MANUAL 6654 - Ler A Imprensa Escrita

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Manual de Formação – Técnico/a de Apoio Familiar e de

Apoio à Comunidade

Domínio: Viver em Português UFCD

6654 – Ler a imprensa escrita


Anibal teixeira
2022

SEF – Formação e Conhecimento Partilhado, Lda. Rua


D. João I, n.º 123
4450-161 Matosinhos
Í'ndice
Objetivos.......................................................................................................................................................................2
Capítulo 1 – A imprensa escrita....................................................................................................................................3
Capítulo 2 – Características da notícia.........................................................................................................................5
Capítulo 3 – A notícia.......................................................................................................................................7
Capítulo 4 – O jornal impresso.........................................................................................................................9
Capítulo 5 – Estrutura / Hierarquia.................................................................................................................12
Capítulo 6 – Outros textos jornalísticos..........................................................................................................14
Bibliografia....................................................................................................................................................18
Objetivos
O primeiro jornal português nasceu um ano depois de Portugal recuperar a independência, a 1 de dezembro de
1640. A Gazeta da Restauração foi acarinhada por D. João IV e seus apoiantes que viram neste periódico “um
excelente instrumento de propaganda” de legitimação do novo poder e uma forma de denegrir os feitos dos
espanhóis. Há 375 anos, as relações entre o poder político e o jornalismo já davam que pensar.

Tem sido salientada a importância da Imprensa para a difusão da cultura e dos valores do Humanismo; mas
raras vezes foi salientado o papel da tipografia como instrumento de comunicação ao serviço da política real e da
administração interna.

Resultados da aprendizagem
 Identifica e caracteriza tipos de textos jornalísticos.
 Distingue jornais da imprensa escrita.
 Desenvolve o espírito crítico e a capacidade comunicativa.
Capí´tulo 1 – A imprensa escrita
FICHA DIAGNÓSTICA
1. Comente o seguinte excerto.

“Um dia perguntaram a um jornalista: - O que é uma notícia?


- Pois bem-disse ele – quando um cão morde um homem, não é notícia; mas quando um homem morde um cão,
eis a notícia.”
L. Gabriel – Robinet

2. Tendo em conta os seguintes meios de comunicação, refere as vantagens e desvantagens de cada um deles.

Mass media Vantagens Desvantagens

Televisão a) b)

Internet c) d)

Jornais e) f)

Rádio g) h)

3. Identifica nas seguintes notícias a estrutura da notícia estudada.

Notícia 1:
A medalha que faltava

A portuguesa Ana Dulce Félix conseguiu, hoje em Helsínquia, ao ganhar os 10 000 metros dos Europeus de
atletismo de pista, a medalha de ouro que faltava ao currículo, depois da prata e do bronze em corta-mato.
“Estou feliz, é maravilhoso”, afirmou, depois de ter dado a volta de honra com a bandeira nacional. “Era a
medalha que faltava. Sabia que havia várias atletas a valor 31 minutos e tal e que poderia lutar com elas por um
lugar no pódio, mas daí a ganhar…!”
A atleta minhota da Maratona isolou-se aos 6800 metros e não mais deixou de ganhar vantagem até uma volta
do fim, quando tinha 8.8. segundos de avanço e a prova praticamente ganha. No final, obteve o tempo de
31.44,75, terminando com mais de quatro segundos de vantagem sobre a britânica Jo Pavey (31.49,03), que na
parte final ultrapassou a ucraniana Olga Skrypak (31.51,32).

O Jogo, 1 de julho de 2012 (adaptado)


Notícia 2:

DOIS PORTUGUESES MORTOS EM ACIDENTE EM ESPANHA


Público 03/01/2016 – 16:57
Camião despistou-se em autoestrada na zona de Burgos.

