450 2638 1 PB
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Bruno Miguel Pereira Fortes – Centro de Respostas Integradas do Norte Alentejano – Equipa de
Tratamento de Portalegre, Administração Regional de Saúde do Alentejo, IP, Portalegre, Portugal.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4572-2694
Maria Leonor Malheiro – USF Lusitânia, ARS Alentejo, IP. Évora, Portugal.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2018-7960
DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2021.7(3).450.357-374
©Autor(es) (ou seu(s) empregador(es)) e RIASE 2020. Reutilização permitida de acordo com CC BY-NC. Nenhuma reutilização comercial.
©Author(s) (or their employer(s)) and RIASE 2020. Re-use permitted under CC BY-NC. No commercial re-use.
Resumo
Introdução: A sintomatologia depressiva e ansiosa ganha destaque devido à sua preva-
lência e ao enorme potencial para afetar a capacidade funcional da pessoa. Dessa forma
apresentam um impacto socioeconómico considerável. A abordagem terapêutica farmaco-
lógica tem sido a resposta tradicional de primeira linha, embora outras opções sejam acon-
selhadas. De entre as opções, a intervenção psicoeducacional tem vindo a ganhar desta-
que e importa que os profissionais de saúde entendam o seu potencial de eficácia para uma
resposta adequada à pessoa que experiencia sintomatologia depressiva e ansiosa.
Objetivo: Identificar e resumir a evidência sobre a eficácia da psicoeducação na pessoa com
sintomatologia depressiva e ansiosa.
Métodos: Realizada uma revisão integrativa com base em estudos recolhidos nos motores
de busca EBSCO, LILACS e PubMed, com data de publicação de 2014-2019.
Resultados: Da pesquisa resultaram seis artigos com abordagem quantitativa. A interven-
ção psicoeducacional permite economizar tempo, proporciona um incremento do conhe-
cimento e uma atenuação da sintomatologia depressiva a curto e longo prazo. No que diz
respeito à eficácia da intervenção psicoeducacional na pessoa com sintomatologia ansio-
sa os resultados são mais modestos.
Conclusão: Os profissionais devem ter em conta que a vivência da sintomatologia depres-
siva e ansiosa por parte da pessoa pode ser evitada, gerida e tratada e que a intervenção
psicoeducativa é uma intervenção terapêutica aconselhada.
Palavras-chave: Ansiedade; Depressão; Educação do Paciente; Enfermagem Psiquiátrica;
Psicoeducação.
ABSTRACT
Introduction: Depressive and anxious symptomatology gains prominence because of its
prevalence and enormous potential to affect a person's functional capacity. Thus, they
have a considerable socio-economic impact. The pharmacological therapeutic approach
has been the traditional first-line response, although other options are recommended.
Among these options, psychoeducational intervention has been gaining prominence and
it is important that health professionals understand its potential efficacy for an adequa-
te response to the person experiencing depressive and anxious symptoms.
Objective: To identify and to summarize the evidence on the efficacy of psychoeducation
in people with depressive and anxious symptoms.
RESUMEN
Introducción: Los síntomas depresivos y ansiosos se destacan debido a su prevalencia y al
enorme potencial para afectar la capacidad funcional de la persona. De esta forma, repre-
sentan una considerable carga socioeconómica. El enfoque terapéutico farmacológico ha
sido la respuesta tradicional de primera línea, aunque se recomiendan otras opciones.
Entre las opciones, la intervención psicoeducativa ha ido ganando protagonismo y es im-
portante que los profesionales de la salud entiendan su potencial de eficacia para una res-
puesta adecuada a la persona que experimenta síntomas depresivos y ansiosos.
Objetivo: Identificar y resumir la evidencia sobre la eficacia de la psicoeducación en per-
sonas con síntomas depresivos y ansiosos.
Métodos: Se hizo una revisión integrativa de los estudios seleccionados en los motores
de búsqueda EBSCO, LILACS y PubMed, con fechas de publicación de 2014-2019.
Resultados: La investigación dio lugar a seis artículos con un enfoque cuantitativo. La
intervención psicoeducativa ahorra tiempo, aumenta los conocimientos y atenúa los sín-
tomas depresivos a corto y largo plazo. En cuanto a la eficacia de la intervención psico-
educativa en personas con síntomas de ansiedad, los resultados son más modestos.
