Valor Probatorio Francis Perondi Folle Resumida
Valor Probatorio Francis Perondi Folle Resumida
Valor Probatorio Francis Perondi Folle Resumida
The motivation for this paper came in the middle of a civil case, when, in search for
agile and effective alternative means for seizure of evidence, other than exclusively
judicial, we found the ata notarial, and used it as a way to maintaining factual situation,
if the judicial injunction in anticipation of proposed evidence was not as fast as the action
of time on the evidence that was intended to produce.
In proposing the study of the probative value of the ata notarial in civil procedure,
first, we seek to familiarize ourselves with the institute under study, analyzing legislation
that authorizes it, the characteristics of professionals who prepare it, as well as how it is
done, studying its historical aspects, its object, shape, species and their effectiveness.
In the second chapter, the approach is performed with Brazilian´s system of
evidence, in order to verify its concept, its sources and means, its principles and
procedures, and how can we find the ata notarial within that system.
In the final chapter, we analyze, finally, how the instrument of ata notarial can be
used within the civil cases, seeking to understand what its probative value and its
usefulness for solving conflicts and to resolve the case.
Pondera Carlos Alberto de Salles que “as provas vivem um momento de transição
paradigmática, no qual conceitos e padrões secularmente estabelecidos são abandonados
e novos começam a ser formulados em sua substituição”1. Paralelamente, verifica-se a
busca por inovações capazes de acelerar o processo e desafogar o sistema, que fica ainda
mais nítida na iminência da promulgação de um novo Código de Processo Civil,
idealizado com o objetivo de tornar realidade a promessa constitucional de uma justiça
pronta, célere e eficaz2-3.
Aliando esse movimento de transição no campo probatório à busca por um processo
de razoável duração, a escolha do presente tema está fulcrada na importante contribuição
que a sua prática poderá conferir ao ideal de pacificação social com efetividade e
segurança jurídica4. É importante ressaltar que o instrumento cujo estudo é proposto, além
de ter eficácia probatória no campo endoprocessual, também pode desempenhar um papel
extraprocessual importante, tanto na formação probatória quanto na prevenção e
pacificação do conflito. Bem observa Cotrim Neto que:
1
Salles, Carlos Alberto de. Transição paradigmática na prova processual civil. In Assis, Araken de, et al.
(coord). Direito civil e processo: estudos em homenagem ao Professor Arruda Alvim. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007. p. 911.
2
Anteprojeto do Código de Processo Civil. Disponível em:
<http://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/anteprojeto.pdf> Acesso em 24 jun. 2013. Nas palavras
do Ministro Luiz Fux: “Esse o desafio da comissão: resgatar a crença no judiciário e tornar realidade a
promessa constitucional de uma justiça pronta e célere (...) O Brasil clama por um processo mais ágil, capaz
de dotar o país de um instrumento que possa enfrentar de forma célere, sensível e efetiva, as misérias e as
aberrações que passam pela Ponte da Justiça”.
3
Bedaque, ao tratar das tentativas na busca de soluções alternativas ao processo, sobretudo da mediação
prévia no processo civil, refere que a crise por que passa o sistema jurisdicional brasileiro é caracterizada
pelo excesso de processos e pela morosidade. In Novas tendências em matéria de fase preliminar. Relatório
de síntese. In Grinover, Ada Pellegrini e Calmon, Petrônio (org.). XIII Congresso Mundial de Direito
Processual: Direito Processual Comparado. Rio de Janeiro: Forense, 2008. p. 263.
4
Como bem refere Ricardo D’Acri: “Uma das alternativas utilizadas para desafogar o Poder Judiciário é o
de transferir procedimentos judiciais para administrativos. Novo exemplo é a Lei nº 11.441, de 4-1-2007,
que alterou os dispositivos da Lei nº 5.869, de 11-1-1973 – Código de Processo Civil -, possibilitando que
inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual possam ser realizados por via
administrativa. In Validade probatória da ata notarial. Disponível em:
<http://www.dacri.adv.br/artigos/validadeprobatoriaatanotarial.pdf>. Acesso em: 25 set 2013.
órgão de justiça em cada sítio. Em todos esses casos, a justa medida
reside exatamente na prevenção: previne-se a criminalidade; previne-
se a doença; previne-se o conflito bélico; previnem-se os pleitos
judiciais. (...).
