Natal 2011
Natal 2011
Natal 2011
de Jesus Cristo?
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Nesse
momento, a Escritura se refere a Jesus como uma
"criança", não como um "bebê". É possível que o
pequeno Jesus já estivesse andando e falando então.
Com base nos cálculos do Rei Herodes e dos magos
(Mateus 2:16),Jesus podia já ter dois anos ou menos.
[Aprenda mais: Sobre os sábios (magos)]
"Um período mais provável seria em fins de Setembro, no tempo da Festa dos
Tabernáculos, quando uma viagem como essa era comumente admitida. Além
do mais, crê-se (embora não seja certo) que o nascimento de Jesus foi próximo
ao final de Setembro. A concepção de Cristo, contudo, pode ter ocorrido no final
de Dezembro do ano anterior. Nossa celebração de Natal pode ser vista como
uma honrada observação encarnação do 'Verbo que se fez carne' (João 1:14).
Isto significaria, então, que Sua concepção, não Seu nascimento, ocorreu no
final de Dezembro. Além disso, pode perfeitamente ser que quando celebramos
o nascimento de Cristo no chamado 'Natal', nós estejamos na verdade celebrando
Sua concepção miraculosa, o tempo em que o Pai enviou o Filho ao mundo, no
ventre da virgem. Esse, o mais obscuro período do ano, o período da festa pagã
'Saturnália', e o período em que o sol (a 'luz do mundo' física) está mais distante
da Terra Santa - seria certamente um período apropriado para Deus enviar a 'luz
do mundo' espiritual ao mundo, como o 'Salvador, que é Cristo o Senhor' (Lucas
2:11)" [Dr. Henry M. Morris, The Defender's Study Bible (notas de Lucas
2:8,13)].
(O Natal é uma celebração especial da ceia do Senhor - chamada de missa pela Igreja
Católica Romana e de ceia pela maior parte das Igrejas Protestantes.)
Essa data foi escolhida pela Igreja Católica Romana. Devido ao domínio de
Roma sobre o mundo "Cristão" por séculos, a data se tornou tradição por toda a
cristandade..
A despeito de todos os erros humanos, os fatos verdadeiros sobre Jesus são mais
maravilhosos do que palavras podem expressar. Ele verdadeiramente nasceu de uma
virgem na cidade de Belémexatamente como profetizado anos e anos antes. Jesus foi
concebido em Maria, não por homem, mas pelo Espírito Santo de Deus. Como o
apóstolo João revela, Jesus existia antes da Criação do mundo (João 1). Ele é parte da
Santa Trindade que conhecemos como Deus (Pai, Filho e Espírito Santo). O Filho de
Deus veio em forma de homem com um propósito - morrer como um sacrifício
voluntário em pagamento pelos pecados da humanidade. Ele o fez para conceder
salvação eterna como um dom gratuito a todo aquele que O aceitar e O seguir.
Tenho observado igrejas, escritórios, centros comerciais e mesmo nossa casa. Muitas
delas estão bem ornamentadas: uma árvore bonita, pacotes com presentes, luzes
coloridas, etc. Normalmente, esses são os símbolos que expressam a visão popular do
Natal. Estamos fazendo uso desses símbolos movidos apenas pela tradição, ou, como
adventistas, mantemos o verdadeiro espírito dessa comemoração? Se perdermos a visão
correta, quem vai mantê-la?
Os símbolos enfeitam e embelezam o Natal, mas não podem tirar seu foco principal.
Ellen G. White recomendava o uso da árvore de Natal na igreja, não apenas como
enfeite, mas com uma razão mais nobre e apropriada: “Deus muito Se alegraria se, no
Natal, cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e
pequenas, para essas casas de culto. [...] Não há particular pecado em selecionar um
fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à
ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore” (O Lar Adventista, p. 482).
Se Natal é tempo de presentes, então, por que não aproveitar para oferecê-los aos
necessitados ou para os projetos da igreja? Vamos ornamentar a casa, o escritório ou
igreja, mas pensando em tornar o Natal uma oportunidade para dar presentes não apenas
às pessoas que amamos e estão perto de nós, mas também àqueles que tanto necessitam
de ajuda. Esse é o verdadeiro espírito do Natal. “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho unigênito…” Deus amou e deu. É esse espírito de
abnegação que precisamos renovar no Natal.
