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ORGAOS PUBLICOS

Órgãos Públicos

Segundo Helly Lopes Meirelles, Órgãos Públicos são centro de competências instituídos para desem-
penhar funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a que
pertencem.

Classificação Dos Órgãos Públicos

Posição estatal:

Órgãos independentes:

Representam os Poderes do Estado. Não são subordinados hierarquicamente e somente são contro-
lados uns pelos outros. Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias
do Executivo, Tribunais e Juízes e Tribunais de Contas.

Órgãos autônomos:

São os subordinados diretamente à cúpula da Administração. Têm grande autonomia administrativa,


financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções de planejamento, supervi-
são, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de competência. Seus dirigentes
são, em geral, agentes políticos nomeados em comissão. São os Ministérios e Secretarias, bem como
a AGU (Advocacia-Geral da União), Ministério Público, Defensoria Pública e as Procuradorias dos Es-
tados e Municípios.

Órgãos superiores:

Possuem poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência especí-
fica. Representam as primeiras divisões dos órgãos independentes e autônomos. Ex.: Gabinetes, Co-
ordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.

Órgãos subalternos:

São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprem ordens superiores. Ex.: porta-
rias, seções de expediente, etc.

Composição do órgão público

Órgãos simples:

Também conhecidos por unitários, são aqueles que possuem apenas um único centro de competên-
cia, sua característica fundamental é a ausência de outro órgão em sua estrutura, para auxiliá-lo no
desempenho de suas funções.

Órgãos compostos:

São aqueles que em sua estrutura possuem outros órgãos menores, seja com desempenho de fun-
ção principal ou de auxilio nas atividades, as funções são distribuídas em vários centros de compe-
tência, sob a supervisão do órgão de chefia.

Forma de atuação funcional

Órgãos singulares:

São aqueles que decidem e atuam por meio de um único agente, o chefe. Possuem agentes auxilia-
res, mas sua característica de singularidade é desenvolvida pela função de um único agente, em ge-
ral o titular.

Órgãos coletivos:

São aqueles que decidem pela manifestação de muitos membros, de forma conjunta e por maioria,
sem manifestação de vontade de um único chefe. A vontade da maioria é imposta de forma legal, re-
gimental ou estatutária.

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Conceito – são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada a pessoa jurídica a que pertence (Hely Lopes Meirelles).

Não possuem personalidade jurídica, pense neles como departamentos do Estado.

Fazem parte de uma Pessoa Jurídica, dessa forma seus atos são de responsabilidade destas.

Possui atribuição própria;

Obs.: Existe órgãos públicos que fazem parte da Administração indireta; Autarquias e fundações,
por exemplo;

Teorias dos Órgãos públicos

Teoria do mandato, onde os agentes públicos são mandatários do Estado (teoria não aceita, pois, o
Estado passaria a não responder pelos abusos cometidos por seus agentes);

Teoria da representação – o agente público seria o representante legal do Estado, teoria não
aceita, pois, o instituto da representação é de origem do Direito Privado e se repetia o fato da teoria
anterior onde o Estado não responderia por atos de seus representantes;

Teoria do órgão – é a teoria predominante e em uso atualmente, idealizada por Otto Von Gierke, o
Estado manifesta sua vontade por meio de seus órgãos internos

Os órgãos são criados e extintos por lei que é iniciativa do chefe do Poder Executivo (Presidente,
Governador ou Prefeito).

Classificação dos Órgãos Públicos

Quanto à estrutura:

Simples (unitários) – não possuem subdivisões, exerce sua atividade de forma concentrada;

Compostos - Subdivide-se e departamentos, por exemplo, o Ministério da Fazenda;

Quanto à ativação

Singulares – as decisões são tomadas por uma única pessoa, por exemplo, Presidência da Repú-
blica;

Colegiados – as decisões são tomadas por maioria ou por unanimidade dos votos dos membros,
por exemplo, Congresso Nacional;

Quanto a posição estatal

Independentes – os Poderes Executivo Legislativo e Judiciário;

Autônomos – possuem grande autonomia estando abaixo somente dos independentes, são exem-
plos os Ministérios e a AGU;

Superiores – possuem funções de controle, mas não possuem tanta autonomia assim, subme-
tendo-se à hierarquia, como exemplos, gabinetes, procuradorias, coordenadorias;

Subalternos – são órgãos de mera execução não possuem autonomia.