O de que realmente mais necessitamos, hoje, é descongestionar o
organismo da justiça, para que ela seja eficiente. E o aperfeiçoamento
do notariado será, sem dúvida, um dos mais importantes elementos que
deverão se integrar no quadro das providências capazes de permitir o
aperfeiçoamento da própria justiça5.
Nos tribunais pátrios, a aceitação da ata notarial como instrumento para provar as
afirmações das partes acerca dos fatos cresce a cada dia, recebendo cada vez mais alta
carga valorativa, conforme se depreende das seguintes decisões, por amostragem: Agravo
de Instrumento nº 70024534737/TJRS; Apelação Cível nº 0571466-3/TJPR; Apelação
Cível nº 2009.001.65955/TJRJ; Apelação Cível nº 1.0024.06.264754-0/001/TJMG;
Agravo de Instrumento nº 562.156-4/5-00/TJSP. A doutrina, por seu turno, refere que,
embora a prova seja instituto de natureza processual, é perfeitamente possível sua
formação fora do processo6. Destarte, a delimitação do tema consiste na viabilidade e
alcance da utilização da ata notarial como prova no processo civil, mediante uma
abordagem à luz dos princípios notariais e processuais.
A Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, que disciplinou os serviços notariais,
em seu art. 7º, elencou como competência exclusiva dos tabeliães de notas a lavratura de
atas notariais. No entanto, apesar de inserir o instituto no direito positivo nacional, a Lei
silenciou quanto ao seu conteúdo, alcance e demais características7. Assim, nas palavras
do doutrinador pátrio: “de qualquer forma, trata-se de instrumento de grande utilidade
tanto para facilitar a produção de prova como para a preservação histórica do registro de
acontecimentos. (...) Urge, portanto, que essa figura seja mais bem estudada no direito
brasileiro”8.
Para um correto enfrentamento do tema proposto, no primeiro capítulo será
desenvolvida uma análise em relação aos aspectos que cercam o instituto da ata notarial.
Preliminarmente, será feita a análise dos pressupostos da atividade notarial, berço do
5
Cotrim Neto, Alberto Bittencourt. O aperfeiçoamento do notariado brasileiro – essencial para o
aperfeiçoamento da justiça. Revista de Informação Legislativa, v. 11, nº 44, p.143-152, out/dez de 1974.
Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/180858/000352750.pdf?sequence=1>. Acesso em 20
jul 2013.
6
Yarshell, Flávio Luiz. Antecipação da prova sem o requisito da urgência e direito autônomo à prova. São
Paulo: Malheiros Editores, 2009. p. 26.
7
Silva, Justino Adriano Farias da Silva. Evolução histórica da ata notarial.In Brandelli, Leonardo (coord.)
Ata notarial. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2004. p. 119.
8
Idem. Ibidem. p. 120.
instrumento. Esse estudo abarcará os princípios formadores da atividade notarial, sua
origem e forma de atuação. Feito isso, partiremos para o exame do conceito da ata
notarial, de seus aspectos históricos, seu objeto, suas possíveis classificações, forma e
eficácia.
Após, voltaremos nossos olhos ao sistema probatório pátrio e aos aspectos que
permeiam a chamada teoria geral da prova, enfatizando seu desenvolvimento no processo
civil. Dessa forma, serão buscados conceitos fundamentais do instituto, o que inclui a
verificação de sua natureza jurídica e da possibilidade de conhecimento da verdade fática.
Além desse, também serão examinados conceitos acerca de seu objeto e de suas fontes e
meios e serão estudados os meios específicos de prova, consistentes na prova
testemunhal, pericial, documental e na inspeção judicial, que se mostram fundamentais
para a análise do objeto do trabalho. No segundo capítulo, igualmente, serão verificados
os momentos do procedimento relativo à prova, observando-se as regras gerais relativas
ao procedimento probatório. Ao final do capítulo, buscaremos enquadrar a ata notarial
dentro do sistema probatório pátrio, através do confronto de suas características e
natureza.
