20 Anoplura

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CAPÍTULO XX

Ordem ANOPLURA136

200 Caracteres. - Constituem esta ordem os piolhos su-


gadores de sangue dos mamiferos.
Os Anopluros, como os Malofagos, são insetos pequenos,
apteros, tendo no maximo 6 mm. de comprimento, de corpo
mais ou menos deprimido e pernas tipicamente escansoriais.
Todavia, enquanto que os Malofagos possuem um aparelho
bucal mastigador, com mandíbulas trituradoras, mais ou me-
nos robustas, assestadas na parte inferior da cabeça, os Ano-
pluros têm um aparelho bucal de tipo sugador especial, sem
mandíbulas, sempre situado na parte anterior da cabeça, que
aí se apresenta mais ou menos proeminente.
O tegumento nestes insetos é relativamente espesso, daí
a dificuldade em se os dissecar ou cortar. Desenvolvem-se por
apometabolia.

201 Anatomia externa, - Cabeça horizontal, distinta


do torax, menos desenvolvida que nos Malofagos e apresen-
tando a porção adiante das antenas geralmente prolongada
em saliencia c onica, de apice arredondado ou acuminado, na
ponta do qual ha uma pequena area esclerosada, provida de
cerdas, considerada o labio superior (labrum). Em relação

136 Gr. anoplos, inerme; oura, cauda.


380 INSETOS DO BRASIL

Com essa area e ás vezes projetando-se para diante vê-se uma


estrutura membranosa circular ou tubuliforme (haustellum),
provida de ganchos ou denticulos (denticulos prestomais).

Fig. 180 - Pediculus humanus Linneaus macho, aspecto dorsal;


a, clypeus; b, linha correspondente a sutura epicraneana; c, pro-
torax; d, mesotorax; e, metatorax; f, anus; g, dilator; h, tarso;
i, polex; j, tibia; k, femur; l, trochanter; n, coxa; m, estigma;
o, costela; p, cova esternal; q, faixas transversais; r, placa
pleural; 1-6 estigmas abdominais (De Keilin & Nuttall,
1930, est. 3).
ANOPLURA 381

Olhos, quando presentes, relativamente grandes, proemi-


nentes e pigmentados, reduzidos, porém, a um omatidio. Oce-
los ausentes. Antenas geralmente de 5 segmentos distintos,
ás vezes, porém, aparentemente com 3 segmentos (Pedicinus).
Aparelho bucal. - As mandíbulas são atrofiadas. A aber-
tura bucal (prestomum) acha-se em relação com 2 canais
superpostos: o superior, constituido pela porção anterior, tu-
bulosa, do faringe, a qual PEACOCK (1918) deu o nome de funil
bucal; o inferior, longa invaginação tubuliforme, que se abre
adiante no assoalho da boca ou funil bucal e termina atrás
em fundo de saco, quasi ao nível da base da cabeça, é o cha-
mado saco dos estiletes, porque neste diverticulo se alojam
as peças bucais ou estiletes, um dorsal, um mediano e outro
ventral, adatados á perfuração e á sucção. O estilete dorsal,
com aspecto de crescente em seção transversa (tubo sugador),
é constituído por duas peças, que se justapõem, em sua maior
extensão, divergindo atrás, porém, para se inserirem no fun-
do do saco. O estilete medio (hipofaringe) é a parte distal do
conduto salivar. O estilete ventral, em forma de calha e onde
se alojam os outros estiletes, segundo PEACOCK, é formado por
2 elementos superpostos, cada um tambem preso atrás ao fun-
do do saco, mediante um par de ramos divergentes. FERNANDO
(1933), baseando-se em dados embriologicos, demonstrou que
o estilete dorsal resultou da fusão das maxilas, que o ventral
é o labium, sendo o labrum o elemento que forma o této do
funil bucal.
Quando o inseto procura sugar, o haustellum (porção tu-
bulosa ou vestibular da cavidade bucal), acionado por mus-
culos protratores especiais, projeta-se para adiante, forçando
os dentes prestomais, em prolapso, a se ancorarem na pele do
animal atacado. São então nela introduzidos os estiletes, per-
furando-a os estiletes ventrais e penetrando tambem, nessa
ocasião, a secreção salivar, que possue, como demonstrou NUT-
TALL (1917), um anti-coaguleno. O sangue é em seguida as-
pirado pela bomba faringêa, durando 3 a 10 minutos cada
repasto.
Torax, relativamente pequeno, com os segmentos fundi-
dos, apresentando apenas um esternito (placa esternal), ge-
382 INSETOS DO BRASIL