Conclusión: Los profesionales deben tener en cuenta que la experiencia de los síntomas
depresivos y ansiosos puede ser evitada, manejada y tratada y que la intervención psico-
educativa es una intervención terapéutica aconsejable.
Descriptores: Ansiedad; Depresión; Educación del Paciente; Enfermería Psiquiátrica; Psi-
coeducación.
INTRODUÇÃO
O conceito de psicoeducação surge em 1911 num artigo publicado por Jonh E. Donley; no
entanto, só se desenvolveu e popularizou mais tarde, com o contributo de C.M. Anderson
que em 1980 estabeleceu esta intervenção como abordagem terapêutica adjuvante no tra-
tamento da esquizofrenia(1). Desde então, o campo da psicoeducação alargou-se e tem sido
utilizada como intervenção em diferentes contextos da saúde, como o tratamento de doen-
ças cardiovasculares, doença oncológica, dirigida a familiares/cuidadores de doentes com
processos demenciais e, no tratamento e gestão da doença mental (2) . Nesta área, mantém-
-se a importância da psicoeducação na abordagem da esquizofrenia, do tratamento dos
comportamentos aditivos, do transtorno de stresse pós-traumático, gestão do stresse e
perturbações depressivas e de ansiedade (2) .
No vasto campo da saúde, a doença mental e como consequência, as pessoas que a expe-
rienciam, têm sido estigmatizadas, excluídas e negligenciadas ao longo dos tempos (5) . É
sabido que este tipo de doença tem um enorme peso nas sociedades atuais, sendo que a
depressão e a ansiedade ganham destaque, pela prevalência e pelo enorme fardo socio-
económico que representam(5,6) . Em Portugal, os dados revelam que as perturbações da
ansiedade no seu todo, têm uma prevalência anual de 16,5%, seguidas das perturbações do
humor com 7,9%, onde cabe a depressão, sendo estes valores muito acima da realidade da
maioria dos outros países europeus (5). O mesmo autor aponta a enorme carga e custos eco-
nómicos, diretos e indiretos, que as perturbações mentais acarretam, sendo previsível, e
de acordo com as projeções para 2030, que as perturbações depressivas e de ansiedade se
situem entre as principais causas de incapacidade (4,7) .
Embora o tratamento farmacológico seja ainda a opção de primeira linha, com o conse-
quente consumo elevado de antidepressivos e ansiolíticos que se verifica de uma forma
geral, e em Portugal de forma particular (5) , as normas emanadas pelo NICE (The National
Institute for Health and Care Excellence), num modelo stepped care, advogam que a inter-
venção deve iniciar-se pela avaliação, suporte e psicoeducação (10,11) . Este modelo de cui-
dados fornece uma estrutura orientadora que organiza e indica o tipo de intervenção mais
eficaz, escalonada em quatro steps, indicando o foco da intervenção e a natureza da inter-
venção, sendo que a intervenção menos invasiva e mais eficaz é fornecida primeiro (11) .
METODOLOGIA
Procedeu-se a uma revisão integrativa de acordo com os postulados da pesquisa baseada
na evidência. A revisão integrativa da literatura permite sintetizar resultados de forma
ampla, sistemática e ordenada, fornecendo informações mais abrangentes que permitem
uma melhor compreensão do tema (13) . Durante a pesquisa formulou-se uma pergunta de
partida: Qual a evidência produzida sobre a intervenção psicoeducativa na pessoa adulta com
sintomatologia depressiva e ansiosa? A pergunta de investigação foi construída de acordo
com a metodologia PICo (Patient, Interest area e Context), e procura responder ao objetivo
de identificar e resumir a evidência da eficácia da intervenção psicoeducativa na popula-
ção em estudo.