Características dos Órgãos Públicos

Não possuem Personalidade Jurídica;

São parte da Administração Pública;

Resultam da desconcentração das atribuições do Estado;

Não possuem patrimônio próprio;

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Não possuem capacidade postulatória (regra geral), mas podem iniciar o processo se estiverem de-
fendendo prerrogativas próprias (exceção);

Obs.: Existem dois órgãos que podem ingressar em juízo se estiverem defendendo prerrogativas
próprias, quais são os independentes e os autônomos.

De acordo com o art. 37 da CF, “Órgão público é o centro de competências, unidade de ação, institu-
ído para o desempenho das funções estatais, por meio de seus agentes que ocupam cargos públicos,
cuja conduta é imputada à pessoa jurídica de direito público interno a que pertencem”. (CF, art. 37).

Assim, órgão público é uma unidade de atuação, integrada por agentes públicos, que compõe a es-
trutura da administração para tornar efetiva a vontade do Estado, como exemplo, temos o Ministério
Público, Secretaria de Educação, Tribunal de Justiça, Presidência da República, Ministério da Fa-
zenda. São, pois, unidades de ação com atribuições específicas na organização estatal e que, como
centro de competência governamental ou administrativa, possuem funções, cargos e agentes.

Classificação dos órgãos públicos


Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas que fazem parte da admi-
nistração estatal. Dada a sua complexidade, os órgãos são classificados em diferentes escalas esta-
tais, quer em função de sua estrutura quer em relação às suas funções especializadas. Os órgãos pú-
blicos podem ser classificados quanto à posição estatal, quanto à sua estrutura e quanto à atuação
funcional.

Sendo assim, os órgãos públicos quanto à posição estatal podem ser: independentes, autônomos,
superiores, subalternos. Os órgãos independentes têm origem na Constituição Federal e representam
um dos três poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos tão so-
mente aos controles constitucionais de um sobre o outro. Além disso, fruem de autonomia financeira,
administrativa e política.

Segundo Hely Lopes Meirelles, “Quanto à posição estatal - órgãos independentes: são constitucio-
nais, representativos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, sem qualquer subordinação hie-
rárquica ou funcional, só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro; exercem pre-
cipuamente as funções outorgadas diretamente pela Constituição, desempenhadas por agentes políti-
cos, segundo normas especiais e regimentais”. (MEIRELLES, 2005 página 63).

Como exemplo, temos a chefia do Poder Executivo, Congresso Nacional, Tribunais de Justiça. Os ór-
gãos autônomos são os que se localizam na cúpula da Administração, ou seja, localizados no alto da
estrutura organizacional da administração pública, abaixo dos órgãos independentes e a eles subordi-
nados. Têm ampla autonomia, administrativa, financeira e técnica, com função de planejamento, su-
pervisão, coordenação e controle de atividades, por exemplo, Ministérios, Secretarias estaduais e
municipais.

Os órgãos superiores são os que detêm poder de direção, controle e decisão sobre assuntos de sua
competência, atuando sob subordinação hierárquica, não fluindo de autonomia financeira. Como
exemplo, temos chefias de gabinetes e inspetorias gerais. Órgãos superiores são os que detêm pode-
res de direção, controle, decisão e comando de assuntos de uma competência específica.

Os órgãos subalternos são todos os demais que se acham sob o comando dos órgãos superiores ou
mais elevados. Ou seja, sujeitos hierárquica e funcionalmente aos órgãos superiores, têm como atri-
buição precípua a execução, não têm autonomia técnica, nem financeira, não têm nenhum poder de
decisão, apenas cumprindo ordens, como exemplo, temos o almoxarifado da Secretaria do Ministério
da Fazenda, portarias dos prédios públicos, repartições que atendem a coletividade.

Quanto à sua estrutura, podem ser classificados em simples ou compostos. Simples são aqueles
constituídos por um centro de competência, como a chefia de gabinete de ministério. Compostos são
aqueles integrados por outros órgãos públicos menores, com a mesma função principal, como as se-
cretarias de saúde, formadas, entre outros, por hospitais e postos de saúde. Quanto à atuação funcio-
nal, podem ser singulares ou colegiados. Órgão público singular é o que atua e decide pela manifes-
tação de um só agente, que é seu titular, como a Presidência da República. Órgão público colegiado
é o que decide e age pela manifestação de vontade da maioria de seus membros, como o Conselho
de Defesa Nacional.

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