Valor Probatorio Francis Perondi Folle Resumida

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FRANCIS PERONDI FOLLE

O VALOR PROBATÓRIO DA ATA NOTARIAL

PROFESSOR ORIENTADOR DR. ANTONIO CARLOS MARCATO

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


2014
FRANCIS PERONDI FOLLE

O VALOR PROBATÓRIO DA ATA NOTARIAL

Dissertação apresentada ao Departamento de


Processo da Faculdade de Direito da Universidade de
São Paulo, como exigência parcial para a obtenção do
grau de mestre em Direito Processual, sob a
orientação do Professor Doutor Antonio Carlos
Marcato.

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


2014
AGRADECIMENTOS

Meus agradecimentos especiais são direcionados ao orientador do presente estudo,


Professor Doutor Antonio Carlos Marcato, que em suas orientações e aulas forneceu-me
inspiração ímpar, sem a qual o trabalho não poderia ter sido realizado.
Também gostaria de expressar meu agradecimento a todo o corpo docente do
departamento de Processo Civil do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo que, no curso das diversas aulas, fomentou preciosos
questionamentos e debates que me incentivaram na busca pelo conhecimento.
Agradeço à Rita, pelo constante incentivo e por sua colaboração fundamental para que
minha trajetória na cidade de São Paulo fosse possível, ao Guilherme, pelo companheirismo e
apoio em todos os momentos, ao Loreno e à minha irmã Luciana, por estarem sempre presentes,
fazendo-me sentir confortável nesta nova etapa.
À Maria Carolina Silveira Beraldo, pela amizade e disponibilidade no auxílio de minhas
diversas indagações.
“É fácil imaginar-se como seria útil, para o
descongestionamento do tráfego judiciário, a adoção da ata de
notoriedade no Brasil. Quantos fatos que, por sua transitoriedade
deixam de ser validamente documentados, poderiam ser
apanhados em seu célere trânsito, para o desânimo do pleiteante
aventureiro, ou, ainda, com alívio dos procedimentos
probatórios, dispendiosos e morosos, ordinariamente”.
A. B. Cotrim Neto.
RESUMO

A motivação para o presente trabalho surgiu em meio a um caso concreto, quando,


na busca por meios alternativos aos exclusivamente judiciais, ágeis e eficazes para a
apreensão de uma prova que se encontrava na iminência de desaparecer, nos deparamos
com a opção da ata notarial, e a utilizamos como forma de manutenção da situação fática,
caso a tutela jurisdicional em medida cautelar de antecipação de provas proposta não fosse
tão rápida quanto a ação do tempo na prova que se pretendia produzir.
Ao propor a análise do valor probatório da ata notarial no processo civil,
primeiramente, buscamos nos familiarizar com o instituto objeto do estudo, analisando a
legislação que o autoriza, quais as características dos profissionais que o elaboram, no
que ele consiste e como é feito, estudando seus aspectos históricos, seu objeto, forma,
espécies e sua eficácia.
No segundo capítulo, a aproximação realizada é com o sistema probatório nacional,
com o intuito de responder como é o sistema probatório brasileiro, verificando seu
conceito, suas fontes e meios, seus princípios e procedimentos, e como podemos localizar
a ata notarial dentro desse sistema.
No capítulo final, analisamos, enfim, a forma como o instrumento da ata notarial
pode ser utilizado dentro do processo civil, buscando compreender qual o seu valor
probatório e sua utilidade para a resolução de conflitos e para a solução da lide.

Palavras-chave: Ata Notarial. Prova. Processo Civil.


ABSTRACT

The motivation for this paper came in the middle of a civil case, when, in search for
agile and effective alternative means for seizure of evidence, other than exclusively
judicial, we found the ata notarial, and used it as a way to maintaining factual situation,
if the judicial injunction in anticipation of proposed evidence was not as fast as the action
of time on the evidence that was intended to produce.
In proposing the study of the probative value of the ata notarial in civil procedure,
first, we seek to familiarize ourselves with the institute under study, analyzing legislation
that authorizes it, the characteristics of professionals who prepare it, as well as how it is
done, studying its historical aspects, its object, shape, species and their effectiveness.
In the second chapter, the approach is performed with Brazilian´s system of
evidence, in order to verify its concept, its sources and means, its principles and
procedures, and how can we find the ata notarial within that system.
In the final chapter, we analyze, finally, how the instrument of ata notarial can be
used within the civil cases, seeking to understand what its probative value and its
usefulness for solving conflicts and to resolve the case.

Keywords: Affidavit. Proof. Evidence. Civil Procedure.


INTRODUÇÃO

Pondera Carlos Alberto de Salles que “as provas vivem um momento de transição
paradigmática, no qual conceitos e padrões secularmente estabelecidos são abandonados
e novos começam a ser formulados em sua substituição”1. Paralelamente, verifica-se a
busca por inovações capazes de acelerar o processo e desafogar o sistema, que fica ainda
mais nítida na iminência da promulgação de um novo Código de Processo Civil,
idealizado com o objetivo de tornar realidade a promessa constitucional de uma justiça
pronta, célere e eficaz2-3.
Aliando esse movimento de transição no campo probatório à busca por um processo
de razoável duração, a escolha do presente tema está fulcrada na importante contribuição
que a sua prática poderá conferir ao ideal de pacificação social com efetividade e
segurança jurídica4. É importante ressaltar que o instrumento cujo estudo é proposto, além
de ter eficácia probatória no campo endoprocessual, também pode desempenhar um papel
extraprocessual importante, tanto na formação probatória quanto na prevenção e
pacificação do conflito. Bem observa Cotrim Neto que:

(...) Do mesmo modo que não se combate criminalidade apenas com o


aumento do número de prisões; que não se implantam bons serviços de
saúde pública apenas com a criação de mais hospitais; que não se obtém
a paz entre as nações com a mera transformação da sociedade em
milícia aquartelada; assim, também, se compreende que os pleitos entre
os homens não se resolvem, simplesmente, com a instalação de um