ralmente indiviso. Pernas curtas, robustas, de tipo escanso-


rial, principalmente caracterizado pelo aspecto da tibia e da
garra tarsal, articulada no articulo tarsal unico. A garra tarsal
apresenta-se alongada, achatada e recurvada, ás vezes consi-
deravelmente robusta, podendo aproximar-se de um processo
no apice da tibia, de modo a ambos formarem uma especie de
pinça. Em muitas especies as pernas do par anterior são no-
tavelmente menos robustas que as outras.

Fig. 181 - Cabeça de Haematopinus eurysternus (Nitzch),


vista de cima; 1, denticulos prestomais; 2, haustellum; 3, fronte;
4, lobulo post-antenal; 5, antena.

Abdomen, nos generos mais primitivos, de 9 segmentos,


nos demais, porém, geralmente com os 2 primieros fundidos.
Em Phthirus os 5 primeiros uromeros se reunem num só
segmento basal. Em geral ha pleuritos esclerosados e pigmen-
tados (placas pleurais); os tergitos e esternitos, porém, são
pouco esclerosados. Cércos ausentes. Genitalia do macho bem
desenvolvida. Femea apresentando no lado ventral da região
ANOPLURA 383

caudal um par de gonapodos, que, na postura, prendendo o


pêlo suporte, d i r i g e m o a l i n h a m e n t o dos ovos.

Fig. 182 - Cabeça de Pediculus h u m a n u s Linnaeus; m e t a d e direita


de u m córte l o n g i t u d i n a l e mediano, vista, em a, com os estiletes
retraídos e, e m b, c o m os m e s m o s salientes. ChS, festões bucais;
dSt, estilete dorsal; EpS, orgão sensorial epifaringeo; FrG, g a n g l i o
frontal; Hau, h a u s t e l l u m ; KSp, g l a n d u l a de Pawlowsky; MH, f u n i l
bucal; MHD: m e t a d e do t u b o faringeo sugador; MK, denticulos
preorais; Mu, m u s c u l o s dos estiletes; P h l , faringe a n t e r i o r (sugador) ;
Ph2, faringe posterior; Po, orificio preoral; Protr, musculos pro-
tractores do saco dos estiletes; Retr, musculos retractores do saco
dos estiletes; RM, esfincter faringeo; Sch, saco dos estiletes; Spe,
c a n a l excretor d a s glandulas salivares toraxicas (labiais); StDr,
g l a n d u l a dos estiletes; Sub, ganglio infra-esofagiano; Sup, ganglio
s u p r a - e s o f a g l a n o ( c e r e b r o ) ; vSt, estilete c e n t r a l . (De Sikora, e m
Weber, 1933, Lehrb. Entom., fig. 73).
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202 Anatomia interna. - O stomodaeum não tem in-


