Adopção e Os Seus Pressupostos
Adopção e Os Seus Pressupostos
Adopção e Os Seus Pressupostos
Grupo nº 5
Luanda – 2022
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS CRIMINAIS
Grupo 5
Integrantes:
Bernarda Chapua - 181978
Carla Mateta - 190947
Duyane Canhanga - 192153
Fátima Francisco - 190010
_________________________
Professora: Carla Lemos
Luanda – 2022
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos pais e à todas as crianças órfãs e abandonadas do mundo
e, de maneira muito especial, às crianças de Angola.
Sumário
Introdução.............................................................................................................................................4
2. O Processo De Adopção...................................................................................................................6
3. Requisitos Do Adoptado...................................................................................................................7
6. Mobilidade De Adopção.................................................................................................................10
CONCLUSÃO....................................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................14
RESUMO
Abordar o tema da adopção é trazer para o nosso trabalho uma grande carga emotiva.
E neste sentido, este trabalho que agora iniciamos, acerca da Adopção irá sempre girar em
torno dos interesses e do bem-estar das crianças desprovidas de afetos e de amor por aqueles
que são os seus pais biológicos, por culpa destes, de terceiros, ou por infortúnio do próprio
destino. O importante é saber que existem sempre Homens e Mulheres dispostos a contribuir
para a felicidade destas crianças e a dar-lhes um lar repleto de amor e de carinho que, por uma
razão ou por outra, não poderão ter.
Há famílias que geram filhos, mas não os criam e, por outro lado, há famílias que
criam filhos que não geraram. Ser pai e mãe é, pois, criar, amar e educar.
E que para tal é necessário que se cumpram alguns pressupostos, para que se respeite
aqueles que são os interesses da criança e se estabeleça um relação jurídico-familiar.
Este trabalho está constituído por 6 capítulos, pelos quais iremos apresentar os conceitos de
família e adopção, abordaremos sobre as modalidades de adopção e quais são os requisitos
por parte do adoptado e do adoptante. Além disso, temos as conclusões e as referências
bibliográficas.
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1. Conceito De Adopção E Sua Natureza
Como reza o artigo 80.º da mesma, epigrafe ``Infância´´: `` A criança tem direito à
atenção especial da família, da sociedade e do Estado; As políticas públicas no domínio da
família, da educação e da saúde devem salvaguardar o princípio do superior interesse da
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criança, assegura especial proteção à criança órfã, com deficiência, abandonada ou, por
qualquer forma; o Estado regula a adopção de crianças, promovendo a sua integração em
ambiente familiar sadio e velando pelo seu desenvolvimento integral e proibido o trabalho de
menores em idade escolar.
O artigo 197.º do código da família angolano dá a noção de adopção dizendo que esta
constitui entre adoptando e adoptante o vínculo de parentesco igual ao que liga os filhos aos
pais naturais.
2. O Processo De Adopção
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são iguais perante a lei e que a protecção dos direitos da criança constituem absoluta
prioridade da família, do Estado e da sociedade.
3. Requisitos Do Adoptado
De acordo com o Código da Família, no artigo 200.º e com a Lei n.º 7/80 de 27 de
Agosto – Sobre a Adopção e Colocção de Menores, artigo 3.º, os requisitos por parte do
adoptado são:
-Ter menos de 18 anos de idade, exige-se com efeito a idade máxima com que um
menor pode ser adoptado é precisamente o limite da menoridade, ou seja, até atingir 18 anos
de idade;
-Ser filho de pais desconhecidos ou falecidos;
-Estar na situação de abandono, estando ou não no Centro de Acolhimento (Considera-
se em situação de abandono o menor em relação ao qual os pais e outros parentes se tenham
manifestamente desinteressado do exercício dos seus deveres, por período superior a um ano);
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-Menores cujos pais naturais prestem consentimento à adopção (No seu artigo 201.º
CFA determina que podem ser adoptados os menores cujos os pais naturais (biológicos)
prestem o devido consentimento à adopção. Os pais que entendam e reconheçam não ter as
condições necessárias para criar e educar um menor, de lhe dar um lar saudável e estável,
podem consentir (os dois) na adopção do menor, para que este fique disponível para ser
adoptado.);
Na falta dos pais do menor, o consentimento será perante o tribunal, por ordem de
preferência pelos seus avós, irmãos maiores ou tios, preferindo, em igualdade de
circunstância, o parente que tenha o menor a seu cargo, o menor quando completa 10 anos de
idade, não poderá ser adoptado.
No caso de adopção internacional, o menor de idade de nacionalidade angolana só
poderá ser adoptado por cidadão estrangeiro com autorização da Assembleia Nacional.
A Lei prevê uma exceção que se prende com o facto de, no caso do filho do cônjuge
ou do companheiro de união de facto, apenas são exigíveis os requisitos referidos nas alíneas
a), b) e d). Ou seja, nos casos de adopção prevista no artigo 205.º al. b) do CFA (adopção
pelo cônjuge, pelo homem ou mulher que vivam em união de facto relativamente ao filho do
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outro) a Lei suprime alguns requisitos, nomeadamente ter capacidade económica para prover
o sustento e educação do adoptando e ter saúde mental e física. Relativamente aos
restantes requisitos são igualmente exigidos na medida em que são essenciais para habilitar
alguém a adoptar um menor.
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Da mesma forma, um cidadão angolano pode nas mesmas condições, adoptar
um menor residente no estrangeiro. Este menor, ao ser adoptado plenamente por
nacionais angolanos, adquire nacionalidade angolana, nos termos do artigo11.º da lei
n.º 1/05 de 1 de julho (Lei da nacionalidade- Angola).
