Prótese Fixa Pré Clínica
Prótese Fixa Pré Clínica
Prótese Fixa Pré Clínica
Coroas provisórias
Restaurações de transição que possuem a finalidade de promover proteção, restituir a função estética,
manter a saúde gengival e a integridade do dente submetido ao preparo protético, até a confecção da
prótese definitiva.
REQUISITOS
Biológicos
- Proteção pulpar;
- Recuperar o complexo dentino-pulpar traumatizado durante o preparo dentário e impedir que o dente
preparado sofra agressões térmicas, químicas e mecânicas provenientes do meio bucal;
- Manutenção da saúde periodontal;
- Adaptação marginal adequada, a fim de evitar infiltração da saliva e proliferação bacteriana;
- Não deve apresentar subcontorno ou sobrecontorno, para manter o tecido gengival saudável;
- Manutenção do posicionamento dental;
- Restabelecer a oclusão e os contatos proximais corretos, para evitar migrações e extrusões dentárias e
impacção alimentar;
- Proteção contra a fratura dental;
Mecânicos
- Resistência às cargas funcionais;
- Suportar as funções mastigatórias ao longo do tratamento;
- Resistência às forças de remoção (retenção e estabilidade);
- Manter alinhamento entre os pilares;
Estéticos
- Restabelecer a estética – cor, forma, contorno e posicionamento horizontal e vertical corretos;
- Restabelecer a fonética;
CRITÉRIOS:
- Extensão da PPF;
- Técnica de confecção;
SOBRE AS RESINAS!!!!
TÉCNICAS
• Direta - Usada na substituição de próteses pré-existentes ou dentes naturais com contornos razoáveis;
o Provisórias imediatas;
o Normalmente com resina acrílica autopolimerizável;
Técnicas diretas
Técnica da “bolinha” – nesta técnica manipula-se uma pequena quantidade de resina acrílica e na fase plástica leva-
se sobre o dente preparado, pressionando mais na região cervical para conseguir a melhor adaptação possível. Na
fase borrachoide, realiza-se a remoção e recolocação no dente preparado até iniciar o aquecimento, em seguida
coloca-se o material em água fria e aguarda-se a polimerização final da resina acrílica. Após a presa, com auxilio de
uma fresa de tungstênio remove-se o excesso de resina, tentando dar a forma do dente a ser protegido
Técnica da matriz de alginato ou de silicone – nesta técnica antes do preparo é feita uma moldagem com um dos
dois materiais e esse molde servirá de matriz para que a resina seja leva sobre o preparo cavitário. Toma-se a matriz
de silicona e preenche-a com a resina acrílica com a cor adequada. Leva se o conjunto matriz de silicona mais
resina aos dentes preparados, aguarda-se alguns minutos e na fase borrachoide remove-se da boca. Após a
polimerização da resina, realiza-se a eliminação dos excessos esculpindo os dentes ausentes. Normalmente, é
necessário realizar o reembasamento para melhorar as adaptação cervical nos dentes preparados. Realiza-se
novamente os desgastes.
Dente de estoque – nesta técnica após o preparo, seleciona-se um dente de estoque correspondente ao dente
preparado, desgasta-se a porção lingual ou palatina preservando a face vestibular que será adaptada sobre o dente
preparado. Feito isso, manipula-se a resina acrílica, leva-se ao dente de estoque e leva-se esse conjunto ao dente
preparado. Após a presa da resina dá se o acabamento e polimento.
Vantagens
Maior resistência, estética, dureza em relação a técnica direta; • Reproduzem o enceramento diagnóstico –
correção; • Reduz os ajustes clínicos; • Permitem modificações
Desvantagens
Envolvimento laboratorial; • Maiores custos; • Maior tempo gasto;
Indireta
Nesta técnica as restaurações provisórias são confeccionadas totalmente em laboratório. Para isso
necessita-se de modelos gesso montados em articuladores com os preparos finalizados. Assim nesta
técnica sempre será necessário a confecção de provisórias pelas técnicas direta e/ou indireta-direta.
Portanto, a técnica indireta é mais indicada para confecção de provisórias de longa duração, como a
confeccionada em resina termopolimerizável e/ ou com reforço de metal fundido.
Vantagens
• Maior durabilidade e estética; • Integridade marginal; • Ótima relação oclusal; • Tempo clínico reduzido;
• Maior previsibilidade da prótese final;
Desvantagens
• Maior custo; • Maior complexidade; • Em certos casos, há necessidade de provisórios confeccionados
pela técnica direta; • Necessita 2 sessões clínicas;
EM DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE
TÉCNICAS: Com faceta de dente de estoque, coroa de policarbonato ou técnica da bolinha;
• Colocar a resina dentro do conduto e em volta do pino, que deve ser introduzido no conduto;
• Ajuste oclusal;
• Acabamento e polimento;
• Cimentação
CIMENTAÇÃO PROVISÓRIA
*Procedimentos clínicos de cimentação provisória
• Lavar os preparos com soro fisiológico ou água de cal (hidróxido de cálcio PA + soro fisiológico ou água
destilada);
• Manipulação do cimento escolhido de acordo com as recomendações do fabricante; aplicar uma fina
película no terço cervical da superfície interna do provisório;
• Posicionar a peça sobre o preparo fazendo pressão e aguardar a presa inicial do cimento;
TIPOS DE CIMENTOS
Hidróxido de Cálcio
Óxido de Zinco
Meios mecânicos
Gutapercha, anéis de couro e cobre, grampos para dique de borracha, coroas provisórias sem
remoção dos excessos, causando danos periodontais;
*Com o advento das mercaptanas, na década de 60 surgiram as técnicas de afastamento
gengival com fios de algodão e casquetes de resina, causando menor trauma do que as outras
técnicas utilizadas.
