08 Órgãos Públicos
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Órgãos Públicos
Segundo Helly Lopes Meirelles, Órgãos Públicos são centro de competências instituídos para desem-
penhar funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a que
pertencem.
Posição estatal:
Órgãos independentes:
Representam os Poderes do Estado. Não são subordinados hierarquicamente e somente são contro-
lados uns pelos outros. Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias
do Executivo, Tribunais e Juízes e Tribunais de Contas.
Órgãos autônomos:
Órgãos superiores:
Possuem poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência especí-
fica. Representam as primeiras divisões dos órgãos independentes e autônomos. Ex.: Gabinetes, Co-
ordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.
Órgãos subalternos:
São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprem ordens superiores. Ex.: porta-
rias, seções de expediente, etc.
Órgãos simples:
Também conhecidos por unitários, são aqueles que possuem apenas um único centro de competên-
cia, sua característica fundamental é a ausência de outro órgão em sua estrutura, para auxiliá-lo no
desempenho de suas funções.
Órgãos compostos:
São aqueles que em sua estrutura possuem outros órgãos menores, seja com desempenho de fun-
ção principal ou de auxilio nas atividades, as funções são distribuídas em vários centros de compe-
tência, sob a supervisão do órgão de chefia.
Órgãos singulares:
São aqueles que decidem e atuam por meio de um único agente, o chefe. Possuem agentes auxilia-
res, mas sua característica de singularidade é desenvolvida pela função de um único agente, em ge-
ral o titular.
Órgãos coletivos:
São aqueles que decidem pela manifestação de muitos membros, de forma conjunta e por maioria,
sem manifestação de vontade de um único chefe. A vontade da maioria é imposta de forma legal, re-
gimental ou estatutária.
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ORGAOS PUBLICOS
Conceito – são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada a pessoa jurídica a que pertence (Hely Lopes Meirelles).
Fazem parte de uma Pessoa Jurídica, dessa forma seus atos são de responsabilidade destas.
Obs.: Existe órgãos públicos que fazem parte da Administração indireta; Autarquias e fundações,
por exemplo;
Teoria do mandato, onde os agentes públicos são mandatários do Estado (teoria não aceita, pois, o
Estado passaria a não responder pelos abusos cometidos por seus agentes);
Teoria da representação – o agente público seria o representante legal do Estado, teoria não
aceita, pois, o instituto da representação é de origem do Direito Privado e se repetia o fato da teoria
anterior onde o Estado não responderia por atos de seus representantes;
Teoria do órgão – é a teoria predominante e em uso atualmente, idealizada por Otto Von Gierke, o
Estado manifesta sua vontade por meio de seus órgãos internos
Os órgãos são criados e extintos por lei que é iniciativa do chefe do Poder Executivo (Presidente,
Governador ou Prefeito).
Quanto à estrutura:
Simples (unitários) – não possuem subdivisões, exerce sua atividade de forma concentrada;
Quanto à ativação
Singulares – as decisões são tomadas por uma única pessoa, por exemplo, Presidência da Repú-
blica;
Colegiados – as decisões são tomadas por maioria ou por unanimidade dos votos dos membros,
por exemplo, Congresso Nacional;
Autônomos – possuem grande autonomia estando abaixo somente dos independentes, são exem-
plos os Ministérios e a AGU;
Superiores – possuem funções de controle, mas não possuem tanta autonomia assim, subme-
tendo-se à hierarquia, como exemplos, gabinetes, procuradorias, coordenadorias;
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ORGAOS PUBLICOS
Não possuem capacidade postulatória (regra geral), mas podem iniciar o processo se estiverem de-
fendendo prerrogativas próprias (exceção);
Obs.: Existem dois órgãos que podem ingressar em juízo se estiverem defendendo prerrogativas
próprias, quais são os independentes e os autônomos.
De acordo com o art. 37 da CF, “Órgão público é o centro de competências, unidade de ação, institu-
ído para o desempenho das funções estatais, por meio de seus agentes que ocupam cargos públicos,
cuja conduta é imputada à pessoa jurídica de direito público interno a que pertencem”. (CF, art. 37).
Assim, órgão público é uma unidade de atuação, integrada por agentes públicos, que compõe a es-
trutura da administração para tornar efetiva a vontade do Estado, como exemplo, temos o Ministério
Público, Secretaria de Educação, Tribunal de Justiça, Presidência da República, Ministério da Fa-
zenda. São, pois, unidades de ação com atribuições específicas na organização estatal e que, como
centro de competência governamental ou administrativa, possuem funções, cargos e agentes.
Sendo assim, os órgãos públicos quanto à posição estatal podem ser: independentes, autônomos,
superiores, subalternos. Os órgãos independentes têm origem na Constituição Federal e representam
um dos três poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos tão so-
mente aos controles constitucionais de um sobre o outro. Além disso, fruem de autonomia financeira,
administrativa e política.
Segundo Hely Lopes Meirelles, “Quanto à posição estatal - órgãos independentes: são constitucio-
nais, representativos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, sem qualquer subordinação hie-
rárquica ou funcional, só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro; exercem pre-
cipuamente as funções outorgadas diretamente pela Constituição, desempenhadas por agentes políti-
cos, segundo normas especiais e regimentais”. (MEIRELLES, 2005 página 63).
Como exemplo, temos a chefia do Poder Executivo, Congresso Nacional, Tribunais de Justiça. Os ór-
gãos autônomos são os que se localizam na cúpula da Administração, ou seja, localizados no alto da
estrutura organizacional da administração pública, abaixo dos órgãos independentes e a eles subordi-
nados. Têm ampla autonomia, administrativa, financeira e técnica, com função de planejamento, su-
pervisão, coordenação e controle de atividades, por exemplo, Ministérios, Secretarias estaduais e
municipais.
Os órgãos superiores são os que detêm poder de direção, controle e decisão sobre assuntos de sua
competência, atuando sob subordinação hierárquica, não fluindo de autonomia financeira. Como
exemplo, temos chefias de gabinetes e inspetorias gerais. Órgãos superiores são os que detêm pode-
res de direção, controle, decisão e comando de assuntos de uma competência específica.
Os órgãos subalternos são todos os demais que se acham sob o comando dos órgãos superiores ou
mais elevados. Ou seja, sujeitos hierárquica e funcionalmente aos órgãos superiores, têm como atri-
buição precípua a execução, não têm autonomia técnica, nem financeira, não têm nenhum poder de
decisão, apenas cumprindo ordens, como exemplo, temos o almoxarifado da Secretaria do Ministério
da Fazenda, portarias dos prédios públicos, repartições que atendem a coletividade.
Quanto à sua estrutura, podem ser classificados em simples ou compostos. Simples são aqueles
constituídos por um centro de competência, como a chefia de gabinete de ministério. Compostos são
aqueles integrados por outros órgãos públicos menores, com a mesma função principal, como as se-
cretarias de saúde, formadas, entre outros, por hospitais e postos de saúde. Quanto à atuação funcio-
nal, podem ser singulares ou colegiados. Órgão público singular é o que atua e decide pela manifes-
tação de um só agente, que é seu titular, como a Presidência da República. Órgão público colegiado
é o que decide e age pela manifestação de vontade da maioria de seus membros, como o Conselho
de Defesa Nacional.
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