A Formação Dos Professores e A Educação Dos Autistas 10

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ASPECTOS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

CAPÍTULO 10:
ASPECTOS IMPORTANTES NA
FORMAÇÃO DO PROFESSOR

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UNIDADE 5: FORMAÇÃO DO S P R O FESSO R ES PA R A L ID A R COM CRIANÇAS AUTI STAS
ASPECTOS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Existem muitos aspectos relevantes na formação do profes-


sor, a fim de que esteja apto a lidar com os alunos diagnosticados
com TEA. O verbo lidar está sendo usado aqui com seu significado
da forma mais ampliada possível, afinal apenas manter o aluno em
sala de aula de maneira que não incomode os demais ou não inter-
rompa o andamento da aula não é o que consideramos uma boa
formação, nem uma postura condizendo com a de um educador
que realmente deseja fazer a diferença na vida de uma criança e de
uma família.
Sozinho, sem auxílio de uma equipe multidisciplinar fica in-
viável para o educador alçar grandes objetivos no desenvolvimento
do TEA, mas, ainda assim, é possível com uma boa formação al-
cançar progressos no processo ensino-aprendizagem.
As estratégias educativas adaptadas direcionadas para o de-
senvolvimento da aprendizagem de crianças com Transtorno do
Espectro Autista requerem uma transformação que proporcione o
avanço das inúmeras habilidades dos alunos com TEA (SILVA;
BALBINO, 2015). Para que o professor elabore estas estratégias
é imprescindível que ele conheça este transtorno, estude-o o mais
profundamente que puder (este trajeto percorremos em nos-
sos estudos até aqui). Conhecendo a criança autista: suas ne-
cessidades, inseguranças, medos, os desafios e assim por diante,
poderá planejar-se melhor, fazer intervenções mais assertivas, usar
estratégia que funcionarão (ainda que nem sempre), e quando
falhas ocorrerem poderá traçar novas rotas, com mais segurança.

Nesse sentido, o professor terá a incumbência de estar ino-


vando suas práticas, tendo sempre flexibilidade e compreensão
em sala de aula, estando consciente de que o processo que se
constitui em educar uma criança com TEA é complexo, mas é
possível desde que ele trabalhe de forma organizada, também

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é importante que os alunos com TEA tenham uma rotina no


cotidiano escolar, a sala deve ser adaptada de uma forma que
contribua diretamente para a aquisição do aprendizado destes
(SILVA; BALBINO, 2015).

Tendo isso em mente, para atingir o processo de aprendiza-


gem com as crianças com TEA é indispensável um trabalho siste-
matizado e baseado em rotinas, proporcionando na medida do pos-
sível um o ambiente. Nesse sentido, o professor terá a incumbência
de inovar suas práticas, tendo sempre flexibilidade e compreensão
em sala de aula, estando consciente de que o processo que se cons-
titui em educar uma criança com TEA é complexo, mas é possível
desde que ele trabalhe de forma organizada, também é importante
que os alunos com TEA tenham uma rotina no cotidiano escolar,
a sala deve ser adaptada de uma forma que contribua diretamen-
te para a aquisição do aprendizado destes (SILVA; BALBINO,
2015).propício e estimulante para que o ensino aconteça de for-
ma natural, fazendo com que o aluno mostre interesse em realizar
a atividade proposta, sentindo-se envolvido e confortável por ter
suas necessidades sendo atendidas.
A seleção apropriada de estratégias educativas adaptadas é
extremamente importante para o sucesso da aprendizagem, visto
que as crianças com TEA possuem suas peculiaridades e respos-
tas diferenciadas frente as atividades em sala de aula, aliás, nada
diferente dos demais alunos que podem apresentar respostas dis-
tintas a uma mesma proposta. O melhor método é a fragmentação
das atividades, dos processos – colocar pequenos objetivos a cada
etapa pode trazer maior satisfação aos participantes da ação: pro-
fessor e aluno.

Destacamos também que o professor pode fazer uso de méto-


dos visuais devido ao fato de algumas crianças com TEA terem

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uma maior dificuldade com relação à abstração, mas muitas


quando estimuladas de uma forma correta conseguem realizar
suas lições, o docente precisa estar atento à questão da estimu-
lação auditiva, e entender que em algumas atividades as crian-
ças podem não saber o que fazer ou como continuá-las, cabe o
docente lembrá-las como é a atividade e participar ativamente
com os mesmos porque o exemplo, é uma das melhores formas
de aprendizagem (SILVA; BALBINO, 2015).

Fruchi (2015) destaca a importância das dicas auditivas que


amparam a criança no processo, fazendo-a acompanhar o que está
sendo realizado. Um ponto importante na comunicação é lembrar-
-se que não existe o óbvio, às vezes, pressupomos que a criança já
sabe algo e deixamos de nos certificar ou passar as comandas ne-
cessárias, e fato é que na maior parte das vezes as crianças não con-
seguem prever o que vem depois. Esse auxílio é temporário, o aluno
gradativamente vai ganhando autonomia (este é o maior obje-
tivo) e quando isto ocorrer novos objetivos devem ser traçados.

