Avaliações de Genótipos deAmoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico
Avaliações de Genótipos deAmoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico
Avaliações de Genótipos deAmoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico
BOLETIM DE Outubro/2021
PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO
342
BOLETIM DE PESQUISA
E DESENVOLVIMENTO
342
Secretário-Executivo
Bárbara Chevallier Cosenza
Membros
Ana Luiza B. Viegas, Fernando Jackson,
Marilaine Schaun Pelufê, Sonia Desimon
Revisão de texto
Bárbara Chevallier Cosenza
Normalização bibliográfica
Marilaine Schaun Pelufê
Editoração eletrônica
Fernando Jackson
Foto da capa
Carlos Roberto Martins
1ª edição
Obra digitalizada (2021)
Material e Métodos................................................................................................................7
Resultados e Discussão........................................................................................................8
Conclusões.......................................................................................................................... 11
Referências......................................................................................................................... 11
5
1
Engenheira-agrônoma, mestre em Fruticultura, doutoranda na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pelotas,RS.
2
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fruticultura, Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pelotas, RS.
3
Engenheiro florestal, doutor em Fruticultura, Universidade Federal de Pelotas, (Ufpel), Pelotas, RS.
4
Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
5
Farmacêutica-bioquímica, doutora em Ciências e Tecnologia Agroindustrial, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
6
Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
7
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fruticultura, professor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pelotas, RS.
8
Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
9
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fruticultura, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
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Introdução
A cultura da amora-preta no Brasil está passando por mudanças relacionadas à adoção de novas técnicas
de produção, expansão das áreas de cultivo para regiões não tradicionais, busca de novas cultivares com me-
lhores características do que as atuais, e uma melhor organização da produção, logística e mercado, visando
a maximização da rentabilidade da cultura (Amaral et al., 2020). Essa cultura é uma boa opção para cultivo
na agricultura familiar, principalmente devido ao baixo custo de implantação e manutenção do pomar, retorno
rápido (por produzir no segundo ano de plantio), aliado à reduzida necessidade de utilização de defensivos
agrícolas (Antunes et al., 2014), além de ser considerada uma boa alternativa de diversificação produtiva,
especialmente em sistemas de cultivo de base ecológica (Antunes et al., 2014; Souza et al., 2018).
O programa de melhoramento genético conduzido pela Embrapa Clima Temperado tem sido importante
para o desenvolvimento da cultura da amoreira-preta no Brasil. Esse programa introduziu materiais de ou-
tros países para realização de cruzamentos, dando origem às primeiras cultivares brasileiras: Ébano (1981),
Negrita (1983), Tupy e Guarani (1988), Caingangue (1992), BRS Xavante (2004), BRS Xingu (2015) e BRS
Cainguá (2019) (Raseira et al., 2020). De acordo com esses autores, todas as cultivares, exceto Ébano e
Xavante, têm hastes com espinhos e, no referido programa, mais de 200 seleções estão em avaliação.
A produção orgânica de alimentos prioriza a utilização de recursos naturais disponíveis, localmente ou
próxima à propriedade, e também utiliza técnicas que visam preservar ao máximo o ambiente e a biodiversi-
dade presente no local. A demanda por produtos cultivados em sistema orgânico está aumentando cada vez
mais, principalmente em se tratando de frutas. Portanto, cultivar frutas em um sistema de produção orgânica
torna-se uma possibilidade de incrementar a renda do agricultor, diversificando dentro da propriedade, dimi-
nuindo a utilização de insumos externos, além dos benefícios à saúde pelo não uso de produtos químicos, etc
(Camponhola; Valarini, 2001; Dias et al., 2011).
Já os consumidores estão cada vez mais exigentes e cuidadosos em relação aos alimentos que irão
consumir: buscam geralmente por alimentos mais saudáveis para melhorar a qualidade de vida. Além disso,
existe também a preocupação com o meio ambiente, ou seja, produzir alimento de forma mais sustentável
sem esgotar os recursos naturais (Castro Neto et al., 2010). Com isso, surge o mercado direcionado à produ-
ção de alimentos em sistema orgânico, com efeitos diretos nos aspectos sociais, econômicos e ambientais.