Mas, como o Natal é tempo de presentes, quero lhe fazer duas sugestões especiais: A
primeira é que você participe do Mutirão de Natal, oferecendo um pouco do que você
tem aos necessitados. Esse é um projeto precioso que resgata e reforça, de maneira
organizada, o espírito que deve estar no coração de cada cristão. Corremos o risco de
fazer do Natal um tempo de egoísmo em que gastamos o que temos, e muitas vezes o
que não temos, apenas para satisfazer as pessoas que amamos. Isso é olhar apenas para
nós mesmos no tempo em que celebramos o nascimento dAquele que abriu mão de tudo
o que possuía para vir a este mundo salvar pecadores. Vamos dar presentes aos nossos
queridos, mas sem esquecer as pessoas carentes.
A segunda sugestão é que você presenteie aqueles que precisam conhecer Jesus por
meio da leitura do livro missionário A Grande Esperança. Parentes, amigos, vizinhos,
funcionários ou colegas de trabalho. Melhor seria se pudéssemos dar o livro O Grande
Conflito (texto completo), na edição de luxo lançada recentemente pela Casa
Publicadora Brasileira. Esse é o tempo em que os corações estão abertos e não podemos
perder a oportunidade. “Aproximamo-nos rapidamente do fim. A impressão e circulação
dos livros e revistas que contêm a verdade para este tempo deve ser nossa obra” (Ellen
G. White, O Colportor-Evangelista, p. 5).
O Significado do Nascimento de
Cristo
Não há indicações de que durante os primeiros dois séculos a igreja primitiva celebrava
o nascimento de Cristo. O evento que era amplamente comemorado todos os anos era a
morte e ressurreição de Jesus na Páscoa.
No entanto, a vontade de Deus em assumir a carne humana e nascer como um bebê, me
diz muito sobre o caráter de Deus. Resumidamente, o nascimento de Cristo como um
bebê indefeso, me diz quatro coisas importantes a respeito de Deus.
João exprime esta verdade eloquentemente dizendo: “E o Verbo se fez carne e habitou
entre nós” (João 1:14). Para apreciar toda a força desse versículo, é importante notar que
a palavra – “habitou – Skené” em Grego, significa “barraca, tenda”. Isso não significa
que Cristo tomou habitação temporária entre nós. Na Bíblia a palavra não implica
residência temporária. Por exemplo, em Apocalipse 21:3 os novos céus e a nova terra
são descritos, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo (tenda!) de Deus com os homens. Ele vai
morar (armar a sua tenda!) Com eles, e eles serão o seu povo.”
A noção de Deus, levantando uma tenda entre nós, implica que Ele quer estar perto de
nós e interagir conosco. É por isso que Cristo nasceu como um bebê. Ele queria estar
perto de nós e se identificar conosco. Levantou a sua tenda como se fosse no nosso
quintal.
Em segundo lugar, o nascimento de Cristo como um bebê humano me diz que Deus vê
o nosso corpo humano como Sua boa criação. Esta verdade da Bíblia era inaceitável
para os pensadores dualistas do NT que viam o corpo material humano como mal e a ser
descartado no momento da morte. Essas pessoas formaram influentes seitas “cristãs”
conhecidas como gnósticas ou Docéticas. Elas ensinavam que Cristo tinha uma
aparência humana, mas não um corpo material humano, porque o corpo físico humano é
mau. Em seus pensamentos, Cristo não poderia ter assumido um corpo humano, sem se
contaminar. A divindade não poderia assumir a humanidade sem perder sua natureza
divina.
João condena essas pessoas como “falsos profetas”, possuídos pelo espírito do
anticristo. “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus, mas
todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus. Este é o espírito do
anticristo” (1 João 4:2-3).
O fato de que Cristo nasceu como um bebê humano e viveu como um ser humano, nos
diz que Deus vê a nossa natureza humana como Sua boa criação. A finalidade da
encarnação não foi mudar a natureza dos nossos corpos de físico para espiritual, mas
para redimir e restaurar-lhe a sua perfeição original. Isso nos dá razão para acreditar que
se a nossa natureza humana era “muito boa” na criação e na encarnação, também será
boa na restauração final. Em outras palavras, no fim, Deus não vai mudar o nosso corpo
humano em algo totalmente diferente, porque Ele descobriu uma falha na sua criação
original, mas restaurá-lo à sua perfeição original.