1
Salles, Carlos Alberto de. Transição paradigmática na prova processual civil. In Assis, Araken de, et al.
(coord). Direito civil e processo: estudos em homenagem ao Professor Arruda Alvim. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007. p. 911.
2
Anteprojeto do Código de Processo Civil. Disponível em:
<http://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/anteprojeto.pdf> Acesso em 24 jun. 2013. Nas palavras
do Ministro Luiz Fux: “Esse o desafio da comissão: resgatar a crença no judiciário e tornar realidade a
promessa constitucional de uma justiça pronta e célere (...) O Brasil clama por um processo mais ágil, capaz
de dotar o país de um instrumento que possa enfrentar de forma célere, sensível e efetiva, as misérias e as
aberrações que passam pela Ponte da Justiça”.
3
Bedaque, ao tratar das tentativas na busca de soluções alternativas ao processo, sobretudo da mediação
prévia no processo civil, refere que a crise por que passa o sistema jurisdicional brasileiro é caracterizada
pelo excesso de processos e pela morosidade. In Novas tendências em matéria de fase preliminar. Relatório
de síntese. In Grinover, Ada Pellegrini e Calmon, Petrônio (org.). XIII Congresso Mundial de Direito
Processual: Direito Processual Comparado. Rio de Janeiro: Forense, 2008. p. 263.
4
Como bem refere Ricardo D’Acri: “Uma das alternativas utilizadas para desafogar o Poder Judiciário é o
de transferir procedimentos judiciais para administrativos. Novo exemplo é a Lei nº 11.441, de 4-1-2007,
que alterou os dispositivos da Lei nº 5.869, de 11-1-1973 – Código de Processo Civil -, possibilitando que
inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual possam ser realizados por via
administrativa. In Validade probatória da ata notarial. Disponível em:
<http://www.dacri.adv.br/artigos/validadeprobatoriaatanotarial.pdf>. Acesso em: 25 set 2013.
órgão de justiça em cada sítio. Em todos esses casos, a justa medida
reside exatamente na prevenção: previne-se a criminalidade; previne-
se a doença; previne-se o conflito bélico; previnem-se os pleitos
judiciais. (...).
O de que realmente mais necessitamos, hoje, é descongestionar o
organismo da justiça, para que ela seja eficiente. E o aperfeiçoamento
do notariado será, sem dúvida, um dos mais importantes elementos que
deverão se integrar no quadro das providências capazes de permitir o
aperfeiçoamento da própria justiça5.

Nos tribunais pátrios, a aceitação da ata notarial como instrumento para provar as
afirmações das partes acerca dos fatos cresce a cada dia, recebendo cada vez mais alta
carga valorativa, conforme se depreende das seguintes decisões, por amostragem: Agravo
de Instrumento nº 70024534737/TJRS; Apelação Cível nº 0571466-3/TJPR; Apelação
Cível nº 2009.001.65955/TJRJ; Apelação Cível nº 1.0024.06.264754-0/001/TJMG;
Agravo de Instrumento nº 562.156-4/5-00/TJSP. A doutrina, por seu turno, refere que,
embora a prova seja instituto de natureza processual, é perfeitamente possível sua
formação fora do processo6. Destarte, a delimitação do tema consiste na viabilidade e
alcance da utilização da ata notarial como prova no processo civil, mediante uma
abordagem à luz dos princípios notariais e processuais.
A Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, que disciplinou os serviços notariais,
em seu art. 7º, elencou como competência exclusiva dos tabeliães de notas a lavratura de
atas notariais. No entanto, apesar de inserir o instituto no direito positivo nacional, a Lei
silenciou quanto ao seu conteúdo, alcance e demais características7. Assim, nas palavras
do doutrinador pátrio: “de qualquer forma, trata-se de instrumento de grande utilidade
tanto para facilitar a produção de prova como para a preservação histórica do registro de
acontecimentos. (...) Urge, portanto, que essa figura seja mais bem estudada no direito
brasileiro”8.
Para um correto enfrentamento do tema proposto, no primeiro capítulo será
desenvolvida uma análise em relação aos aspectos que cercam o instituto da ata notarial.
Preliminarmente, será feita a análise dos pressupostos da atividade notarial, berço do

5
Cotrim Neto, Alberto Bittencourt. O aperfeiçoamento do notariado brasileiro – essencial para o
aperfeiçoamento da justiça. Revista de Informação Legislativa, v. 11, nº 44, p.143-152, out/dez de 1974.
Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/180858/000352750.pdf?sequence=1>. Acesso em 20
jul 2013.
6
Yarshell, Flávio Luiz. Antecipação da prova sem o requisito da urgência e direito autônomo à prova. São
Paulo: Malheiros Editores, 2009. p. 26.
7
Silva, Justino Adriano Farias da Silva. Evolução histórica da ata notarial.In Brandelli, Leonardo (coord.)
Ata notarial. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2004. p. 119.
8
Idem. Ibidem. p. 120.
instrumento. Esse estudo abarcará os princípios formadores da atividade notarial, sua
origem e forma de atuação. Feito isso, partiremos para o exame do conceito da ata
notarial, de seus aspectos históricos, seu objeto, suas possíveis classificações, forma e
eficácia.
Após, voltaremos nossos olhos ao sistema probatório pátrio e aos aspectos que
permeiam a chamada teoria geral da prova, enfatizando seu desenvolvimento no processo
civil. Dessa forma, serão buscados conceitos fundamentais do instituto, o que inclui a
verificação de sua natureza jurídica e da possibilidade de conhecimento da verdade fática.
Além desse, também serão examinados conceitos acerca de seu objeto e de suas fontes e
meios e serão estudados os meios específicos de prova, consistentes na prova
testemunhal, pericial, documental e na inspeção judicial, que se mostram fundamentais
para a análise do objeto do trabalho. No segundo capítulo, igualmente, serão verificados
os momentos do procedimento relativo à prova, observando-se as regras gerais relativas
ao procedimento probatório. Ao final do capítulo, buscaremos enquadrar a ata notarial
dentro do sistema probatório pátrio, através do confronto de suas características e
natureza.
Por fim, no terceiro e último capítulo, será enfrentada a questão principal do
presente trabalho. Buscando respostas, averiguar-se-á o valor probatório da ata notarial
no processo civil. Da mesma forma, será verificada a existência de enquadramento do
instrumento em análise no Projeto de Novo Código de Processo Civil e suas
consequências. Finalmente, analisaremos a necessidade de declaração de falsidade da
prova realizada através da ata notarial, bem como seu alcance como instrumento
probatório, através do estudo das formas de sua utilização.
SÍNTESE CONCLUSIVA

1. Apesar de ser uma função extremamente antiga, cuja origem remonta à civilização
egípcia, a função notarial manteve-se moderna, tendo evoluído junto com a sociedade,
adaptando-se às mudanças que os novos tempos foram trazendo.