A pesquisa quanto ao desempenho agronômico de genótipos em sistemas de produção orgânico visa
ampliar e direcionar as perspectivas de cultivo, possibilitando dar suporte ao programa de melhoramento na
tomada de decisão para o lançamento de novas cultivares comerciais. Nesse contexto, foi avaliado o poten-
cial de cultivo de seleções avançadas de amoreira-preta quanto aos aspectos produtivos e qualitativos, em
sistema de produção orgânico, em Pelotas, RS, Brasil.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido na Estação Experimental Cascata (EEC), localizada na cidade de Pelotas,
RS. As coordenadas geográficas são: latitude 31°37’9” S, longitude 52°31’33” O e altitude de 170 m. O cli-
ma da região é subtropical úmido – Cfa conforme Köeppen (Alvares et al., 2013). As precipitações são bem
distribuídas ao longo do ano e temperatura máxima no verão fica em torno de 34 °C a 36 °C, e no período
de inverno, a temperatura mínima do ano fica entre -2 °C e 0 °C, havendo possibilidade de ocorrências de
geadas. O solo é um Argissolo, que apresenta como característica horizonte B textural (Santos et al., 2006).
As avaliações foram realizadas durante três ciclos produtivos, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018.
A implantação da área experimental foi realizada em outubro de 2014, com seis genótipos de amoreira
-preta oriundos do programa de melhoramento genético da Embrapa Clima Temperado, sendo eles: as sele-
ções Black 178, Black 112, Black 145, Black 128, e as cultivares BRS Xingu e Tupy. O espaçamento adotado
no plantio foi de 3,0 m x 0,50 m, sem sistema de sustentação das plantas (sem tutoramento). As plantas foram
manejadas sob o sistema de produção orgânico, portanto sem a utilização de adubos químicos ou defensivos
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químicos. Durante o experimento, realizou-se uma adubação com esterco de peru, na proporção de 5 kg/
metro linear por ano.
As avaliações fenológicas foram realizadas conforme a metodologia descrita por Antunes et al. (2000),
observando-se o início da floração (5% de flores abertas), plena floração (50% a 70% flores abertas), início
e final de colheita, para cada um dos genótipos de amoreira-preta. A avaliação foi iniciada após a poda de
inverno, realizada no mês de agosto. A fenologia foi frequentemente avaliada por meio do aspecto visual
das plantas. Avaliação fenológica não foi realizada no primeiro ciclo, pelo atraso na constatação de início da
evolução fenológica.
O período de colheita aconteceu nos meses de novembro a janeiro. As frutas foram colhidas no ponto co-
mercial, ou seja, quando as mesmas estavam no estágio de maturação completa, com uma coloração escura
ou preta brilhante. A colheita foi realizada manualmente no período da manhã, em recipientes de polietileno
(bandejas de plástico), assim facilitando o transporte e minimizando danos.
A produção por planta (g pl-1) foi obtida através da massa total dos frutos colhidos por parcela e divididos
pelo número de plantas. A variável produtividade (Kg ha-1), baseada na densidade de 6.666 plantas, foi obtida
pela multiplicação da massa média de frutas por planta e densidade de plantas. O número de frutos produ-
zidos por planta foi calculado através do número total de frutos colhidos por parcela dividida pelo número de
plantas de cada tratamento.
Durante esse período, foram separadas amostras representativas de cada tratamento, em média 700
gramas de cada genótipo, contendo aproximadamente 100 frutas, para sua caracterização. As parcelas fo-
ram colhidas separadamente em recipiente plástico e levadas para o laboratório de Ciência e Tecnologia de
Alimentos, no Núcleo de Alimentos da Embrapa Clima Temperado, para as análises físico-químicas, minerais,
compostos bioativos e atividade antioxidante. Foram amostrados 100 frutos por tratamento, os quais foram
avaliados quanto ao teor de sólidos solúveis (SS), potencial hidrogeniônico (pH), acidez titulável (AT) e SS/AT
ratio. O ratio é a relação do SS/AT, servindo para avaliar o equilíbrio entre a acidez e a doçura. A determina-
ção de compostos fenólicos foi adaptada da metodologia de Swain e Hillis (1959). No caso das antocianinas,
o método foi adaptado de Fuleki e Francis (1968). Para a determinação da atividade antioxidante nos frutos
de amoreira-preta, foi utilizado o método adaptado de Brand-Williams et al. (1995).
O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados com três repetições, cada parcela com-
posta por oito plantas. Nas avaliações de pós-colheita, as amostras dos frutos colhidos foram processadas de
forma homogênea em cada tratamento. Foram feitas replicatas das leituras dos parâmetros de pós-colheita
analisados. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo posteriormente comparadas pelo Teste
de Tukey, em nível de 5% de significância, por meio do programa estatístico Sisvar®.
