente acrescenta o custo daquele tributo no valor da TV.
Por fim, perceba que tanto o contribuinte, como o responsável por determinada obrigação
tributária devem ser estipulados em lei. No que se refere ao contribuinte, a previsão é feita na
própria lei instituidora do tributo, por ser elemento subjetivo, essencial para que o tributo seja
criado. Em relação ao responsável, como vimos, a sua obrigação deve decorrer de disposição
expressa em lei.
Sendo assim, o art. 123 do CTN assevera que, salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem
ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondente.
Isso é bastante óbvio! Se a lei determina quem deve pagar o tributo, não pode um contrato
particular definir algo em contrário, somente outra lei!
Como exemplo, cite-se o caso do IPTU. Nós vimos que o locatário não pode ser considerado
contribuinte do IPTU, por não exercer a posse do imóvel com animus definitivo.
Logo, se você aluga um apartamento, assinando um contrato com o proprietário de que se
compromete em pagar o IPTU relativo ao imóvel, isso não o torna contribuinte do IPTU. Se você
deixar de pagar, quem será cobrado, a princípio, é o dono do imóvel, pois ele é o contribuinte. É
claro que ele pode pagar e depois vir cobrar de você, mas isso não importa ao Direito Tributário.
Um contrato particular não é capaz de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária. Guarde
isso!
Nesse contexto, o STJ já decidiu que a alienação fiduciária não afasta a pena de perdimento
de veículo, quando houver previsão legal para aplicação de tal pena:
Em termos mais simples, a capacidade tributária passiva existe, ainda que a pessoa seja
incapaz ou esteja privada do exercício de atividades civis, ou mesmo a pessoa jurídica que ainda
não tenha sido regularmente constituída.
Desse modo, se uma criança for proprietária de uma fazenda, deverá pagar ITR. No mesmo
sentido, um interditado (incapaz de praticar os atos da vida civil) pode vir a contribuir com o IPTU,
caso possua um imóvel localizado na zona urbana do Município.
No que se refere às pessoas jurídicas, são consideradas pessoas jurídicas mesmo que não
tenha CNPJ ou registro estadual. Logo, se o seu vizinho fabrica solas de sapato em larga escala, mas
não se formaliza para não contribuir com o IPI, por exemplo, saiba que ele não deixa de ser
considerado sujeito passivo dos tributos incidentes sobre a produção e circulação de mercadorias.
Em termos jurídicos, é importante sabermos que uma sociedade só possui personalidade
jurídica quando os seus atos constitutivos são inscritos no registro próprio. Esse é o momento do
início da existência legal da pessoa jurídica. Antes do registro, a sociedade que assim operar é
conhecida como sociedade em comum.
Gabarito: Correta
(CESPE/STJ-Analista Judiciário/2018) O contribuinte é o sujeito passivo da obrigação
principal, enquanto o responsável é o sujeito passivo da obrigação acessória.
Comentário: Na realidade, tanto o contribuinte como o responsável são sujeitos passivos da
obrigação tributária principal, tendo sido definido no art. 121, par. único, do CTN, como
contribuinte aquele que possua relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato
gerador da obrigação tributária, e responsável aquele que, sem revestir-se da condição de
contribuinte, esteja legalmente obrigado ao pagamento do tributo.
Gabarito: Errada
Você não precisa memorizar nada do que foi acima transcrito, pois o objetivo é apenas
demonstrar que a solidariedade ocorre quando há mais de um credor ou mais de um devedor em
uma mesma obrigação.
No Direito Tributário, o credor da obrigação tributária é o sujeito ativo, titular da
competência para instituir o tributo ou a pessoa jurídica de direito público a quem tenha sido
delegada a capacidade tributária ativa.
Assim, ou o ente competente para instituir o tributo cobra ou delega a outra (e somente
uma) pessoa jurídica de direito público para realizar a arrecadação. Diante disso, temos que, em
matéria tributária, não há que se falar em solidariedade ativa.
Vejamos, então, o que estabelece o art. 124 do CTN, ao tratar do tema:
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
O dispositivo legal apresenta duas situações em que ocorre a solidariedade. O primeiro caso
de solidariedade, em que há interesse comum, denomina-se solidariedade de fato ou natural. O
segundo caso, em que as pessoas se tornam solidariamente obrigadas por meio de previsão legal,
denomina-se solidariedade de direito ou legal.
Há que se destacar que, mesmo quando a solidariedade decorra do interesse comum das
pessoas na situação que constitua o fato gerador, a solidariedade decorre de lei, tendo em vista
que o CTN (norma geral que previu a solidariedade) não deixa de ser uma lei. Sendo assim, pode-se
dizer que a solidariedade sempre decorre de lei.
Observação: o mesmo raciocínio não se aplica ao IPTU devido por uma sociedade
empresarial, que possua no contrato social dois sócios (A e B). O contribuinte é somente
a sociedade, e não os seus sócios! Não confunda!!!
No que se refere a esse assunto, a jurisprudência do STJ tem entendido que o simples fato
de as empresas pertencerem ao mesmo conglomerado financeiro não caracteriza por si só o
interesse comum capaz de gerar solidariedade tributária:
Em relação à solidariedade de direito, como o próprio nome diz, decorre de lei que
estabeleça a obrigação solidária. Nesse sentido, o legislador, por exemplo, encontra respaldo no
art. 124, II, do CTN, se quiser obrigar diversas pessoas ao cumprimento de determinada obrigação
tributária para dar maior garantia ao recebimento do crédito tributário.
Uma característica comum tanto à solidariedade de fato como a de direito é que não há
benefício de ordem (CTN, art. 124, par. único). Isso significa que o fisco pode exigir a dívida
integralmente de qualquer um dos devedores solidários, sem seguir qualquer ordem.
Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: Carlos, José e Bruno são proprietários de
um imóvel urbano, localizado no Município de São Paulo. Carlos detém 5% do imóvel, José, 70% e
Bruno, 25%. Vamos supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi de R$ 1.000,00.
Pela lógica da solidariedade, o credor (Município) pode exigir o valor de R$ 1.000,
integralmente, de Carlos, mesmo que este tenha a menor participação na propriedade. Após o
pagamento, obviamente, Carlos poderá ajuizar uma ação regressiva contra os demais devedores
solidários, com o objetivo de recuperar 95% (70% de José e 25% de Bruno) do valor pago que não
cabia a ele.
Vamos ver agora os efeitos que a solidariedade produz, que foram previstos no art. 125 do
CTN:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
O primeiro efeito é que o pagamento efetuado por qualquer dos obrigados aproveita os
demais. O que isso quer dizer? No nosso exemplo, se Carlos pagou o valor de R$ 1.000,00, não
cabe ao fisco exigir o valor em duplicidade dos demais devedores, pois a obrigação tributária já
foi satisfeita em sua totalidade.
Também há que se ressaltar que a isenção ou remissão exonera todos os obrigados, salvo se
for outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo quanto aos demais pelo saldo restante.