Dois portugueses morreram este domingo num acidente rodoviário na autoestrada AP-1, no norte de Espanha,
em Briviesa, perto de Burgos.
A informação, avançada pelo Diário de Burgos, foi confirmada ao Público pelos bombeiros de Burgos. A
identidade e o local de residência dos dois ocupantes do camião que se despistou são desconhecidos. Os
bombeiros de Burgos sabem apenas que os dois ocupantes têm nacionalidade portuguesa. As causas do acidente
estão ainda por apurar.
O camião, que segundo os bombeiros transportava laranjas, despistou-se na AP-1. Segundo o Diário de
Burgos, o alerta foi dado às 5h29 (hora de Madrid), com a informação de que um camião tinha caído por uma
ravino e estava a arder.

4. Manifesta a tua opinião relativamente aos seguintes enunciados.

Frases Concordo Discordo Não sei


a. Não de pode acreditar em tudo o que se lê nas notícias.
b. A comunicação social não tem respeito pelas vidas da população em geral.
c. Todas as notícias que se ouvem são más.
d. As pessoas famosas ganham muito dinheiro por aparecer nas notícias. Não
se deveriam queixar por terem jornalistas a segui-los.
e. Precisamos de estar a par com o que acontece no mundo. As imagens são
importantes pois ajudam as pessoas a compreender melhor a situação.
f.Não precisamos de ver as coisas horríveis que acontecem no mundo. As
imagens dão-nos demasiados detalhes e invadem a privacidade das pessoas.
g. O mundo está a tornar-se cada vez mais pequeno e ao mesmo tempo as
notícias chegam cada vez mais rápido.
h. Dentro de dez anos os jornais não existirão, pois teremos acesso às notícias
online.
i. Más notícias viajam depressa.

5. Redige uma notícia tendo em conta o seguinte título jornalístico.

TERRAMOTO MATA 500.


Capí´tulo 2 – Caracterí´sticas da notí´cia
Ficha de Trabalho 1

1. Lê atentamente o seguinte texto.


O Jornal e a sua importância

Jornal é um meio de comunicação impresso, geralmente um


produto derivado do conjunto de atividades denominado jornalismo.
As características principais de um jornal são: o uso de “papel de
imprensa”:
- mais barato e de menor qualidade que os utilizados por outros
materiais impressos;
- linguagem própria - dentro daquilo que se entende por linguagem
jornalística; e é um meio de comunicação de massas
- um bem cultural que é consumido pelas massas
- têm conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que
abrangem os mais diversos interesses sociais
Há também jornais com conteúdo especializado em economia, negócios
ou desporto, entre outros. A periodicidade mais comum dos jornais é a diária, mas existem também aqueles com
periodicidade semanal, quinzenal e mensal. O jornal foi o primeiro - e, por muito tempo, o principal - espaço de
atividade profissional do jornalismo.
O leitor consegue familiarizar-se facilmente com o produto não tendo qualquer dificuldade em encontrar o
procura, de forma que haja uma melhor leitura; o grafismo e a apresentação são o que mais contribui para este facto
e a compreensão da parte do recetor tem a ver com a forma como os textos são escritos e a informação é passada
para o leitor.
Um jornal tem de garantir o seu sucesso no mercado e a sua consequente sobrevivência conseguindo não só
manter um público fiel, mas também angariando sempre mais leitores e assim novos fiéis seguidores. Ao aumentar
os leitores, um jornal pode também aumentar o número de anunciantes e assim os números das receitas, que como
para qualquer negócio, é um dos fatores mais importantes. Para isto, é necessário compreender as necessidades do
consumidor e estar sempre atento à concorrência, conseguindo ir-se adaptando e evoluindo conforme a necessidade.

