4749 Demonstracao Do Resultado Do Exercicio Dre Fernando Aprato
4749 Demonstracao Do Resultado Do Exercicio Dre Fernando Aprato
4749 Demonstracao Do Resultado Do Exercicio Dre Fernando Aprato
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = C
Se as receitas suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário,
sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.
Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado capital
próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício deverá compor o
patrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a demonstração do resultado são
zeradas ao fim do exercício. O resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro,
seja prejuízo.
RECEITAS > DESPESAS e CUSTOS
LUCRO
RECEITAS
DESPESAS e CUSTOS
DESPESAS
RECEITAS
O art. 187 da Lei das S/A, em seus incisos I a VI, estabelece a ordem de apresentação das
receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação. A seguir,
apresentamos o referido art. 187, em sua redação atual:
SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o
lucro bruto;
SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício
[..]
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
[..]
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1° Na determinação do resultado do exercício serão computados:
Quando a operação de venda estiver sujeita a incidência de IPI, o valor da Receita Bruta é
obtido a partir do Faturamento Bruto deduzido do valor do IPI.
No caso do IPI, a empresa industrial funciona como mero agente arrecadador de tal
imposto, já que em suas vendas cobra do cliente o IPI correspondente; desse valor deduz a
parcela já paga a seus fornecedores em suas compras, e a diferença entre o imposto
cobrado nas vendas e o pago nas compras é recolhida aos cofres públicos. Assim, tal
imposto não representa efetivamente nem receita nem despesa para a empresa. Todavia,
como para fins de apresentação deve ser demonstrado o valor bruto faturado, deduz-se daí
o IPI incidente sobre as vendas, chegando-se ao valor da receita bruta sem o imposto.
(EBSERH/Técnico Contabilidade/CESPE/2018) - Julgue o próximo item, a respeito das
demonstrações financeiras.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = Errado
(TCE SP/Agente de Fiscalização Financeira/VUNESP/2017) – As despesas na Demonstração
do Resultado do Exercício, de acordo com a Lei nº 6.404/76, devem ser discriminadas da
seguinte forma:
a) despesas financeiras, deduzidas das receitas, despesas gerais e despesas administrativas.
b) despesas administrativas, depreciações e amortizações.
c) despesas com vendas, despesas com juros e despesas com transporte.
d) despesas com vendas, despesas administrativas e despesas com salários.
e) despesas com salários e encargos trabalhistas, depreciações e amortizações.
Gabarito = A
2. Receitas e Despesas no CPC 00
4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que
resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a
contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições
aos detentores dos instrumentos patrimoniais.
3. Forma de Apresentação
A Lei n° 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deve
ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas,
ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação,
sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição ou
alocação do resultado.
4. Clara Definição de Lucro Líquido
A lei define com clareza, por meio da Demonstração do Resultado do Exercício, o conceito
de lucro líquido, estabelecendo os critérios de classificação de certas despesas.
De fato, o lucro ou prejuízo líquido apurado nessa demonstração é o que se pode chamar
de lucro dos acionistas, pois, além dos itens normais, já se deduzem como despesas o
Imposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não os acionistas, de
forma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimônio
líquido da empresa que, em última análise, pertence aos acionistas, ou é distribuído
como dividendo.
5. Regime de Competência
Pelo texto acima transcrito, observa-se que – no § 1º - há clara referência ao regime de
competência. Assim, na DRE devem constar receitas auferidas e despesas incorridas, em
obediência ao princípio da competência. Enfim, na determinação do resultado do exercício
serão computados:
(1) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização
em moeda; e
(2) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
Dessa forma, a contabilização das vendas deverá ser feita por seu valor bruto, inclusive
impostos, sendo que tais impostos e as devoluções e abatimentos deverão ser registrados
em contas devedoras específicas, as quais serão classificadas como contas redutoras das
vendas.