Resultados e Discussão
O período do início de floração para o ciclo produtivo de 2016/2017 iniciou-se no final do mês de setembro
(Tabela 1). A Cultivar BRS Xingu e a seleção Black 145 iniciaram mais precocemente a floração, com três dias
de antecedência, se comparadas aos demais genótipos. A plena floração foi alcançada primeiramente pelas
seleções Black 178 e Black 145, além da cultivar BRS Xingu, na metade do mês de outubro. Para as seleções
Black 128, Black 112 e a cultivar Tupy, a plena floração ocorreu apenas no final do mês de outubro, havendo
diferença de 7 a 15 dias em relação aos genótipos de floração mais precoces. O início da colheita para todos
os genótipos foi em 11 de novembro, estendendo-se até a primeira quinzena de janeiro. O período de colheita
variou de 52 a 61 dias, e a seleção Black 128 teve o menor período de colheita, seguida pela ‘BRS Xingu’,
com 56 dias, e as seleções Black 178, Black 112, Black 145 e a cultivar Tupy, com 61 dias.
No segundo ano de acompanhamento fenológico 2017/2018 (Tabela 1), pode-se observar um comporta-
mento mais precoce nas seleção Black 178 e Black 145, com o início da floração na terceira semana do mês
de setembro. A seleção Black 112 apresentou comportamento mais tardio, iniciando sua floração em outubro.
Além disso, constatou-se que no ciclo produtivo de 2015/2016, houve maior uniformidade do comportamen-
to das plantas em relação ao início da floração entre os genótipos. Porém, no segundo ano de avaliação
Avaliações de Genótipos de Amoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico 9
fenológica, essa variação foi maior. Uma das explicações para tal variação de um ano para o outro poderá
estar associada às condições climáticas, principalmente devido ao número de horas de frio (Tabela 2), que
variou muito de um ano para o outro. No ano de 2016, houve 150 horas de frio a mais do que em 2017. Mas
a fenologia não depende apenas das horas de frio, existem outros fatores que contribuem; entre eles estão
o manejo, características inerentes à espécie e/ou variedade, à maturidade das plantas e/ou devido a outros
fatores climáticos (Curi et al., 2015; Hussain et al., 2017). A Tabela 3 apresenta a média da precipitação em
milímetros nos meses de janeiro a dezembro dos três anos (2015, 2016 e 2017).
O início da colheita no ciclo produtivo 2017/2018 apresentou variação entre os genótipos. Nesse ano, as
seleções Black 178, Black 128 e Black 145 anteciparam a colheita, que foi realizada no mês de outubro. No
caso das cultivares BRS Xingu e Tupy, a colheita foi iniciada no mês de novembro, juntamente com a da se-
leção Black 112. Dentre os genótipos avaliados, a seleção Black 112 foi a mais tardia, 28 dias após o primeiro
genótipo colhido; nesse caso, a seleção Black 128.
A colheita foi realizada até o início do mês de fevereiro na safra 2017/2018. O período de colheita variou
entre os genótipos, variando de 83 (BRS Xingu) a 106 dias (Black 128). O início da colheita nesse ciclo variou
um pouco; diferentemente do ano anterior, iniciou-se no mês de outubro para as seleções Black 178, Black
145 e a Black 128, e em novembro para as cultivares BRS Xingu, Tupy e a seleção Black 112.
No primeiro ano de avaliação, 2015/2016, foram verificadas diferenças significativas entre as seleções e
cultivares de amoreira-preta para as seguintes variáveis: número de frutas, massa média de fruta, produção
e produtividade (Tabela 4).
A maior produtividade de amora-preta nessa primeira safra foi constatada com a seleção Black 178, alcan-
çando o volume de 7.844,5 kg ha-1, diferindo significativamente dos demais materiais, com exceção da ‘BRS
Xingu’, com 5.400 kg haˉ¹. As menores produtividades obtidas foram nas seleções Black 128 (1.768,9 kg haˉ¹)
e Black 145 (2.431,1 kg haˉ¹), juntamente com a cultivar Tupy (2.673,3 kg haˉ¹). A seleção Black 128 produziu
22,55% menos que a seleção Black 178, essa diferença representa mais de 6 toneladas ha-1.