Por fim, no terceiro e último capítulo, será enfrentada a questão principal do
presente trabalho. Buscando respostas, averiguar-se-á o valor probatório da ata notarial
no processo civil. Da mesma forma, será verificada a existência de enquadramento do
instrumento em análise no Projeto de Novo Código de Processo Civil e suas
consequências. Finalmente, analisaremos a necessidade de declaração de falsidade da
prova realizada através da ata notarial, bem como seu alcance como instrumento
probatório, através do estudo das formas de sua utilização.
SÍNTESE CONCLUSIVA
1. Apesar de ser uma função extremamente antiga, cuja origem remonta à civilização
egípcia, a função notarial manteve-se moderna, tendo evoluído junto com a sociedade,
adaptando-se às mudanças que os novos tempos foram trazendo.
8. Apesar de ter sido introduzida no direito positivo nacional após o advento da Lei nº
8.935/94, a ata notarial é tão antiga quanto a própria função notarial. Doutrinadores
apontam para o fato de que, no Brasil, a primeira ata notarial lavrada consistiu na carta
de Pero Vaz de Caminha, lavrada no ano de 1500. Em Portugal, a ata mais antiga de que
se tem notícia data de meados de 1342. Na Espanha, regulamento datado de 1862
contemplou a figura da ata notarial.
10. São espécies de atas notariais as atas de presença, autorizadas e realizadas em nosso
sistema jurídico; as atas de depósito, que não possuem fundamento jurídico no
ordenamento pátrio; as atas de protocolização, que no Brasil não é feita por colidir com a
competência do Registro de Títulos e Documentos, nos termos dos arts. 127 e 129 da
LRP; atas de notificação, também colidentes com as atribuições do RTD;atas de
notoriedade, realizadas para comprovação da notoriedade de um fato em determinado
círculo social, cuja aplicação seria viável em nosso sistema;atas de subsanação, que
serviria para sanar erro material ou omissão contida em instrumento público notarial; e,
por final, atas de referência, com a finalidade de receber informações oferecidas por
pessoas que atuam na qualidade de testemunhas, modalidade não autorizada pelas leis
nacionais.
11. As atas notariais são instrumento protocolares, ou seja, lavradas em livros de notas
próprios, com expedição de cópia ao requerente. Por não haver regulamentação expressa
acerca de seus requisitos, é adequado afirmar que devem ser observados em sua
realização, no que for cabível, os requisitos aplicáveis às escrituras públicas. Acerca de
sua eficácia, pode-se concluir que as atas não possuem aquela de natureza substantiva ou
executiva, presente nas escrituras públicas em decorrência da vinculação das partes, mas
possuem a eficácia probatória, também presente naquelas.
12. Em atenção ao princípio da inafastabilidade da jurisdição e à garantia do direito de
ação, qualquer indivíduo pode ter acesso aos mecanismos estatais de solução de
controvérsias através da simples afirmação de um direito. No entanto, a efetiva existência
de seu direito somente poderá ser verificada através da produção de provas que
demonstrem a forma de ocorrência dos fatos controvertidos. A prova consiste, portanto,
em componente essencial do direito de acesso à justiça. Assim, pela importância que o
instituto possui para o processo civil, o seu estudo e a busca por mecanismos aptos a
desenvolvê-la cada vez mais é fundamental para o aprimoramento do processo como um
todo. No entanto, para desvendar novas perspectivas sobre o instituto, é necessário
conhecer os elementos que o compõe.
13. No campo jurídico, a prova pode ser conceituada como o meio através do qual o
julgador toma conhecimento dos fatos que sustentam a pretensão das partes e forma o seu
convencimento. O vocábulo prova admite em si diversas acepções: ação das partes para
fornecer os meios afirmativos de suas alegações (procedimento); meio de prova
considerado em si mesmo; atividade lógica de conhecimento dos fatos; e, por fim,
resultado dos meios na apuração da verdade. Em sentido subjetivo, a prova consiste na
certeza dos fatos que se pretendem demonstrar. Em sentido objetivo, a prova corresponde
aos meios de demonstração admitidos para atingir tal convicção.
15. A prova é instituto de caráter dúplice, com repercussão tanto no campo do direito
material quanto naquele do direito processual. Em relação ao mecanismo de
convencimento do julgador, revela natureza eminentemente processual. Outrossim, como
exteriorização dos atos da vida, possui caráter material, com a regulamentação dos meios
de sua configuração competente à legislação material.