De acordo com o item 2 do CPC 47 – Receita de Contrato com Clientes: o princípio básico
deste pronunciamento consiste em que a entidade deve reconhecer receitas para descrever
a transferência de bens ou serviços prometidos a clientes no valor que reflita a
contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca desses bens ou serviços.
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto, conforme já mencionado, o Imposto sobre Produtos Industrializados), os
quais são assim registrados em contas devedoras, apresentadas como redução das vendas
brutas (ou faturamento bruto) na Demonstração do Resultado do Exercício.
Os principais tributos incidentes sobre as vendas são: ICMS, PIS, COFINS e ISS. São os
chamados tributos por dentro.
Já o IPI é considerado um tributo por fora, não é redutor da receita bruta, é demonstrado
na DRE antes da receita bruta como redutor do faturamento bruto.
7.2.2. Devoluções de Vendas
Devoluções de Vendas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.
Nesse sentido, tais devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta Vendas, mas
registradas nessa conta devedora específica.
Nessa conta são registrados os descontos que são concedidos posteriormente a entrega das
mercadorias ou produtos, pelo fato de apresentarem defeitos de qualidade, divergência na
quantidade, avarias no transporte, etc.
O abatimento não afeta a base de cálculo dos tributos (IPI, ICMS, PIS e COFINS), pois é
concedido após a emissão da nota fiscal de venda.
7.2.4. Descontos Comerciais ou Incondicionais
Os descontos incondicionais compreendem aqueles descontos que a empresa ganha dos
fornecedores no momento em que efetua a compras de mercadorias. São destacados nas
próprias notas fiscais, e os fornecedores não nos impõem nenhuma condição para oferecê-
los.
7.2.5. Ajuste a Valor Presente - AVP
Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se realizar em
data futura a termos monetários de hoje.
Assim, a contabilização pelo valor total (valor à vista mais os juros) faz com que essas
operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Ainda, sem
o ajuste a valor presente, não temos como diferenciar o resultado financeiro do resultado
realmente apurado com as operações da atividade empresarial da empresa. Por isso,
precisamos ajustar a valor presente as operações feitas a prazo.
O Ajuste a Valor Presente (AVP) passou a ser dedução da Receita Bruta com a entrada em
vigor da Lei 12.973, de 13 de maio de 2014.
A Cia “ABC”, em 31 de dezembro de 2016, vendeu mercadorias a prazo, mediante
pagamento em 10 prestações, para a empresa Cia “XYZ”, conforme abaixo:
O Regulamento do Imposto de Renda (art. 208 do RIR/2018) define a receita líquida como a
receita bruta diminuída das devoluções, vendas canceladas, dos descontos concedidos
incondicionalmente, dos tributos incidentes sobre vendas e valores decorrentes do ajuste a
valor presente.
(SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. X vende roupas. A sociedade empresária
não é contribuinte do IPI, mas é contribuinte dos impostos estaduais e municipais.
Em 31/12/2017, ela apresentava os seguintes saldos:
• vendas brutas de vendas: R$ 200.000;
• comissão de vendas: R$ 20.000;
• devolução de vendas: R$ 10.000;
• custo das mercadorias vendidas: R$ 120.000;
• devolução de compras: R$ 15.000;
• ajuste a valor presente de contas a pagar: R$ 5.000;
• ajuste a valor presente de clientes: R$ 12.000;
• ICMS sobre vendas: R$ 40.000;
• IPI nas compras: R$ 30.000;
• despesas com salários: R$ 35.000;
• perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa: R$ 10.000;
• perdas com a redução do valor dos estoques: R$ 4.000.
Com base nos dados acima, assinale a opção que indica o valor da Receita Líquida de
Vendas da Cia. X, em 31/12/2017.
a) R$ 18.000.
b) R$ 70.000.
c) R$ 118.000.
d) R$ 138.000.
e) R$ 150.000.