2. Os notários do tipo latino, característicos nos sistemas jurídicos que adotam a


tradição da civil law, são profissionais do direito, dotados de autonomia e liberdade
profissional no desempenho de sua função. Dentre as suas principais características, está
a função de aconselhamento e interpretação da vontade das partes, que conduzem a uma
função assecuratória, de prevenção de litígios.

3. Após atravessar um período de enfraquecimento na Idade Média, consequência do


feudalismo, o notariado recupera suas forças no século XIII, na época do Renascimento.
Assim, a Escola de Bolonha torna-se o berço do notariado latino e de seu estudo científico.
Após a Revolução Francesa, surge uma nova organização para o notariado, com inúmeras
normatizações, todas inspiradas na Lei de Ventoso. Atualmente, a Espanha, que também
segue o modelo latino, possui um dos notariados mais avançados do mundo. No Brasil, a
atividade notarial está presente desde o seu descobrimento. Inicialmente, vigoravam as
Ordenações Filipinas, que atribuía ao rei a competência de nomear os tabeliães. Somente
com a Constituição Federal de 1988 houve uma significativa mudança no notariado
nacional, inclusive com a determinação da criação de uma lei orgânica que
regulamentasse a função, promulgada em 1994, sob o nº 8.935 e denominada Lei dos
Notários e Registradores.

4. Em contrapartida aos notários do tipo latino, os Notary public, existentes nos


ordenamentos filiados ao sistema da common law, possuem função meramente
autenticadora, não necessitando serem profissionais do direito, tanto que são proibidos de
assessorar juridicamente às partes. Sua origem remonta ao século XIX quando, em
decorrência de dificuldades no comparecimento das testemunhas aos tribunais, os
Notaries foram autorizados a colher depoimentos (depositions), tomar juramentos (oaths)
e declarações (affidavits).
5. O notário nacional possui quatro aspectos distintos: o de autenticação e certificação,
o de assessoramento, o de interpretação e o de instrumentação. Para sua atuação, é sempre
necessária a provocação do sujeito interessado. Dentre as atribuições específicas feitas
pela LNR ao tabelião de notas, encontra-se a de autenticar fatos, o que viabiliza a
existência das atas notariais, uma vez que insere os fatos no âmbito da função notarial.

6. A atividade notarial é informada por princípios típicos, próprios da natureza da


atividade, e atípicos, que possuem origem em outras áreas do direito. Dentre os princípios
típicos encontram-se a juridicidade, que estabelece que a atividade do tabelião possui fins
jurídicos; o princípio da cautelaridade, que determina que o notário sempre atue de forma
a prevenir litígios, visando à pacificação social; o princípio da rogação, que proíbe que o
tabelião atue de ofício, sendo necessária a provocação da parte interessada; o princípio da
economia; o da imediação; o da unicidade do ato; o da concentração e o princípio da fé
pública, de suma importância para a atividade, uma vez que tem o condão de conferir ao
ato notarial presunção de veracidade. Dentre os princípios atípicos, são aplicáveis à
atividade notarial os princípios constitucionais da administração pública, o princípio da
autonomia da vontade e o da supremacia da ordem pública.

7. A legislação brasileira, apesar de autorizar a realização de atas notariais por


tabeliães de notas, através do art. 7º da LNR, não oferece um conceito claro do instituto.
Assim, considerando que algumas legislações alienígenas trazem definições sólidas em
seus textos, buscamos nelas e em obras de doutrinadores nacionais e estrangeiros traçar
suas principais características. Em síntese, concluímos que a ata notarial consiste em um
instrumento público, fundamentado nos princípios da imparcialidade e veracidade,
realizado mediante requerimento de interessado, pelo tabelião de notas ou por seu
preposto autorizado que, através de sua percepção e sentidos, capta determinado fato que
presencia e o traduz textualmente, em uma narração expositiva isenta de valorações
pessoais, a fim de perpetuá-la no tempo, servir como prova ou instrumento informativo,
de integração e negociação.

8. Apesar de ter sido introduzida no direito positivo nacional após o advento da Lei nº
8.935/94, a ata notarial é tão antiga quanto a própria função notarial. Doutrinadores
apontam para o fato de que, no Brasil, a primeira ata notarial lavrada consistiu na carta
de Pero Vaz de Caminha, lavrada no ano de 1500. Em Portugal, a ata mais antiga de que
se tem notícia data de meados de 1342. Na Espanha, regulamento datado de 1862
contemplou a figura da ata notarial.

9. O objeto da ata notarial são aqueles fatos jurídicos presenciados ou verificados


pessoalmente pelo tabelião de notas que não comportem a lavratura da escritura pública,
ou seja, aqueles que não consistam em uma declaração de vontade. Para delimitar
adequadamente o objeto da ata, recordamos conceitos básicos da teoria do fato jurídico,
e pudemos concluir que são excluídos do âmbito de abrangência da ata notarial os
negócios jurídicos, por possuírem caráter negocial. Atos-fatos jurídicos, atos jurídicos
stricto sensu e atos ilícitos poderiam ser narrados em ata notarial, na ausência de
instrumento público determinado e específico ao mesmo.

10. São espécies de atas notariais as atas de presença, autorizadas e realizadas em nosso
sistema jurídico; as atas de depósito, que não possuem fundamento jurídico no
ordenamento pátrio; as atas de protocolização, que no Brasil não é feita por colidir com a
competência do Registro de Títulos e Documentos, nos termos dos arts. 127 e 129 da
LRP; atas de notificação, também colidentes com as atribuições do RTD;atas de
notoriedade, realizadas para comprovação da notoriedade de um fato em determinado
círculo social, cuja aplicação seria viável em nosso sistema;atas de subsanação, que
serviria para sanar erro material ou omissão contida em instrumento público notarial; e,
por final, atas de referência, com a finalidade de receber informações oferecidas por
pessoas que atuam na qualidade de testemunhas, modalidade não autorizada pelas leis
nacionais.

