Alter Nador
Alter Nador
Inteligentes
No
passado,
era
mais
comum
encontrar
um
carro
quebrado
com
avarias
no
alternador,
hoje
esse
problema
se
tornou
menos
frequente.
Isso
acontece
porque
o
componente,
assim
como
o
veículo
como
um
todo,
evoluiu
e
ganhou
novas
características,
sendo
que
a
principal
delas
é
a
durabilidade,
ou
seja,
quebra
menos,
pois
sua
vida
útil
aumentou.
Sua
função,
no
entanto,
continua
a
mesma.
"O
alternador
é
a
fonte
geradora
de
energia
para
todo
o
sistema
elétrico
do
veículo,
responsável
por
fornecer
a
energia
elétrica
necessária
para
abastecer
os
consumidores
elétricos
do
veículo,
inclusive
recarregar
a
bateria,
sempre
com
o
motor
em
funcionamento",
explica
Daniel
Lovizaro,
chefe
de
assistência
técnica
da
Bosch.
Ele
continua:
"os
alternadores
passaram
a
ser
cada
vez
menores,
mais
eficientes
e
com
maior
capacidade
de
geração
de
energia.
Além
disso,
ganhou
um
sistema
de
regulagem
de
energia
inteligente,
chamado
L.I.N.
(Local
Intercoonect
Network),
que
conversa
com
a
módulo
de
gerenciamento
eletrônico
do
veículo,
troca
informações".
Outro
ponto
que
evoluiu
foi
a
questão
da
durabilidade,
o
que
permite
manutenções
mais
espaçadas,
ou
seja,
a
necessidades
de
reparação
ficou
menor.
Daniel
esclarece
que
a
vida
útil
do
componente
depende
das
condições
de
uso
do
veículo
e
do
nível
de
manutenção
preventiva
que
é
aplicado
no
veículo
em
geral.
Por
exemplo,
fazer
a
verificação
periódica
no
sistema
de
bateria,
de
acordo
com
o
manual,
para
checar
o
fornecimento
de
energia
e
o
balanço
elétrico
do
veículo,
entre
outros
procedimentos,
ajuda
a
preservar
as
boas
condições
de
um
alternador.
Mais
consumidores
exigem
mais
potência
O
alternador
sai
de
fabrica
desenvolvido
e
preparado
para
as
condições
específicas
do
veículo
o
qual
equipa,
com
uma
tolerância
para
novos
consumidores,
como
alarme
e
som,
sem
exageros.
Uma
vez
que
o
proprietário
quer
fazer
aplicações
de
sistemas
elétricos
de
novos
consumidores
que
excedem
o
que
está
preparado,
é
necessário
que
se
execute
alterações
no
sistema
elétrico
do
veículo,
ente
elas
aumentar
a
capacidade
de
carga
do
alternador.
Segundo
Daniel,
isso
é
muito
comum
de
acontecer
quando
se
deseja
a
introdução
de
um
ar
condicionado
que
não
vem
de
fábrica,
por
exemplo,
ou
de
um
sistema
de
som
mais
potente.
Se
não
trocar
o
alternador
e
a
bateria
por
produtos
mais
potentes,
eles
serão
danificados.
"É
por
isso
que
todas
as
adaptações
são
por
conta
e
risco
do
executor,
os
fabricantes
não
recomendam
esse
tipo
de
alteração",
alerta.
Evolução
dos
produtos
Hoje
em
dia,
é
utilizado
um
alternador
de
ultima
geração,
do
tipo
NBL
(New
Base
Line).
Isso
começou
a
partir
de
2008,
com
o
lançamento
da
quinta
geração
do
Volkswagen
Gol.
"No
próprio
produto,
estão
descritas
as
especificações,
por
exemplo,
esse
que
nós
vamos
trabalhar
é
um
alternador
de
90A
14V",
mostra
.
Ele
explica
que
o
técnico
deve
ficar
de
olho
na
aplicação,
principalmente,
por
conta
da
base
de
fixação
e
do
tipo
de
polia.
"Sempre
siga
a
identificação
por
Part
Number
(código
do
prouto)",
finaliza.
Esse
alternador
tem
como
característica
a
troca
de
informações
com
a
central
do
veículo,
a
tecnologia
L.I.N.,
realizada
pelo
regulador.
Entre
seus
benefícios,
é
destacada
a
economia
no
consumo
de
combustível,
pois
consegue
reduzir
a
carga
de
acordo
com
a
necessidade
do
veículo,
evitando
picos
de
energia.