Gabarito = D
7.4. Custo das Mercadorias Vendidas - CMV
O custo das mercadorias e dos produtos vendidos ou o custo dos serviços prestados a
serem computados no exercício devem ser correspondentes às receitas de vendas das
mercadorias, dos produtos e serviços reconhecidos no mesmo período. De fato, como
menciona o item II do art. 187 da Lei n° 6.404/76, deve ser computado na Demonstração do
Resultado do Exercício “o custo das mercadorias e serviços vendidos” no exercício, o qual,
deduzido das receitas correspondentes, gera o lucro bruto.
CMV = EI + CO – EF
CPC 16
CUSTOS DO ESTOQUE
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
A) $187.000
B) $227.000
C) $ 247.000
D) $ 255.000
E) $ 280.000
Gabarito = D
7.6. Despesas Operacionais
As despesas das operações continuadas constituem-se das despesas pagas ou incorridas
para vender produtos e administrar a empresa e, dentro do conceito da Lei n° 6.404/76,
abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados
líquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados como tais.
O art. 187 da Lei n° 6.404/76, item III, estabelece que, para chegarmos ao lucro ou prejuízo
“operacional”, devem ser consideradas as “despesas com as vendas, as despesas
financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais”.
a) Despesas com vendas (ou despesas comerciais): São os gastos relacionados ao setor
comercial da empresa, ou seja, despesas ligadas à venda de produtos e mercadorias.
Exemplos: Despesa com frete sobre vendas, despesa com propaganda e publicidade,
despesa com salários e comissões dos vendedores, despesa com perda estimada para
devedores duvidosos, despesa com devolução de venda referente a exercícios anteriores
etc.
b) Despesas gerais e administrativas: São gastos relacionados com a gestão administrativa
da empresa.
Exemplos: Perda de equivalência patrimonial (PEP) e despesas com perdas estimadas para
ajuste ao valor de mercado.
e) Outras receitas operacionais: São receitas que, apesar de não serem classificadas como
receita bruta ou financeira, representam outras formas de receita da atividade
empresarial.
A Lei nº 6.404/76 não listou o que vem a se classificar como outras receitas e outras
despesas. Contudo, segundo a legislação do imposto de renda, são não operacionais os
ganhos e perdas de capital, como por exemplo, a alienação de investimentos e de ativos
imobilizados com lucro ou prejuízo.
b) Outras despesas: Registram os custos ou as despesas relacionadas com a baixa dos bens
ou direitos alienados.
Esse resultado é o ponto de partida para o cálculo dos tributos (IR e CSLL) que incidem
sobre o lucro.
7.10. IR e CSLL
A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído pela Lei n°
7.689/1988.
Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das normas
da legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelas
adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária
(arts. 258 a 261 do RIR/2018).
O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração, obtido na
escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no
Lalur, observando-se que:
7.11. Participação Estatutárias
Lei n° 6.404/76
[...]
[...]
Esse artigo, por lapso, deixou de mencionar as Debêntures, mas, pela sequência do art.
187, elas seriam incluídas antes da participação dos empregados.
Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o seguinte:
Lei n° 6.404/76
[...]
Assim, toma-se o lucro líquido depois do Imposto de Renda e Contribuição Social (mas
antes das participações) e dele deduz-se o saldo eventual de prejuízos acumulados. Esse
valor torna-se a base inicial de cálculo das participações.
Da análise do artigo 187, inciso VI, e do artigo 190 da Lei n° 6.404/76, concluímos que: as
participações estatutárias serão determinadas com base nos lucros que remanescerem,
depois de deduzida a participação anteriormente calculada, obedecendo rigorosamente a
seguinte ordem:
1) Participação de Debêntures;
2) Participação de Empregados;
3) Participação de Administradores;
4) Participação de Partes Beneficiárias;
5) Participação de Fundos de Assistência de Empregados.