11. As atas notariais são instrumento protocolares, ou seja, lavradas em livros de notas
próprios, com expedição de cópia ao requerente. Por não haver regulamentação expressa
acerca de seus requisitos, é adequado afirmar que devem ser observados em sua
realização, no que for cabível, os requisitos aplicáveis às escrituras públicas. Acerca de
sua eficácia, pode-se concluir que as atas não possuem aquela de natureza substantiva ou
executiva, presente nas escrituras públicas em decorrência da vinculação das partes, mas
possuem a eficácia probatória, também presente naquelas.
12. Em atenção ao princípio da inafastabilidade da jurisdição e à garantia do direito de
ação, qualquer indivíduo pode ter acesso aos mecanismos estatais de solução de
controvérsias através da simples afirmação de um direito. No entanto, a efetiva existência
de seu direito somente poderá ser verificada através da produção de provas que
demonstrem a forma de ocorrência dos fatos controvertidos. A prova consiste, portanto,
em componente essencial do direito de acesso à justiça. Assim, pela importância que o
instituto possui para o processo civil, o seu estudo e a busca por mecanismos aptos a
desenvolvê-la cada vez mais é fundamental para o aprimoramento do processo como um
todo. No entanto, para desvendar novas perspectivas sobre o instituto, é necessário
conhecer os elementos que o compõe.

13. No campo jurídico, a prova pode ser conceituada como o meio através do qual o
julgador toma conhecimento dos fatos que sustentam a pretensão das partes e forma o seu
convencimento. O vocábulo prova admite em si diversas acepções: ação das partes para
fornecer os meios afirmativos de suas alegações (procedimento); meio de prova
considerado em si mesmo; atividade lógica de conhecimento dos fatos; e, por fim,
resultado dos meios na apuração da verdade. Em sentido subjetivo, a prova consiste na
certeza dos fatos que se pretendem demonstrar. Em sentido objetivo, a prova corresponde
aos meios de demonstração admitidos para atingir tal convicção.

14. A finalidade da instrução probatória é o conhecimento dos fatos, no entanto, aqueles


que defendem o modelo persuasivo da prova refutam a possibilidade de reconstruir os
fatos como ocorridos e acreditam somente no alcance de uma verdade provável, que
possibilitaria um juízo de probabilidade. Por outro lado, os que defendem a concepção
demonstrativa da prova entendem ser possível a introdução da verdade nos autos, ainda
que consista em uma verdade formal. Assim, restando demonstrada a existência do fato,
a consequência jurídica seria imediata. Salientando que a reconstrução do fato passado
jamais será feita à exata forma do ocorrido, permanecendo sempre um mínimo de
incerteza a seu respeito, concordamos que a prova fornece ao juízo as ferramentas de
cognição necessárias para uma racional reconstrução no julgamento de eventos passados,
possibilitando, assim, a formação de seu próprio convencimento sobre a verdade.

15. A prova é instituto de caráter dúplice, com repercussão tanto no campo do direito
material quanto naquele do direito processual. Em relação ao mecanismo de
convencimento do julgador, revela natureza eminentemente processual. Outrossim, como
exteriorização dos atos da vida, possui caráter material, com a regulamentação dos meios
de sua configuração competente à legislação material.

16. Os princípios que informam a prova possuem a função de afastar o arbítrio e a


insegurança na prolação das decisões, bem como de assegurar a ordem em sua produção.
Dentre eles, podemos elencar o princípio dispositivo, que determina que o juiz se abstenha
de proceder de ofício. No entanto, o moderno processo civil tem gradualmente aberto
espaço para uma participação mais efetiva por parte do magistrado. Outro importante
princípio é o do livre convencimento do magistrado, cuja certa limitação é estabelecida
nas regras relativas à força e à prova dos atos jurídicos. Também o princípio da
publicidade das provas tem a função de assegurar um julgamento justo e equânime. O
princípio da comunhão das provas, ou da aquisição, determina que, uma vez produzida,
a prova passa a pertencer ao processo, não importando o responsável pela sua produção.

17. Como princípios a serem observados na formação do convencimento judicial, estão


o princípio da originalidade das provas, que determina que, sempre que possível, as
provas devam ser examinadas de maneira imediata pelo juiz; o princípio da liberdade
objetiva das provas, correspondente ao sistema da persuasão racional da prova, vigente
em nosso ordenamento; o princípio da liberdade subjetiva das provas, que consiste em
dar oportunidade para que o sujeito produza a prova de forma espontânea e genuína, não
sugestionada; e o princípio da produção da melhor prova, que dispõe que, havendo meios
de obtenção de uma prova mais qualificada, não pode haver um contentamento com a
inferior.

18. O objeto da prova é o convencimento do magistrado acerca de qual das partes deve
sagrar-se vencedora do conflito e se beneficiar com a proteção jurídica do Estado, ou seja,
a averiguação da verdade dos fatos afirmados pelas partes, traduzidos pelos fatos
relevantes e controvertidos em relação aos aspectos da demanda. Não consistem objeto
de prova o direito alegado e os fatos confessados ou não impugnados, exceto aqueles que
correspondam a direito indisponível ou a fatos impossíveis. Os fatos presumidos, seja
presunção legal (presunção legis) ou por criação humana, segundo as máximas de
experiência (presunção hominis), igualmente não necessitam ser provados, assim como
os fatos notórios, de conhecimento geral. Da mesma forma como ocorre com as
presunções, o sujeito contra o qual for reconhecido o fato notório pode provar sua
inexistência, oportunidade na qual a parte que defende sua existência também poderá
produzir provas.

19. Não há consenso na doutrina acerca da distinção entre fontes e meios de prova. No
entanto, a concepção mais aceita é de que fontes de prova são elementos externos ao
processo dos quais é possível extrair informações aptas a comprovar a veracidade de uma
alegação pertencendo, a priori, ao direito substancial. Os meios de prova são técnicas
utilizadas para a investigação dos fatos importantes para a causa, consistindo na
representação dos fatos em objetos ou em afirmações orais.