Quanto à massa média de fruta, houve diferença estatística nesse primeiro ciclo de avaliação (2015/2016),
tendo-se os genótipos Black 128, ‘Tupy’, ‘BRS Xingu’ e Black 112 com as maiores médias, e as seleções
Black 145 e Black 178 com as menores médias (Tabela 4).
Na segunda safra (2016/2017), as performances das seleções e cultivares foram semelhantes às do pri-
meiro ciclo de avaliação. Evidentemente, o número de frutas aumentou substancialmente para todos os ge-
nótipos avaliados (Tabela 4). A seleção Black 145 produziu em média 313,6 frutas por planta, não diferindo
significativamente da seleção Black 178. Ainda à semelhança da primeira safra, os menores valores em
termos de número de frutas por planta continuaram sendo nas seleções Black 128, Black 112 e ‘Tupy’, com a
ressalva de que não diferiram significativamente da ‘BRS Xingu’.
Além da produtividade, a época de maturação é um importante fator a ser observado nos materiais em pro-
gramas de melhoramento genético, visando obter um escalonamento da produção (Raseira; Franzon, 2012).
No primeiro ano, as colheitas tiveram início no dia 19 de novembro de 2015, cessando no dia 28 de janeiro de
2016, quando a produção estava muito baixa, em média 20 kg ha-1, o que inviabilizava a colheita (Figura 2a).
O período de colheita foi de 67 dias.
Na seleção Black 178, o pico de produção ocorreu logo no início da colheita, na segunda quinzena de
novembro, enquanto na ‘BRS Xingu’ ocorreu no início de dezembro. A seleção Black 178 e a cultivar Tupy
apresentaram outro pico de produção no final de dezembro, diminuindo nas colheitas posteriores. Destaca-se
a seleção Black 112 com a produção maior a partir de janeiro. Constata-se ainda, que a seleção Black 128
apresenta uma constância de baixa produção ao longo da colheita, se comparada aos demais genótipos. Na
distribuição da produção do segundo ano (2016/2017), novamente Black 178 obteve o maior pico no mês de
novembro, com 439,29 g pl-1 (Figura 2b).
As colheitas iniciaram no dia 11 de novembro de 2016, cessando no dia 12 de janeiro de 2017, quando a
produção estava muito baixa, em média 14,6 kg ha-1, que inviabilizava a colheita. O período de colheita foi
em média de 59 dias. Na seleção Black 178 e na cultivar BRS Xingu, o pico de produção ocorreu na segunda
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quinzena de novembro, enquanto que para a seleção Black 145 ocorreu no início do mês de dezembro. A
seleção Black 128 teve o pico de produção no final de novembro, depois sua produção começou a diminuir.
Quanto à produtividade no ciclo de 2016/2017, os genótipos diferiram estatisticamente entre si, obtendo-
se o maior valor na seleção Black 178, com 10,5826 t ha-1; por outro lado, a cultivar Tupy, com 3,1148 t ha-1,
apresentou o menor valor, mesmo não diferindo de Black 128, com 4,4332 t ha-1. A seleção Black 145 obteve
produtividade de 7,23892 t ha-1, não havendo diferença estatística entre Black 112, com 5,1364 t ha-1, e ‘BRS
Xingu’, com 5,6339 t ha-1. Hussain et al. (2017), no Paraná, obtiveram com ‘Xavante’, no ano de 2014, uma
produtividade menor do que as obtidas neste experimento, com 1,5399 t haˉ¹.
No terceiro ano produtivo 2017/2018, as variáveis número médio de frutas e produção g plˉ¹ não apresen-
taram diferença significativa entre si (Tabela 4). Porém, houve diferença significativa entre os genótipos para a
variável massa média de frutas, de 5,0 g a 7,2 g. As frutas produzidas pela seleção Black 112 foram as maio-
res, com massa média de 7,3 g, enquanto a seleção Black 128 produziu frutas com a menor massa, 5,0 g.
A produtividade desse terceiro ciclo produtivo ultrapassou 10 t ha-1, exceto na seleção Black 128, o que
se considera uma boa produção de amora-preta. O genótipo Black 145 nesse ano apresentou a maior pro-
dutividade entre os genótipos em estudo, com 14,8060 t ha-1. Porém, a seleção Black 128 obteve a menor
produtividade, com 6,7667 t haˉ¹. Os demais genótipos apresentaram produção de 13,6840 t haˉ¹ (seleção
Black 178), 13,8920 t haˉ¹ (seleção Black 112), 13,7414 t haˉ¹ (‘BRS Xingu’) e 10,4053 t haˉ¹ (‘Tupy’).