Dessa forma, os cálculos das participações não serão feitos sobre o mesmo valor, mas se
calculará primeiramente a participação das debêntures; do lucro restante, após deduzir a
participação das debêntures, calcula-se a participação dos empregados; do lucro agora
remanescente, a dos administradores, e, do saldo, a das Partes Beneficiárias.
Sendo parte integrante da demonstração do resultado, conclui-se que as
participações nos lucros são verdadeiras despesas. Há, inclusive, a previsão de
dedução da participação de empregados e de debêntures na apuração do lucro
real, conforme disposto no RIR/2018. Por sua vez, as participações de
partes beneficiárias e de administradores são expressamente indedutíveis na
apuração do lucro real, conforme disposto no RIR/2018.
Cálculo:
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/ TOTAL DE AÇÕES NO
MERCADO
O resultado (lucro ou prejuízo) líquido do período apurado na DRE deve ser transferido
para a conta Lucro ou Prejuízos Acumulados.
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados não pode apresentar saldo credor (lucros
acumulados) no balanço. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se
unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços de exercício
social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008.
Esse saldo de lucros acumulados deve ser distribuído para constituição de Reservas de
Lucros, distribuição para Dividendos e incorporação ao Capital Social.
Reservas de Lucros
Destinação Distribuição de
dos Lucros Dividendos
Aumento do Capital
Social
(ABIN/Contador/CESPE/2011) – A demonstração do resultado do exercício deve
discriminar, entre outros itens, as participações de debêntures, empregados,
administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se
caracterizem como despesa.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = C
(MPU/Analista - Contabilidade/CESPE/2013) - A respeito da demonstração do resultado do
exercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens.
Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado —
ganho ou perda — como resultado não operacional.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = E
(ABIN/OTI – Área 1/CESPE/2018) – De acordo com dispositivos da Lei n.º 6.404/1976 e de
legislação complementar, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = E
(TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – Conforme o disposto na Lei n.º
6.404/1976, a participação de empregados no resultado líquido da empresa será efetivada
se houver
a) saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto sobre a renda.
b) constituição de reserva de lucros anterior à referida participação.
c) proposta de distribuição de resultado líquido do exercício.
d) constituição de reserva de legal anteriormente à referida participação.
e) constituição de reserva para contingências anteriormente à referida participação.
Gabarito = A
(TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – A empresa Catex S.A., quando da
finalização de seu resultado ao final do ano, apresentava lucro de R$ 288.500, antes do
imposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, há acordo de participação
nos resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%,
respectivamente.
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n.º 6.404/1976, o valor total a
ser distribuído aos diretores é igual a
a) R$ 11.035,13.
b) R$ 14.425,00.
c) R$ 12.261,25.
d) R$ 24.522,50.
e) R$ 28.850,00.
Gabarito = A
(EMAP/Analista Portuário II – Financeira e Auditoria Interna/CESPE/2018) – O estatuto
social da empresa W determina o direito a 10% do lucro líquido do exercício para
debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias. Em 2017, o lucro antes do
imposto de renda e a contribuição social foi de R$ 300.000; o imposto de renda e a
contribuição social a pagar somaram R$ 60.000. A empresa apresentava ainda um saldo de
prejuízo acumulado de R$ 50.000.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = C
1) Em primeiro lugar vamos calcular a Base de Cálculo das participações:
Pelo cálculo acima, de acordo com o disposto na Lei n° 6.404/76, o gabarito teria que ser
ERRADO. Ocorre que o CESPE, contrariando disposição legal, considerou como lucro após o
IR e CSLL o valor de 190.000 que é a base de cálculo das participações de forma incorreta,
visto que, referida base de cálculo é extra contábil e é calculada através do lucro após IR e
CSSL deduzido dos prejuízos acumulados. Os prejuízos acumulados não são parte da DRE.