Observação: Nesse momento, importa apenas saber que tanto a isenção como a
remissão são consideradas benefícios fiscais. Estudaremos isso em outra aula.
Em relação ao prazo prescricional, a sua interrupção a favor ou contra um dos obrigados, favorece
ou prejudica todos os demais!
Efeitos da Solidariedade
Aproveita aos
Pagamento
demais
Exonera todos os
demais devedores
Isenção/Remissão
Exceto se pessoal a Subsiste saldo
um deles p/demais
Interrupção da Favorece ou
Prescrição prejudica os demais
c) um fato gerador, mas com três sujeitos passivos, cada um responsável proporcionalmente
à sua fração, sem solidariedade.
d) um fato gerador, com três sujeitos passivos solidários entre si pelo todo, por interesse
comum consistente na transmissão do bem imóvel.
e) um fato gerador, com três sujeitos passivos que somente serão devedores solidários se
houver expressa disposição legal neste sentido ou se eles tiverem expressamente assim
convencionado.
Comentário: A propriedade é uma só, ocorrendo apenas um fato gerador. Porém, como
exitem três proprietários, haverá mais de um devedor dessa obrigação tributária. Por haver
interesse comum na propriedade do imóvel, os três proprietários são devedores solidários
entre si por toda a dívida.
Gabarito: Letra D
(FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013) As pessoas expressamente designadas por lei
e as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
Comentário: Realmente, o art. 124, do CTN, estabelece como solidariamente obrigadas: as
pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal e as pessoas expressamente designadas por lei.
Gabarito: Correta
(FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010) A solidariedade tributária instaura-se entre os sujeitos que
tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e,
nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.
Comentário: De fato, o art. 124, I, do CTN, prevê a instauração de solidariedade tributária
entre os sujeitos que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal e, nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.
Gabarito: Correta
6 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
O domicílio tributário é o local que o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) elege
para fins de cadastro e comunicação com o fisco, é o local onde ele é encontrado para que dele se
exija o cumprimento das obrigações tributárias.
É importante ressaltar as palavras do ilustre autor e professor Paulo de Barros Carvalho
(grifamos):
V decidindo,
espontaneamente, sobre o local de sua preferência. Todas as comunicações fiscais, de avisos e esclarecimentos, bem
como os atos, propriamente, de intercâmbio procedimental intimações e notificações serão dirigidas àquele lugar
escolhido, que consta dos cadastros das repartições tributárias, e onde o fisco espera encontrar a pessoa, para a
satisfação dos mútuos interesses. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013. Pág. 300)
Diante do exposto, percebe-se que o domicílio é eleito pelo próprio sujeito passivo. É o
local onde ele escolhe para que receba as comunicações fiscais, como intimações e notificações.
Caso o sujeito passivo seja omisso quanto à escolha do domicílio, entre em cena o art. 127
do CTN, cuja redação é a seguinte:
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro
habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade
tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-
á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência
dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Sendo assim, as pessoas naturais, que não elegem o seu domicílio fiscal, será este o local da
sua residência habitual. Caso o fisco não conheça este local, ou se o contribuinte não viver
habitualmente em lugar nenhum, o domicílio tributário será o centro habitual de sua atividade.
Quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o domicílio pode ser o lugar da sua sede ou o
de cada estabelecimento, para os fatos geradores neles ocorridos. Acrescente-se que o STJ (REsp
23.371/SP) tem entendido como juridicamente possível as pessoas jurídicas ou firmas individuais
possuírem mais de um domicílio tributário.
Tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o domicílio tributário pode ser o local de
qualquer uma de suas repartições, estando, obviamente, dentro do território da entidade
tributante.
Se as regras acima explicitadas não puderem ser aplicadas (CTN, art. 127, § 1º), será
considerado como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos
bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
Outro ponto a ser ressaltado sobre a eleição pelo sujeito passivo do seu domicílio fiscal é: a
autoridade administrativa pode recusá-lo? Sim! Conclui-se, portanto, que o direito de escolha do
contribuinte não é absoluto.
Destaque-se que a recusa por parte da autoridade administrativa só pode ser feita se for
demonstrado que o domicílio eleito pelo sujeito passivo impossibilita ou, pelo menos, dificulta a
arrecadação ou a fiscalização tributária. Logo, a recusa deve ser motivada.
Vale ressaltar que se o domicílio eleito for recusado pelo fisco, aplica-se a mesma regra do §
1º, que é o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.
Domicílio Tributário
Caso seja
Regra: O sujeito omisso
passivo escolhe seu
domicílio tributário Pessoa natural: residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de
sua atividade.
PJ de direito privado: local da
sede ou de cada estabelecimento,
para FG nele ocorrido.
O domicílio impediu PJ de direito público: qualquer de
ou dificultou a suas repartições no território da
fiscalização e entidade tributante.
arrecadação
Por fim, ainda no que se refere ao domicílio tributário do sujeito passivo, destaque-se que o
STJ tem entendido que caracteriza cerceamento de defesa do sujeito passivo notificação fiscal
enviada para endereço diferente do domicílio tributário, quando este é do conhecimento do
fisco:
a) pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a
autoridade administrativa o poder de recusá-lo;
b) das pessoas jurídicas de direito público será considerado como aquele situado no
município de maior relevância econômica da entidade tributante;
c) das pessoas naturais será a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger;
d) da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabelecimento será aquele
cuja escrituração contábil demonstre maior faturamento;
e) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem
à obrigação tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios do CTN.
Comentário:
Alternativa A: Em regra, o domicílio é eleito pelo sujeito passivo. Porém, a autoridade
administrativa pode recusá-lo, caso impeça ou dificulte a fiscalização tributária. Alternativa
errada.
Alternativa B: O domicílio tributário das pessoas jurídicas de direito público será qualquer de
suas repartições no território da entidade tributante. Alternativa errada.
Alternativa C: O domicílio tributário, quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual,
ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa
errada.
Alternativa D: O domicílio tributário da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de
um estabelecimento será aquele no qual tenham ocorrido os fatos geradores. Alternativa
errada.
Alternativa E: É o que determina o art. 127, § 1º, do CTN. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
1. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Dispensada a obrigação principal ao contribuinte, também se dispensará a obrigação
acessória.
Comentário: No Direito Tributário, a obrigação tributária principal independe da obrigação
acessória. Logo, dispensada a obrigação principal ao contribuinte, a obrigação acessória ainda
é exigível.
Gabarito: Errada
2. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Obrigação tributária acessória relaciona-se à obrigação de fazer ou não fazer algo ou permitir
que algo seja feito pela administração tributária em prol da arrecadação ou fiscalização que
lhe compete.
Comentário: O art. 113, § 2º, do CTN, estabelece que a obrigação acessória tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Assim, é correto afirmar que se trata de obrigação de fazer ou não
fazer algo ou permitir que algo seja feito pela administração tributária em prol da
arrecadação ou fiscalização que lhe compete.