Paulo expressa esta verdade com clareza, dizendo: “Tende em vós aquele sentimento
que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não
considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de
homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de
Deus Pai.” (Filipenses 2:5-11).
Antes de Sua encarnação Jesus Cristo era “em forma de Deus”(v. 6), isto é, Ele tinha a
natureza de Deus e esta Divindade essencial nunca poderia deixar de existir. Mas, para
nascer como um bebê: “Ele se humilhou”, deixando de lado temporariamente Sua
majestade, glória e posição como o Filho de Deus. Somente a eternidade revelará a
profundidade de significado nas palavras, “humilhou-se a si mesmo”.
Em quarto lugar, Deus escolheu revelar a Sua santidade, pureza e glória através do rosto
e da natureza de uma criança indefesa. Durante todo o Antigo Testamento, Deus quis
fazer-Se conhecido ao seu povo. Mas isso era impossível. Antes do pecado entrar no
mundo, Adão e Eva desfrutavam de uma relação perfeita com Deus. Eles moravam na
presença de Deus. Mas uma vez que o pecado entrou no mundo, ver Deus face a face se
tornou impossível. Os seres humanos perderam a capacidade de viver em segurança na
presença de Deus.
Quando Moisés disse a Deus que queria vê-lo, Deus respondeu: “Você não pode me ver
e viver.” Estar na presença plena de Deus era impossível para os seres humanos
pecaminosos. Então Deus disse a Moisés para se esconder numa rocha enquanto Ele
passava. Moisés capturou uma breve visão de Deus, e retornou ao seu povo com o rosto
brilhando, tão brilhante que o povo o fez colocar um véu para protegê-los da glória de
Deus refletida no rosto de Moisés.
Quando os israelitas vagaram rumo à Terra Prometida, Deus escolheu revelar-Se num
pilar de nuvem de dia, e numa coluna de fogo à noite. Essa foi uma maneira de Deus
estar com seu povo, sem destruí-los com a glória da Sua presença.
Mas Deus desejava revelar-Se mais plenamente para a família humana. Ele fez isso
através da encarnação de Seu Filho, nascido neste mundo como um bebê com carne e
sangue como um ser humano. É assim que Deus se revelou a nós.
João exprime a mesma verdade dizendo: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós,
cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.”
(João 1:14). É através da encarnação do Filho de Deus que contemplamos a glória de
Deus.
A mesma observação é feita no versículo 18. “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus
unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.” Aqui a questão é que embora
Deus seja invisível, Ele tem agora Se revelado de uma forma mais original através da
encarnação de Si mesmo em Seu Filho Jesus. Em Jesus vemos Deus. É por isso que
Jesus podia dizer: “Aquele que vê a mim vê o Pai” (João 14:9).
Em suma, o nascimento de Cristo como um bebê indefeso diz que Deus é Emanuel, no
sentido de que Ele quer estar perto de nós e se identificar conosco. Ele nos diz que Deus
vê a nossa natureza humana como Sua boa criação, porque ela foi assumida pelo seu
próprio Filho. Ele nos diz que Deus é um Deus humilde. Ele estava disposto a Se
humilhar para a nossa salvação. Ele nos diz que Deus escolheu revelar a Sua santidade,
pureza e glória através do rosto e da natureza de uma criança indefesa. O nascimento de
Cristo como um bebê indefeso, nos diz que nós adoramos um Deus maravilhoso,
profundamente interessado em nos devolver a uma relação harmoniosa com Ele.
De acordo com a Time “para muitos varejistas, as vendas deste feriado são responsáveis
por até 40% de sua receita anual e até 80% de seus lucros – daí o nome Black friday –
ou o dia em que tradicionalmente as lojas saem “do vermelho” para “o preto”.