Meios químicos
Substâncias como cloreto de zinco, alúmen e ácido sulfúrico diluído, causavam danos ao tecido
gengival, sendo tão ou mais traumáticos que os meios mecânicos;
Meios mecânicos-químicos
Fios retratores: Fios de algodão impregnados com substâncias químicas vasoconstritoras para promover
o afastamento gengival e controlar a umidade e o sangramento no sulco gengival;
Epinefrina
Sindrome da epinefrina pode causar: Taquicardia, aumento da pressão arterial,
aumento da respiração, nervosismo e dor de cabeça;
Adstringentes:
Vantagens
Podem ser usados em tecidos ulcerados;
Mais hemostáticos;
Não causam distúrbios em pacientes com problemas sistêmicos;
Desvantagens
Podem deixar resíduos presos aos dentes;
Não afastam o tecido gengival tão bem quanto os fios
impregnados com epinefrina;
Sulfato de alumínio
Menos efetivos que os com epinefrina;
Tempo máximo 10 minutos;
Não devem ser usados com silicones de adição – o enxofre em sua composição altera a reação de
polimerização;
Cloreto de alumínio
Tempo de permanência 5 a 10 minutos;
Sulfato férrico
o Tempo de permanência 1 a 3 minutos;
o Não devem ser usados com silicones de adição;
Cirúrgicos
Eletrocirurgia ou curetagem gengival com ponta diamantada;
Podem causar necrose óssea e recessão gengival acentuada;
MATERIAIS DE MOLDAGEM
SELEÇÃO DE COR
o Valor ou brilho: Representa a quantidade de cinza de um matiz, está relacionado com a quantidade de luz
refletida. Croma e Valor são antagonistas, quanto maior o croma menor o valor.
PONTOS IMPORTANTES!
Tríade da estética:
Forma dos dentes
Textura
Cor
Terço médio: Dentina menos cromática e uma camada mais espessa de esmalte, ou seja, é uma área mais branca e
com mais valor;
Terço incisal: cor quase exclusivamente do esmalte, com um grau elevado de translucidez, um matiz mais
esbranquiçado e um croma mais baixo.
o Fluorescência
É a propriedade física de receber raios ultravioletas invisíveis e refleti-los em comprimentos
equivalentes a luz branca, dando um aspecto branco-azulado ao dente;
A dentina possui efeito fluorescente;
Mais visível no terço médio do dente;
Na ausência da fluorescência, com a incidência de luz ultravioleta, a restauração irá se tornar preta
ou inexistente;
o Opalescência
Propriedade óptica que atua como um filtro seletivo deixando passar raios de luz alaranjados ou
amarelos, refletindo-os sob uma cor azulada;
Devido à formação geométrica dos prismas do esmalte. O efeito opalescente é gerado pela dispersão e
refração da luz devido aos cristais de hidroxiapatita.
Observador
Incapazes de transmitir com palavras a percepção visual das cores.
Distância - o paciente deve estar no mesmo nível dos olhos do observador e a aproximadamente 60 cm,
para que a luz incida de maneira similar entre o dente do paciente e a escala de cores.
Objeto
O dente selecionado deve ter estrutura dentária suficiente, manter a cor original e não ter tratamento
endodôntico ou restaurações extensas.
Fazer profilaxia para eliminar placa bacteriana e manchas.
Umedecer a superfície do dente a ser comparado e do dente da escala.
REFERÊNCIAS
Primeira Referência: Utilizar os dentes vizinhos;
Segunda Referência: Dente homônimo do lado oposto;
Terceira Referência: Dentes antagonistas;
*** Iniciar pela parte central do dente, depois as regiões cervical( mais escura, mais
saturada ou com mais croma) e incisal ( mais clara, mais translúcida ou com menos
croma);
Metamerismo - É a mudança da percepção da cor de um objeto quando visto por fontes de luz diferentes.
*** Quando usa escala de resina para fazer a seleção de cores da cerâmica – dificuldade
de conversão;
A: Marrom: A maioria dos dentes naturais está localizada no espectro amarelo-marrom (A);
B: Amarelo
C: Cinza
D: Vermelho
**** Selecionar um croma abaixo do necessário, pois é impossível abaixá-lo. Entre o A1 e A2, fique com o menor.
* Desconsidera o valor;
Desenho esquemático.
Espectrofotômetros: alto custo, função complementar, aplicação limitada – não substitui o olho e
a experiência do CD;
Alguns Pacientes não permitem que outro profissional além do CD veja sua boca;
Técnica – Luiz Ramos Júnior