Após a formulação da pergunta foram definidos critérios de inclusão para a seleção dos
estudos a serem analisados:
A pesquisa foi realizada pelo primeiro e segundo autor, através do motor de busca EBSCO
(via sítio da Ordem dos Enfermeiros), com seleção das bases de dados CINAHL Complete,
Medline Complete e MedicLatina e ainda através dos motores de pesquisa LILACS e
PubMed, utilizando descritores identificados na plataforma “Descritores em Ciências da
Saúde” (14) . A escolha dos descritores esteve ligada à pergunta de investigação e resultou
em: “perturbações de ansiedade” (anxiety disorders), “depressão” (depression), “transtornos
mentais” (mental disorders), “enfermagem psiquiátrica” (psychiatric nursing) e “educação do
paciente” (patient education). Apesar de não constar como descritor na plataforma acima
referida, utilizou-se ainda o termo “psicoeducação” (psychoeducation). Em relação às com-
binações e operadores booleanos, optou-se por pesquisar: psychoeducation AND anxiety
disorders; psychoeducation AND depression; psychoeducation AND mental disorders OR
depression OR anxiety disorders; patient education AND psychiatric nursing.
Na primeira fase analisaram-se os títulos dos artigos encontrados para identificar os que
respondiam aos objetivos desta revisão integrativa, tendo-se procedido à exclusão dos
duplicados. Deu-se seguimento à leitura dos resumos de forma a permitir a inclusão/exclu-
são dos artigos de acordo com os critérios definidos. Em seguida procedeu-se à leitura
integral dos escolhidos, continuaram a aplicar-se os critérios de exclusão, o que resultou
na inclusão final de 6 artigos. Este processo encontra-se representado na Figura 1 ↗ .
RESULTADOS
Os seis artigos que resultaram da pesquisa são de âmbito quantitativo, distribuídos da
seguinte forma: uma revisão sistemática, três estudos randomizados controlados e dois
estudos quasi-experimental sem grupo de controlo. Avaliou-se a qualidade metodológi-
ca, o nível de evidência e o grau de recomendação destes estudos através do método do
Joanna Briggs Institute (JBI) para estudos quantitativos (16) . O método JBI têm como base
o modelo de saúde baseado na evidência, utiliza uma metodologia rigorosa e transparen-
te para a pesquisa, para a análise e para a avaliação sistemática dos resultados encontra-
dos, possibilitando aos profissionais gerar evidência que permita entender a viabilidade,
adequação, pertinência e eficácia das práticas em saúde (16) .
Importa destacar que quatro dos artigos são de nível de evidência um e dois artigos de
nível de evidência dois. Em relação ao grau de recomendação, três dos estudos foram con-
siderados de Grau A (Forte) e os outros três de Grau B (Fraco).
Dos artigos que integram a presente revisão, três foram realizados na Europa (Espanha,
Dinamarca e Suécia) e os outros três na Ásia (dois em Singapura e um em Hong Kong).
xamento e do conhecimento sobre a gestão do stresse (17), não sendo totalmente claro qual
o contributo de cada fração do programa para os resultados encontrados. No estudo que
compara o efeito do MBCT, a intervenção psicoeducacional e os cuidados padrão, o impac-
to na sintomatologia depressiva aparece como outcome secundário (20) . Os resultados de-
monstram que a psicoeducação tem efeitos superiores na redução da sintomatologia de-
pressiva e maior aceitabilidade por parte dos utentes, quando comparada com o MBCT(20).
Shah et al, na sua revisão, cujos resultados apontam para que a intervenção psicoeduca-
cional resulte num incremento do conhecimento, concluem que em relação à ansiedade
os achados são inconclusivos, incluindo o efeito da prática de relaxamento (17) . No entan-
to, Klainin-yobas et al, no estudo de viabilidade de um programa de gestão de stresse, que
inclui a intervenção psicoeducacional e prática de relaxamento, mostram que há uma re-
dução do stresse objetivo e do stresse subjetivo, bem como melhoria da saúde psicológica
incluindo da sintomatologia ansiosa(19) .
Referimos como limitações do estudo o facto da pesquisa nas bases de dados ter sido fei-
ta apenas por dois dos autores, o mesmo acontecendo com a leitura integral dos artigos
incluídos, o que por vezes levou à ausência de consenso. Salientamos ainda o facto dos
instrumentos de medida dos resultados se basearem principalmente no autorrelato (gran-
de subjetividade) e as enormes diferenças entre os programas implementados.