Na produção acumulada dos genótipos estudados durante os três anos de avaliações, pode-se observar
que a seleção Black 178 foi a mais produtiva, com 32.111,01 kg haˉ¹, porém a Black 128 obteve a menor pro-
dução entre os genótipos durante esse período, com 16.436,70 kg haˉ¹ (Tabela 5).
Na safra 2017/2018, a seleção Black 178 teve seu pico de produção na segunda quinzena do mês de
novembro, com 422,77 g plˉ¹, juntamente com a cultivar BRS Xingu e a seleção Black 128, com 548,57 g plˉ¹
e 254,45 g plˉ¹, respectivamente. A seleção Black 145 apresentou o pico de produção mais tarde, no início do
mês de dezembro, com 499,42 g plˉ¹. No entanto, para a seleção Black 112, o pico de produção ocorreu no
início do mês de janeiro, com produção de 367,62 g pl ˉ¹ (Figura 2c).
Com relação ao teor de sólidos solúveis obtidos nas frutas dos genótipos estudados, não houve diferença
significativa na primeira safra (Tabela 6). Entretanto, nas demais safras, constataram-se diferenças entre os
genótipos. As seleções Black 112 e Black 128 foram os genótipos que apresentaram menores médias de SS
durante o período de avaliação, com 7,5° e 7,4 °Brix, respectivamente. A seleção Black 145 obteve SS de 9,0
°Brix, seguido pela ‘Tupy’, com 8,3 °Brix, e a cultivar BRS Xingu com 8,23 °Brix. Houve variabilidade entre
seleções e cultivares, com médias variando de 7,4 °Brix a 9,4 °Brix.
Os valores de pH variaram entre os genótipos, ficando na faixa de 2,03 a 3,28. As seleções Black 178
(3,21) e Black 128 (3,19), ficaram entre os genótipos que apresentaram a maior média para essa variável
analisada. Silva et al. (2014) também observaram uma pequena variação, que oscilou de 2,89 e 2,99, em
amostras de polpa de amora-preta. Já Hirsch et al. (2012) encontraram pH que variou entre 2,78 e 3,08. De
acordo com Hirsch et al. (2012), as amoras têm sabor que varia de ácido a acido-doce.
Em relação à acidez total titulável, a seleção Black 145 atingiu maior valor médio, com 1,55% de ácido
cítrico, seguida pela seleção Black 112, com 1,09% de ácido cítrico. Os menores valores observados foram
na cultivar Tupy e na seleção Black 128, com 0,84% e 0,85% de ácido cítrico, respectivamente. O pH, acidez
e outras características encontradas nas frutas podem ser usados como indicadores para definir os melhores
genótipos para o mercado de produtos frescos ou industrializados.
Os genótipos de amoreira-preta diferiram significativamente quanto aos valores de ratio (relação SS/AT),
variando entre 3,51 e 14,75. A seleção Black 178 obteve o maior valor médio nas três safras, com 10,16. Já
a seleção Black 145 mostrou uma relação menor, com 4,89, seguida pela cultivar BRS Xingu, com 4,09. Essa
relação baixa indica desequilíbrio entre a doçura e a acidez do fruto, com predominância da acidez.
Nas variáveis relacionadas a compostos fenólicos e antocianinas (Tabela 7), na safra 2016/2017, os genó-
tipos não apresentaram diferença estatística significativa. Porém, houve uma variação entre os genótipos em
estudo, sendo que a seleção Black 112 apresentou maior valor na média de compostos fenólicos, com 726,27
Avaliações de Genótipos de Amoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico 11
mg do equivalente ácido clorogênico/100g de peso fresco. Já a cultivar Tupy, com 453, 19 mg do equivalente
ácido clorogênico/100g de peso fresco, apresentou o menor teor de compostos fenólicos entre os genótipos.
Guedes et al. (2014) obtiveram resultados de compostos fenólicos da ‘Tupy’ em 247,33 mg 100g-1 MF em
frutos de amoreira-preta produzidos na região sul de Minas Gerais. Também Vizzotto et al. (2012), avaliando
compostos bioativos em frutas de amoreira-preta, relataram para a cultivar Tupy teor de composto fenólico
de 725,70 mg do equivalente ácido clorogênico/100g de peso fresco, e observaram uma variação pequena
entre os genótipos utilizados no referido estudo. Os resultados foram diferentes dos encontrados no presente
trabalho.