A adopção internacional é, contudo, vista como subsidiária relativamente a
outras respostas adequadas oferecidas no país de origem do adoptante, ou seja, apenas não
existindo outra alternativa para a criança é que se pondera a adopção internacional. E isto
porque nestes casos, a somar às mudanças que o instituto da adopção acarreta para o menor,
na adopção internacional há ainda mais mudanças, nomeadamente, mudança de país, de
cultura e também de hábitos e costumes, o que pode não constituir benefícios para o menor.
6. Mobilidade De Adopção
Com a existência de duas modalidades de adopção, criam-se regras específicas para cada uma
delas, o legislador angolano optou por não as distinguir de maneira explícita, mas,
implicitamente é possível distinguir estas duas modalidades. Prevê requisitos específicos para
cada uma delas, o legislador optou por elencar as condições gerais para todos os tipos
de adopção seja ela plena ou restrita. O que muda, efectivamente são os efeitos de uma e de
outra, que se prendem sempre com a ligação que se mantém com a família biológica, sendo
que na adopção plena desaparece e na restrita mantêm-se laços, independentemente da adoção
que se constitui.
Determina o artigo 205.º do CFA, sob a epígrafe “Tipos de adopção”, que a adopção pode ser
constituída de três formas:
a) Por ambos os cônjuges, desde que não estejam separados de facto, ou por homem e
mulher que vivam em união de facto em condições de ser reconhecida;
b) Pelo cônjuge ou pelo homem ou mulher que vivam em união de facto
relativamente ao filho do outro;
c) Individualmente, por uma pessoa não casada.
Assim, a lei prevê duas formas distintas de adopção: a adopção unipessoal ou singular
(realizada por uma pessoa) e a adopção dupla (levada a cabo por duas pessoas, casadas ou que
vivam em união de facto).
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Cumpre-nos agora analisar os aspetos e os efeitos que diferenciam uma da outra, e que
as fazem coexistir no mesmo ordenamento jurídico.
Determina o artigo 206.º do CFA que “a adopção dupla do menor faz extinguir os
laços de parentesco entre o adoptado e os seus parentes naturais, os quais só serão de atender
para o efeito de constituírem impedimento matrimonial”.
O CFA no seu artigo 205.º impõe apenas que a adopção seja feita por “ambos os
cônjuges, desde que não estejam separados de facto, ou por homem e mulher que vivam em
união de facto em condições de ser reconhecida”. No entanto, esta exigência de um limite
temporal mínimo de duração do casamento tem uma explicação evidente, procura-se, por um
lado, que o casal que vai adoptar uma criança garanta o mínimo de estabilidade no casamento,
por outro lado, evitam-se adopções precipitadas por casais que, ao fim de pouco tempo de
vida em comum, mas sem filhos, logo julgam não os poder ter, pelo que buscam na adopção
não tanto a forma de resolverem o problema de um menor, mas as suas próprias frustrações.
(BARBOSA, A. Menéres)
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de duas adopções sucessivas, ultrapassar o obstáculo legal de duração mínima do casamento,
quanto à adopção conjunta por parte dos adoptantes casados. (COELHO, Francisco Pereira)
Na adopção dupla, o menor deixará de usar os apelidos da sua família natural e o seu
nome será composto com os apelidos materno e paterno dos adoptantes (artigo 208.º CFA).
O legislador angolano não prevê a situação de alteração do nome próprio, mas apenas
dos apelidos. E de certa forma, compreende-se que assim seja, uma vez que uma das
características do nome de cada um de nós é a imutabilidade. É o nosso nome próprio que
define a nossa própria identidade e ao alterar esse nome, aquele com o qual nos identificamos,
candidatamo-nos a perder a nossa real identidade.
A adopção pode também ser concretizada por uma pessoa apenas, (pelo cônjuge ou
pelo homem ou mulher que vivam em união de facto relativamente ao filho do outro, ou
individualmente por uma pessoa não casada), a denominada adopção unipessoal.
Neste tipo de adopção não existe um corte definitivo com a família biológica do menor
(à semelhança do que sucedia com a adopção restrita). Assim, se o adoptante for homem
substitui- se ao pai natural do adoptado e se for mulher substitui-se à mãe natural do adoptado,
cabendo ao adoptante exercer, em exclusivo, a autoridade paternal sobre o adoptado, salvo
quando o adoptado seja filho do cônjuge ou companheiro de vida em comum do adoptante,
caso em que a autoridade paternal será exercida em conjunto com o progenitor natural. E, por
isso, as relações de parentesco do adoptado com o pai ou mãe natural que não for substituído
pelo adoptante subsistem.
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E, por isso, a filiação adoptiva, neste tipo de casos, coexiste com a filiação natural, o
que pode criar alguns problemas de relacionamento entre as duas famílias e colocar em causa
os interesses do menor. Contudo, quem avança para uma adopção unipessoal conhece, à
partida, os riscos que o seu estabelecimento pode acarretar.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ac. Tribunal da Relação de Lisboa n.º 0004936 do supremo tribunal administrativo de,
ACAI - Vide in
http://www.seg-social.pt/documents/10152/13200/Publicacao_Adocao+Internacional.
RAMIÃO, Tomé d’Almeida, – A Adopção. Regime Jurídico Actual. Lisboa: Quid Juris
LEGISLAÇÃO
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