(Http://www.time.com/time/business/article/0, 8599,1855555,00. Html)
A boa notícia da data do nascimento de Cristo, não é um feriado, com os seus presentes,
festas, diversão, e árvores de Natal iluminadas – pois isso são apenas vestígios de uma
cultura pagã que nada sabe do verdadeiro Deus. A boa notícia do nascimento de Cristo
gira em torno de uma pessoa – um dom inefável de Deus, um Salvador que é Cristo o
Senhor.
Francamente, eu não entendo por que algumas igrejas adventistas de hoje estão
adotando a prática popular de um culto na igreja à noite em 24 de dezembro. Talvez elas
não estejam cientes de que estão imitando a católica “Missa de Cristo”, comemorada à
meia-noite de 24 de dezembro. Elas podem também ignorar a origem pagã da data do
nascimento de Cristo, que será discutida posteriormente. Provavelmente, para estas
igrejas, pode ser apenas uma questão de conformidade cultural, ou seja, o desejo de
imitar os impressionantes serviços de véspera de Natal realizados em igrejas católicas e
protestantes.
Era a celebração do nascimento do deus-Sol na Roma antiga, que era acompanhada por
uma profusão de luzes e tochas e a decoração de árvores. Para facilitar a aceitação da fé
cristã pelas massas pagãs, a Igreja de Roma considerou oportuno fazer não só o Dia do
Sol a celebração semanal da ressurreição de Cristo, mas também o dia do nascimento do
Deus-Sol invencível em 25 de dezembro a celebração anual do nascimento de Cristo.
Este ponto será ampliado mais tarde.
O reconhecimento da origem pagã do Natal, com todas as suas luzes, decoração, festa e
celebração, não significa que é errado dar um tempo para lembrar o nascimento de Jesus
nesta época do ano. Afinal seria bom para nós nos lembrarmos a cada dia que Jesus
estava disposto a deixar sua posição gloriosa, a fim de nascer na família humana como
um bebê indefeso para se tornar nosso Salvador.
Nenhuma outra história aperta o coração humano como a história do amor divino
manifesto na vontade de Cristo de entrar na limitação, agonia, sofrimento e morte da
carne humana para se tornar “Emanuel”, Deus conosco. Refletir sobre o mistério da
encarnação é um digno exercício espiritual diário, que pode ser feito também em 25 de
dezembro, conhecido no mundo cristão como o “tempo do Advento”, isto é, a
temporada que se comemora o Primeiro Advento do Senhor.
De certa forma o tempo do Advento oferece uma oportunidade única para os adventistas
ajudarem os cristãos a compreender o sentido último do Natal, que se encontra no fato
de que Jesus que veio pela primeira vez como um bebê indefeso em Belém, voltará a
segunda vez como o Senhor dos senhores e o Rei dos Reis. O que isto significa é que o
humilde nascimento de Jesus na família humana, é o prelúdio de Seu retorno glorioso
para habitar com o Seu povo através dos séculos sem fim da eternidade. A celebração
final do tempo do Advento nos aguarda na gloriosa segunda vinda do Senhor.
No lar adventista, o nascimento de Cristo pode ser celebrado lembrando-se dos
necessitados em nossa igreja e comunidade. Assim como Deus nos amou, dando o seu
Filho unigênito para a nossa salvação, assim podemos celebrar a doação do amor de
Deus, compartilhando nossas bênçãos com os necessitados. Isto significa que em vez de
perguntar: “O que eu vou ganhar de presente no Natal?” , possamos considerar: “Quem
eu posso ajudar este ano?
Se, como é geralmente aceito, o ministério de Cristo começou quando ele tinha cerca de
trinta anos de idade (Lucas 3:23) e durou três anos e meio, até sua morte na Páscoa
(março / abril), retrocedendo, chegamos aos meses de setembro / outubro, ao invés de
25 de dezembro.[2] Indireto suporte para a datação de Setembro / Outubro como
nascimento de Cristo é fornecido também pelo fato de que de novembro a fevereiro os
pastores não assistiam os seus rebanhos durante a noite nos campos. Eles o traziam para
uma área protegida chamada curral. Assim, 25 de dezembro é a data mais provável para
o nascimento de Cristo.[3]
Belém ficava a apenas quatro quilômetros de Jerusalém. “Os romanos”, observa Barney
Kasdan, “eram conhecidos por fazerem seus censos de acordo com o costume dos
territórios ocupados. Assim, no caso de Israel, eles optaram por ter o povo afluindo para
as suas províncias em um momento que seria conveniente para eles. Não havia nenhuma
lógica aparente em chamar o recenseamento no meio do inverno. O tempo mais lógico
de tributação seria após a colheita, no outono” [4], quando as pessoas tinham em suas
mãos a receita da sua colheita.