gluvia nem proventriculo. Depois do faringe, constituido por
2 partes, anterior (faringe sugador) e posterior, separadas por
uma valvula, segue-se um esofago curto. O mesenteron é sim-
ples ou representado por duas porções, sendo a anterior bem
mais dilatada que a posterior. Esta, em Pediculus, apresenta
um par de cégos gastricos. Proctodaeum quasi reto, com 4
tubos de Malpighi e 6 papilas retais. Anexas ao stomodaeum
e situadas no torax ha 4 glandulas salivares: 2 anteriores,
compactas, reniformes e duas posteriores bitubulosas. Aque-
las, segundo PAWLOWSKY e STEIN (1924), secretam o princi-
pio irritante da saliva. Os canais escretores destas glandulas
reunem-se formando o conduto salivar que se insinua sob o
estilete dorsal do aparelho bucal. Na cabeça ha 2 glandulas
menores (glandulas de Pawlowsky), cujo canal excretor se
abre no saco dos estiletes. Acredita-se que a secreção destas
glandulas sirva para lubrificar os estiletes.
O sistema traqueal é semelhante ao dos Malofagos. Ha
geralmente um par de estigmas mesotoraxicos, localizados na
parte dorsal, e estigmas abdominais situados nas placas pleu-
rais dos uromeros 3-8 ou 2-8.
Os testiculos são constituídos, pelo menos, por 2 foliculos.
Os ovarios são formados por 5 ovariolos. Não ha espermate-
cas; daí a copula realizar-se frequentemente.
Sistema nervoso central altamente concentrado; ganglios
toraxicos e abdominais fundidos numa só massa ganglionar.
Como nos Malofagos da subordem Ischnocera, que se
nutrem de keratina das penas, ha nos Anopluros um mice-
toma da mesma natureza (v. bibliografia sobre o assunto no
trabalho de PIERANTONI (bibl. Mallophaga), além dos artigos
citados no fim deste capítulo).

203 Reprodução, postura e desenvolvimento post-em-


brionario. - A copula realisa-se como nos Malofagos. As fe-
meas, depois de fecundadas, fazem as posturas nos pêlos dos
mamiferos, ficando os ovos (lendeas) grudados ao suporte me-
diante um cimento especial secretado pelas glandulas colete-
ricas. Sempre se os encontra com o eixo longitudinal disposto
ANOPLURA 385

quasi paralelamente ao fio suporte e com o polo portador do


operculo livremente exposto.

Fig. 183 - P e r n a de Haematopinus suis ( L i n n a e u s ) ; 1, garra


tarsal ( u n c u s ) ; 2, goteira de deslisamento da placa estriada
( " G l e i t r i n n e " dos a u t o r e s a l e m ã e s ) ; 3, disco protractil; 4, polex;
5, tendão do a d u c t o r (flexor) tibial; 6, m u s c u l o a d u c t o r (flexor)
da garra; 7, t e n d ã o do l o n g o a d u c t o r (femoral) da garra; 8, m u s -
culo a d u c t o r (flexor) d a tibia; 9, t e n d ã o do a b d u c t o r (extensor)
da garra; 10, placa estriada ( " S t r e c k p l a t t e " , dos a u t o r e s alemães
(ou p l a c a u n g u i t r a c t o r a dos a u t o r e s ingleses e a m e r i c a n o s ) ; 11,
tarso; 12, t e n d ã o d o a d u c t o r (flexor) da garra; 13, tibia; 14, m u s -
culo a b d u c t o r (extensor) da garra; 15, m u s c u l o a b d u c t o r (ex-
t e n s o r ) d a tibia; 16, f e m u r .

A capacidade de proliferação varia nas diferentes espe-


cies. Assim, enquanto que o piolho do boi, num período de
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postura de 10 a 15 dias, põe de 35 a 50 ovos, a "muquirana"


ou piolho do corpo do homem, num período de postura de 25
dias e em ótimas condições de existencia, segundo NUTTALL,
pode pôr de 250 a 300 ovos. Dos ovos emergem, geralmente
4 a 8 dias depois da postura, as primeiras formas jovens,
quiçá mui semelhantes aos adultos, porém de tegumento muito
mais delicado, realizando-se o desenvolvimento post-embriona-
rio (aproximadamente num quinzena) exclusivamente por
simples transformações, mediante um processo ametabolico
identico ao que ocorre nos Malofagos (apometabolia).

Fig. 184 - Pediculus humanus Linnaeus genitalia do macho; A,


aspecto dorsal; B , em prolapso; C, aspecto ventral; bp, placa basal;
p, penis; par, parameros; pp, pseudapenis; sp, statumen peanis;
vp, vesicula do penis. (Desenho e terminologia de Ferris, 1935,
fig. 325).