Forma de cálculo, INCORRETA , adotada pela banca:
Gabarito = D
(TRT 20/Analista Judiciário – Contabilidade/FCC/2016) - A empresa Capital S.A. obteve
lucros no exercício de 2016. Antes de realizar qualquer participação deve
a) somar os lucros acumulados e distribuir até o montante do capital social.
b) compensar as reservas de lucros a realizar e os dividendos propostos.
c) reduzir as reservas para contingências e distribuir os dividendos mínimos.
d) calcular a reserva legal e o dividendo mínimo.
e) deduzir os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto de renda.
Gabarito = E
(Pref. Recife/AFTM/ESAF/2003) - A empresa “Y” Ltda., no encerramento do exercício de
2002, obteve as seguintes informações:
Valores em R$
Gabarito = E
(SEFAZ SP/APO/ESAF/2009) - A empresa Soledade S/A, de Guaraí, no Estado do Tocantins, tem um
capital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordinárias, que dão a seus donos direitos
iguais. No exercício de 2008, a empresa finalizou, corretamente, a sua demonstração de resultado
do exercício com os seguintes valores:
- Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00
- Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 31.500,00
- Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00
Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante do lucro por
ação do capital social que, neste caso, será no valor de
a) R$ 6,20.
b) R$ 5,15.
c) R$ 4,80.
d) R$ 1,67.
e) R$ 8,00.
Gabarito = C
(TCE SP/Auditor Substituto de Conselheiro/FCC/2013) Uma empresa adquiriu, em
31/12/2010, um equipamento por R$ 220.000,00, à vista. A vida útil econômica estimada
deste equipamento na data de aquisição foi de 8 anos e o valor residual de R$
20.000,00. Em 31/12/2011, após um ano de uso, a empresa vendeu este
equipamento, à vista, por um preço líquido de vendas de R$ 200.000,00. Com base
nestas informações, o resultado obtido com a venda deste equipamento,
apresentado na Demonstração do Resultado do Exercício, foi, em reais,
(A) 0 (zero).
(B) 25.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais.
(C) 20.000, evidenciado em Outras Despesas Operacionais.
(D) 7.500, evidenciado em Outras Receitas com Vendas.
(E) 5.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais.
Gabarito = E
8. DRE Segundo o Pronunciamento Técnico
CPC 26 – R1
O referido Pronunciamento determina que a entidade deve apresentar todos os itens de
receitas e despesas reconhecidos no período em duas demonstrações:
A DRA começa sua apresentação pela receita líquida e inclui os outros resultados
abrangentes..
82. Além dos itens requeridos em outros pronunciamentos, a demonstração do resultado
do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também às
determinações legais:
(a) receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o método
de juros efetivos;
(aa) ganhos e perdas decorrentes do desreconhecimento de ativos financeiros mensurados
pelo custo amortizado;
(b) custos de financiamento;
(ba) perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por redução ao
valor recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável), determinado de acordo com
a Seção 5.5 do CPC 48;
c) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método da
equivalência patrimonial;
(ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custo
amortizado de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer
ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativo
financeiro e seu valor justo na data da reclassificação (conforme definido no CPC 48);
(cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo por
meio de outros resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo por
meio do resultado, qualquer ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente em
outros resultados abrangentes que sejam reclassificados para o resultado;
(d) tributos sobre o lucro;
(e) (eliminada);
(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento
Técnico CPC 31);
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste
Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;
(ii) lucro bruto;
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(vi) resultado líquido do período.