O apoio à crença de que Cristo nasceu no tempo da Festa dos Tabernáculos, que ocorre
no final de setembro ou início de Outubro, é fornecido pelos temas Messiânicos da
Festa dos Tabernáculos, que discutirei neste boletim de notícias e também por detalhes
significativos sobre o tempo do serviço de Zacarias no Templo. Estes são analisados
pelo professor Noel Goh em um artigo perspicaz que você pode acessar clicando neste
link http://www.biblicalperspectives.com/anotherlook.htm
Durante o decorrer da conversa, ele expressou seu desejo de vir para a Andrews
University por alguns dias para conhecer melhor nossa história e as crenças adventistas.
Eventualmente, ele veio e passou quase um mês em nosso campus. Ele ansiosamente
assistiu a todas as aulas do seminário que podiam se encaixar em sua agenda e passou
longas horas na biblioteca lendo e assistindo os vídeos relacionados à nossa história
adventista.
Quando voltou para casa em Cingapura, ele ajudou a organizar uma reunião com o clero
local onde entregou duas palestras, uma sobre o ponto de vista holístico da natureza
humana e outra sobre a mudança do sábado para o domingo no cristianismo primitivo.
O prof Goh não é adventista ainda, no entanto, ele aprecia a maioria de nossas crenças
fundamentais e nosso estilo de vida. Neste ponto eu poderia descrevê-lo como um
metodista sabatista. Ele é um homem brilhante e gracioso, que partilha suas convicções
com seus alunos e os membros de uma forma amistosa, confessional e sem
confrontações.
Você vai gostar de ler seu ensaio “Um outro olhar para a data do Nascimento de
Cristo.” Ao examinar as poucas referências de tempo
encontradas no Evangelho de Lucas sobre Maria, Isabel, e o tempo do serviço de
Zacarias no Templo, ele chega à conclusão irrefutável de que Cristo provavelmente
nasceu em Setembro / Outubro, no tempo da Festa dos Tabernáculos. Você vai achar
seu ensaio simples, mas muito esclarecedor. Você pode acessar o ensaio clicando neste
link http://www.biblicalperspectives.com/anotherlook.htm
É importante lembrar que as sete festas anuais do antigo Israel foram concebidas para
ilustrar eventos importantes da história da salvação. Aqueles que estão interessados em
estudar com maior profundidade como as Festas de Israel revelam o desdobramento do
Plano da Salvação, são incentivados a ler os meus dois volumes “Festivais de Deus na
Escritura e na História”. O primeiro volume sobre as Festas da Primavera mostra como
a Páscoa, Pães Ázimos, e Pentecostes, apontavam para a realização redentora do
primeiro Advento, ou seja, a morte expiatória de Cristo, Sua ressurreição,
ascensão, inauguração de Seu ministério celestial, e envio do Espírito Santo.
O segundo volume sobre “As Festas de Outono” explicam como a festa das Trombetas,
Expiação e Tabernáculos apontam para a consumação da redenção, ou seja, o juízo, a
disposição final do pecado, e o Segundo Advento quando Cristo virá para reunir o seu
povo e habitará com eles em um mundo restaurado.
A primeira Vinda de Cristo habitando entre nós em carne humana, serve como um
prelúdio e uma garantia da Sua segunda vinda para habitar entre os remidos na glória
divina. Ambos os eventos, como veremos, são tipificados pela Festa dos Tabernáculos.
A escatologia Adventista é amplamente baseada na tipologia do Dia da Expiação. Os
Festivais de Outono ampliam a base tipológica da escatologia adventista mostrando a
contribuição de outras duas Festas, a das Trombetas e a dos Tabernáculos para o
desdobramento da consumação da redenção.