204 Classificação. - Ha cerca de 200 Anopluros descri-


tos, distribuidos em 3 familias: Echinophthiriidae, compreen-
ANOPLURA 387

dendo especies que vivem exclusivamente em mamiferos ma-


rinhos; Pediculidae, constituida pelos piolhos dos Primates
(homem e macacos) e Haematopinidae, formada pelas espe-
cies que sugam o sangue dos demais mamiferos,
Eis, segundo FERRIS (1916), a chave para a determina-
ção das famílias:

Fig. 185 - Pedicinus longiceps Piaget, aspecto dorsal da geni-


talia do macho; 1, placa basal; 2, mesosoma; 3, paramero; 4, en-
domero anterior; 5, penis; 6, endomero posterior. (Desenho e
terminologia de Ewing, 1932, fig. 9).

1 Corpo densamente guarnecido de espinhos mais ou menos


curtos, robustos, ou com espinhos e escamas, Exclusiva-
mente em mamíferos marinhos ........ Echinephthiriidae137
1' Corpo com espinhos ou cerdas sempre em fileiras definidas,
jamais possuindo escamas, Exclusivamente em mamife:
ros terrestres .......................................................................................... 2

137 Gr. echinos, ouriço; phtheir, piolho.


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2(1') Olhos ausentes ................................................ Haematopinidae138


2' Olhos presentes, bem pigmentados. Exclusivamente em Pri-
mates ............................................................................. Pediculidae139

205. Especies de maior importancia. - Da primeira fa-


mília não h a especies no Brasil.
Como representantes da família Haematopinidae de
maior interesse economico devo citar algumas especies dos ge-
neros Haematopinus e Linognathus. Assim, de Haematopinus,
o H. asini (Linnaeus, 1758), do cavalo e outros equideos, o H.
eurysternus (Nitzsch, 1818), do boi e o H. suis (L., 1758), do
porco.
Do genero Linognathus merecem menção especial: o Li-
nognathus pedalis (Osborn, 1896), do carneiro e o L. setosus
(Olfers, 1816) (= pililerus Burm., 1838), do cão.
Todos estes piolhos sugadores de animais domesticos,
além dos danos que causam diretamente, resultantes das pi-
cadas, podem, eventualmente, transmitir germens que vivem
no sangue desses mesmos hospedadores. Assim VON PROWAZEK
(1913) demonstrou que Polyplax spinulosa (Burmeister,
1839), piolho do rato, pode servir de hospedador intermedia-
rio do Trypanosoma lewisi (Kent, 1879), parasito de tais roe-
dores, normalmente transmissível por varias especies de pul-
gas. Neste caso os ratos adquirem a tripanosomiase lamben-
do dejeções de piolhos. Recentemente MOOSER, CASTANEDA e
ZINSSER (1931), depois de terem demonstrado a ocurrencia
do tifo mexicano ("trabardillo") em ratos silvestres, apanha-
dos nas localidades em que se observa tal doença, verifica-
ram que o Polyplax spinulosa facilmente se infecta com o
agente causador da doença (? Rickettsia prowazeki), poden-
do transmiti-lo, na natureza, de rato a rato; daí concluírem
que, sendo tais roedores um reservatorio importante do tifo
endemico, o Polyplax spinulosa é o fator importante na ma-
nutenção da epizootia.
A familia Pediculidae é dividida em 2 subfamilias: Pedi-
culinae e Pedicininae, a primeira constituída por especies su-