O conteúdo de antocianinas presentes nas frutas variou entre as seleções e cultivares. O maior valor mé-
dio foi na cultivar BRS Xingu, com 374,38 mg equivalente cianidina3-glicosídeo/100mg de amostra, seguida
pela seleção Black 128, com 306,90 mg equivalente cianidina3-glicosídeo/100mg de amostra. A cultivar Tupy,
nas condições experimentais, apresentou teor de antocianinas de 275,04 mg equivalente cianidina3-glico-
sídeo/100mg de amostra. A seleção Black 145 foi o genótipo que atingiu menor teor médio de antocianina
presente nos frutos, com 234,22 mg equivalente cianidina3-glicosídeo/100mg de amostra.
Com relação à atividade antioxidante, a seleção Black 112 se destacou das demais, com 6.597,04 µg equi-
valente trolox/g de peso fresco, e as frutas da cultivar Tupy obtiveram menor valor médio, com 3.117,94 µg
equivalente trolox/g de peso fresco. Vizzotto et al. (2012), em experimento com diferentes genótipos, encon-
traram atividade antioxidante de 8.611,1 µg equivalente trolox/g de peso fresco para a cultivar Tupy, 10.103,5
µg equivalente trolox/g de peso fresco para a ‘Guarani’, e 12.604,8 µg equivalente trolox/g de peso fresco
para a seleção 16/96. Com isso, pode-se observar que há uma variação na atividade antioxidante presente
nas frutas de amora-preta, dependendo do genótipo analisado, condições de cultivo e condições climáticas.
Resumindo-se os resultados obtidos com os seis genótipos de amoreira-preta estudados, foi observado o
seguinte:
A seleção Black 178 é a mais produtiva em sistema de produção orgânico, enquanto que o genótipo me-
nos produtivo é a seleção Black 128; a seleção Black 112 é o genótipo mais tardio, dentre os estudados, nas
condições climáticas de Pelotas, e a seleção Black 178 é o mais precoce; o escalonamento da produção entre
os genótipos fica mais evidente quando estudados juntos na mesma área de cultivo, sendo que as seleções
Black 128, Black 178, e Black 145 começam a produzir primeiramente, seguidos pelos mais tardios, ‘Tupy’,
‘BRS Xingu’ e a seleção Black 112, proporcionando um período de colheita mais prolongado na região.
A seleção Black 145 produz frutas com alta acidez e baixa relação de sólidos solúveis e acidez. Por isso,
é a mais indicada para o processamento agroindustrial.
A seleção Black 178 produz frutas que apresentam maior relação de teor de sólidos solúveis e acidez,
podendo ser indicada para o consumo in natura. As frutas da ‘BRS Xingu’ apresentam maiores concentrações
de antocianinas. A seleção Black 112 apresenta frutas com maior valor de atividade antioxidante e teor de
compostos fenólicos.
Conclusões
As seleções Black 178, Black 112, Black 145 e as cultivares ‘BRS Xingu’ e ‘Tupy’, considerando-se tanto os
aspectos produtivos como de qualidade das frutas, são os genótipos com potencial para o cultivo em sistema
de produção orgânico, nas condições de Pelotas, RS.
Referências
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Tabelas
Tabela 1. Características fenológicas de seis genótipos de amoreira-preta em sistema orgânico em 2016/17e 2017/18.
Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
2016/2017
Período de
Genótipos Início de floração Plena floração Início colheita Final colheita
colheita (dias)
2016/2017
Período de
Genótipos Início de floração Plena floração Início colheita Final colheita
colheita (dias)
2017/2018
106 dias
Black 128 23/set. 30/set. 16/out. 30/jan.
Tabela 2. Dados de acúmulo de horas de frio (temperaturas iguais ou inferiores a 7,2 °C) nos anos de 2015 a 2016, na
Estação Experimental Cascata. Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
2015 219
2016 348
2017 198
Fonte: Laboratório de Agrometeorologia Embrapa-Sede.
Tabela 3. Precipitação mensal em milímetros no período de 2015 a 2017, Experimental Cascata (EEC). Embrapa Clima
Temperado, Pelotas/RS, 2021.