Vale ressaltar que os eventos importantes do plano de salvação são cumpridos de forma
consistente sobre os Dias Santos que os prefiguravam. Cristo morreu na cruz no
momento quando o cordeiro pascal era sacrificado (João 19:14). Cristo ressuscitou no
momento
da ondulação do feixe de cevada como os primeiros frutos da próxima colheita (1
Coríntios 15:23). A manifestação dos primeiros frutos do Espírito Santo de Deus teve
lugar “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes” (Atos 2:1). Da mesma forma, Cristo poderia
muito bem ter nascido na época da Festa dos Tabernáculos, uma vez que a festa tipifica
a Primeira Vinda de Deus para habitar entre nós através da encarnação de Seu Filho e
Sua Segunda Vinda para habitar com seu povo (Ap 21:3) por toda a eternidade.
A Festa dos Tabernáculos era o momento ideal para o nascimento de Jesus, porque ele
era chamada “A estação de nossa alegria.” A ênfase na alegria da festa é encontrada nas
instruções dadas em Deuteronômio 16:13-14: “A festa dos tabernáculos celebrarás sete
dias, quando tiveres colhido da tua eira e do teu lagar. E, na tua festa, alegrar-te-ás, tu, e
teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a
viúva, que estão dentro das tuas portas”.
Ellen White observa que o motivo de regozijo era mais do que apenas as bênçãos da
colheita. Ela escreve:
“A festa devia ser eminentemente uma ocasião para regozijo. Ocorria precisamente
depois do grande dia da expiação, quando haviam obtido a certeza de que sua
iniqüidade não mais seria lembrada. Em paz com Deus vinham agora diante dEle para
reconhecer Sua bondade e louvá-Lo pela Sua misericórdia. Estando terminados os
labores da ceifa, e ainda não iniciadas as labutas do novo ano, o povo estava livre de
cuidados, e podia entregar-se às influências sagradas e jubilosas do momento.” [5]
A razão para a alegria não era apenas por causa das bênçãos materiais da colheita,
reuniam-se também por causa da bênção espiritual da proteção de Deus e Sua
permanente presença. A folhagem das tendas na qual os israelitas viviam por sete dias
durante a Festa, lembrava-lhes que Deus irá proteger o remanescente fiel durante o
tempo de angústia, abrigando-os com a nuvem de dia e com o fogo flamejante de noite:
“E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia; e para refúgio e
esconderijo contra a tempestade e a chuva” (Isaías 4:6). Neste contexto, a nuvem e o
fogo da presença de Deus funcionam como uma tenda de proteção sobre o Seu povo.
Sendo a época de alegria pelas bênçãos da colheita e presença protetora de Deus, a Festa
dos Tabernáculos era o cenário ideal para o nascimento de Jesus – Aquele que veio para
o bem do povo em pessoa. Os temas de alegria relacionam-se perfeitamente com a
terminologia utilizada pelo anjo para anunciar o nascimento de Cristo: “Não temais,
porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo” (Lucas 2:10).
Como “a época da nossa alegria”, a Festa dos Tabernáculos provia as configurações
ideais para as “novas de grande alegria” para todo o povo, pois a festa também era uma
festa para todas as nações (Zacarias 14:16).
Uma final e interessante peculiaridade que apoia a possibilidade de que Cristo nasceu
no mesmo tempo da Festa dos Tabernáculos, é a referência aos sábios que vieram do
Oriente para visitar Cristo (Mateus 2:1). As terras do Oriente eram provavelmente a
Babilônia, onde muitos judeus ainda viviam na época do nascimento de Cristo. Somente
um remanescente dos judeus retornou do exílio babilônico para a Palestina durante o
período persa. Os sábios, muito provavelmente, eram rabinos conhecidos em hebraico
como chakamin, que significa homens sábios.
Somos informados de que os sábios fizeram a sua viagem do Oriente para Belém
porque tinham visto a “estrela do Oriente” (Mt 2:1). A observação das estrelas estava
associada especialmente com a Festa dos Tabernáculos. Na verdade, o teto das tendas
eram construídos com ramos frondosos cuidadosamente espaçados para que pudessem
filtrar a luz do sol sem obstruir a visibilidade das estrelas. As pessoas observavam as
estrelas à noite, durante a festa por causa da profecia “uma estrela procederá de Jacó”
(Nm 24:17). É possível que foi durante a Festa dos Tabernáculos, uma época especial de
observar as estrelas, que os magos avistaram a estrela messiânica e “regozijaram-se com
grande alegria.” (Mt 2:10).