138 Gr. haima, sangue; pino, bebo.


139 Lat. pediculus, piolho.
ANOPLURA 389

Fig. 186 - Pediculus humanus Linnaeus, macho, dissecado; 1, eso-


fago; 2, aorta; 3, diverticulos anteriores; 4, mesenteron; 5, disco
ventral do mesenteron; 6, tubo de Malpighi; 7 e 8, testiculos;
9, tubo de Malpighi; 10, aorta; 11, coração; 12, recto; 13, anus;
14, canal excretor da glandula salivar; 15, ganglios nervosos; 16,
glandulas salivares anteriores; 17, glandulas salivares posteriores;
18, canais deferentes; 19, tubo de Malpighi; 20, canal ejaculador;
21, canais deferentes; 22, ampola rectal; 23, placa basal, vesicula do
penis; 24, dilator. (De Keilin & Nuttall, 1930, est. 11).
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gadoras de sangue do homem e de macacos da região neo-


tropica. A subfamilia Pedicininae é representada por um ge-
nero apenas (Pedicinus) de ectoparasitos de macacos do gru-
po Cynomorpha (Asia, Africa e Oceania).
No Rio de Janeiro, em macacos rhesus (Macaca mulata),
importados para experiencias de febre amarela, era frequente
encontrar o Pedicinus longiceps Piaget, 1880 (=P. rhesi
Fahrenholz, 1916).
A subfamilia Pediculinae é constituida pelos generos
Pediculus e Phthirus (= Phthirius dos autores). A este ge-
nero pertence o "chato" do homem - Phthirus pubis (Lin-
naeus, 1758) (=Pediculus inguinalis Reichard, 1759, Phthi-
rus inguinalis Leach, 1815), que vive habitualmente na re-
gião pubiana, podendo, porém, ser tambem encontrado nas
axilas, sobrancelhas e outras partes do corpo.
Do genero Pediculus ha conhecidos, segundo FERRIS
(1935), apenas 3 especies que se pode considerar validas. Pe-
diculus humanus Linnaeus, 1758, do homem; P. schäffi
Fahrenholz, 1910, do chimpanzé e P. mjöbergi Ferris, 1916, de
macacos do Novo Mundo da fam. Cebidae, generos Ateles
(coatás), Alouatta (guaribas) e Cebus (micos, macacos
prego).

206. Biologia do Pediculus humanus. - Até bem pouco


tempo admitia-se perfeitamente distintas, além do Phthirus,
mais duas especies de piolho do homem: o piolho da cabeça
- Pediculus capitis De Geer, 1778 (= P. cervicalis Latreille,
1803) e o piolho do corpo - Pediculus corporis De Geer, 1778
(=P. vestimenti Nitzsch, 1838).
Todavia as pesquizas de BACOT, NUTTALL, KEILIN e NUT-
TALL, e as investigações de FERRIS e outros autores, relativas
a morfologia dos Pediculi, levam-nos a concluir que tais pio-
lhos não são senão formas de uma mesma especie, tal como
foram considerados por LINNAEUS (1758), que, para ambas,
aplicou a designação especifica unica - Pediculus humanus.
De fato BACOT (1917) empreendeu, com capitis e corporis,
experiencias de hibridação, até 3 gerações, sem observar qual-
quer redução na fertilidade.
ANOPLURA 391

Fig. 187 - Pediculus humanus Linnaeus, orgãos genitais da fe-


mea; a.g, glandulas acessorias do utero; ap, apofises quitinosas das
inserções musculares; gn, gonapodos; od, oviducto; ov, ovo; ovl,
pares de ovariolos; ovr, ovario; r.s, receptaculum seminis; sp, estigma
respiratorio (espiraculo); t.f., filamento terminal de um ovariolo;
ut, utero; vg.a, porção anterior da vagina; vg.p, porção posterior da
vagina; v.m, musculos vaginais. (De Keilin & Nuttall, 1930, est. 15).
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Por outro lado KEILIN & NUTTALL (1919) verificaram que


