Exemplo de Relatorio de Observação 02
Exemplo de Relatorio de Observação 02
Exemplo de Relatorio de Observação 02
RESUMO
No presente artigo descreveremos sobre o estágio de observação, sendo este o primeiro contato que o
acadêmico terá com a realidade que pretende atuar. E para o licenciando, consiste no momento de
transição de aluno para professor, isto é, será o embasamento para o aperfeiçoamento de
conhecimentos trabalhados ao longo do curso entre teoria e prática, o compartilhamento de
experiências, assim conhecendo com mais precisão a área de atuação, de modo a tornar a formação
mais significativa, possibilitando reflexões críticas, e olhares diversificados sobre o processo ensino
aprendizagem. Este estudo ocorreu, durante a disciplina de Estágio Supervisionado I, no curso de
Graduação em Licenciatura Plena em Matemática no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão – IFMA, Campus São João dos Patos. O estágio foi realizado na escola X, na
cidade de Sucupira do Riachão – MA, entre os dias 03 de outubro de 2018 e 01 de novembro do
mesmo ano, no Ensino Fundamental II, especificamente no 7° ano. Durante a observação
presenciamos o fazer pedagógico, tendo a oportunidade de realizar a diagnose/caracterização da
instituição e o seu contexto educativo. Para a fundamentação da investigação, utilizamos autores que
abordam a temática apresentada, dentre eles temos: Celani (2001), Freire (1991) e Pimenta (2004).
Ressaltamos que foi realizado apenas um recorte, mas que os dados coletados foram tratados com
rigor e reflexão.
INTRODUÇÃO
1
Graduanda pelo Curso de Licenciatura Plena em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão – IFMA, [email protected].
infraestrutura da escola e sala de aula, e tudo que envolve o processo de ensino aprendizagem.
Portanto, a metodologia empregada para cumprir as metas do estágio, consistiu na observação
da escola, bem como todo o corpo escolar.
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCURSSÕES
Devemos trazer à escola a voz de quem vem à escola, estes trazem para um mundo
rico em vivências e saberes, tornando a escola “como um espaço de ensino-aprendizagem será
então um centro de debates de ideias, soluções, reflexões, onde a organização popular vai
sistematizando sua própria experiência” (1991, p. 16).
Assim as questões que necessitamos elevar proferem respeito a que escola queremos, a
serviço de quem, qual carece ser a sua preocupação em relação à comunidade a que pertence,
para então edificar a escola que acreditamos ser a ideal para a sociedade.
As avaliações ocorrem basicamente em três notas para que somadas e dividas resultem
na média sete, ficando livre aos professores usarem o método que quiserem para a obtenção
das notas, porém é indispensável a aplicação da temida prova. A cada bimestre é realizado a
recuperação daqueles que não conseguiram atingir a média desejada.
A rotina da escola segue os parâmetros tradicionais de colocarem os alunos em fileiras
separas por séries e também em meninos e meninas, para oração, comunicado e/ou convite
sobre algum evento, e logo após os mesmos são direcionados as suas respectivas salas em
filas.
O professor observado aparenta domínio do assunto. Sua metodologia, apesar de
tradicional, é contextualizada, expõe os conteúdos no quadro branco e os alunos fazem
anotações, mas na explicação, busca fazer a relação destes com fatos do dia a dia. De acordo
com Saviani (1991), o método tradicional continua sendo o mais utilizado pelos sistemas de
ensino, principalmente os destinados aos filhos das classes populares.
O professor segue fielmente o livro adotado pela escola, não utilizando outros livros-
textos. Sua prática é prejudicada, muitas vezes, pelo desinteresse da turma e pela indisciplina
dos alunos de outras salas.
O docente é compromissado e não costuma faltar ao trabalho, participa das atividades
escolares: conselho de classe, reuniões pedagógicas e comemorações. A maioria de seus
alunos não o respeita, para conseguir um mínimo de atenção dos discentes ele reclama o
tempo todo, muito se mantêm calados, entretanto dispersos. No entanto, há o
acompanhamento individual na própria sala, quando algum aluno solicita.
As aulas se limitam a serem expostas verbalmente pelo professor e os únicos recursos
utilizados são: pincel, quadro branco e o livro adotado. A fixação do conteúdo é feita pela
repetição de exercícios que posteriormente serve de base para as avaliações.
A metodologia utilizada pelo professor é monótona, e às vezes os alunos ficam
incomodados e chegam a falar para o mesmo, dizendo que é sempre a mesma coisa, explica o
assunto e passa atividade. Ficando explicito uma educação tradicionalista. Para Mizukami
(1986), o papel do indivíduo no processo de aprendizagem é basicamente de passividade,
como se pode ver:
No entanto, Freire (2000) ressalva que o educador além de ensinar bem sua disciplina,
deve desafiar o educando a pensar criticamente a realidade do meio em que vive, mostrando
que é um ser social capaz de interferir no mundo e não simplesmente se adaptar a ele.
As observações realizadas nesses dias continuaram sendo monótonas, com explicação
do conteúdo e exercícios, e em seguida correção da atividade que segundo Saviani (1991):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio foi um período em que buscamos vincular aspectos teóricos com aspectos
práticos. Sobretudo perceber a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas
também reflexiva da nossa prática educativa diante da realidade e a partir dela, para que
possamos buscar uma educação de qualidade, que é garantido em lei (LDB - Lei nº 9394/96).
Tem em vista que a tradição da educação diz que educar não é treinar nem transmitir
informações para pessoas. Educar seria um processo de compartilhamento e não de
transmissão de quem sabe para quem não sabe, pois todos nós temos uma “bagagem” de
conhecimentos.
Fica evidente que precisamos ter uma postura efetiva de um profissional que se
preocupa verdadeiramente com o aprendizado, que deve exercer o papel de um mediador
entre a sociedade e a particularidade do educando. Necessitamos despertar no educando a
consciência de que ele não está pronto, aguçando nele o desejo de se completar, capacitá-lo ao
exercício de uma consciência crítica de si mesmo, do outro e do mundo, como nos diz Paulo
Freire. Enfim, foram alcançados os objetivos delineados para este estágio.
REFERÊNCIAS
_______. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. 6ª ed. São Paulo.
Editora Unesp, 2000.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.