Ellen White incentiva a celebração da Festa dos Tabernáculos. Ela escreve: “Bom seria
para o povo de Deus no tempo presente ter uma Festa dos Tabernáculos, uma jubilosa
comemoração das bênçãos de Deus para eles. Como os filhos de Israel celebravam a
libertação que Deus operara para seus pais, e Sua miraculosa preservação dos mesmos
durante a sua jornada do Egito, assim deveríamos gratamente chamar a atenção para os
vários meios que Ele planejou para nos trazer para fora do mundo e das trevas do erro,
para a luz preciosa da Sua graça e verdade” [6].
A ligação entre o nascimento de Cristo e a Festa dos Tabernáculos proposta acima, pode
parecer à primeira vista surpreendente, mas tem sido proposta, não só por autores
modernos [7], mas também pelos primeiros pais da Igreja. Em seu clássico estudo “a
Bíblia e Liturgia”, Jean Daniélou discute a ligação entre a Festa dos Tabernáculos e a
Natividade nos escritos de alguns pais da Igreja [8].Ele observa, por exemplo, que em
seu sermão sobre a Natividade, Gregório de Nazianzo (329-389 dC) conecta a Festa da
Natividade de 25 de dezembro com a Festa do Tabernáculo: “O tema da festa de hoje
(25 de dezembro) é a verdadeira festa dos Tabernáculos. Com efeito, nesta festa, o
tabernáculo humano foi construído por Ele que se colocou sobre a natureza humana por
causa de nós. Nossos tabernáculos, que foram abatidos pela morte, são levantados
novamente por Ele, que construiu a nossa habitação desde o início. Portanto,
harmonizando as nossas vozes com a de Davi, vamos também cantar o Salmo: ‘Bendito
o que vem em nome do Senhor‘ [Sl 118:26. Este verso foi cantado durante o cortejo da
Festa dos Tabernáculos]” [9].
Que a Igreja de Roma introduziu e defendeu esta nova data, é aceito pela maioria dos
estudiosos. Por exemplo, Mario Righetti, um renomado liturgista católico que é o autor
de um conjunto de quatro volumes chamados Storia Liturgica – A História da Liturgia,
escreve: “Depois da paz a Igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas
pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento
temporal de Cristo, para desviá-los da festa pagã, celebrada no mesmo dia em honra do
“Sol Invencível” Mitras, o conquistador das trevas”[18].
Estaria além do nosso alcance imediato rastrear o processo de adoção por várias
comunidades cristãs da data romana do Natal de 25 de dezembro. Será suficiente notar
que a adoção da data de 25 de dezembro para a celebração do nascimento de Cristo não
só mostra a influência do culto do Sol, como também o primado exercido pela Igreja de
Roma, em promover a adoção dos feriados pagãos do Dies Solis ( Dia do Sol) e Natalis
Solis Invicti (aniversário do Sol Invencível), realizado em 25 de dezembro. O fato de
que tanto o Natal (Christ + Mass = Missa de Cristo) como o domingo (Dies Solis) os
quais eram dias santos pagãos adotados e promovidos pela igreja católica, deveria
motivar a reflexão dos adventistas sobre a legitimidade da sua observância.
Conclusão
A data de nascimento mais provável de Cristo coincidiu com a Festa dos Tabernáculos,
que cai no final de setembro ou início de outubro. Sendo a festa de agradecimento pela
boa vontade de Deus em proteger o Seu povo com a tenda da Sua presença durante a
peregrinação no deserto, ela poderia servir dignamente para celebrar a vontade de Cristo
de se tornar um ser humano e lançar a sua tenda entre nós para se tornar nosso Salvador.
A Festa dos Tabernáculos fornece aos cristãos um calendário bíblico mais exato e
tipológico para comemorar o nascimento de Cristo, do que a data pagã de 25 de
dezembro. A última data não só remove o tempo real do nascimento de Cristo, como
também é derivada da celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno. Por
que comemorar o nascimento de Cristo na época errada do ano por causa de uma
tradição pagã, quando podemos observá-lo na época certa, com base em sólidas razões
bíblicas?