A. C. Carvalheiro (excerto adaptado)


1.1. Refere o que consideras mais apelativo num jornal.

1.2. Identifica as características estudadas presentes na seguinte capa de jornal.

1.3. Identifica a estrutura da notícia.

13 fevereiro 2019 - 21:39

Polémica na Grécia: Olympiacos abandona jogo ao intervalo Encontro com o Panathinaikos, da Taça, dá que falar

O Olympiacos tomou esta quarta-feira uma medida pouco vista no basquetebol europeu - pelo menos nos
campeonatos mais importantes e competitivos -, ao decidir abandonar o encontro das meias-finais da Taça da
Grécia, diante do Panathinaikos, ao intervalo, em protesto com a atuação da equipa de arbitragem.
No momento do abandono do Olympiacos o marcador estava em 40-25 favorável ao Panathinaikos, sendo que com
esta decisão será o Pana a disputar a partida decisiva da Taça. Para mais, com esta decisão o Olympiacos poderá
perder pelo menos 2 pontos na tabela da Liga grega.
Refira-se que o Olympiacos já havia apresentado um proposto prévio na FIBA, contestando a constituição do trio de
arbitragem para ajuizar este decisivo e sempre emotivo dérbi ateniense.
www.record.pt
Capí´tulo 3 – A Notí´cia
Em termos genéricos, podemos definir noticia como sendo uma narrativa curta, de um acontecimento atual com
interesse geral.
 Narrativa curta - dizer apenas o essencial para captar a atenção do leitor
 Acontecimento atual - o que acontece ou aconteceu é conhecido no espaço de 24 horas.
 Interesse geral - que desperta a curiosidade e atenção do público a que se destina.
A notícia deverá ser escrita de forma a possibilitar uma leitura rápida. Consideremos como notícia tipo a que
apresenta a seguinte estrutura:
Título - (pode, eventualmente, ter também antetítulo e / ou subtítulo)
Lead – corresponde ao primeiro parágrafo do texto, que pode ou não ser destacado graficamente e que deverá
conter as informações essenciais, respondendo sempre que possível às perguntas:
- Quem? (quem participa na notícia)
- O quê? (o que aconteceu, acontece ou vai acontecer)
- Onde? (local onde aconteceu)
- Quando? (dia, hora,)
Corpo da notícia – corresponde aos restantes parágrafos do texto. É o desenvolvimento da notícia, no qual
deverão estar as respostas às questões:
- Como? (contar como aconteceu a notícia)
- Porquê? (porque aconteceu a notícia)
Por fim, a professora introduz o conceito de Pirâmide Invertida que sintetiza e ajuda a recordar as principais
características.
Relembra, também que a notícia deve:
 ser escrita do assunto mais importante, para o menos importante;
 ser clara, simples, acessível e objetiva, com uma única interpretação;
 utilizar sempre a 3ª pessoa (singular ou plural);
 usar frases de tipo declarativas e curtas;
 recorrer ao verbo e ao nome, evitando os adjetivos;
 apresentar os factos, não emitindo qualquer opinião pessoal;
 nível de linguagem corrente.
Capí´tulo 4 – O jornal impresso
O jornal impresso pode ser local, pode circular dentro de um estado, de um país ou mesmo ser de circulação
internacional. As informações são registadas em papel, significando que podem ficar arquivadas em poder do
leitor. Nele pode haver fotografias, notícias, entrevistas, caricaturas, palavras cruzadas, sudokus, horóscopos,
previsão do tempo, informações sobre os programas televisivos, crônicas, artigos, denúncias, classificados de
vendas ou aluguéis de casas, carros, motos, ofertas de empregos, procuras de empregos, oferecimento de serviços,
enfim, um arsenal de coisas.
Compara a imprensa noticiosa escrita com o jornal televisivo que, por sua vez, também pode ser local, pode
circular dentro de uma região, de um país ou mesmo ser de circulação internacional, se for o caso de uma TV por
assinatura, a cabo... As informações são passadas para os telespectadores, mas tudo isso é arquivado pelas
emissoras de TV. Porém, o telespectador pode também ter cenas arquivadas, desde que grave em aparelhos de CD
ou DVD. São medias diferenciadas. Ambas tem o mesmo propósito principal: divulgar informações.
