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SISTEMA DE GESTÃO
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Processos gestão de riscos ISO 31000:2009
NR 01 – Conceitos básicos
Perigo (fonte de risco, fator de risco) ‐ hazard
• Fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde.
• Elemento que isoladamente ou em combinação com outros
tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos
à saúde.
Risco
• Combinação da probabilidade (P) de ocorrer lesão ou agravo
à saúde causados por um evento perigoso, exposição a
agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da
severidade (S) dessa lesão ou agravo à saúde.
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AÇÕES DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
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O que é um programa (administrativo)?
Programa ‐ um conjunto de projetos, ou de ações e projetos,
administrados de forma integrada, de forma que, geram benefícios
que não existiriam caso os projetos não fossem administrados
conjuntamente.
Algumas definições necessárias
Ações ‐ conjunto de atividades organizadas para atender uma
demanda, normalmente, continuada.
Projeto ‐ projeto é um conjunto de atividades empreendidas para
atingir um objetivo específico, é temporário e, normalmente, único
e exclusivo.
Fonte: https://administradores.com.br/artigos/gestão‐publica‐projetos‐programas‐e‐portfolio
Em geral projetos geram resultados e programas geram benefícios.
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Gerenciamento de riscos ocupacionais
O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que estes
cumpram as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais
de segurança e saúde no trabalho.
O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas
e outros documentos
previstos (outras ações previstas) na legislação de segurança e
saúde no trabalho.
1.5.3.2 A organização deve:
a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no
trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a
necessidade
de adoção de medidas de prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a
classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida
na alínea “g” do subitem 1.4.1; e
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os
trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de
prioridade:
I. eliminação dos fatores de risco (dos perigos ou riscos);
II. minimização e controle dos fatores de risco (dos perigos ou
riscos), com a adoção de medidas de proteção coletiva;
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III. minimização e controle dos fatores de risco (dos perigos ou
riscos), com a adoção de medidas administrativas ou de
organização do trabalho; e
IV. adoção de medidas de proteção individual.
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O levantamento preliminar de perigos deve ser realizado:
a) antes do início do funcionamento do estabelecimento ou
novas instalações;
b) para as atividades existentes; e
c) nas mudanças e introdução de novos processos ou atividades
de trabalho.
Quando na fase de levantamento preliminar de perigos o risco não
puder ser evitado, a organização deve implementar o processo de
identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais,
conforme disposto nos subitens seguintes.
A critério da organização, a etapa de levantamento preliminar de
perigos pode estar contemplada na etapa de identificação de
perigos.
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1.5.4.4 Avaliação de riscos ocupacionais
A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos
perigos identificados em seu(s) estabelecimento(s), de forma a
manter informações para adoção de medidas de prevenção.
Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional,
determinado pela combinação da severidade das possíveis lesões
ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua
ocorrência.
A organização deve selecionar as ferramentas e técnicas de
avaliação de riscos que sejam adequadas ao risco ou circunstância
em avaliação.
A gradação da severidade das lesões ou agravos à saúde deve levar
em conta a magnitude da consequência e o número de
trabalhadores possivelmente afetados.
A magnitude deve levar em conta as consequências de ocorrência
de acidentes ampliados.
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1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve constituir um processo
contínuo e ser revista a cada
dois anos ou quando da ocorrência das seguintes situações:
a) após implementação das medidas de prevenção, para
avaliação de riscos residuais;
b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes,
processos, condições, procedimentos e organização do
trabalho que impliquem em novos riscos ou modifiquem os
riscos existentes;
c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou
ineficácias das medidas de prevenção;
d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao
trabalho;
e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
A avaliação de riscos deve constituir um processo contínuo e ser
revista a cada dois anos ou quando da ocorrência das seguintes
situações:
No caso de organizações que possuírem certificações em sistema
de gestão de SST, o prazo poderá ser de até 3 (três) anos.
Medidas de prevenção
A organização deve adotar medidas de prevenção para eliminar,
reduzir ou controlar os riscos sempre que:
a) exigências previstas em Normas Regulamentadoras e nos
dispositivos legais determinarem;
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b) a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar,
conforme subitem 1.5.4.4.5;
c) houver evidências de associação, por meio do controle
médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos
trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho
identificados.
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1.5.5.3 Implementação e acompanhamento
das medidas de prevenção
A implementação das medidas de prevenção e respectivos ajustes
devem
ser registrados.
O desempenho das medidas de prevenção deve ser acompanhado
de forma planejada e contemplar:
a) a verificação da execução das ações planejadas;
b) as inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e
c) o monitoramento das condições ambientais e exposições a
agentes nocivos, quando aplicável.