capitis, criado experimentalmente sobre a pele e em condições
especiais que favoreçam a proliferação de corporis, adquirem
todos os caracteres morfologicos desta forma, que se conser-
vam além da 4ª geração.
Alguns autores, entretanto, considerando ainda as 2 for-
mas como variedades ou raças, dão - como o fez DE GEER em
1778 - ao piolho da cabeça o nome Pediculus humanus hu-
manus e ao do corpo Pediculus humanus corporis.
O piolho da cabeça, que vive habitualmente na cabeça,
pode entretanto estabelecer-se em outras regiões pilosas do
corpo, como a pubiana, e aí proliferar. O piolho do corpo, ra-
ramente encontrado na cabeça, habitualmente se encontra
nas dobras da roupa em contacto com o corpo, passando para
a pele quando está para sugar. Todavia, como demonstrou
NUTTALL (1917), não raro se observam piolhos e ovos da forma
corporis em pêlos do corpo, especialmente nas axilas, no peito,
na região pubiana ou em outra parte.
Daí, no combate a muquirana, não bastar o expurgo de
toda a roupa dos individuos infestados, devendo-se tambem
banha-los, tratando-os com um sabão inseticida (sabão de
cresol ou querosene).
O Pediculus humanus, em condições normais, isto é, vi-
vendo perto da pele do homem e alimentando-se regularmen-
te, tem uma existencia de 30 dias, durante a qual pode pôr
atè 300 ovos. HUTCHINSON (in PIERCE, Sanit. Entom.), crian-
do-o experimentalmente sobre o homem pelo metodo da pul-
seira, obteve 14 ovos por dia, com uma media de cerca de 11
por dia num período de 25 dias.
Uma vez fecundadas, as femeas começam a fazer a pos-
tura, geralmente de 24 a 36 horas depois de emergirem da ul-
tima exuvia. Neste ato a femea, agarrada ao fio ou pêlo su-
porte, prende-o tambem com os gonapodos e lobulos poste-
riores do abdomen, emite uma goticula do cimento secretado
pelas glandulas coletericas e sobre ela põe o ovo, realizando-
se toda a operação em cerca de 17 segundos.
A 37º (centigrados) as posturas se realizam rapidamen-
te; todavia a 30° já se efetuam em ótimas condições, cessan-
do, porém, a 20º.
ANOPLURA 393

O desenvolvimento embrionario, com a temperatura do


corpo (37º) e em condições normais de umidade, pode fazer-
se em 4 a 8 dias. Numa temperatura de 45° todos os embriões
morrem. O desenvolvimento post-embrionario, mediante 3

Fig. 188 - Linognathus pedalis (Osborn). Eclosão da forma


joven. (De Lahille, 1920, est. 3).

ecdises, realizadas de 2 em 2 dias, pode, pois, considerar-se


completo, no fim de uma semana. Assim sob as mais favo-
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raveis condições, o ciclo, de ovo a ovo, pode completar-se em


3 ou mesmo 2 semanas apenas.

Fig. 189 - Pediculus humanus Linnaeus, femea. (De Keilin


& N u t t a l l , 1930 est. 2).
ANOPLURA 395

NUTTALL dá 16 dias para o ciclo em piolhos continuamen-


te mantidos sobre o corpo humano, assim divididos: ovo (in-
cubação), 8 dias; 1ª forma joven, 2 dias; 2ª forma joven, 2
dias; 3ª forma joven, 3 dias; periodo pre-ovipositorio, 1 dia;
total: 16 dias.
Aumentando a temperatura do portador dos piolhos, estes
se mostram inquietos e, espalhando-se pela roupa, tentam
passar para outros individuos. O mesmo sucede com o abai-
xamento progressivo da temperatura. Daí abandonarem os
cadaveres logo que começam a esfriar. Acima de 44º os pio-
lhos morrem. Em operações profilaticas, 54° durante meia
hora ou 60°C. durante um quarto de hora, bastam para des-
truir o inseto em quaisquer das suas fases de desenvolvimento.

Fig. 190 - Metodo d a " p u l s e i r a " , de Nuttall, p a r a a criação d o


piolho h u m a n o . ( D e H u t c h i n s o n , e m P i e r c e Sanit. E n t o m . ,
fig. 61).

Ha um fato interessante na biologia do Pediculus huma-


nus que deve ser aqui mencionado: se o inseto agarrado aos
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fios da roupa pode deslocar-se, em poucos minutos, numa dis-


tancia igual ao comprimento do corpo de um homem (NUT-
TALL), é entretanto incapaz de se locomover numa superfície

Fig. 191 - Face dorsal da femca de Phthirus pubis (L., 1758).