A diferença está nos sentidos (do leitor/ouvinte) envolvidos:
- a visão, quando se lê o jornal impresso;
- a visão e a audição quando se assiste ao jornal da televisão.
Além disso, o jornal impresso é mais detalhado, mais completo, privilegiando o conhecimento, enquanto o
jornal televisivo é mais rápido, mais resumido, privilegiando a informação.
O aparecimento da imprensa em Portugal coincide com a Restauração. A Gazeta da Restauração, que
apareceu em Lisboa em novembro de 1641, é considerada o primeiro periódico português e tinha como objetivo
relatar as notícias deste período, marcando, desta forma, o início da propaganda política da nação.
Em menor escala relatava ainda a vida quotidiana lisboeta. Com o final da guerra dos Trinta Anos, as nações
começaram a consciencializar-se das lutas em favor da hegemonia política da Europa e dos seus sucessos, para daí
estabelecerem comparações. Diminuíam assim a distância geográfica e identificavam-se com estes sucessos.
Assim, a imprensa periódica portuguesa tornou-se um veículo capaz de transmitir as notícias da história dos
povos.
A Gazeta teve, assim, a seu cargo a difusão das notícias de Portugal e das que vinham de fora, tornando-se,
desta maneira, o principal órgão informativo da Restauração. Era publicada mensalmente e impressa na oficina de
Lourenço de Antuérpia, tendo o privilégio real. Este periódico era muito rico em notícias que chegavam do
estrangeiro, ao mesmo tempo que veiculava as notícias do reino de Portugal, permitindo aos que estavam longe de
o reino conhecer os rumos da administração pública portuguesa e da vida da corte. Era este o conceito de
patriotismo. Porém, as notícias relatadas não exerciam grande influência sobre a diplomacia portuguesa, para além
de, muitas vezes, serem contraditórias, criando discórdias que afetavam a política interna. De 19 de agosto a
outubro de 1642, a Gazeta foi suspensa, aparecendo a partir desta data só com notícias do estrangeiro e, a 27 de
setembro de 1647, foi extinta.
Até 1663 circularam algumas folhas com o noticiário da guerra da Restauração. Em janeiro daquele ano
apareceu o Mercúrio Português de influência marcadamente francesa, sendo o seu redator o diplomata António de
Sousa de Macedo, que surgiu na época mais conturbada da Restauração, quando era necessário incutir nos
portugueses a esperança da próxima vitória. Manteve as mesmas características da Gazeta, isto é, as notícias do
reino e da sua guerra com Espanha, propaganda da guerra e poucas notícias mundanas, embora já tivesse um cariz
político acentuado.
Porém, o objetivo do Mercúrio era mais lato: pretendia junto das nações europeias, principalmente a França,
fazer pressão sobre a Espanha no sentido de deixar de hostilizar Portugal.
Publicado mensalmente, muitas vezes incluía suplementos com notícias importantes. Em julho de 1667, o
Mercúrio Português desapareceu. Com a exceção da publicação, em Lisboa, do primeiro semanário português, o
Mercúrio da Europa, em 1689, que só incluía notícias do estrangeiro, não existiu qualquer outra publicação
periódica até ao final do século XVII.
A notícia decorre de um determinado facto ou acontecimento e traduz o seu relato objetivo e imparcial. Na
estrutura de um jornal, as notícias são agrupadas de acordo com o tema que tratam - política, economia, cultura,
desporto, ciência, etc - e integradas nessa secção ou editoria que corresponde a uma(s) determinada (s) página do
jornal.
A fotografia num jornal tem por objetivo ilustrar a notícia ou, em alguns casos, ser em si mesmo a notícia.
Resulta de um trabalho de equipa entre o jornalista que escreve o texto e que assume determinadas opções
editoriais e do fotógrafo que, ao captar uma determinada imagem, tem subjacente a objetividade do momento a
captar a subjetividade de como escolheu captar esse momento.
A fotografia ganhou uma importância crescente na imprensa - das primeiras páginas sem imagem do século
XVIII até às primeiras páginas do século XXI onde a imagem tem um papel preponderante.
Ilustração:
Desenhos, esquemas, gráficos que, recorrendo à linguagem gráfica, traduzem uma determinada informação ou tema.
Template:
Modelo gráfico que representa a estrutura de uma determinada página, secção ou suplemento do jornal. Disposição
de texto, imagens, títulos e outros elementos de forma a melhor apresentar a informação.
Manchete:
Principal título da primeira página do jornal. Ocupa o lugar mais destacado da página mais importante e, por essa
via, reflete a notícia que o jornal escolheu como sendo a que mais impacto tem nessa edição. Pode existir mais do
que uma manchete num jornal.
Chamadas:
Pequenos textos de síntese na primeira página que remetem o leitor para o artigo mais desenvolvido no interior do
jornal. São temas importantes dessa edição do jornal, uma vez que estão presentes na primeira página do jornal.
As chamadas podem ser repetidas no jornal, no início da secção/editoria em que se integram.
Anúncios:
Constituem a principal fonte de receita de um jornal. As empresas, marcas ou entidades compram espaço do jornal
– páginas inteiras, meias páginas, rodapés, etc – para anunciarem os seus produtos, serviços ou outras
comunicações. Os jornais integram ainda outro tipo de anúncios designados por classificados e que são pequenos
espaços de oferta e procura de casa, automóvel, emprego ou outros em regra publicados por pessoas individuais.
Atualmente, a primeira página de um jornal é um dos espaços privilegiados pelos anunciantes para colocarem
publicidade - os formatos mais comuns são rodapés (faixa na horizontal na parte inferior da página) ou as ditas
"orelhas" (pequenos quadrados no topo de página).
Logotipo do jornal:
Símbolo que identifica o jornal e que está expresso na área central de topo da primeira página e, geralmente,
repetido, num formato mais pequeno, em todas as páginas do jornal.
Há medida que todos estes conceitos são revistos, os alunos respondem / põem em prática o que aprenderam na
ficha de trabalho 1, sempre acompanhados pela formadora que os vai apoiando ao longo do trabalho e explicando
qualquer dúvida que possa surgir.
Capí´tulo 5 – Estrutura / Hierarquia
As funções que os jornalistas podem exercer na profissão variam consoante o órgão de comunicação social em
que estão integrados. Todavia, em todos, existe um conjunto de funções-chave, presente em todas as redações.
Diretor - Coordena o geral e responde pelas suas opções editoriais.
Editor-chefe - Coordena um conjunto de áreas editoriais de um jornal ou, no caso de uma editoria com maior
dimensão, assume sua coordenação.
Subeditor - Partilha responsabilidades de edição de uma determinada área do jornal com o editor-chefe.
Grande repórter - Realiza reportagens, muitas vezes resultantes de temas que o próprio jornal decide investigar
e aprofundar; parte significativa do seu trabalho é realizado fora da redação.
Jornalista - Acompanha os temas da atualidade, em regra enquadrado numa determinada secção/editoria do
jornal: política, economia, cultura, desporto, ciência, etc.
Colunista - Colabora com o jornal, escrevendo artigos de opinião sobre temas de atualidade (ou outros) que
contribuem para uma interpretação da realidade que o jornal retrata.
Revisor ou copydesk - Revê textos de jornalistas e colaboradores, assegurando a correção gramatical e a
coerência dos textos.
Fotógrafo - Capta imagens que ilustram as notícias, reportagens e entrevistas realizadas pelo jornal.
Chefe de arte /editor de arte - Define a organização gráfica do jornal, coordenando a disposição de textos,
imagens e outros elementos de informação nas páginas do jornal e criando as soluções que tornam o jornal mais
apelativo.
Gráfico - Pagina textos e imagens, de acordo com os templates definidos para o jornal.
Ilustrador - Realiza desenhos, esquemas e gráficos que ilustram temas abordados pelo jornal.
Cartoonista - Produz desenhos, geralmente satíricos ou cómicos, sobre temas da atualidade.
Correspondente - Envia notícias para o jornal a partir de pontos mais ou menos distantes da área de
intervenção do jornal.