18. O objeto da prova é o convencimento do magistrado acerca de qual das partes deve
sagrar-se vencedora do conflito e se beneficiar com a proteção jurídica do Estado, ou seja,
a averiguação da verdade dos fatos afirmados pelas partes, traduzidos pelos fatos
relevantes e controvertidos em relação aos aspectos da demanda. Não consistem objeto
de prova o direito alegado e os fatos confessados ou não impugnados, exceto aqueles que
correspondam a direito indisponível ou a fatos impossíveis. Os fatos presumidos, seja
presunção legal (presunção legis) ou por criação humana, segundo as máximas de
experiência (presunção hominis), igualmente não necessitam ser provados, assim como
os fatos notórios, de conhecimento geral. Da mesma forma como ocorre com as
presunções, o sujeito contra o qual for reconhecido o fato notório pode provar sua
inexistência, oportunidade na qual a parte que defende sua existência também poderá
produzir provas.
19. Não há consenso na doutrina acerca da distinção entre fontes e meios de prova. No
entanto, a concepção mais aceita é de que fontes de prova são elementos externos ao
processo dos quais é possível extrair informações aptas a comprovar a veracidade de uma
alegação pertencendo, a priori, ao direito substancial. Os meios de prova são técnicas
utilizadas para a investigação dos fatos importantes para a causa, consistindo na
representação dos fatos em objetos ou em afirmações orais.
20. Os meios de prova podem ser classificados como orais, materiais ou documentais,
e, de forma típica, estão previstos no CPC e consistem no depoimento pessoal, na prova
testemunhal, na documental, na exibição de documento ou coisa, na prova pericial, na
inspeção judicial e na confissão. Ademais, também são admitidos por nosso sistema
jurídico meios de prova atípicos, ou inominados, realizados através de instrumentos
distintos daqueles elencados na lei.
21. O depoimento pessoal consiste no interrogatório das partes e pode ser determinado
pelo juiz, de ofício, ou requerido pela parte contrária. A confissão, que pode ser judicial
ou extrajudicial, ocorre quando a parte admite a veracidade de um fato contrário ao seu
interesse e favorável ao da parte adversa.
22. A prova testemunhal é o meio através do qual uma pessoa alheia à relação
processual fornece ao magistrado a sua versão de como ocorreram os fatos significantes
para o deslinde de uma causa. Perguntas de natureza subjetiva, ou pelas quais deve ser
emitido um juízo de valor, são proibidas. É ato oral, que deve ser espontâneo. Caso não
compareça quando intimada, a testemunha está sujeita à condução coercitiva. A
capacidade para ser testemunha é distinta da capacidade civil. As testemunhas possuem
diferentes tipos de classificação, que variam de acordo com o contato que tiveram com
os fatos probandos. Assim, podem ser testemunhas referenciais, de ouvida ou referidas.
A prova exclusivamente testemunhal não é admitida em contratos cujo valor seja superior
a dez vezes o salário mínimo nacional ao tempo de sua celebração. No entanto, nesses
casos, havendo início de prova material, a prova testemunhal servirá como forma
complementar das alegações que se pretende provar.
23. Na prova pericial, o perito, que também não possui interesse no litígio, tem a
incumbência de oferecer ao juiz esclarecimentos de caráter técnico ou científico, além do
alcance do homem médio, acerca da questão apresentada. Além da função de dirimir as
dúvidas do magistrado em relação a fatos complexos, a perícia também serve para
demonstrar às partes a verdadeira face dos acontecimentos, o que acaba desestimulando
o recurso contra a decisão judicial proferida. Diante da negativa da parte a se submeter à
prova pericial, opera presunção em favor da outra parte, de natureza relativa.
24. Na maioria dos casos, a forma através da qual o juiz conhece os fatos relativos à
demanda é indireta, ou seja, através de exposições orais ou escritas feitas por terceiros.
No entanto, nos casos que requeiram contato direto do magistrado com o bem ou
indivíduo, o ordenamento jurídico autoriza a realização de inspeção judicial, que consiste
em meio de prova subsidiário, através do qual o juiz, pessoalmente, examina o lugar, a
pessoa ou o bem objeto da demanda. Sua documentação é feita através do chamado auto
circunstanciado.