"Essa
tecnologia
reconhece
que
você
ligou
um
acessório
e
vai
ajustando
a
energia
gradativamente,
sem
picos,
até
o
momento
em
que
gera
a
carga
máxima,
consumindo
menos
torque
do
motor
pela
polia
e,
consequentemente,
menos
combustível",
avalia.
Através
de
sua
ligação
na
Unidade
de
Comando
do
Sistema
de
gerenciamento
eletrônico
do
motor,
o
alternador
recebe
as
informações
sobre
o
consumo
de
carga
do
veículo
e,
assim
é
capaz
de
fazer
o
ajuste
necessáriono
fornecimento
de
energia.
Uma
vez
que
determina
quanto
tem
que
fornecer,
manda
a
energia
através
dos
conectores
elétricos,
B-‐
e
B
.
O
alternador
sempre
se
comportou
apenas
como
um
gerador
de
energia
que
pouco
interferia
no
funcionamento
do
motor,
com
a
evolução
da
eletrônica
e
a
crescente
necessidade
de
energia
elétrica
dos
veículos,
as
montadoras
aumentaram
a
capacidade
de
carga
dos
alternadores,
mas
isso
como
sabemos,
diminui
o
rendimento
do
veículo,
por
isso
os
alternadores
precisam
se
tornar
mais
inteligentes.
Exemplo
a
seguir
é
o
do
FORD
FOCUS
que
tem
uma
estratégia
simples,
mas
que
precisa
de
alguns
cuidados.
1º
Passo:
Entender
o
esquema
elétrico.
Na
saída
do
regulador
o
plug
tem
três
(03)
pinos:
LI
(load
indicator)
C
(Central)
S
(Sensor
de
bateria).
LI
e
C
–
Vão
ligados
diretamente
a
Central
de
Injeção.
S
–
É
ligado
ao
positivo
da
bateria
(30)
protegido
por
fusível.
2º
Passo:
Entender
a
estratégia.
A
Central
de
injeção
regula
a
tensão
do
regulador
a
todo
instante
através
dos
fios
C
e
LI
então
sempre
que
a
Central
perceber
maior
necessidade
de
carga
ela
altera
o
nível
de
tensão
do
alternador,
da
mesma
forma
se
precisar
diminuir
a
tensão
em
determinadas
fases
de
operação
do
motor,
como
em
marcha
lenta,
onde
o
alternador
não
trabalhará
em
seu
limite
que
é
de
14.5v
e
a
Central
comanda
o
regulador
para
que
carregue
cerca
de
13v,
com
esta
tensão
não
falta
energia
para
o
sistema,
mas
o
peso
do
alternador
cai
para
menos
da
metade,
mais
leve
a
Central
diminui
a
quantidade
de
combustível
injetada
no
motor,
com
isso
diminui-‐se
o
consumo
instantâneo
de
combustível
e
também
as
emissões
de
poluentes.
Interessante
também
é
a
estratégia
de
funcionamento
da
lâmpada
do
painel,
pois
como
percebemos,
este
alternador,(PM18095)
não
possui
nenhuma
saída
(L),
ou
seja
não
existe
nenhum
fio
que
saia
do
alternador
e
vá
até
o
painel
de
instrumentos.
Isto
ocorre
porque
a
lâmpada
é
comandada
pela
Central
de
Injeção
que
calcula
a
necessidade
de
acender
ou
apagar
a
lâmpada
baseada
nas
informações
que
recebe
do
alternador,
por
(LI)
e
(C).
3º
Passo:
Testes.
Os
testes
em
bancada
deste
alternador
segue
os
padrões
normais
que
já
utilizamos
nos
modelos
convencionais,
com
a
diferença
que
não
utilizamos
testes
de
lâmpada
do
painel,
ou
seja,
somente
as
alimentações
de
B+
e
B-‐.
4º
Passo:
Cuidados.
Jamais
utilizar
(Jumpers)
ou
alimentar
as
saídas
do
regulador.
Jamais
(aterrar)
ou
utilizar
(lâmpadas
de
teste)
no
chicote
do
alternador
do
veículo,
sob
risco
de
queima
da
Central
de
Injeção
eletrônica.
Antes
da
retirada
para
manutenção
do
alternador,
verificar
a
alimentação
do
terminal
(S)
do
regulador,
pois
esta
alimentação
é
protegida
por
um
fusível
de
2
amperes
e
sua
queima
faz
com
que
o
alternador
pare
de
carregar.