Perfil Biográfico - Enquanto numa biografia se descreve uma personagem, e a envolvente em que se insere
(país, costumes, sociedade etc.), o perfil biográfico centra-se mais detalhadamente na descrição da personagem em
si. No perfil biográfico descreve-se as suas principais características, os seus feitos e a sua importância na
comunidade em que se insere ou para a pessoa que o descreve.
Destaque Fotográfico - Imagem que regista e destaca na página algum acontecimento relevante e que, por si
só, transmite os factos. Num destaque fotográfico recorre-se, geralmente, à colocação de uma breve legenda
explicativa. Citação: Frase que expressa a afirmação de uma determinada pessoa em entrevista ao jornal ou em
declarações públicas à imprensa. Deve surgir entre aspas, uma vez que representa o discurso direto - trata-se de
uma afirmação
da responsabilidade de terceiros que o jornal publica sem adulterar.
Exemplo: "Hoje jogámos para ganhar", disse Scolari no fim do jogo. A frase está entre aspas porque é uma
citação. Podia ser usada, no discurso indireto, sem que fossem necessárias aspas: No fim do jogo, Scolari disse
que ontem a equipa jogou para ganhar.
Fonte de Informação: Pessoas, entidades, documentos a partir da qual uma determinada informação é obtida. A
fidedignidade das fontes de informação é fundamental no jornalismo de referência. A fonte de informação não
precisa de ser revelada; por norma essa fonte está identificada na própria notícia ou reportagem, mas em temas
mais sensíveis e, em particular, em jornalismo de investigação, cabe ao jornal decidir sobre a veracidade das
informações que recolhe e a forma como pretende relacionar-se com as suas fontes de informação. A
responsabilidade pela veracidade da informação publicada é da responsabilidade do jornal e não da fonte, por isso
esta é um material de especial importância na gestão de um órgão de comunicação.
Capí´tulo 6 – Outros textos jornalí´sticos
O jornalista dirige-se ao local onde decorre o acontecimento. Aí observa, indaga, relata, descreve, explica, e
compara, o que o obriga a um profundo trabalho de pesquisa e de contextualização dos factos.
É normalmente acompanhado por um repórter fotográfico.
A reportagem apresenta:
* Título
* Breve resumo
* Subtítulos
Linguagem / Características do discurso
* Costuma ser objetiva, mas com presença de traços de subjetividade.
* Uso do registo de língua corrente
* Presença de adjetivação
* Presença da 3º pessoa
* Presença de narração e de descrição
* A função informativa é que predomina, podendo também conter as funções emotiva e poética.
Como género jornalístico deveria ser caracterizado com base em três alíneas predominantes:
- a presença da notícia que situa a reportagem nos limites do jornalismo interpretativo (análise e valorização
dos momentos reais);
- a narração da realidade, não sendo admissível a ficção nem a dramatização, que ao estarem incluídos no
formato da reportagem daria lugar a novos géneros jornalísticos (como o melodrama e o telefilme baseados na
realidade);
- a originalidade no tratamento e apresentação dos factos reais, que se combinam com outras formas
jornalísticas, como a entrevista, o inquérito, o testemunho e o entretenimento. A originalidade é trabalhada a partir
de factos já conhecidos, mas que revelam os pormenores desconhecidos. A inovação vê-se na absoluta liberdade
formal e de tratamento, onde estão várias técnicas.
A reportagem pode ser apresentada como parte integrante das revistas de atualidade ou, simplesmente, com
temas únicos, rigorosos, profundos e analíticos dos acontecimentos, é o caso da grande reportagem, reportagem
em profundidade ou de investigação, etc.
A estrutura narrativa mais procurada responde ao seguimento da cronologia dos factos ocorridos; só em
exceções se recorre ao flashback para introduzir os antecedentes do acontecimento. A reportagem distingue-se da
notícia, pois esta interessa-se pela atualidade imediata e urgente.
A reportagem televisiva recorre essencialmente à imagem. Contribui, também, para aumentar os seus