28. A valoração do documento deve ser feita em sua integralidade, não se admitindo a
cisão do mesmo para o aproveitamento somente do trecho que interesse à parte. Para que
o documento estrangeiro seja aceito e valorado no processo, deve acompanhar uma versão
traduzida por tradutor juramentado.
30. Em relação à sede de sua preparação, as provas podem ser classificadas em pré-
constituídas, ou seja, já existentes antes e fora do processo, e provas constituendas, a
serem formadas no curso do processo. Para a prática, no processo, dos atos relativos à
prova, é reservada a fase da instrução, cujo início se dá com o saneamento da causa pelo
juiz. O procedimento probatório pode ser descrito como o conjunto de atos processuais
destinados à produção de uma prova. São momentos do aludido procedimento a
proposição da prova, correspondente ao pedido deduzido pela parte, o deferimento (ou
indeferimento) do requerimento, por parte do magistrado, e a efetiva realização da prova,
conjunto de atos através dos quais são incorporados ao processo os elementos probatórios.
A sua valoração ocorre após o desenvolvimento das atividades instrutórias, e é ato
privativo do magistrado.
32. Existem situações excepcionais, fixadas no art. 846 e seguintes do CPC, em que a
parte é autorizada a promover a coleta dos elementos de convicção necessários à instrução
da causa antes do momento processual regular, através da propositura de medida cautelar
de proteção antecipada de provas, cuja finalidade é conservar os subsídios fáticos para
utilização em processo futuro. A produção antecipada de prova, consiste, na realidade,
em uma formação antecipada da prova, uma vez que sua efetiva produção será realizada
em processo (ou momento) futuro.
35. Os princípio dispositivo é aplicável à ata notarial, tanto em relação à sua elaboração,
tendo em vista a necessidade do requerimento da parte para a lavratura do instrumento
pelo tabelião, quanto em relação ao seu ingresso no processo, porque sua juntada será
feita com a petição inicial, com a defesa ou requerida ao juízo, que irá deferi-la conforme
os critérios de necessidade e interesse. Em determinados casos, o princípio da melhor
prova também pode ser atendido pela ata notarial, como na prova de ocorrência de
bullying virtual. A ata notarial igualmente se coaduna com o princípio da aquisição.
36. A ata notarial aceita no sistema jurídico nacional é, basicamente, a ata de presença,
que pode ser solicitada por qualquer pessoa que deseje comprovar um fato.
38. A matéria acima descrita, no entanto, foi objeto de alterações na Câmara dos
Deputados. O relatório apresentado pela Comissão Especial dessa casa legislativa afirma
que a inclusão da ata notarial como fonte de prova foi uma iniciativa aplaudida, mas não
imune a críticas. Em razão disso, houve a alteração do dispositivo para deixar clara a
desnecessidade, para a utilização desse meio de prova, de que o fato seja controvertido.
Além disso, foi incluída a previsão da possibilidade de constarem, na ata, dados, sons ou
imagens gravados em arquivos eletrônicos. Sendo os dispositivos atinentes à ata notarial
aprovados, ela deixará de figurar entre as provas atípicas, passando a elencar o rol das
provas típicas.
40. Usualmente, a legislação dos países de civil law estabelece certa hierarquia entre os
documentos, privilegiando o documento público em relação ao privado, decisão que
normalmente se vincula a critérios perseguidos pelo legislador, como aqueles de
prevenção de litígios e estabilidade nas relações. O documento autêntico, lavrado por
profissional de notas, assim, goza de uma força especial, revestindo-se de grande força
probatória.
41. Determinados ordenamentos jurídicos, no entanto, além do campo dos fatos a serem
conhecidos, limitam o processo de conhecimento do juiz. Esse conjunto de regras de
valoração relativas à percepção e à dedução dos fatos por parte do juiz constitui o sistema
da prova legal. Na Idade Média, a prova judiciária afastou-se das suas origens lógico-
racionais, através de um sistema que obrigava o magistrado a valorar as provas conforme
o valor pré-determinado pela lei. Com o surgimento da livre convicção em 1667,
instrumento de liberalização, voltou-se a prestigiar a retórica. Em nosso ordenamento, até
o CPC de 1939, os meios de prova eram exclusivamente previstos em lei. Com o advento
do CPC de 1973, e seu artigo 332, a rigidez da prova legal foi abandonada. A Constituição
Federal de 1988 elencou, dentre os direitos fundamentais, o amplo acesso ao poder
judiciário e, no âmbito judicial, o direito de defender-se provando, através da ampla
defesa e do contraditório, que adquirem cada vez maior concretude.