20. Os meios de prova podem ser classificados como orais, materiais ou documentais,
e, de forma típica, estão previstos no CPC e consistem no depoimento pessoal, na prova
testemunhal, na documental, na exibição de documento ou coisa, na prova pericial, na
inspeção judicial e na confissão. Ademais, também são admitidos por nosso sistema
jurídico meios de prova atípicos, ou inominados, realizados através de instrumentos
distintos daqueles elencados na lei.

21. O depoimento pessoal consiste no interrogatório das partes e pode ser determinado
pelo juiz, de ofício, ou requerido pela parte contrária. A confissão, que pode ser judicial
ou extrajudicial, ocorre quando a parte admite a veracidade de um fato contrário ao seu
interesse e favorável ao da parte adversa.

22. A prova testemunhal é o meio através do qual uma pessoa alheia à relação
processual fornece ao magistrado a sua versão de como ocorreram os fatos significantes
para o deslinde de uma causa. Perguntas de natureza subjetiva, ou pelas quais deve ser
emitido um juízo de valor, são proibidas. É ato oral, que deve ser espontâneo. Caso não
compareça quando intimada, a testemunha está sujeita à condução coercitiva. A
capacidade para ser testemunha é distinta da capacidade civil. As testemunhas possuem
diferentes tipos de classificação, que variam de acordo com o contato que tiveram com
os fatos probandos. Assim, podem ser testemunhas referenciais, de ouvida ou referidas.
A prova exclusivamente testemunhal não é admitida em contratos cujo valor seja superior
a dez vezes o salário mínimo nacional ao tempo de sua celebração. No entanto, nesses
casos, havendo início de prova material, a prova testemunhal servirá como forma
complementar das alegações que se pretende provar.

23. Na prova pericial, o perito, que também não possui interesse no litígio, tem a
incumbência de oferecer ao juiz esclarecimentos de caráter técnico ou científico, além do
alcance do homem médio, acerca da questão apresentada. Além da função de dirimir as
dúvidas do magistrado em relação a fatos complexos, a perícia também serve para
demonstrar às partes a verdadeira face dos acontecimentos, o que acaba desestimulando
o recurso contra a decisão judicial proferida. Diante da negativa da parte a se submeter à
prova pericial, opera presunção em favor da outra parte, de natureza relativa.

24. Na maioria dos casos, a forma através da qual o juiz conhece os fatos relativos à
demanda é indireta, ou seja, através de exposições orais ou escritas feitas por terceiros.
No entanto, nos casos que requeiram contato direto do magistrado com o bem ou
indivíduo, o ordenamento jurídico autoriza a realização de inspeção judicial, que consiste
em meio de prova subsidiário, através do qual o juiz, pessoalmente, examina o lugar, a
pessoa ou o bem objeto da demanda. Sua documentação é feita através do chamado auto
circunstanciado.

25. Documento é a representação material que reproduz uma manifestação de vontade.


Tem como função retratar, de forma permanente, um momento da vida humana, um ato
ou um fato e pode conter declarações enunciativas, que informam sobre um
acontecimento, ato ou fato, ou dispositivas, que equivalem às manifestações de vontade.
O material usado como sustentáculo é irrelevante, contanto que ele traga em si as
demonstrações. Em relação à autoria do documento, a doutrina estabelece distinção entre
aquela material e a intelectual. Seria autor em sentido material a pessoa que cria o
documento, o redige ou o confecciona, não necessariamente sendo responsável por seu
conteúdo. O autor em sentido intelectual, por seu turno, consistiria no indivíduo que
transmite o pensamento correspondente ao conteúdo do documento, ou naquele para
quem ele é feito.

26. No campo da prova documental, a doutrina faz a distinção entre documento e


instrumento, consistindo o instrumento em uma prova pré-constituída, enquanto o
documento corresponderia a mera prova causal. O instrumento, portanto, seria criado
especificamente com a intenção de fazer prova, correspondendo à exteriorização escrita
de um ato jurídico ou de um pacto, podendo ser original, particular ou público. O
instrumento original é o primeiro escrito em que se lançou o ato por aquele que se
encontra na livre disposição de seus bens. Instrumento público consiste no escrito lavrado
por oficial público, segundo suas atribuições, dotado de três metas essenciais: provar,
formalizar e assegurar a eficácia do negócio jurídico.

27. Os documentos escritos, e também os instrumentos, podem ser considerados como


públicos ou particulares. Documentos e instrumentos públicos seriam aqueles que
emanam de autoridade pública, como escrivães, tabeliães e funcionários públicos e nos
quais, usualmente, a autoria material não se confunde com a autoria intelectual.
Documentos ou instrumentos particulares, consistiriam naqueles criados pelo particular,
como contratos ou livros contábeis. Autenticidade do documento significa a certeza de
que o documento possui a autoria da pessoa que nele se indica, o que não pode ser
confundido com o fato de ser o mesmo original ou fotocópia. Os documentos públicos,
realizados dentro da forma estabelecida, são reputados autênticos.

28. A valoração do documento deve ser feita em sua integralidade, não se admitindo a
cisão do mesmo para o aproveitamento somente do trecho que interesse à parte. Para que
o documento estrangeiro seja aceito e valorado no processo, deve acompanhar uma versão
traduzida por tradutor juramentado.

29. Falsidade, no campo do direito probatório, importa na desconformidade ou oposição


da testemunha ou do documento à verdade dos fatos. A arguição de falsidade consiste em
uma ação incidental com a finalidade de afastar a autenticidade aparente de determinado
documento. É admitida durante a fase instrutória ou após o seu encerramento e pode,
ainda, ser proposta como ação autônoma. O documento falso, seja ele público ou
particular, produz efeitos que lhe são próprios até que seja declarada a sua falsidade,
através de sentença transitada em julgado que assim o declare.

30. Em relação à sede de sua preparação, as provas podem ser classificadas em pré-
constituídas, ou seja, já existentes antes e fora do processo, e provas constituendas, a
serem formadas no curso do processo. Para a prática, no processo, dos atos relativos à
prova, é reservada a fase da instrução, cujo início se dá com o saneamento da causa pelo
juiz. O procedimento probatório pode ser descrito como o conjunto de atos processuais
destinados à produção de uma prova. São momentos do aludido procedimento a
proposição da prova, correspondente ao pedido deduzido pela parte, o deferimento (ou
indeferimento) do requerimento, por parte do magistrado, e a efetiva realização da prova,
conjunto de atos através dos quais são incorporados ao processo os elementos probatórios.
A sua valoração ocorre após o desenvolvimento das atividades instrutórias, e é ato
privativo do magistrado.