Gabarito: Correta
3. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
A obrigação acessória é convertida em obrigação principal na hipótese de sua inobservância.
Comentário: É o que dispõe o art. 113, § 3º, do CTN: quando o sujeito passivo deixa de
cumprir a obrigação acessória, surge uma obrigação principal, que é a penalidade pecuniária
ou multa tributária.
Gabarito: Correta
4. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O fato gerador deve ser o mesmo tanto para a obrigação principal quanto para a obrigação
acessória.
5. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017
A respeito da obrigação tributária, assinale a opção correta conforme o que dispõe o CTN.
a) A obrigação principal e sua obrigação acessória devem decorrer de um mesmo fato
gerador.
b) Obrigação principal pode ter por objeto o pagamento de penalidade tributária.
c) A obrigação principal é considerada obrigação tributária, ao passo que as obrigações
acessórias são consideradas obrigações de natureza não tributária.
d) Obrigação acessória não se converte em obrigação principal.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação tributária principal e a obrigação acessória são independentes. Isso
significa que o fato gerador da obrigação principal não guarda relação com o fato gerador da
obrigação acessória. Determinada pessoa pode estar obrigada a prestar uma declaração (obrigação
acessória), mesmo não tendo ocorrido o fato gerador da obrigação principal. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. Alternativa correta.
Alternativa C: A obrigação principal e a obrigação acessória são obrigações tributárias, com objetos
distintos. Alternativa errada.
Alternativa D: O art. 113, § 3º, do CTN, dispõe que, quando o sujeito passivo deixa de cumprir a
obrigação acessória, surge uma obrigação principal, que é a penalidade pecuniária ou multa
tributária.
Gabarito: Letra B
6. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O CTN qualifica como obrigação tributária principal aquela que tem por objeto uma prestação
pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária acessória, cujo objeto abrange as condutas
positivas e negativas exigidas do sujeito passivo em prol dos interesses da administração
tributária e as penalidades decorrentes do descumprimento desses deveres instrumentais.
Comentário: A obrigação tributária principal possui caráter pecuniário, tendo por objeto não só o
pagamento de tributo mas também as penalidades (multas tributárias). Assim, não se pode
classificar as penalidades decorrentes do descumprimento de deveres instrumentais como
obrigações acessórias.
Gabarito: Errada
7. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016
Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento da prática do ato.
Comentário: Os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento do seu implemento.
Gabarito: Errada
9. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude do
descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária principal,
visto que ambas constituem obrigação de dar.
Comentário: De fato, as multas impostas ao contribuinte em virtude do descumprimento de
obrigações acessórias são obrigações principais, pois possuem caráter pecuniário.
Gabarito: Correta
10. CESPE/FUB-Contador/2015
Constitui exemplo de obrigação tributária acessória a prestação pecuniária decorrente do
imposto de renda.
Comentário: Como se trata de prestação pecuniária, tal obrigação é necessariamente principal,
uma vez que a obrigação tributária acessória não possui caráter pecuniário.
Gabarito: Errada
11. CESPE/MPU-Analista/2015
Se uma imobiliária deixar de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes, tal
obrigação não desaparecerá e a consequente infração tributária fará surgir a obrigação
principal referente à multa.
Comentário: A obrigação da imobiliária de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes é
uma obrigação acessória. O descumprimento dessa obrigação implica o surgimento de obrigação
principal referente à multa, mas a obrigação acessória não deixa de existir.
Gabarito: Correta
13. CESPE/AGU/2015
O princípio da isonomia tributária impõe que o tributo incida sobre as atividades lícitas e,
igualmente, sobre as atividades ilícitas, de modo a se consagrar a regra da i
D IPTU
irregularmente, em área non aedificandi, não significando tal cobrança de tributo
concordância do poder público com a ocupação irregular.
Comentário: O art. 118, do CTN, estabelece a interpretação objetiva do fato gerador, ao dizer que
a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do
seu objeto ou dos seus efeitos e dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Em decorrência do
exposto, pouca importa se o imóvel foi construído irregularmente, se o fato gerador (propriedade
imobiliária) ocorreu, o IPTU é devido, não significando tal cobrança de tributo concordância do
poder público com a ocupação irregular.
Gabarito: Correta
b) a celebração do negócio jurídico não configurou fato gerador do tributo, por ser esse
negócio inepto à produção de efeitos tributários.
c) o negócio jurídico constituiu fato gerador do tributo. No entanto, admite-se aos
contratantes o pedido de repetição do indébito após a declaração de nulidade.
d) a obrigação tributária foi extinta porque a declaração de nulidade do negócio jurídico
ocorreu antes do fim do prazo para o pagamento.
e) a sociedade empresária não tem capacidade tributária passiva, haja vista ter sido
constituída de forma irregular.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o que dispõe o art. 118, do CTN, a interpretação da definição legal
do fato gerador deve ser objetiva. Portanto, ficou configurado o fato gerador. Alternativa correta.
Alternativa B: Como foi dito, a interpretação da definição legal do fato gerador deve ser objetiva.
Portanto, ficou configurado o fato gerador. Alternativa errada.
Alternativa C: Não há que se falar no pedido de repetição do indébito, ou seja, não é possível
solicitar restituição do que foi pago porque a obrigação tributária existe em virtude da
configuração do fato gerador. Alternativa errada.
Alternativa D: Não houve extinção da obrigação tributária, por conta do que se depreende do art.
118, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa E: Ainda que tenha sido constatada a irregularidade da constituição da sociedade
empresarial, não se pode dizer que não há capacidade tributária passiva, haja vista que isso
independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional. Alternativa correta.
Gabarito: Letra A
Gabarito: Correta
Comentário: De acordo com o art. 113, § 1°, do CTN, a obrigação principal surge com a ocorrência
do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
Gabarito: Correta
Comentário: O erro desta assertiva foi dizer que a definição do fato gerador tanto da obrigação
principal como da obrigação acessória submete-se à reserva de lei em sentido formal, algo que só
ocorre com aquela. Em relação ao objeto das obrigações, não há erros.
Gabarito: Errada
22. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Não é possível que uma
obrigação acessória se converta em principal, pois esta é vinculada à ocorrência do fato
gerador.
Comentário: Conforme o § 3º do art. 113, do CTN, a obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (multas
tributárias).
Gabarito: Errada
23. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A autoridade administrativa
pode desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência de fato gerador de tributo; o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido
por lei ordinária.
Comentário: É isso mesmo! A autoridade administrativa pode desconsiderar tais negócios
jurídicas. Contudo, o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido em lei ordinária, conforme
par. único do art. 116, do CTN.
Gabarito: Correta
24. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
De acordo com o CTN, são apenas duas as espécies de obrigação tributária: a principal e a
acessória.
Comentário: Questão sem mistérios. Há duas espécies de obrigação tributária, quais sejam:
principal e acessória.