43. São três os graus de eficácia probatória em geral: prova plena, prova semiplena e
princípio de prova. Por prova plena, entende-se aquela que, por si só, basta para a decisão
judicial, não necessitando de qualquer tipo de complemento acerca do fato que demonstra.
A prova semiplena, por seu turno, consiste em uma prova incompleta, que não instrui o
suficiente para, sozinha, fundar um juízo. Por fim, o princípio de prova corresponde
àqueles elementos que não poderiam jamais servir como prova de um fato, servindo
apenas como ponto de apoio à outra prova. O grau de prova plena equivale a uma prova
legal, o grau de prova semiplena está ligado ao critério da livre convicção, enquanto o
grau de princípio de prova também tem vinculação à prova legal, no entanto em efeito
negativo.
44. O CPC elenca vinte e seis artigos e seus respectivos incisos e parágrafos, sob o
título “da força probante dos documentos”, destinados a especificar regras sobre a eficácia
dos documentos. Essa mensuração do valor das provas seria incompatível com o princípio
do livre convencimento. Ao referir que a escritura pública faz prova plena, o Código Civil
estaria manifestando premissa remissiva ao sistema da prova legal e, portanto,
inadequada. Contudo, apesar dessas questões, a doutrina reconhece o grande poder de
convicção de que os documentos são portadores.
45. Em relação à medida de sua eficácia probatória, foi verificado que o documento
notarial possui o valor determinado pelo direito positivo do tempo e do lugar. O
documento público, assim considerado quando seu autor imediato for investido de função
pública, possui caráter de prova pré-constituída, e eficácia quanto à certeza quanto à
autoria das declarações. Destarte, a escritura pública faria prova de sua formação e das
declarações feitas perante o notário.
46. O documento é público quando seu autor imediato for investido de função pública,
e é particular quando essa autoria for de particular ou de funcionário público fora do
exercício de suas funções. A diferença de origem dos documentos aponta para a distinção
de suas eficácias probatórias, sobretudo em relação à autoria da declaração feita.
47. A ata notarial apresenta uma característica que a distingue dos demais instrumentos
públicos notariais: tanto sua autoria mediata, quanto sua autoria imediata provém de
sujeito dotado de fé pública, reservado o mero requerimento ao particular interessado.
Dessa forma, considerando que seu objeto é a certificação dos fatos verificados pelo
tabelião, deve-se admitir a possibilidade desse instrumento público fazer prova dos fatos
que o agente declara terem ocorrido em sua presença, assim como do fato declarado, e
não somente da declaração feita pelas partes, uma vez que o agente público é seu autor
intelectual.
48. Outro aspecto que diferencia a ata notarial dos demais instrumentos públicos é que,
enquanto a maioria dos instrumentos notariais é feito mediante o comparecimento de
todas as partes envolvidas ao tabelionato, a ata é realizada de forma unilateral, em
decorrência do simples requerimento de uma das partes. Em consequência dessa
característica, sua análise deve ser realizada de forma diferenciada das demais, eis que é
sua formação ocorre inaudita altera pars. Apesar de não ser dotado das garantias do
contraditório, posto que elaborado sem ingerência da parte contrária, o instrumento
continua sendo eficiente, não em grau de prova plena, mas daquela semiplena, que
remete-nos às presunções judiciais e às regras da livre valoração.
50. O art. 215 do Código Civil determina que a escritura pública faz prova plena. Por
seu turno, o CPC, em seu art. 364, normatiza que o documento público faz prova de sua
formação e dos fatos que o tabelião declarar que ocorreram em sua presença. Como pode
ser observado, a regra do diploma processual é mais completa. Em interpretação do
referido dispositivo, a doutrina afirma que a fé do documento público cessa com a
declaração jurídica de sua falsidade.