31. O processo intelectual do juiz, destinado a estabelecer a verdade decorrente das


provas produzidas, chamado de avaliação, ou valoração da prova, não pode ser arbitrário,
de forma que a ele são estabelecidos critérios a serem seguidos, representados por três
sistemas: o do critério legal, o da livre convicção e o da persuasão racional. A
característica do primeiro sistema é de que cada prova tem seu valor previamente tarifado
pela lei. Na livre convicção, por sua vez, o juiz é livre para apreciar as provas e identificar
a verdade, não sendo obrigado a identificar os motivos que o levaram a decidir naquele
sentido. Por fim, no sistema da persuasão racional, apesar da liberdade na apreciação da
prova, o julgador deve lastrear sua convicção nas provas produzidas no processo,
motivando-a.

32. Existem situações excepcionais, fixadas no art. 846 e seguintes do CPC, em que a
parte é autorizada a promover a coleta dos elementos de convicção necessários à instrução
da causa antes do momento processual regular, através da propositura de medida cautelar
de proteção antecipada de provas, cuja finalidade é conservar os subsídios fáticos para
utilização em processo futuro. A produção antecipada de prova, consiste, na realidade,
em uma formação antecipada da prova, uma vez que sua efetiva produção será realizada
em processo (ou momento) futuro.

33. O ônus da prova consiste no encargo atribuído às partes, de demonstrar a ocorrência


dos fatos de seu interesse e pode ser visto por uma dupla perspectiva: através de uma
noção subjetiva e outra objetiva. Seu viés subjetivo diz respeito à situação das partes
diante dos fatos, consubstanciando-se em verdadeira regra de conduta para as partes,
enquanto aquele objetivo constitui uma regra de julgamento, que possibilita ao órgão
julgador exarar sua decisão quando as provas não sejam suficientes.
34. A ata notarial é meio de prova direto, podendo ser caracterizada como uma técnica
destinada à investigação de fatos relevantes atuante sobre as fontes de prova, através da
qual o juiz infere diretamente um conhecimento a respeito do fato controverso. Dentre os
meios de prova, a ata lavrada por notário inclui-se na espécie de prova documental, por
consistir em um objeto permanente, apto a narrar, representar ou reproduzir um fato,
inserida na categoria de instrumento público. Em relação à sua autoria, a ata notarial é
instrumento autógrafo, posto que seu autor material e intelectual é o tabelião de notas ou
seu preposto.

35. Os princípio dispositivo é aplicável à ata notarial, tanto em relação à sua elaboração,
tendo em vista a necessidade do requerimento da parte para a lavratura do instrumento
pelo tabelião, quanto em relação ao seu ingresso no processo, porque sua juntada será
feita com a petição inicial, com a defesa ou requerida ao juízo, que irá deferi-la conforme
os critérios de necessidade e interesse. Em determinados casos, o princípio da melhor
prova também pode ser atendido pela ata notarial, como na prova de ocorrência de
bullying virtual. A ata notarial igualmente se coaduna com o princípio da aquisição.

36. A ata notarial aceita no sistema jurídico nacional é, basicamente, a ata de presença,
que pode ser solicitada por qualquer pessoa que deseje comprovar um fato.

37. Em relação à tipicidade e atipicidade dos meios de provas permitidos, o PLS nº


116/10, Projeto de Novo Código de Processo Civil oriundo do Anteprojeto elaborado pela
Comissão Externa de Juristas constituída através do ato de nº 379/2009, seguiu a linha do
diploma processual atual, ao permitir o uso de todos os meios legais para a prova dos
fatos. A menção à ata notarial como prova somente surgiu no Projeto de NCPC após as
alterações apresentadas no Relatório-Geral do Senador Valter Pereira. Aceitas as
alterações, o PLS passou a enunciar, em seu art. 370, que a existência e o modo de existir
de fato controvertido que apresente relevância para a situação jurídica de alguém pode
ser atestada mediante ata lavrada por tabelião, a requerimento do interessado.

38. A matéria acima descrita, no entanto, foi objeto de alterações na Câmara dos
Deputados. O relatório apresentado pela Comissão Especial dessa casa legislativa afirma
que a inclusão da ata notarial como fonte de prova foi uma iniciativa aplaudida, mas não
imune a críticas. Em razão disso, houve a alteração do dispositivo para deixar clara a
desnecessidade, para a utilização desse meio de prova, de que o fato seja controvertido.
Além disso, foi incluída a previsão da possibilidade de constarem, na ata, dados, sons ou
imagens gravados em arquivos eletrônicos. Sendo os dispositivos atinentes à ata notarial
aprovados, ela deixará de figurar entre as provas atípicas, passando a elencar o rol das
provas típicas.

39. No intuito de aferir a viabilidade da utilização da ata notarial como instrumento de


colaboração ao processo civil, tendo em mente a necessidade de um processo célere e, ao
mesmo tempo, seguro quanto à busca pela verdade, lançamos olhos sobre o instituto da
discovery, existente nos sistemas da common law e concluímos que suas finalidades
básicas são permitir que qualquer das partes conheça as provas que detém a parte contrária
e adquira elementos de prova que possam ser úteis. Seu objeto é bastante amplo, sendo
que a investigação pode referir-se a qualquer matéria não coberta por um privilégio, que
seja relevante para o processo. A fase da discovery serve a importantes propósitos, tais
como auxiliar na formulação das questões, relevar fatos, preservar as provas de
testemunhas que podem não estar disponíveis no momento do trial e congelar
testemunhos, de modo a evitar perjúrios. Ela também pode ser utilizada na preparação do
caso para julgamento sumário. Na medida em que as partes são capazes, através de
cuidadosas inquirições, de testar a força do caso do oponente e verificar suas chances de
sucesso em um futuro julgamento, a discovery também corresponde a um instrumento de
promoção de acordos.