Entre as estratégias educativas adaptadas que podem ser


usadas no âmbito escolar, o professor poderá utilizar quebra-
-cabeças que tenha como finalidade trabalhar a percepção da
criança com TEA, porém é importante frisar que os alunos com
TEA têm um maior interesse em práticas pedagógicas relacio-
nadas ao lúdico que, proporcione a eles tocarem os materiais.
Sobre as estratégias educativas adaptadas, Soares (2009)
destaca que é fundamental ter um material adaptado que facili-
te a aprendizagem e ajude a criança a ficar atenta e realizar as
atividades com motivação e atenção. Por exemplo, ao observar
que a criança se interessa por um determinado desenho anima-
do (pica-pau), o professor pode adaptar atividades de mate-
mática com imagens desta animação para a criança parear com

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os números. Outra mudança importante, além da confecção do


material, é a disponibilização no ambiente de dicas visuais, or-
dem e previsibilidade são muito importantes, as pistas visuais
irão ajudar a criança a prever os efeitos do seu ambiente e re-
duzir o medo do desconhecido (quadro de rotina, cartolinas
com palavras escritas), dicas auditivas (vinhetas que can-
tem o que a criança precisa fazer – instrução verbal),
dicas gestuais que indiquem que a criança precisa fazer) e, por
fim, físicas (o professor pega na mão da criança para ela
poder realizar a atividade), é importante salientar que essas
dicas devem ser retiradas gradualmente para garantirmos a
independência nas atividades. Esta pesquisa tem como objeti-
vos analisar a importância da formação do professor frente a
criança com TEA e investigar o uso de estratégias educativas
adaptadas como meio facilitador da aprendizagem da criança
com TEA (SILVA; BALBINO, 2015).

A questão do toque, do contato físico com a criança autis-


ta nem sempre é algo que o professor conseguirá conquistar no
primeiro momento, como se sabe os vínculos sociais, a interação
são pontos críticos para o TEA, portanto o educador não poderá
“invadir” este espaço sem antes conquistá-lo. Neste momento, a
parceria com a família é primordial, o responsável poderá preparar
o aluno para o que acontecerá no seu dia, os professores que lhe
darão aula, descrever a rotina é muito reconfortante para o autista,
mudanças excessivas de profissionais não é indicado e pode preju-
dicar o progresso na aprendizagem.
Essa mesma descrição pode ser usada durante a atividade,
explicar tudo o que acontecerá. Quando estamos lidando com
crianças que não possuem a linguagem desenvolvida, a estratégia
ainda deve ser a mesma, devemos estimular a comunicação e nunca
desistir por acharmos que a criança não está nos compreendendo.

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ASPECTOS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Resumidamente os professore precisam ser capazes de pla-


nejar intervenções individualizadas para seus alunos, bem como
recorrer a recursos complementares como conhecimentos psico-
pedagógicos, sempre considerando as características intelectuais,
o nível comunicativo e linguístico, as alterações de conduta, o grau
de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvol-
vimento social do aluno.

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 EXERCÍCIOS PROPOSTOS - UNIDADE 5

1) Uma das responsabilidades do educador é a de intervir na vida humana


por meio da ________ e da ___________, geradoras de estratégias pe-
dagógicas para o bem comum do educando.

(a) reflexão e ação reflexiva


(b) ação e imposição
(c) assertividade e interação
(d) ação e reflexão
(e) ordem e direcionamento

2) Coloque V para verdadeiro e F para falso:


(  ) Segundo a autora Rau a formação lúdica se assenta em pressupos-
tos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da
afetividade...
(  ) A formação deve proporcionar aos futuros educadores vivências lúdi-
cas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e
da linguagem, sem ter no jogo sua fonte dinamizadora.
(  ) O primeiro passo que o educador precisa dar em direção a uma educa-
ção inclusiva é a respeito da sensibilidade e empatia.
(  ) Ao entendermos que a condição de aprendiz é apenas a da criança
autista, pois já possuímos muitos saberes, e então transformamos a
condição de excluído do aluno para incluído em nosso mundo.
(a) V; F; V; F
(b) V; V; V; V
(c) F; F; F; F
(d) V; V; F; F
(e) F; V; F; V

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EX ER C ÍC IO S PROPOSTOS - UNI DADE 5
3) Analise as afirmações a seguir:
I) As estratégias educativas adaptadas direcionadas para o desenvolvimento
da aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista requerem
uma transformação que proporcione o avanço das inúmeras habilidades dos
alunos com TEA.
II) Para que o professor elabore estratégias pertinentes é imprescindível
que ele conheça este transtorno, estude-o o mais profundamente que puder
III) Conhecendo a criança autista: suas necessidades, inseguranças, me-
dos, os desafios e assim por diante, poderá planejar-se melhor, fazer inter-
venções mais assertivas, usar estratégia que funcionarão (ainda que nem
sempre), e quando falhas ocorrerem poderá traçar novas rotas, com mais
segurança
Estão corretas as afirmações:
(a) I, II e III
(b) I e II
(c) II e III
(d) I e III
(e) Todas estão incorretas

4) São consideradas estratégias incorretas para o trabalho com crianças


com TEA:

(a) Direcionamento firme e assertivo, com comandas curtas e so-


mente quando necessárias, afinal a criança autista não costuma
se comunicar com facilidade.
(b) Uso de jogos e brincadeiras
(c) Comunicar-se sempre, ser claro em suas comandas garantindo o
entendimento da criança
(d) Uso de imagens;
(e) Atividades concretas, afinal o autista não tem habilidades de
abstração.

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EX ER C ÍC IO S PROPOSTOS - UNI DADE 5
5) Marque V ou F:
(  ) é fundamental ter um material adaptado que facilite a aprendizagem e
ajude a criança a ficar atenta e realizar as atividades com motivação e
atenção.
(  ) o contato físico com a criança autista nem sempre é algo que o pro-
fessor conseguirá conquistar no primeiro momento, como se sabe os
vínculos sociais, a interação são pontos críticos para o TEA.
(  ) as dicas auditivas amparam a criança no processo, fazendo-a acompa-
nhar o que está sendo realizado.
(a) V; V; V
(b) F; F; V
(c) V; F; V
(d) F; F; F
(e) F; V; F

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