9. DRE na Lei n° 6.404/7
versus
Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1
A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 A estrutura da DRE de acordo com o CPC 26
Receita Bruta
(-) Deduções
= Receita Líquida Receita Líquida
(-) CMV (-) CMV
= RCM/ROB/LB = RCM/ROB/LB
( - ) Despesas ( - ) Despesas
Vendas Vendas
Gerais e Administrativas Gerais e Administrativas
Outras Despesas Operacionais Outras Despesas e Receitas Operacionais
Financeiras, deduzidas das receitas financeiras Resultado da Equivalência Patrimonial
Lucro ou Prejuízo Operacional Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
Outras Receitas e Outras Despesas Despesas e Receitas Financeiras
Resultado antes do IR e CSLL Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro
(-) IR e CSLL (-) Despesas de Tributos sobre o Lucro
(-) Participações
Debêntures = Resultado das Operações Continuadas
Empregados
Administradores +/- Resultado Líquido das Operações Descontinuadas
Partes Beneficiárias
Fundos de Pensão = Resultado Líquido do Período
Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
Lucro Líquido do Exercício por Ação
9.1. Principais Diferenças
Comparando a DRE segundo a estrutura na Lei n° 6.404/76 com a estrutura do CPC 2 – R1,
podemos apontar as seguintes diferenças:
Segundo a Lei das S/As a DRE deve iniciar pela Receita Bruta e logo a seguir demonstrar as
deduções para chegar-se a Receita Líquida.
As sociedades anônimas de capital aberto devem iniciar a apresentação da DRE pela receita
líquida.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = C
2) Separação das Despesas Financeiras e Receitas Financeiras
32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está
classificado como mantido para venda e
Por exemplo, se a empresa vende uma máquina, mas tem a intenção de comprar outra
para substituí-lo, o resultado dessa venda será incluído na DRE em “outras receitas e
despesas operacionais”, ou seja, não trata-se de uma operação descontinuada.
Por outro lado, se a empresa vende uma de suas fábricas em um determinado exercício
social é uma operação descontinuada.
Gabarito = C
9.2. Outras Particularidades
Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser incluídos no
resultado líquido do período a menos que um ou mais Pronunciamentos Técnicos,
Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento distinto.
Nestes casos, a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis devem
ser ajustados no balanço inicial.
O Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1, não estabelece um modelo rígido de
apresentação da DRE. Pelo contrário, outras rubricas, contas, títulos e subtotais devem ser
apresentados na quando tal apresentação for relevante para compreensão do resultado e
do desempenho da entidade.
A entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou despesas como itens
extraordinários, quer na demonstração do resultado abrangente, quer na demonstração do
resultado do período, quer nas notas explicativas.
Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período ou nas notas
explicativas
97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devem
ser divulgados separadamente.
98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas
incluem:
(a) reduções nos estoques a o seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu
valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para
gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisões.
Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesas com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras Despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X
A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e
serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do
custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou
das atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método
pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos
por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e
envolver considerável julgamento.
Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é a seguinte:
Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X
Como podemos perceber, as empresas utilizam o método da função da despesa (também
denominado de “método do custo do produto ou serviço vendido”), no Brasil, pois esse é o
método constante da Lei das S/As.
(SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. LOL elaborou sua Demonstração do
Resultado do Exercício pelo método da natureza da despesa.
Assinale a opção que contém apenas as contas classificadas de acordo com esse método.
a) Despesa com Benefícios a Empregados e Despesas Comerciais.
b) Variação do Estoque e Custo dos Produtos Vendidos.
c) Despesa de Depreciação e Consumo de Matéria Prima.
d) Despesa de Vendas e Despesas Administrativas.
e) Despesas Administrativas e Despesa de Amortização.
Gabarito = C
(STM/Analista Judiciário - Contabilidade/CESPE/2018) - Tendo como referência a legislação
societária e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a
seguir, relativo à elaboração de demonstrações contábeis.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = Certo
(ABIN/Oficial Técnico de Inteligência – Área 1/CESPE/2018) - De acordo com as normas
contidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações contábeis, julgue o
item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito = Certo
(TRASNPETRO/Contador JR/CESGRANRIO/2018) - O novo contador de uma companhia
está elaborando a demonstração do resultado do exercício, na qual as despesas serão
classificadas com base na sua função dentro da entidade. Porém, adicionalmente, terá que
apresentar informações sobre a natureza da despesa.
Gabarito = E
11. Separação do Lucro Líquido do Exercício
por Tipo de Sócio
CPC 26(R1):
[...]