Gabarito: Correta
25. CESPE/PROCURADOR-PE/2009-Adaptada
A respeito do ICMS e das obrigações tributárias a ele relativas, julgue a assertiva a seguir. Ao
emitir nota fiscal, o responsável pelo recolhimento do
ICMS pratica obrigação tributária principal.
Comentário: A emissão de nota fiscal constitui exemplo de obrigação principal acessória. A
obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributos ou multas.
Gabarito: Errada
26. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
Reputa-se acessória a obrigação tributária imposta ao contribuinte, no sentido de tolerar
atividades de fiscalização do recolhimento do ICMS.
Comentário: O objeto da obrigação acessória consiste em uma prestação de fazer ou deixar de
fazer, sendo exemplo desta o fato de o contribuinte ter de tolerar atividades de fiscalização do
recolhimento do ICMS.
Gabarito: Correta
27. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
A obrigação tributária consistente no dever de manter escrita contábil referente ao ICMS
decorre sempre da lei stricto sensu.
Comentário: Tal assertiva revela o posicionamento do CESPE, no sentido de que as obrigações
acessórias não decorrem da lei em sentido estrito, podendo vir a ser estabelecida por atos
normativos infralegais.
Gabarito: Errada
vez que é necessária a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, para permitir a posterior
ação de execução fiscal. Alternativa errada.
Alternativa D: Trata-se, na realidade, do fato gerador da obrigação acessória, disciplinado no art.
115. Alternativa errada.
Alternativa E: Conforme prevê o art. 113, § 1º, do CTN, a obrigação principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
29. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) a obrigação tributária principal sempre pressupõe o prévio ou posterior cumprimento de
obrigação tributária acessória.
b) todo sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre também será de obrigação
tributária acessória.
c) a obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal e existe no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) somente pode ser objeto de obrigação tributária acessória aquele previsto em lei ou ato
normativo para ser sujeito passivo de obrigação tributária principal.
e) a obrigação tributária principal se converte em obrigação tributária acessória quando se
trata de pagamento de multa por infração à legislação tributária.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação principal independe da obrigação acessória. Assim, aquela não
pressupõe o prévio ou posterior cumprimento desta. Alternativa errada.
Alternativa B: Não necessariamente o sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre
também será de obrigação tributária acessória. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação acessória, como comentado, independe da obrigação tributária
principal. De acordo com o art. 113, § 2º, do CTN, a obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Alternativa correta.
Alternativa D: De acordo com o art. 113, § 2º, do CTN, a obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Alternativa errada.
Alternativa E: O que ocorre, segundo dispõe o art. 113, §3º, do CTN, é que a obrigação acessória,
pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C
30. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Comentário: A questão está literalmente conforme o art. 115, do CTN, que define o fato gerador
da obrigação acessória. Por esse motivo, a questão está correta.
Gabarito: Correta
31. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Autoridade administrativa, observados os procedimentos estabelecidos em lei ordinária,
pode efetuar a desconsideração de atos ou de negócios jurídicos praticados com a finalidade
de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
Comentário: De fato, a autoridade administrativa pode efetuar a desconsideração de atos ou de
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo, desde que observe os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, conforme
prevê o par. único do art. 116, do CTN.
Gabarito: Correta
32. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação principal é situação definida em decreto do executivo ou resolução
do Senado Federal como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Comentário: Nos termos do art. 114, do CTN, fato gerador da obrigação principal é a situação
definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Gabarito: Errada
Alternativa A: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial,
caracterizado por obrigações de fazer ou não fazer. Ademais, conforme afirmado, a inobservância
da obrigação acessória tem o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade
pecuniária. Trata-se basicamente da redação do art. 113, do CTN. Alternativa correta.
Alternativa B: A obrigação principal surge no momento da ocorrência do fato gerador e deve estar
prevista na lei, e não legislação tributária, que pode compreender também os atos normativos
infralegais. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial,
caracterizado por obrigações de fazer ou não fazer. Alternativa errada.
Alternativa D: A obrigação acessória, no Direito Tributário, independe da obrigação principal.
Alternativa errada.
Alternativa E: O
as atividades de
fiscalização tributária. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
43. ESAF/MPOG-APO/2015
Sobre obrigação tributária e fato gerador tributário, é incorreto afirmar que
a) a obrigação tributária principal nasce com a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
b) a obrigação tributária principal tem necessária natureza pecuniária e somente pode ser
instituída por lei em sentido estrito/formal, enquanto que a obrigação tributária acessória
tem necessária natureza não- pecuniária.
44. ESAF/ATRFB/2012
Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser
estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida
em decretos e normas complementares.
Comentário: A definição do fato gerador bem como o sujeito passivo da obrigação tributária
principal devem sempre ser estabelecidos por lei.
Gabarito: Errada
45. ESAF/ATRFB/2012
A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação.
Comentário: A obrigação acessória tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, que não se confundem com o
pagamento do tributo ou penalidade (este objeto se refere à obrigação principal).
Gabarito: Errada
46. ESAF/ATRFB/2012
Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
Comentário: O art. 116, par. único, do CTN, estabelece que a autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Gabarito: Correta
Item IV: Define quem é o credor (sujeito ativo) da obrigação tributária, bem com os respectivos
devedores (sujeito passivo). Item correto.
Item V: Esse aspecto define o quantum debeatur, isto é, o quanto o devedor deve pagar de tributo.
Item correto.
Gabarito: Letra E
c) A obrigação principal e a acessória são totalmente independentes, já que são distintos seus
objetos.
d) Os objetos da obrigação acessória e da principal são distintos, mas uma não existe sem a
outra.
e) A obrigação principal é uma obrigação de fazer, e a obrigação acessória, uma obrigação de
não fazer.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação principal tem como objeto o pagamento de tributo e multas, conforme
prevê o art. 113, § 1º, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação acessória independe da obrigação principal. Assim, mesmo uma pessoa
imune pode estar sujeita ao cumprimento de obrigações acessórias. Alternativa errada.
Alternativa C: Realmente, a obrigação principal e a acessória são totalmente independentes.
Alternativa correta.
Alternativa D: Os objetos da obrigação acessória e da principal são distintos, e uma pode existir
sem a outra. Alternativa errada.
Alternativa E: A obrigação principal é uma obrigação de dar, e a obrigação acessória uma
obrigação de fazer ou deixar de fazer algo. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C
51. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O sujeito ativo da obrigação acessória é denominado responsável tributário.
Comentário: Na realidade, é o sujeito passivo que se denomina contribuinte ou responsável
tributário.
Gabarito: Errada
52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O sujeito passivo da obrigação principal denomina-se contribuinte quando, dada sua
vinculação ao fato gerador, sua sujeição decorre expressamente de determinação legal, ainda
que não tenha relação pessoal e direta com a ocorrência de tal fato.
Comentário: A definição de contribuinte disposta no art. 121, par. único, I, do CTN, prevê que este
deve ter relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Caso
contrário, será classificado como responsável, e não contribuinte.