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1.5.5.5 Análise de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho
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1.5.7 Documentação
1.5.7.1 O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos:
a) inventário de riscos; e
b) plano de ação.
Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a
responsabilidade da organização, respeitado o disposto nas demais
Normas Regulamentadoras, datados e assinados.
Os documentos integrantes do PGR devem estar sempre
disponíveis aos
trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção do
Trabalho.
Inventário de riscos ocupacionais
Os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos
ocupacionais devem ser consolidados em um inventário de riscos
ocupacionais.
1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no
mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades (dos trabalhadores e
organização do trabalho);
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde
dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos,
com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses
riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das
exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR‐17.
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e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de
decisão.
O inventário de riscos ocupacionais deve ser mantido atualizado.
O histórico das atualizações deve ser mantido por um período
mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período estabelecido em
normatização específica.
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Implementação do GRO
• Análise inicial
• Definição dos critérios e procedimentos para avaliar riscos
• Construção da 1ª. versão do Inventário de Riscos Ocupacionais (por
unidade de trabalho), com base nos dados disponíveis e enfoque
qualitativo
• Legislação aplicável e conformidade legal
• Revisão da literatura (processo, riscos e controles)
• Revisão do PCMSO (serviço próprio ou contratado) Elaboração e
aprovação do Plano de Ação (anual)
• Execução, acompanhamento e avaliação das ações planejadas
(contratar serviços externos se necessário)
• Construção da 2ª. versão do Inventário de Riscos Ocupacionais, e
revisão do Plano de Ação ... e assim por diante!
• Avaliações aprofundadas dos riscos
• Controle dos riscos (conforme estabelece NR 01)
• Ações para implementar elementos da estrutura do GRO
• Organizações com sistemas de gestão da segurança e saúde no
trabalho (SGSST) certificados ou equivalentes
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Implementação do GRO – organizações sem
SESMT
• MEI
• ME e EPP (critério legal)
• Pequena e Média Empresa
• Microempreendedor Individual (MEI)
• Maioria são atividades de baixo risco. Ex. de exceção: Pintor
• Pode ter até um empregado.
• Dispensado do PGR e PCMSO, mas receberá orientação
preventiva.
• Deve ser incluído no programa de gerenciamento de riscos
da contratante (serviços continuados)
• Obs. Mesma abordagem pode ser aplicada ao profissional
Pessoa Jurídica
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• A PME contrata serviços externos de SST constituído por
equipe multidisciplinar.
• O serviço externo atende todas as necessidades de SST,
incluindo aspectos trabalhistas e previdenciários.
• A equipe contratada presta executa apenas serviços técnicos
especializados e
formaliza o gerenciamento de riscos ocupacionais
(documentação).
• A tomada de decisão e implementação das ações não
especializadas é responsabilidade da contratante, a equipe
externa apenas assessora.
Princípios adotados
• Abordagem integrada de todos os riscos e aspectos de SST.
• Avaliação gradual dos riscos, com adoção de medidas
preventivas sempre que as informações disponíveis
permitirem.
• Participação dos trabalhadores no processo.
• Processo de melhoria contínua.
• Comprometimento do empregador ou responsável pela
PME.
• Documentação simplificada.
Documentação básica
• Nível estratégico: “manual do PGR” (não exigido legalmente,
função didática)
• Nível operacional: Procedimentos (para atividades críticas)
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• Nível tático: Plano de Ação (e outros subprogramas, quando
necessário)
• Registros: Inventário de Riscos Ocupacionais, relatórios
técnicos e registros de inspeções.
Pressupostos do modelo
• O serviço externo especializado em SST deve dispor,
antecipadamente, de:
• Modelo de PGR que pode ser customizado para cada tipo de
empresa.
• Proposta de critérios e procedimentos para conduzir o
processo de avaliação de
riscos (com aprovação da contratante).
• Modelos de Inventário Geral de Riscos e Plano de Ação, com
possibilidade de adaptação ao contexto da contratante.
• Listas de verificação por classe de perigos ou fatores de risco,
etc.
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Identificação de perigos e análise e riscos
• Identificar perigos (enquanto fonte de risco)
• Indicar o evento perigosos (incidente), exposição a agentes
nocivos ou exigências da atividade
• Indicar as lesões e agravos à saúde (mais críticas)
• Listar causas ou fatores determinantes do evento, exposição
ou exigência da atividade (fontes e circunstâncias).
• Indicar os trabalhadores expostos e condições de exposição.
• Listar as medidas de controle existentes / analisar eficácia.