1, clipeo; 2, olho; I-V, segmentos antenais; 3, coxa; 4, trocanter; 5,
femur; 6, tibia; 7, tarso com um só articulo; 8, garra ou unha;
9, estigma respiratorio; 10, traqueia; 11, metapodio; 12, esperma-
teca; 13, ovo preso ao cabelo; 14, cabelo; 15, gonapofise ou gono-
podio. (De Cesar Pinto. 1930, Arthr. Paras. e Transm. de Doenças.
I:152, fig. 43).
ANOPLURA 397

lisa não horizontal, mesmo pouco inclinada. Daí o poder pro-


tetor dos uniformes, luvas e botas de borracha usadas por
aqueles que lidam com portadores de piolhos em epidemia de
tifo exantematico.

207. Importancia medica do Pediculus humanus - Efei-


to direto das picadas. - O efeito direto do ataque dos piolhos
manifesta-se, de inicio e durante algum tempo, pelo prurido,
quer se trate do ataque pelo piolho da cabeça (pedicutosis ca-
pitis), quer pela "muquirana" (pediculosis corporis), quer
pelo "chato" (phthiriasis). Aumentando a infestação, obser-
vam-se pequenas placas hemorragicas, ás vezes acompanha-
das de urticaria e de dermatite por infecções secundarias.
Nos indivíduos por longo tempo portadores de piolhos a
pele das regiões do corpo em que eles abundam, principal-
mente atrás do pescoço e entre as espaduas, fica espessada e
caracteristicamente pigmentada (melanodermia), adquirindo
um tom bronzeado, que lembra o que se observa na molestia
de ADDISON.
Transmissão de doenças. - Se o Pediculus humanus, ex-
clusivamente pelas picadas, tem alguma importancia sob o
ponto de vista medico, essa é praticamente insignificante
quando se encara o papel que ele desempenha na transmissão
do tifo exantematico, da febre recurrente e da febre das trin-
cheiras. Basta lembrar que durante a Grande Guerra mais
de 10.000.000 de russos contrairam o tifo exantematico, ten-
do morrido mais de 2.000.000. Tambem, no auge da epide-
mia ocorrida na Servia em 1915, houve uma media de 9.000
obitos diarios.
São principalmente as fezes dos piolhos infectados que,
depostas sobre as picadas e escoriações da pele, permitem a
penetração dos germens de tais doenças no organismo hu-
mano.
398 INSETOS DO BRASIL

De fato, até agora, não se sabe de outro transmissor do


vírus do tifo exantematico, considerado pela maioria dos au-
tores como sendo Rickettsia prowazecki Rocha Lima, 1916.
O mesmo pode dizer-se com relação a febre das trinchei-
ras, conhecida nos primeiros dias da Grande Guerra, pelas
iniciais P.U.O. ("pyrexia of unknown origin") e atribuída
pelos autores a um organismo do grupo Rickettsia, talvez a
R. quintana Topfer, transmitido tambem pelos excreta do P.
humanus.

Fig. 192 - Haematopinus suis (Linnaeus). Aspectos dorsal e


ventral (Desenho de Ferris, em Essig, Ins. West. N. Amer.,
fig. 100).
ANOPLURA 399

O Treponema recurrentis (Lebert), causador da febre re-


currente, normalmente transportado por carrapatos da fam.
Argasidae, pode tambem ser transmitido pelo Pediculus hu-
manus. Neste caso, porém, a infecção não se processa nem
pela picada, nem pelos excreta. Realisa-se a contaminação
através de uma solução de continuidade na pele, pelo conteú-
do da cavidade geral do corpo do piolho extravasado quando
o inseto é esmagado entre as unhas.

Fig. 193 - Haematopinus eurysternus (Nitzsch), m a c h o (á es-


querda) e f e m e a (á direita) (Foto J . P i n t o ) .

208. Bibliografia. - Ver tambem na bibliografia de Ma-


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