52. Caso não seja impugnado no prazo devido, o documento público terá sua presunção
juris tantum ratificada. No entanto, nada impede que, demonstrada a falsidade de uma
prova produzida nos autos, ela seja reconhecida pelo juiz, mesmo que a parte interessada
não tenha proposto ação autônoma ou incidental. A presunção é um processo intelectual,
através do qual, em decorrência do conhecimento de um fato, infere-se como razoável a
possibilidade da existência de outro, ou o estado de uma pessoa ou coisa. Seu objetivo
principal é de facilitar a prova. As presunções relativas (juris tantum), à qual corresponde
a presunção do documento público e, consequentemente, da ata notarial, projetam-se
sobre o objeto da prova, excluindo a necessidade de provar o fato presumido, mas
autorizam que o interessado obtenha sua desconstituição através da prova em contrário.
53. Em contrapartida à doutrina que entende que os atos praticados pelo tabelião
somente são contestáveis mediante incidente de falsidade, parece-nos cabível que o juiz,
ao apreciar o caso concreto e o contexto probatório levado aos autos, entenda de maneira
divergente à presunção gerada pelo instrumento público, conferindo diversa valoração às
provas. Contudo, nesse caso, o magistrado deverá motivar precisamente as razões de sua
decisão.
54. Mesmo não consistindo em uma prova plena, o instrumento da ata notarial, para
que tenha sua declaração de falsidade coberta pelo manto da coisa julgada material, deve
ser atacado através de incidente de falsidade, ou por meio de ação declaratória autônoma,
com julgamento por sentença. Por outro lado, caso o magistrado julgue contra eventuais
elementos constantes em ata notarial em razão das alegações e demais provas contidas no
processo, conforme lhe autoriza o sistema da livre apreciação da prova, o instrumento
notarial preservará suas potencialidades probatórias, eis que não desconstituído por
sentença em procedimento com observância do contraditório e ampla defesa.
57. Através de todo o narrado, observou-se que a ata notarial consiste em eficaz
instrumento de auxílio do processo, seja em fase preliminar, através de uma função
preventiva, que permitiria que a parte satisfizesse sua finalidade sem necessitar colocar
em movimento a máquina do judiciário, ou através de uma função auxiliar, no curso da
demanda judicial, de demonstração da boa-fé da parte, mecanismo para se desincumbir
adequadamente de seu ônus probatório, ou ainda de esclarecimento e apoio ao magistrado
na prolação de sua decisão.
58. Considerando sua função probatória, pode-se sustentar que a ata notarial consiste
em uma forma de exercício do direito à prova, uma vez que corresponde a qualificada
ferramenta à disposição da parte para o exercício de seu direito de demonstrar a verdade
dos fatos. Nesse sentido, sua eficácia está adstrita ao conjunto probatório formado nos
autos e à livre convicção do magistrado.
59. No campo preliminar ao processo, entende-se que a ata lavrada por notário
corresponde a ferramenta de grande utilidade ao causídico que possua motivação para
buscar o acordo extraprocessual com a parte contrária, sobretudo por se tratar de um
documento de alta carga de eficácia e que não reclama por um processo para a sua
constituição. Sua utilização como ferramenta de negociação com a parte adversa, antes
mesmo da propositura da ação, é terreno que pode ser explorado pelos advogados que
busquem a célere solução de controvérsias surgidas no plano material.
60. Ao lado de sua essencial utilização como meio de prova pré-constituída, que
representa o aspecto fundamental de sua natureza, percebe-se outra relevância na ata
notarial, que vai além da função meramente probatória, que pressupõe litígio potencial a
dar-lhe ou a lhe negar respaldo. O instrumento público notarial correspondente à ata
notarial existe e é eficaz por si próprio, auxiliando na realização do direito na normalidade
da vida social e, acima de tudo, por sua qualificação e respeitabilidade, pode ser visto
como fator de prevenção de litígio, imbuído desde seu nascedouro da missão de
harmonizar as pessoas em suas relações jurídicas no meio social. Em seu aspecto judicial,
utilizada como prova no processo judicial, a ata notarial consiste em importante
ferramenta de prova, posto que caracteriza uma presunção com grau de vinculação de
prova semiplena, a ser examinado no contexto probatório casuístico e valorado de acordo
com as regras da livre apreciação motivada.
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