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BS 8800 (1996): Anexo D – Avaliação de
Riscos
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Critérios para estimar a severidade ou
gravidade da consequência
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Gradação da Probabilidade (ou chance de ocorrer)
• Escala (nominal, ordinal, intervalo etc.) baseada em dados
• Quantitativos (cálculos probabilísticos ou medições)
• Semiquantitativos (Observações + estimativas, modelagem)
• Qualitativos (baseado em observações)
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Classificação dos riscos e ações necessárias
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Etapas para o processo de avaliação de
riscos
I. Preparação
II. Caracterização do estabelecimento e definição de unidades
de trabalho
III. Verificação da conformidade legal e levantamento
preliminar de perigos
IV. Processo de avaliação de riscos por unidade de trabalho
V. Redação e revisão do Inventário de Riscos Ocupacionais
VI. Comunicação para as partes interessadas
VII. Planejamento do processo de avaliação
VIII. Critérios de risco e procedimentos:
• Estimar a probabilidade (P)
• Estimar a severidade (S)
• Definir nível de risco (R)
• Classes de riscos e priorização de ações
• Ferramentas para identificar perigos e avaliar riscos
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Levantamento ou análise preliminar de
riscos
NR 01 estabelece
• 1.5.7.1 O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes
documentos:
• a) inventário de riscos; e
• b) b) plano de ação.
• 1.5.7.2 Os documentos integrantes do PGR devem ser
elaborados sob a responsabilidade da organização,
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respeitado o disposto nas demais Normas
Regulamentadoras, datados e assinados.
• 1.5.7.2.1 Os documentos integrantes do PGR devem estar
sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e à Inspeção do Trabalho.
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• Indica a necessidade/prioridade de adoção de medidas
preventivas; e comunica riscos para diferentes partes
interessadas.
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Sistematização dos dados disponíveis para a unidade (histórico
resumido)
• Avaliações da exposição a agentes ambientais
• Estatísticas e investigações de acidentes e doenças
ocupacionais
• Análises ergonômicas (síntese das conclusões)
• Relatórios analíticos do PCMSO
• Percepção de riscos dos trabalhadores
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• Incerta (1) – ex. há dúvidas quanto à estimativa da
probabilidade: é necessário aprofundar as avaliações
• Altamente incerta (2) – ex. há dúvidas sobre quais são a
possíveis consequências e respectivas probabilidades: é
necessário aprofundar as avaliações
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• III. os resultados dos exames médicos e de exames
complementares de diagnóstico aos quais os próprios
trabalhadores forem submetidos; e
• IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos
locais de trabalho.
• c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no
trabalho, dando ciência aos trabalhadores;
• d) permitir que representantes dos trabalhadores
acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
• e) determinar procedimentos que devem ser adotados em
caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho,
incluindo a análise de suas causas;
• f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações
relativas à segurança e saúde no trabalho; e
• g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os
trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de
prioridade:
• I. eliminação dos fatores de risco;
• II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção
de medidas de proteção coletiva;
• III. minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas administrativas ou de organização do
trabalho; e
• IV. adoção de medidas de proteção individual.
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Hierarquia das medidas de controle
1. PERIGO
2. RISCO
3. ELIMINAR O PERIGO OU O RISCO
4. SUBSTITUIR O PERIGO OU O RISCO
5. SOLUÇÃO DE ENGENHARIA PARA O PROBLEMA
6. INTRODUZIR CONTROLES ADMINISTRATIVOS
7. FORNECER EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Processo de controle
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Controles de engenharia / medidas coletivas
Requerem mudanças físicas nos locais de trabalho
• Exigem manutenção (preventiva, corretiva)
• Acompanhamento
• Inspeções (com base em listas de verificação)
• Monitoração de parâmetros técnicos, de emissões,
exposições etc.
• Avaliação de resultados
• % de conformidade, parâmetro/valor de referência
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Equipamentos de proteção individual
Requerem que os trabalhadores usem alguma coisa
• EPI de uso continuado e EPI para tarefas específicas
Acompanhamento
• Inspeções (observação do uso, manutenção e higiene etc.)
Avaliação de resultados
• % de conformidade com o padrão
• Ensaios específicos (ex. proteção respiratória)
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• Consultar e comunicar os trabalhadores sobre riscos
existentes (100% trabalhadores consultados e informados)
• Comunicar riscos para contratantes e contratadas (100%
informadas).
• Manter competências para o gerenciamento de riscos
ocupacionais (100% trabalhadores capacitados)
Referências
• Norma Regulamentadora Nº 01 – Disposições gerais e
Gerenciamento de riscos ocupacionais – Portaria SEPRT nº
6.730, de 9 de março de 2020
• Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional –
ABNT NBR ISO 45001:2018
• Sistemas de Gestão de Riscos - ABNT NBR ISO 31000:2009
• Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Industrial – BS
8800:1996
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