40. Mencionando o sistema anglo-saxão, refletimos acerca dos sistemas jurídicos


existentes e suas principais características. Na família da common law, principalmente na
formatação utilizada nos Estados Unidos, a instrução probatória depende, em grande
parte, da iniciativa das partes e seus procuradores que se utilizam, para tanto, do
procedimento da discovery para explorar fontes de prova fora do âmbito judicial. No
Brasil, o sistema utilizado é o da civil law, com sua característica prevalência da prova
documental sobre a testemunhal, fato que está entre aqueles que fundamentam a
existência em nosso ordenamento do notariado de tipo latino.

40. Usualmente, a legislação dos países de civil law estabelece certa hierarquia entre os
documentos, privilegiando o documento público em relação ao privado, decisão que
normalmente se vincula a critérios perseguidos pelo legislador, como aqueles de
prevenção de litígios e estabilidade nas relações. O documento autêntico, lavrado por
profissional de notas, assim, goza de uma força especial, revestindo-se de grande força
probatória.

41. Determinados ordenamentos jurídicos, no entanto, além do campo dos fatos a serem
conhecidos, limitam o processo de conhecimento do juiz. Esse conjunto de regras de
valoração relativas à percepção e à dedução dos fatos por parte do juiz constitui o sistema
da prova legal. Na Idade Média, a prova judiciária afastou-se das suas origens lógico-
racionais, através de um sistema que obrigava o magistrado a valorar as provas conforme
o valor pré-determinado pela lei. Com o surgimento da livre convicção em 1667,
instrumento de liberalização, voltou-se a prestigiar a retórica. Em nosso ordenamento, até
o CPC de 1939, os meios de prova eram exclusivamente previstos em lei. Com o advento
do CPC de 1973, e seu artigo 332, a rigidez da prova legal foi abandonada. A Constituição
Federal de 1988 elencou, dentre os direitos fundamentais, o amplo acesso ao poder
judiciário e, no âmbito judicial, o direito de defender-se provando, através da ampla
defesa e do contraditório, que adquirem cada vez maior concretude.

42. Apesar da adoção do sistema do livre convencimento motivado no processo civil


moderno, ainda são estabelecidas pelo legislador diretrizes que limitam essa liberdade,
determinando o valor a ser atribuído aos meios de prova em determinadas hipóteses.

43. São três os graus de eficácia probatória em geral: prova plena, prova semiplena e
princípio de prova. Por prova plena, entende-se aquela que, por si só, basta para a decisão
judicial, não necessitando de qualquer tipo de complemento acerca do fato que demonstra.
A prova semiplena, por seu turno, consiste em uma prova incompleta, que não instrui o
suficiente para, sozinha, fundar um juízo. Por fim, o princípio de prova corresponde
àqueles elementos que não poderiam jamais servir como prova de um fato, servindo
apenas como ponto de apoio à outra prova. O grau de prova plena equivale a uma prova
legal, o grau de prova semiplena está ligado ao critério da livre convicção, enquanto o
grau de princípio de prova também tem vinculação à prova legal, no entanto em efeito
negativo.

44. O CPC elenca vinte e seis artigos e seus respectivos incisos e parágrafos, sob o
título “da força probante dos documentos”, destinados a especificar regras sobre a eficácia
dos documentos. Essa mensuração do valor das provas seria incompatível com o princípio
do livre convencimento. Ao referir que a escritura pública faz prova plena, o Código Civil
estaria manifestando premissa remissiva ao sistema da prova legal e, portanto,
inadequada. Contudo, apesar dessas questões, a doutrina reconhece o grande poder de
convicção de que os documentos são portadores.

45. Em relação à medida de sua eficácia probatória, foi verificado que o documento
notarial possui o valor determinado pelo direito positivo do tempo e do lugar. O
documento público, assim considerado quando seu autor imediato for investido de função
pública, possui caráter de prova pré-constituída, e eficácia quanto à certeza quanto à
autoria das declarações. Destarte, a escritura pública faria prova de sua formação e das
declarações feitas perante o notário.

46. O documento é público quando seu autor imediato for investido de função pública,
e é particular quando essa autoria for de particular ou de funcionário público fora do
exercício de suas funções. A diferença de origem dos documentos aponta para a distinção
de suas eficácias probatórias, sobretudo em relação à autoria da declaração feita.

47. A ata notarial apresenta uma característica que a distingue dos demais instrumentos
públicos notariais: tanto sua autoria mediata, quanto sua autoria imediata provém de
sujeito dotado de fé pública, reservado o mero requerimento ao particular interessado.
Dessa forma, considerando que seu objeto é a certificação dos fatos verificados pelo
tabelião, deve-se admitir a possibilidade desse instrumento público fazer prova dos fatos
que o agente declara terem ocorrido em sua presença, assim como do fato declarado, e
não somente da declaração feita pelas partes, uma vez que o agente público é seu autor
intelectual.

48. Outro aspecto que diferencia a ata notarial dos demais instrumentos públicos é que,
enquanto a maioria dos instrumentos notariais é feito mediante o comparecimento de
todas as partes envolvidas ao tabelionato, a ata é realizada de forma unilateral, em
decorrência do simples requerimento de uma das partes. Em consequência dessa
característica, sua análise deve ser realizada de forma diferenciada das demais, eis que é
sua formação ocorre inaudita altera pars. Apesar de não ser dotado das garantias do
contraditório, posto que elaborado sem ingerência da parte contrária, o instrumento
continua sendo eficiente, não em grau de prova plena, mas daquela semiplena, que
remete-nos às presunções judiciais e às regras da livre valoração.

49. Caso atue de forma irresponsável, o tabelião de notas responderá na esfera


administrativa, civil e penal. Assim, para que fosse suprimida a natureza de instrumento
veraz e íntegro da ata notarial, com a aniquilação de qualquer valor de convicção que ele
possuísse, seria necessário supor que o notário estivesse desafiando os preceitos que o
castigam com penalidades cíveis, penais e administrativas, que incluem a perda da
delegação, o que não é acontecimento usual e presumível. De qualquer modo, deve ser
reconhecido na ata notarial também um valor de segurança jurídica preventiva, por
consistir em um instrumento que permite a aquisição de uma prova útil pela parte e que
pode ser utilizado como instrumento facilitador de acordos.