De uma perspectiva bíblica o nascimento de Jesus está relacionado com três temas
principais: (1) adoração e culto (Lucas 2:8-12), (2); a doação de presentes a Deus
(Mateus 2:1-11), e a proclamação da paz e boa vontade (Lc 2:13-14). Que a nossa
celebração do nascimento de Cristo, em qualquer época do ano, incorpore estes
elementos essenciais: adoração, doação, e louvor.
Referências
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O verdadeiro espírito do Natal
publicado em: 06/12/2011 | 15:36
Tenho observado igrejas, escritórios, centros comerciais e mesmo nossa casa. Muitas
delas estão bem ornamentadas: uma árvore bonita, pacotes com presentes, luzes
coloridas, etc. Normalmente, esses são os símbolos que expressam a visão popular do
Natal. Estamos fazendo uso desses símbolos movidos apenas pela tradição, ou, como
adventistas, mantemos o verdadeiro espírito dessa comemoração? Se perdermos a visão
correta, quem vai mantê-la?
Os símbolos enfeitam e embelezam o Natal, mas não podem tirar seu foco principal.
Ellen G. White recomendava o uso da árvore de Natal na igreja, não apenas como
enfeite, mas com uma razão mais nobre e apropriada: “Deus muito Se alegraria se, no
Natal, cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e
pequenas, para essas casas de culto. [...] Não há particular pecado em selecionar um
fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à
ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore” (O Lar Adventista, p. 482).
Se Natal é tempo de presentes, então, por que não aproveitar para oferecê-los aos
necessitados ou para os projetos da igreja? Vamos ornamentar a casa, o escritório ou
igreja, mas pensando em tornar o Natal uma oportunidade para dar presentes não apenas
às pessoas que amamos e estão perto de nós, mas também àqueles que tanto necessitam
de ajuda. Esse é o verdadeiro espírito do Natal. “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho unigênito…” Deus amou e deu. É esse espírito de
abnegação que precisamos renovar no Natal.
Tenho me preocupado ao ver como os símbolos seculares, que deveriam ser um
complemento à beleza do Natal, acabaram tomando o lugar principal. Quantas árvores,
presentes, luzes ou imagens do papai Noel você tem visto nestes dias? Por outro lado, já
observou quantas representações do nascimento de Jesus estão por aí? Não podemos
perder de vista a verdadeira razão por trás do Natal. A visão secular e comercial não
pode tomar o lugar do foco principal. Natal é tempo de gratidão, reconsagração,
reflexão e também de cultos de adoração. O restante – como ceia, enfeites, presentes –
deve ser apenas complemento.
Mas, como o Natal é tempo de presentes, quero lhe fazer duas sugestões especiais: A
primeira é que você participe do Mutirão de Natal, oferecendo um pouco do que você
tem aos necessitados. Esse é um projeto precioso que resgata e reforça, de maneira
organizada, o espírito que deve estar no coração de cada cristão. Corremos o risco de
fazer do Natal um tempo de egoísmo em que gastamos o que temos, e muitas vezes o
que não temos, apenas para satisfazer as pessoas que amamos. Isso é olhar apenas para
nós mesmos no tempo em que celebramos o nascimento dAquele que abriu mão de tudo
o que possuía para vir a este mundo salvar pecadores. Vamos dar presentes aos nossos
queridos, mas sem esquecer as pessoas carentes.
A segunda sugestão é que você presenteie aqueles que precisam conhecer Jesus por
meio da leitura do livro missionário A Grande Esperança. Parentes, amigos, vizinhos,
funcionários ou colegas de trabalho. Melhor seria se pudéssemos dar o livro O Grande
Conflito (texto completo), na edição de luxo lançada recentemente pela Casa
Publicadora Brasileira. Esse é o tempo em que os corações estão abertos e não podemos
perder a oportunidade. “Aproximamo-nos rapidamente do fim. A impressão e circulação
dos livros e revistas que contêm a verdade para este tempo deve ser nossa obra” (Ellen
G. White, O Colportor-Evangelista, p. 5).