conhecimentos, mas através de um trabalho de elaboração mais complexo do argumento e da realização.
Numa perspetiva de informação-serviço, a reportagem televisiva é também uma técnica de mediação das
relações dos antecedentes e das consequências do acontecimento ou do fenómeno abordado. É por isso que
qualquer
boa reportagem televisiva deve comportar duas dimensões: uma dimensão empática que visa a ligação entre o
espectador e o assunto e/ou as personagens em ação uma relação de conivência afetiva e uma dimensão de
revelação, esclarecimento, de contextualização do mesmo assunto.
No contacto com os agentes, o repórter tem de se identificar todas as vezes que forem precisas. Tem de
explicar quem é e para que emissão trabalha.
É preciso ter em atenção a informação recebida dos adidos de imprensa, pois nem todas as suas propostas
merecem uma reportagem. O repórter deve escolher os convites e os telefonemas aliciantes para decidir o que vale
a sua deslocação.
O repórter ao documentar-se sobre o acontecimento deve saber logo à partida se é acidental ou previsível. Num
acontecimento acidental não se encontra facilmente informação ou documentação, mas outros acontecimentos
semelhantes podem facilitar a compreensão de alguns factos.
Para conhecer melhor os protagonistas é preciso saber bastante sobre eles para os compreender e os apresentar,
mas não em demasia para não transformar a reportagem num retrato.
O enquadramento do acontecimento pode ser apreciado através de documentação, como fotografias e imagens
de arquivo. Por pouco tempo que se tenha, isto permite uma pré-localização. Mas depende do tipo de reportagem.
A documentação é sempre mais rica no domínio do contexto. Sem esse background, o repórter arrisca-se a
compreender mal ou a não compreender as informações que recolherá no local do acontecimento.
A documentação pode ser feita através da imprensa, que sempre fornece uma boa base de informações. A
maior parte das grandes redações de audiovisual empregam vários documentalistas encarregados de examinarem
os jornais diários e outros periódicos.
O jornalista, também, deve possuir a sua documentação pessoal bem organizada. É uma documentação mais
sintética e muito mais acessível. Encontra-se depressa e mais facilmente, por caminhos apenas seus conhecidos.
Uma boa abordagem de um assunto ou de um país que não se conheça pode ser fácil se o repórter utilizar
artigos mais universitários, extraídos de enciclopédias.
A localização do acontecimento é importante quando o trabalho da reportagem precisa de uma equipa. No
momento do contacto, o telefone é o primeiro instrumento para a localização. É necessário perguntar se o local
tem iluminação ou é iluminado o suficiente para a cobertura de imagens, se tem tomadas elétrica, se é permitido
filmar no exterior e se existem boas ou más condições sonoras.
O repórter sabe quais as informações que deverá recolher em função do ângulo escolhido. Assim, pode indicar
rapidamente ao fotógrafo ou ao operador de câmara, quais as imagens que lhe parecem suscetíveis de conter ou
ilustrar o resto da informação.
Uma das características a ter em conta na reportagem, seja ele televisiva, escrita ou radiofónica, é o ângulo a
escolher. A transmissão de todos os elementos recolhidos sobre um dado acontecimento é muito vasta e pouco
agradável ao público sem qualquer preparação feita pelo repórter. Este tem de selecionar, escrever e montar as
informações mais importantes.
O ângulo é selecionado de maneira a dar uma ideia global do conjunto e analisada sob todas as suas facetas. É
definido com o chefe de redação antes de ir para o local. Por vezes, cabe ao repórter defini-lo, face aos elementos
recolhidos.
Essa escolha é em função:
* da atualidade, da novidade da informação;
* dos factos observados e dos elementos recolhidos;
* do público ao qual se destina a reportagem.
Habitualmente, dá-se importância ao que é mais recente, mais vivo, mais concreto, ao factual, sob forma de