Outros
Veículos
como
por
exemplo
o
Chevrolet
Cruze
ou
Captiva,
utilizam
a
mesma
estretégia
de
funcionamento
como
vimos
no
exemplo
acima
do
Ford
Focus,
porem
ao
invés
de
utilizarem
um
regulador
de
voltagem
que
indica
a
carga
para
a
Central
utilizam
um
sensor
no
polo
positivo
da
bateria
para
tal
informação
conforme
figuras
abaixo:
Cuidado
com
os
sensores
de
bateria,
pois
tem
body
computers
que
trabalham
com
5
Volts
e
outras
com
10
Volts
mesmo
em
veículos
da
mesma
marca.
TESTE
DO
SISTEMA
DE
CARGA
-‐
ALTERNADOR
Nos
veículos
modernos,
com
alto
nível
de
eletrônica
embarcada,
a
qualidade
do
fornecimento
de
energia
elétrica
é
fundamental
para
o
bom
funcionamento
dos
sistemas.
O
principal
teste
para
o
alternador
é
medir
a
tensão
na
bateria
durante
o
funcionamento
do
motor.
Esse
teste
deve
ser
feito
com
carga
e
a
vazio,
em
vários
regimes
de
rotação
do
motor.
Para
testar
o
alternador
a
vazio,
desligue
todos
os
consumidores
elétricos
e
acelere
e
desacelere
o
motor
algumas
vezes.
O
teste
com
carga
também
deve
ser
feito
acelerando
e
desacelerando
o
motor
várias
vezes,
mas
agora
com
os
consumidores
elétricos
ligados.
A
tensão
admissível,
para
ambos
os
testes,
é
de
13,5V
a
14,5V.
No
teste
com
carga,
é
admissível
que
a
tensão
chegue
aos
13V
em
condição
de
marcha
lenta.
Nos
veículos
equipados
com
o
Body
Computer
(BC),
quem
faz
a
leitura
do
sinal
D+
do
alternador
é
o
próprio
BC
que,
por
meio
da
rede
CAN,
informa
a
condição
de
funcionamento
ao
quadro
de
instrumentos
para
que
ele
controle
o
acendimento
da
luz-‐piloto
de
recarga.
Com
o
motor
parado
e
a
ignição
ligada,
a
tensão
na
linha
D+
é
de
aproximadamente
3V
em
relação
ao
ponto
de
massa.
Nessa
condição,
o
BC
comanda,
via
rede
CAN,
que
a
luz-‐piloto
se
acenda.
Com
o
motor
em
funcionamento,
a
tensão
no
terminal
D+
é
elevada
para
aproximadamente
14V,
indicando
que
o
alternador
está
gerando
energia.
O
BC
comanda
então,
via
rede
CAN,
que
a
luz-‐piloto
se
apague.
Veja
que
não
haverá
continuidade
entre
o
alternador
e
o
quadro
de
instrumentos,
mas
sim
entre
o
alternador
e
o
BC.
A
melhor
maneira
para
monitorar
a
linha
D+
é
medir
a
sua
tensão
nas
condições
citadas
acima
ou
por
meio
de
aparelho
rastreador.
Outro
teste
importante
para
o
alternador
é
monitorar
tanto
a
tensão
do
polo
positivo
da
bateria
em
relação
ao
ponto
de
massa
quanto
do
próprio
terminal
B+
do
alternador
em
relação
ao
ponto
de
massa.
Se
houver
diferença
maior
que
0,5V
entre
os
valores
medidos
na
condição
de
carga
(motor
funcionando
e
consumidores
ligados,
como
faróis,
ar-‐condicionado
etc.),
verifique
as
conexões
entre
o
alternador
e
bateria
e
se
o
cabo
não
apresenta
sinais
de
danos,
pois
a
queda
de
tensão
ao
longo
dele
está
grande.
Além
disto,
fique
muito
atento
à
corrente
de
stand-‐by
(corrente
consumida
em
repouso),
que
normalmente
não
deve
ultrapassar
25
mA.
Um
valor
prático
para
se
saber
a
corrente
de
stand-‐by
máxima
do
veículo
é
calcular
0,06%
da
capacidade
nominal
da
bateria.
Exemplo:
Um
carro
equipado
com
uma
bateria
de
60Ah
pode
ter,
no
máximo,
uma
corrente
de
stand-‐by
de
0,06x60/100
=
36
mA.
Lembre-‐se
de
que
esta
é
uma
regra
prática
e
que
a
especificação
do
fabricante
deve
ser
sempre
consultada.