Anos Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
2015 199,8 85 71,3 49,2 199,4 151,8 217,3 102,6 277 266,7 176,9 203,3
2016 174,7 126,6 275,3 302 117,47 28,63 137,35 277,96 181,78 178,54 177,47 186,6
2017 172,15 254,4 164,99 124,59 343,76 181,43 55,5 292,02 135,83 146 66,51 28,41
14 BOLETIM DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 342
Tabela 4. Número médio de frutas por planta, massa média de fruta (MMF), produção por planta (g pl-1) e produtividade
(kg pl-1) dos genótipos de amoreira-preta cultivados em sistema orgânico durante as safras 2015/2016, 2016/2017 e
2017/2018 na Estação Experimental Cascata (EEC). Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
Tabela 5. Produção acumulada em kg ha-¹ de genótipos de amoreira-preta em sistema de produção orgânico na região
de Pelotas durante as safras 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018, Estação Experimental Cascata (EEC). Embrapa Clima
Temperado, Pelotas/RS, 2021.
Tabela 6. Avaliação de pH, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e relação SS/AT (ratio) em frutas de genótipos de
amoreira-preta em três safras, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018. Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
SS AT
Genótipo pH Ratio
(°Brix) (% ácido cítrico)
2015/2016
Black 178 6,90 ns 3,23 ab 1,10 bc 6,26 bc
Black 112 5,70 2,03 b 0,95 c 3,60 d
Black 145 8,00 3,14 ab 1,74 a 3,51 d
Black 128 6,13 3,28 a 0,80 cd 8,38 a
‘BRS Xingu’ 5,12 3,10 ab 1,16 bc 6,90 b
‘Tupy’ 6,70 2,09 ab 0,69 d 5,47 c
2016/2017
Black 178 9,20 b 3,21 ab 0,97 c 9,46 b
Black 112 8,16 b 3,19 b 1,16 b 8,14 c
Black 145 9,93 a 2,95 c 1,48 a 4,73 d
Black 128 7,00 c 3,15 b 0,85 cd 10,68 a
‘BRS Xingu’ 9,46 a 3,28 a 0,88 b 8,56 c
‘Tupy’ 9,40 a 2,95 c 0,79 d 10,35 a
2017/2018
Black 178 11,40 a 3,18 a 0,77 e 14,75 a
Black 112 8,60 e 2,93 c 1,16 b 7,43 d
Black 145 9,10 c 3,05 b 1,42 a 6,43 e
Black 128 8,90 cd 3,13 a 0,90 d 9,90 b
‘BRS Xingu’ 10,10 b 2,95 c 1,12 b 9,05 bc
‘Tupy’ 8,80 de 2,92 c 1,03 c 8,57 c
* As médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o teste Tukey em nível de 5% de probabilidade. Ns-
não significativo.
Tabela 7. Compostos fenólicos, antocianinas e atividade antioxidante em frutas de seis genótipos de amoreira-preta
cultivados em sistema de produção orgânico na região de Pelotas nas safras 2016/2017 e 2017/2018. Embrapa Clima
Temperado, Pelotas/RS, 2021.
2016-2017
2017-2018
Figuras
Figura1. Temperatura máximas, mínimas e média (°C) nos anos de 2015 a 2016, na Estação Experimental Cascata.
Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
Figura 2a. Distribuição da produção de amora-preta no ciclo produtivo de 2015/2016. Embrapa Clima Temperado, Pelo-
tas/RS, 2021.
Avaliações de Genótipos de Amoreira-Preta em Sistema de Produção Orgânico 17
Figura 2b. Distribuição da produção de amora-preta no ciclo produtivo de 2016/2017. Embrapa Clima Temperado, Pelo-
tas/RS, 2021.
Figura 2c. Distribuição da produção de amora-preta no ciclo produtivo de 2017/2018. Embrapa Clima Temperado, Pelo-
tas/RS, 2021.
Fotos: Rafaela Schmidt de Souza
Figura 3. Frutas de amoreira-preta das seleções Black 112, Black 178, Black 145, Black 128 e das cultivares Tupy e BRS
Xingu. Pelotas-RS. Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021.
18 BOLETIM DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 342
A) B) C)
D) E)
Figura 4. Estádios fenológicos de amoreira-preta: inchamento de gema (A), Início de brotação (B), botão floral (C),
floração (D) e início de formação de frutos (E). Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, 2021. Fotos: Rafaela Schmidt de
Souza.