Gabarito: Errada
53. CESPE/PC-GO-Delegado/2017
Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, obtendo uma
renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um auditor da Receita Federal
do Brasil efetuou lançamento contra o menor. Tendo como referência essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tributo a título
de sanção cível.
b) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto o
lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser considerada
renda.
c) O tráfico de entorpecente é atividade que gera proveito econômico, o que justifica torná-lo
fato gerador de tributo, não podendo, no entanto, Ricardo, por ser incapaz, sofrer
lançamento, devendo a renda percebida ser imputada aos seus pais.
d) O tráfico de entorpecente, por ser crime, não pode ser objeto de tributação, pois o
pagamento de imposto em tal hipótese significaria que o Estado estaria chancelando uma
atividade ilícita, sendo, portanto, insubsistente o lançamento.
e) Ricardo, por ser incapaz, não pode sofrer lançamento, não constituindo renda eventuais
ganhos econômicos que ele venha a ter.
Comentário:
Alternativa A: Para os efeitos tributários, pouco importa se Ricardo é menor de idade, civilmente
incapaz. Assim sendo, Ricardo é contribuinte do Imposto de Renda, podendo o Auditor-Fiscal da
Receita Federal lançar o imposto tendo-o como sujeito passivo. Alternativa errada.
Alternativa B: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Assim sendo, é correto o lançamento contra o menor.
Alternativa correta.
Alternativa C: O tráfico de entorpecente não pode ser propriamente o fato gerador do tributo,
mas sim a renda dele proveniente. Ademais, Ricardo, mesmo incapaz, pode sofrer o lançamento,
com base no art. 126, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Portanto, se
Ricardo auferiu renda, está sujeito ao imposto de renda, já que o fato gerador desse imposto
ocorreu e deve ser abstraído da validade jurídica dos atos práticos pelo contribuinte. Alternativa
errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Assim sendo, é correto o lançamento contra o menor.
Alternativa correta.
Gabarito: Letra B
55. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta.
a) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil.
b) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas.
c) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador.
d) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita o início da
relação jurídico-tributária.
e) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua arrecadação são
essenciais para qualificá-lo.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil. Assim sendo, o civilmente incapaz possui capacidade tributária passiva plena.
Alternativa correta.
Alternativa B: De acordo com o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Portanto, é
possível que haja incidência tributária sobre atividades ilícitas, se na prática destas atividades
restar caracterizado o fato gerador da obrigação tributária. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação tributária principal nasce com a ocorrência do fato gerador. Não há que
A
Alternativa D: Na realidade, é a hipótese de incidência que corresponde ao momento abstrato
previsto em lei que habilita o início da relação jurídico-tributária. O fato gerador é aquele ocorrido
no mundo dos fatos que se amolda à hipótese de incidência. Alternativa errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 4º, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo
seu fato gerador, sendo irrelevantes para qualificá-la tanto a denominação e demais características
formais adotadas pela lei como a destinação legal do produto da sua arrecadação. Alternativa
errada.
Gabarito: Letra A
58. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. É possível que sujeito passivo
de obrigação principal figure como responsável, ainda que a obrigação não decorra de
disposição expressa em lei.
Comentário: O responsável é o sujeito passivo que não possui relação pessoa e direta com a
situação que dá origem ao fato gerador. Portanto, para que possa vir a ser responsabilizado, é
necessário que haja disposição expressa em lei.
Gabarito: Errada
60. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na hipótese de constituição
de pessoa jurídica de direito público pelo desmembramento territorial de outra, não haverá
sub-rogação em direitos.
Comentário: Como vimos, o desmembramento territorial gera dois efeitos: mudança do sujeito
ativo das obrigações tributárias já constituídas (sub-rogação em direitos) e recepção da legislação
tributária até que a sua (a legislação do ente novo) entre em vigor. Portanto, a questão está
errada.
Gabarito: Errada
61. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A capacidade tributária passiva depende da regular constituição da pessoa jurídica, a fim de
se localizar o seu domicílio tributário.
Comentário: Conforme o disposto no art. 126, III, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional.
Gabarito: Errada
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua
propriedade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar
seus bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em
relação aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que
configure, indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do
ITCMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que
o donatário é o contribuinte desse imposto.
Comentário: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício
de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou
negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.
Diante do exposto, podemos concluir o seguinte:
- Joãozinho pode ser sujeito passivo do ITCMD;
- Marcelo pode ser sujeito passivo do IPVA;
- A empresa Serviços Gerais Ltda. pode ser sujeito passivo tanto do IPTU quanto do ISS;
- Maria Luísa pode ser sujeito passivo do IR.
Gabarito: Letra A
64. FCC/TCM-RJ-Procurador/2015
E
que era utilizada para fazer lavagem de dinheiro decorrente de corrupção em aquisição de
M E
construção ao Município com preços superfaturados. Relativamente a fatos geradores
decorrentes destas operações,
a) não haverá obrigação tributária, pois nunca houve efetivamente os fatos geradores.
b) não haverá obrigação tributária, pois a pessoa jurídica não está regularmente constituída
nos termos da lei civil.
c) haverá obrigação tributária da empresa, pois a capacidade tributária passiva independe da
pessoa jurídica estar regularmente constituída.
d) haverá obrigação tributária integral para o Município, na qualidade de responsável
tributário, porque a pessoa jurídica não está regularmente constituída.
e) haverá obrigação tributária com responsabilidade solidária entre o Município e o
representante legal da empresa pela infração de lei.
Comentário: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional. Portanto, a obrigação tributária tem como sujeito passivo a empresa.
Gabarito: Letra C
70. ESAF/MPOG-APO/2015
O sujeito passivo
Comentário: Deveras, o sujeito passivo pode ser tanto o contribuinte como o responsável.
Gabarito: Correta
71. ESAF/MPOG-APO/2015
Sujeito ativo tributário é aquele a quem a lei destina o resultado da arrecadação dos valores
pecuniários da correspondente obrigação tributária principal.
Comentário: Sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento, conforme preceitua o art. 119, do CTN.
Gabarito: Errada
72. ESAF/MPOG-APO/2015
Na definição da sujeição passiva, as convenções particulares, ainda que configuradas
mediante instrumento público ou decorrentes de ato homologado judicialmente, são
inoponíveis à Fazenda Pública.
Comentário: De acordo com o art. 123, do CTN, em regra, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Portanto,
a questão está correta.
Gabarito: Correta
atribuída de modo expresso pela lei. Ademais, o art. 128, do CTN, estabelece que a terceira pessoa
deve estar vinculada ao fato gerador da obrigação.
Gabarito: Letra E
74. ESAF/ATRFB/2012
Um menor de 10 anos de idade é absolutamente incapaz do ponto de vista civil e tributário.
Comentário: De acordo com o art. 126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Sendo assim, um menor de 10 anos pode ser sujeito passivo
da obrigação tributária, embora seja absolutamente incapaz do ponto de vista civil.