CONCLUSÃO
A experiência de sintomatologia depressiva e ansiosa tem uma prevalência significativa
na população, um enorme potencial para afetar a capacidade funcional das pessoas e repre-
senta um fardo socioeconómico considerável. Deve, portanto, merecer um olhar atento
por parte dos profissionais de saúde e estes, devem orientar a sua prática baseada na evi-
dência. Nesse sentido, procurou-se rever criticamente e resumir a evidência sobre a efi-
cácia da psicoeducação na pessoa com sintomatologia depressiva e ansiosa.
Assim, somos de parecer que a pesquisa futura deve continuar na busca de mais evidência
da eficácia de programas psicoeducacionais, tendo em conta os seus conteúdos específi-
cos, o tempo de duração do programa e a metodologia de avaliação. Sugerimos ainda que
a pesquisa futura seja realizada sempre por número ímpar de investigadores.
Responsabilidades Éticas
Conflitos de Interesse: Os autores declaram a inexistência de conflitos de interesse na realização do presente tra-
balho.
Fontes de Financiamento: Não existiram fontes externas de financiamento para a realização deste artigo.
Confidencialidade dos Dados: Os autores declaram ter seguido os protocolos da sua instituição acerca da publi-
cação dos dados de doentes.
Proteção de Pessoas e Animais: Os autores declaram que os procedimentos seguidos estavam de acordo com os
regulamentos estabelecidos pelos responsáveis da Comissão de Investigação Clínica e Ética e de acordo com a
Declaração de Helsínquia de 2013 da Associação Médica Mundial.
Proveniência e Revisão por Pares: Não comissionado; revisão externa por pares.
Ethical Disclosures
Conflicts of Interest: The authors have no conflicts of interest to declare.
Financing Support: This work has not received any contribution, grant or scholarship
Confidentiality of Data: The authors declare that they have followed the protocols of their work center on the
publication of data from patients.
Protection of Human and Animal Subjects: The authors declare that the procedures were followed according to
the regulations established by the Clinical Research and Ethics Committee and to the 2013 Helsinki Declaration
of the World Medical Association.
Provenance and Peer Review: Not commissioned; externally peer reviewed.
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Estudos incluídos
na síntese
(n=6)
Analisar os efeitos iniciais e Estudo quasi-experimental, 55 utentes (dos 20 aos 60 Estudar a viabilidade de um programa de
Klainin-Yobas P, determinar a dimensão dos efeitos sem grupo de controlo. anos; idade média 31,4 anos). gestão do stresse, composto por 2
et al, (2016) (19) do programa em pessoas com 2.d componentes (Psicoeducação e Prática de
vários transtornos mentais. B Relaxamento).
Resultados/ – Os resultados fornecem evidências preliminares que suportam os efeitos positivos do programa.
Conclusões – Os achados mostram que a intervenção (associada aos cuidados padrão) reduziu o stresse objetivo e o stresse subjetivo, e melhorou a perceção da saúde
psicológica em utentes com diversos transtornos mentais, incluindo esquizofrenia, depressão, ansiedade e transtorno bipolar.
– O programa não teve efeito positivo sobre a perceção de saúde física dos participantes.
182 utentes, divididos
em 3 grupos:
(1) n= 61 – programa de
Comparar alterações nos níveis Estudo randomizado mindfulness Baseado em Comparar o efeito do MBCT,
Wong et al, de ansiedade e preocupação, controlado. terapia cognitiva (MBTC); da psicoeducação e dos cuidados habituais,
(2016) (20) em utentes com transtorno 1.c (2) n= 61 – alocados a nos níveis de ansiedade e preocupação.
de ansiedade generalizada (TAG). A programa de psicoeducação;
(3) n= 60 – alocados aos
cuidados habituais
(Grupo de Controlo).
Resultados/ – Os resultados mostram que o MBTC e a psicoeducação apresentam melhores resultados do que os cuidados habituais na redução da ansiedade entre
Conclusões as pessoas com TAG.
– Os achados demonstram que a psicoeducação tem maior efeito na redução dos sintomas de preocupação do que os cuidados habituais, no período
de 5 meses após a avaliação inicial.
– Não houve diferença estatisticamente significativa nos outcomes primários (ansiedade e preocupação) entre os grupos de psicoeducação e MBTC.
– A psicoeducação tem efeitos superiores na redução dos sintomas depressivos e na melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde mental.
– A psicoeducação parece ter maior aceitabilidade.