50. O art. 215 do Código Civil determina que a escritura pública faz prova plena. Por
seu turno, o CPC, em seu art. 364, normatiza que o documento público faz prova de sua
formação e dos fatos que o tabelião declarar que ocorreram em sua presença. Como pode
ser observado, a regra do diploma processual é mais completa. Em interpretação do
referido dispositivo, a doutrina afirma que a fé do documento público cessa com a
declaração jurídica de sua falsidade.

51. A falsidade do documento pode corresponder a um vício de conteúdo, oportunidade


em que abrirá oportunidade para o ajuizamento de ação anulatória do ato jurídico, ou a
um vício de forma, que se refere à autenticidade material do documento, que poderá ser
desconstituído através de ação declaratória autônoma ou por meio de ação incidental, com
utilização da via de arguição de falsidade.

52. Caso não seja impugnado no prazo devido, o documento público terá sua presunção
juris tantum ratificada. No entanto, nada impede que, demonstrada a falsidade de uma
prova produzida nos autos, ela seja reconhecida pelo juiz, mesmo que a parte interessada
não tenha proposto ação autônoma ou incidental. A presunção é um processo intelectual,
através do qual, em decorrência do conhecimento de um fato, infere-se como razoável a
possibilidade da existência de outro, ou o estado de uma pessoa ou coisa. Seu objetivo
principal é de facilitar a prova. As presunções relativas (juris tantum), à qual corresponde
a presunção do documento público e, consequentemente, da ata notarial, projetam-se
sobre o objeto da prova, excluindo a necessidade de provar o fato presumido, mas
autorizam que o interessado obtenha sua desconstituição através da prova em contrário.

53. Em contrapartida à doutrina que entende que os atos praticados pelo tabelião
somente são contestáveis mediante incidente de falsidade, parece-nos cabível que o juiz,
ao apreciar o caso concreto e o contexto probatório levado aos autos, entenda de maneira
divergente à presunção gerada pelo instrumento público, conferindo diversa valoração às
provas. Contudo, nesse caso, o magistrado deverá motivar precisamente as razões de sua
decisão.

54. Mesmo não consistindo em uma prova plena, o instrumento da ata notarial, para
que tenha sua declaração de falsidade coberta pelo manto da coisa julgada material, deve
ser atacado através de incidente de falsidade, ou por meio de ação declaratória autônoma,
com julgamento por sentença. Por outro lado, caso o magistrado julgue contra eventuais
elementos constantes em ata notarial em razão das alegações e demais provas contidas no
processo, conforme lhe autoriza o sistema da livre apreciação da prova, o instrumento
notarial preservará suas potencialidades probatórias, eis que não desconstituído por
sentença em procedimento com observância do contraditório e ampla defesa.

55. Considerando como referência o processo declaratório e, dentro dele, a fase


reservada à instrução, a pré-constituição da prova pode ser entendida como a atuação
antecipada dos meios sobre as fontes de prova e deve ser vista como algo salutar para o
sistema. Admitindo-se a ata notarial como prova documental inclusa na categoria dos
documentos públicos, deve ser admitido, consequentemente, seu caráter de prova pré-
constituída. Sobretudo por esse motivo, a ata notarial configura um meio muito útil para
a documentação de diversas situações, podendo ser posteriormente utilizada nas esferas
judicial, extrajudicial e administrativa.

56. Dentre as possibilidades do uso do instrumento estudado, estão questões de


natureza imobiliárias e contratuais, indenizatórias, trabalhistas autorais, além de muitas
outras.A ata notarial também pode ser utilizado como ferramenta probatória para reforçar
a existência do pressuposto do direito líquido e certo no mandado de segurança, que não
admite dilação probatória, bem como para auxiliar o convencimento do juízo a respeito
da existência de prova inequívoca nos casos do art. 273 do CPC.Da mesma forma, o
instrumento pode ser utilizado como ferramenta apta a conduzir à inversão do ônus da
prova das alegações tecidas a respeito dos fatos ou, ao menos, de fornecer à parte um
instrumento para a devida exoneração desse ônus.

57. Através de todo o narrado, observou-se que a ata notarial consiste em eficaz
instrumento de auxílio do processo, seja em fase preliminar, através de uma função
preventiva, que permitiria que a parte satisfizesse sua finalidade sem necessitar colocar
em movimento a máquina do judiciário, ou através de uma função auxiliar, no curso da
demanda judicial, de demonstração da boa-fé da parte, mecanismo para se desincumbir
adequadamente de seu ônus probatório, ou ainda de esclarecimento e apoio ao magistrado
na prolação de sua decisão.

58. Considerando sua função probatória, pode-se sustentar que a ata notarial consiste
em uma forma de exercício do direito à prova, uma vez que corresponde a qualificada
ferramenta à disposição da parte para o exercício de seu direito de demonstrar a verdade
dos fatos. Nesse sentido, sua eficácia está adstrita ao conjunto probatório formado nos
autos e à livre convicção do magistrado.

59. No campo preliminar ao processo, entende-se que a ata lavrada por notário
corresponde a ferramenta de grande utilidade ao causídico que possua motivação para
buscar o acordo extraprocessual com a parte contrária, sobretudo por se tratar de um
documento de alta carga de eficácia e que não reclama por um processo para a sua
constituição. Sua utilização como ferramenta de negociação com a parte adversa, antes
mesmo da propositura da ação, é terreno que pode ser explorado pelos advogados que
busquem a célere solução de controvérsias surgidas no plano material.

60. Ao lado de sua essencial utilização como meio de prova pré-constituída, que
representa o aspecto fundamental de sua natureza, percebe-se outra relevância na ata
notarial, que vai além da função meramente probatória, que pressupõe litígio potencial a
dar-lhe ou a lhe negar respaldo. O instrumento público notarial correspondente à ata
notarial existe e é eficaz por si próprio, auxiliando na realização do direito na normalidade
da vida social e, acima de tudo, por sua qualificação e respeitabilidade, pode ser visto
como fator de prevenção de litígio, imbuído desde seu nascedouro da missão de
harmonizar as pessoas em suas relações jurídicas no meio social. Em seu aspecto judicial,
utilizada como prova no processo judicial, a ata notarial consiste em importante
ferramenta de prova, posto que caracteriza uma presunção com grau de vinculação de
prova semiplena, a ser examinado no contexto probatório casuístico e valorado de acordo
com as regras da livre apreciação motivada.
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