Gabarito: Errada
75. ESAF/ATRFB/2012
Salvo se a lei o previr, os contratos feitos entre o contribuinte do ITR e o arrendatário do
imóvel, para excluir a responsabilidade daquele pelo pagamento desse imposto, embora
válido entre as partes, não é eficaz em relação à fazenda pública.
Comentário: De fato, o contrato não é valido. O art. 123 do CTN prevê que, salvo disposições de lei
em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.
Gabarito: Correta
76. FUNDATEC/SEFAZ-RS-TTRE/2014
Segundo a ordem jurídica, assinale a alternativa correta.
a) A capacidade tributária ativa está sempre associada àquele ente público tributante que
institui o tributo.
b) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
c) A pessoa proibida de exercer atividade comercial, tendo em vista decisão judicial com força
de coisa julgada, uma vez praticando o ato proibido, não pode ser considerado que tenha
realizado o fato gerador em concreto pelo motivo de estar inimputável.
d) O ambulante, aqui considerado como aquela pessoa natural que realiza a venda de
mercadorias, sem a devida inscrição junto à fazenda estadual e sem qualquer tipo de registro
perante a junta comercial, por tais características, não poderá ser alvo da fiscalização, porque
não pratica ato nem participa de fato tributável.
e) A pessoa detentora de diploma de bacharel em Ciências Contábeis e que não realizou o seu
registro profissional perante o conselho profissional correspondente, se exercer a atividade
privativa de contador, dado esse contexto, não é obrigada a recolher qualquer tipo de tributo
sobre valores, atos ou fatos praticados nessa circunstância.
Comentário:
Alternativa A: A capacidade tributária ativa não está sempre associada àquele ente público
tributante que institui o tributo, já que pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito
público. Alternativa errada.
Alternativa B: Conforme prevê o art .126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Alternativa correta.
Alternativa C: De acordo com o art. 126, II, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios.
Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional. Alternativa errada.
Alternativa E: Aplica-se aqui o mesmo comentário da Alternativa C: a capacidade tributária passiva
independe de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens
ou negócios. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
Item I: O contribuinte é a pessoa que possui relação pessoal e direta com a situação que constitui o
respectivo fato gerador. Item errado.
Item II: O contribuinte é a pessoa que possui relação pessoal e direta com a situação que constitui
o respectivo fato gerador. Item correto.
Item III: O responsável é a pessoa que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorrer de disposição expressa de lei. Item correto.
Item IV: O responsável é a pessoa que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorrer de disposição expressa de lei. Item errado.
Gabarito: Letra E
81. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A solidariedade mencionada
no CTN importa benefício de ordem quando as pessoas solidárias são expressamente
designadas por lei.
Comentário: Em qualquer caso, a solidariedade não comporta benefício de ordem. Grave isso!
Gabarito: Errada
83. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação, podendo, entretanto, qualquer dos devedores alegar o
benefício de ordem, conforme o grau de seu interesse.
Comentário: Realmente, as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação tributária são solidariamente obrigadas. No entanto, a solidariedade não
comporta benefício de ordem.
Gabarito: Errada
c) Caso Telma fosse beneficiada com isenção pessoal concedida pelo fisco, esta seria
extensível às demais sócias, por força da solidariedade tributária legal.
d) Se Flávia fosse citada em execução fiscal, a interrupção da prescrição atingiria todas as
sócias da empresa.
e) O eventual pagamento total do tributo devido por Telma não aproveitaria nem a Flávia
nem a beatriz, caso o contrato social assim determinasse.
Comentário: Trata- A
cada uma das assertivas.
Alternativa A: Em matéria tributária, a solidariedade passiva não pode ocorrer em virtude de
acordo de vontades, mas apenas por meio de lei. Alternativa errada.
Alternativa B: Por se tratar de solidariedade, não há que se falar em benefício de ordem. A
exigência do fisco é legítima. Alternativa errada.
Alternativa C: A isenção concedida pessoalmente a uma das devedoras solidárias beneficia apenas
esta pessoa, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. Alternativa
errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 125, III, do CTN, a interrupção da prescrição, em favor ou
contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Alternativa correta.
Alternativa E: O art. 125, I, do CTN, prevê que o pagamento efetuado por um dos devedores
solidários aproveita aos demais. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
88. FGV/TJ-AP-Juiz/2008
No Direito Tributário são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum
na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e as pessoas expressamente
designadas por lei, e não comporta o benefício de ordem.
Comentário: É o que define o art. 124, do CTN, como sendo a solidariedade de fato (interesse
comum) e solidariedade legal (designação expressa na lei), lembrando que a solidariedade não
comporta benefício de ordem, podendo qualquer um dos devedores solidários responder pelo
valor integral da obrigação tributária.
Gabarito: Correta
89. ESAF/ATRFB/2012
Os condôminos de um imóvel são solidariamente obrigados pelo imposto que tenha por fato
gerador a respectiva propriedade.
Comentário: Os condôminos de um imóvel possuem interesse comum no fato gerador do imposto
incidente sobre a respectiva propriedade, sendo, por conseguinte, solidariamente responsáveis
pelo imposto.
Gabarito: Correta
90. VUNESP/PC-CE-Delegado/2015
Assinale a alternativa correta.
a) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento dos tributos,
como regra, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento da penalidade
pecuniária.
c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) Ressalvada disposição de lei em contrário, na solidariedade passiva tributária, a isenção ou
remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
e) Em matéria tributária, é possível a existência de solidariedade ativa, passiva e mista.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 123, do CTN, salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondentes. Alternativa errada.
Alternativa B: Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto (obrigações de fazer ou deixar de fazer algo). Alternativa errada.
Alternativa C: Na verdade, o sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando
tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Alternativa
errada.
Alternativa D: É o que estabelece o art. 125, II, do CTN: a solidariedade possui como efeito o fato
de a isenção ou remissão de crédito exonerar todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
Alternativa correta.
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
91. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A autoridade administrativa não pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, pois ambos possuem autonomia para elegê-lo.
Comentário: A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
Gabarito: Errada
93. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
Em regra, é direito do contribuinte eleger o lugar do domicílio fiscal, o que não pode ser
recusado pelo fisco, ainda que a eleição resulte em dificuldades para a arrecadação e
fiscalização tributária.
Comentário: Embora o contribuinte tenha direito de eleger o lugar do seu domicílio fiscal, a
autoridade administrativa pode recusá-lo quando a eleição resulte em dificuldades para a
arrecadação e fiscalização tributária.
Gabarito: Errada
94. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
O domicílio tributário do proprietário de terreno não edificado, para fins de IPTU, deve estar
situado na mesma cidade onde o terreno esteja localizado, o que constitui exceção à regra do
domicílio de eleição.
Comentário: A regra do domicílio fiscal não possui tal exceção. Em regra, cabe ao contribuinte
eleger o seu domicílio fiscal, podendo a autoridade administrativa recusá-lo quando impossibilite
ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
Gabarito: Errada
Comentário: De fato, a Receita Federal do Brasil agiu corretamente, nos termos do art. 127, § 2º,
do CTN. Neste caso, o domicílio tributário será o local da situação dos bens ou da ocorrência do
fato gerador.