relato por uma testemunha ou de peça escrita pelo jornalista.
Os elementos de informação são ordenados em função da sua importância, a sua novidade, da sua força, mas
também dos vínculos que os ligam.
A reportagem é uma condensação da realidade: é preciso ter em conta o fator tempo, para manter a sua
coerência com o acontecimento que se desenvolveu num período superior à duração da reportagem.
A reportagem de atualidade traduz acontecimentos que acabam de ocorrer e a propósito dos quais não se
dispõe de muito tempo para fazer a sua difusão.
Tradicionalmente, consiste em imagens que mostram o acontecimento, a maior parte das vezes imagens das
consequências do acontecimento, e de entrevistas ocasionais de testemunhos e/ou peritos.
Uma reportagem deste tipo valerá, sobretudo, pelo enriquecimento que traz à informação base. Interessa que a
reportagem de atualidade, seja situada num contexto mais geral, quer na apresentação que é feita na altura da sua
difusão, quer durante a própria reportagem.
A grande reportagem é a que nos interessa abordar mais profundamente. Consiste na composição sob forma de
um vídeo ou filme, de uma série de informações respeitantes a um acontecimento particular, da atualidade, ou a
um fenómeno particular da sociedade, numa mensagem real de uma certa duração.
A característica da grande reportagem é ser:
- tópica: concentra a atenção sobre uma situação, um fenómeno ou um acontecimento determinado;
- intensiva: trata os assuntos em profundidade e aborda várias facetas.
Na realização da grande reportagem deve-se ter em conta a regra das três unidades: unidade de lugar, unidade
de tempo e unidade de ação. Isto significa que uma grande reportagem será de preferência filmada:
- num único lugar, claramente identificável através de elementos de cenário;
- num tempo definido;
- à volta da ação de um número restrito de personagens, as mesmas durante toda a reportagem.
A narração deve realçar a ação das personagens pouco numerosas e claramente identificadas, com as quais o
espectador se familiariza rapidamente e cujas aventuras ele quererá conhecer.
Este fio condutor é o vetor-chave que se trata do ponto de vista de medição, personificado para levar o
essencial da informação.
Este vetor-chave será uma personagem ou um grupo, escolhido em função das suas características pessoais,
mas, sobretudo, em função da sua capacidade para simbolizar um conjunto, um grupo mais vasto.
Ele deve, em primeiro lugar, estar bem situado no seu meio, no seu ambiente, em função das informações das
quais se deseja que ele seja portador.
Na realização da grande reportagem, o jornalista deve dar indicações aos operadores de imagem e de som,
quanto aos documentos icónicos e sonoros que ele deseja juntar para a sua reportagem.
As entrevistas são realizadas in situ, isto é, no decorrer da ação do vetor-chave ou de uma personagem
entrevistada.
As ilustrações devem concorrer para esclarecer o texto da reportagem ou mostrar aspetos específicos da ação
do vetor-chave.
A montagem deve ser narrativa e cronológica, na maior parte dos casos. Através de sucessivas fases da ação, a
montagem fará descobrir os diversos elementos da informação que se quer mediatizar.
O inquérito é uma reportagem explicativa ou de investigação que sintetiza numa mensagem o acontecimento
relativamente complexo com interesse público de carácter social, económico, jurídico, ecológico ou da vida
quotidiana.
O texto é elaborado na primeira pessoa, onde confessa a sua subjetividade.
Bibliografia
Bibliografia

AA VV. Programa de Português: Ensino Secundário, Ed. DGIDC – Ministério da Educação


Cardoso, Ana, et al. Contextos: Português 12º ano, Manual do professor, Ed. Asa
Magalhães, Olga, et al., Português claro, Manuais de Português: Ensino Profissional, Ed. Porto Editora

Webgrafia

http://www.citi.pt/
http://www.iplb.pt/
http://cvc.instituto-camoes.pt/
https://obercom.pt/a-imprensa-em-portugal-desempenho-e-indicadores-de-gestao-2008-2016/
https://www.apimprensa.pt/

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