Logo, embora a regra seja a eleição do domicílio tributário tanto para pessoas jurídicas quanto
para pessoas físicas (alternativa A está errada), a autoridade fiscal pode recusá-lo, hipótese em que
o domicílio será fixado não como último local em que o estabelecimento estava localizado
(alternativa C também está errada), mas sim como o local da situação dos bens ou da ocorrência
do fato gerador.
Gabarito: Letra E
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
1. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Dispensada a obrigação principal ao contribuinte, também se dispensará a obrigação
acessória.
2. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Obrigação tributária acessória relaciona-se à obrigação de fazer ou não fazer algo ou permitir
que algo seja feito pela administração tributária em prol da arrecadação ou fiscalização que
lhe compete.
3. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
A obrigação acessória é convertida em obrigação principal na hipótese de sua inobservância.
4. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O fato gerador deve ser o mesmo tanto para a obrigação principal quanto para a obrigação
acessória.
5. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017
A respeito da obrigação tributária, assinale a opção correta conforme o que dispõe o CTN.
a) A obrigação principal e sua obrigação acessória devem decorrer de um mesmo fato
gerador.
b) Obrigação principal pode ter por objeto o pagamento de penalidade tributária.
c) A obrigação principal é considerada obrigação tributária, ao passo que as obrigações
acessórias são consideradas obrigações de natureza não tributária.
d) Obrigação acessória não se converte em obrigação principal.
6. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O CTN qualifica como obrigação tributária principal aquela que tem por objeto uma prestação
pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária acessória, cujo objeto abrange as condutas
7. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016
Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento da prática do ato.
9. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude do
descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária principal,
visto que ambas constituem obrigação de dar.
10. CESPE/FUB-Contador/2015
Constitui exemplo de obrigação tributária acessória a prestação pecuniária decorrente do
imposto de renda.
11. CESPE/MPU-Analista/2015
Se uma imobiliária deixar de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes, tal
obrigação não desaparecerá e a consequente infração tributária fará surgir a obrigação
principal referente à multa.
13. CESPE/AGU/2015
O princípio da isonomia
D IPTU
imposto sobre serviços de qualquer natureza, já que, para a definição do fato gerador, não se
devem levar em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
22. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Não é possível que uma
obrigação acessória se converta em principal, pois esta é vinculada à ocorrência do fato
gerador.
23. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A autoridade administrativa
pode desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência de fato gerador de tributo; o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido
por lei ordinária.
24. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
De acordo com o CTN, são apenas duas as espécies de obrigação tributária: a principal e a
acessória.
25. CESPE/PROCURADOR-PE/2009-Adaptada
A respeito do ICMS e das obrigações tributárias a ele relativas, julgue a assertiva a seguir. Ao
emitir nota fiscal, o responsável pelo recolhimento do ICMS pratica obrigação tributária
principal.
26. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
Reputa-se acessória a obrigação tributária imposta ao contribuinte, no sentido de tolerar
atividades de fiscalização do recolhimento do ICMS.
27. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
A obrigação tributária consistente no dever de manter escrita contábil referente ao ICMS
decorre sempre da lei stricto sensu.
29. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) a obrigação tributária principal sempre pressupõe o prévio ou posterior cumprimento de
obrigação tributária acessória.
b) todo sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre também será de obrigação
tributária acessória.
c) a obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal e existe no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) somente pode ser objeto de obrigação tributária acessória aquele previsto em lei ou ato
normativo para ser sujeito passivo de obrigação tributária principal.
e) a obrigação tributária principal se converte em obrigação tributária acessória quando se
trata de pagamento de multa por infração à legislação tributária.
30. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
31. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Autoridade administrativa, observados os procedimentos estabelecidos em lei ordinária,
pode efetuar a desconsideração de atos ou de negócios jurídicos praticados com a finalidade
de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
32. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação principal é situação definida em decreto do executivo ou resolução
do Senado Federal como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Entretanto, o banco foi multado pelo Estado Z, constando da autuação que houve
descumprimento da obrigação acessória de emissão de nota fiscal, conforme consta do
Regulamento do ICMS do Estado de destino dos bens transferidos. Nessa hipótese,
a) o Estado Z agiu de forma ilegal, por não haver obrigação de emissão de nota fiscal, não
existindo venda.
b) a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco
exercer seu dever de fiscalização.
c) o Estado Z extrapolou o seu poder de polícia, por que na hipótese a obrigação principal não
existe.
d) a obrigação de emissão de nota fiscal só poderia ser exigida pelo Estado Y.
e) o Estado Z agiu corretamente, já que houve circulação física e jurídica de bens entre as
unidades da Federação.
d) decreto legislativo;
e) lei complementar.
43. ESAF/MPOG-APO/2015
Sobre obrigação tributária e fato gerador tributário, é incorreto afirmar que
a) a obrigação tributária principal nasce com a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
b) a obrigação tributária principal tem necessária natureza pecuniária e somente pode ser
instituída por lei em sentido estrito/formal, enquanto que a obrigação tributária acessória
tem necessária natureza não- pecuniária.
c) a obrigação tributária acessória configura obrigação de fazer (prestação positiva) ou de não
fazer (prestação negativa) prevista no interesse da arrecadação tributária ou da
administração tributária.
d) o fato gerador da obrigação tributária principal é situação definida na lei tributária
necessária e suficiente à geração da correspondente obrigação de pagar.
e) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida na legislação tributária que
imponha a prática ou a abstenção de ato que não seja próprio à obrigação principal.
44. ESAF/ATRFB/2012
Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser
estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida
em decretos e normas complementares.
45. ESAF/ATRFB/2012
A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação.
46. ESAF/ATRFB/2012
Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
IV. aspecto pessoal: quem está obrigado ao pagamento (sujeito passivo), e em favor de quem
(sujeito ativo);
V. aspecto quantitativo: qual o montante devido da obrigação tributária.
Estão corretos:
a) apenas os itens I, IV e V.
b) apenas os itens I, II e V.
c) apenas os itens I, III, IV e V.
d) apenas os itens III, IV e V.
e) todos os itens estão corretos.
51. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O sujeito ativo da obrigação acessória é denominado responsável tributário.
52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O sujeito passivo da obrigação principal denomina-se contribuinte quando, dada sua
vinculação ao fato gerador, sua sujeição decorre expressamente de determinação legal, ainda
que não tenha relação pessoal e direta com a ocorrência de tal fato.
53. CESPE/PC-GO-Delegado/2017
Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, obtendo uma
renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um auditor da Receita Federal
do Brasil efetuou lançamento contra o menor. Tendo como referência essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tributo a título
de sanção cível.
55. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta.
a) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil.
b) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas.
c) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador.
d) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita o início da
relação jurídico-tributária.
e) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua arrecadação são
essenciais para qualificá-lo.
58. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. É possível que sujeito passivo
de obrigação principal figure como responsável, ainda que a obrigação não decorra de
disposição expressa em lei.
60. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na hipótese de constituição
de pessoa jurídica de direito público pelo desmembramento territorial de outra, não haverá
sub-rogação em direitos.
61. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A capacidade tributária passiva depende da regular constituição da pessoa jurídica, a fim de
se localizar o seu domicílio tributário.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a condição
de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por esse
imposto.
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua
propriedade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar
seus bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em
relação aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que
configure, indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do
ITCMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que
o donatário é o contribuinte desse imposto.
64. FCC/TCM-RJ-Procurador/2015
E
que era utilizada para fazer lavagem de dinheiro decorrente de corrupção em aquisição de
M E
70. ESAF/MPOG-APO/2015
O
71. ESAF/MPOG-APO/2015
Sujeito ativo tributário é aquele a quem a lei destina o resultado da arrecadação dos valores
pecuniários da correspondente obrigação tributária principal.
72. ESAF/MPOG-APO/2015
Na definição da sujeição passiva, as convenções particulares, ainda que configuradas
mediante instrumento público ou decorrentes de ato homologado judicialmente, são
inoponíveis à Fazenda Pública.
74. ESAF/ATRFB/2012
Um menor de 10 anos de idade é absolutamente incapaz do ponto de vista civil e tributário.
75. ESAF/ATRFB/2012
Salvo se a lei o previr, os contratos feitos entre o contribuinte do ITR e o arrendatário do
imóvel, para excluir a responsabilidade daquele pelo pagamento desse imposto, embora
válido entre as partes, não é eficaz em relação à fazenda pública.
76. FUNDATEC/SEFAZ-RS-TTRE/2014
Segundo a ordem jurídica, assinale a alternativa correta.
a) A capacidade tributária ativa está sempre associada àquele ente público tributante que
institui o tributo.
b) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
c) A pessoa proibida de exercer atividade comercial, tendo em vista decisão judicial com força
de coisa julgada, uma vez praticando o ato proibido, não pode ser considerado que tenha
realizado o fato gerador em concreto pelo motivo de estar inimputável.
d) O ambulante, aqui considerado como aquela pessoa natural que realiza a venda de
mercadorias, sem a devida inscrição junto à fazenda estadual e sem qualquer tipo de registro
perante a junta comercial, por tais características, não poderá ser alvo da fiscalização, porque
não pratica ato nem participa de fato tributável.
e) A pessoa detentora de diploma de bacharel em Ciências Contábeis e que não realizou o seu
registro profissional perante o conselho profissional correspondente, se exercer a atividade
privativa de contador, dado esse contexto, não é obrigada a recolher qualquer tipo de tributo
sobre valores, atos ou fatos praticados nessa circunstância.
81. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A solidariedade mencionada
no CTN importa benefício de ordem quando as pessoas solidárias são expressamente
designadas por lei.
83. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação, podendo, entretanto, qualquer dos devedores alegar o
benefício de ordem, conforme o grau de seu interesse.
88. FGV/TJ-AP-Juiz/2008
No Direito Tributário são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum
na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e as pessoas expressamente
designadas por lei, e não comporta o benefício de ordem.
89. ESAF/ATRFB/2012
Os condôminos de um imóvel são solidariamente obrigados pelo imposto que tenha por fato
gerador a respectiva propriedade.
90. VUNESP/PC-CE-Delegado/2015
Assinale a alternativa correta.
a) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento dos tributos,
como regra, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento da penalidade
pecuniária.
c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) Ressalvada disposição de lei em contrário, na solidariedade passiva tributária, a isenção ou
remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
e) Em matéria tributária, é possível a existência de solidariedade ativa, passiva e mista.
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
91. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A autoridade administrativa não pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, pois ambos possuem autonomia para elegê-lo.
93. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
Em regra, é direito do contribuinte eleger o lugar do domicílio fiscal, o que não pode ser
recusado pelo fisco, ainda que a eleição resulte em dificuldades para a arrecadação e
fiscalização tributária.
94. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
O domicílio tributário do proprietário de terreno não edificado, para fins de IPTU, deve estar
situado na mesma cidade onde o terreno esteja localizado, o que constitui exceção à regra do
domicílio de eleição.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A obrigação tributária caracteriza-se por uma relação jurídica estabelecida entre dois
indivíduos, credor e devedor, cujo objeto consiste em uma prestação de dar, fazer ou deixar
de fazer algo.
O sujeito passivo é o particular (pessoa física ou jurídica), que fica sujeito ao cumprimento das
obrigações tributárias.
A obrigação acessória não possui caráter pecuniário, tendo por objeto as prestações, positivas
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Hipótese de incidência Previsão abstrata do fato que fará surgir a obrigação tributária.
Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza
do seu objeto ou dos seus efeitos, e dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
A elisão fiscal é a prática que visa reduzir ou eliminar o valor do tributo devido. São os atos
praticados pelo sujeito passivo, em regra, antes da ocorrência do fato gerador, isto é, antes do
nascimento da obrigação tributária. É, portanto, uma conduta lícita, sendo denominada
planejamento tributário.
A evasão fiscal se caracteriza por condutas ilícitas, praticadas com o intento de ludibriar a
fiscalização, ocultando parcial ou totalmente a ocorrência do fato gerador. Em regra, a evasão é
praticada após a ocorrência do fato gerador.
A elusão fiscal é também denominada elisão ineficaz. Nessa situação, o contribuinte simula o
negócio jurídico, dissimulando o fato gerador do tributo. O que se quer ocultar é a essência do
negócio, alterando a sua forma. Os autores costumam denominá-
O sujeito passivo da obrigação principal é aquele que está obrigado a pagar tributo ou
penalidade pecuniária. O sujeito passivo da obrigação acessória é o que está obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo.
Relação pessoal
Contribuinte
e direta com F.G.
Obrigação
Principal
Obrigação
Responsável decorrente da
Sujeito passivo lei
Obrigado a
Obrigação
fazer/deixar de
Acessória
fazer algo
A solidariedade ocorre quando duas ou mais pessoas possuem interesse comum na situação
que constitua o fato gerador da obrigação principal ou quando a lei assim o estabelece.
A solidariedade possui diversos efeitos, os quais podem ser sintetizados no esquema abaixo:
Efeitos da Solidariedade
Pagamento Aproveita aos demais
Exonera todos os
demais devedores
Isenção/Remissão
Exceto se pessoal a Subsiste saldo
um deles p/demais
Interrupção da Favorece ou
Prescrição prejudica os demais
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
Domicílio Tributário
Regra: O sujeito
passivo escolhe seu
domicílio tributário Pessoa natural: residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de
sua atividade.
PJ de direito privado: local da
sede ou de cada estabelecimento,
para FG nele ocorrido.
O domicílio impediu PJ de direito público: qualquer de
ou dificultou a suas repartições no território da
fiscalização e entidade tributante.
arrecadação