Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Motorizados
Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Motorizados
Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Motorizados
BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei n.º 11/2018:
Aprova o Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Motorizados.......................................268
MINISTÉRIO DA SAÚDE E DA SEGURANÇA SOCIAL E MINISTÉRIO DA ECONOMIA
MARÍTIMA:
Portaria conjunto n.º 7/2018:
Define os procedimentos relativos à emissão do certificado médico para marítimos, aprova o modelo do
relatório da examinação médica e o respetivo modelo de certificado médico, e ainda define o grau de
discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos na aplicação das normas médicas. ..............297
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à realidade atual.
Com efeito, considerando o facto de que, hoje, diferentemente Primeiramente, o presente diploma cuida de vincar,
do que vinha acontecendo, no sentido de que já existe uma clara e de modo expresso, o princípio de que o sistema
demanda real de se fazer transporte em veículos não- de transportes das Forças Armadas e o das forças de
automóveis, designadamente os ciclomotores, impõe-se segurança estão fora do seu âmbito de aplicação.
aprovar um novo regime, cujo âmbito de aplicação permita Quanto aos veículos licenciados para utilização nos
abranger essa nova realidade sociojurídica. transportes públicos, que não apenas os táxis até agora, estes
Ora, porquanto existe hoje uma real necessidade de só podem ser conduzidos por pessoas detentoras de licença
utilização desses motociclos, que deve ser necessariamente de condução de categoria correspondente a esse veículo
regulada, optou-se por substituir a taxonomia hoje utilizada e de uma carteira de habilitação profissional, resultante
“Regulamento de Transportes em Automóveis (RTA)” pela da frequência de um curso profissional cuja duração,
nova designação, qual seja, o “Regime Jurídico Geral de modalidade, validade e conteúdo são regulamentados por
Transportes em Veículos Motorizados (RJGTVM)”, de despacho do Diretor Geral dos Transportes Rodoviários.
modo a incluir no objeto do presente regime, também, o
Na classificação dos diferentes segmentos do mercado
transporte feito em motociclos e em ciclomotores.
da indústria de transporte em motorizados, adotou-se
De referir que, ao abrigo do presente diploma, o transporte uma taxonomia mais abrangente na classificação dos
público é subdividido em dezasseis subáreas, agrupadas transportes
em transporte de aluguer e em transporte coletivo; dessas
subáreas ou submodalidades de transporte em veículos Quanto ao transporte de aluguer em táxi, fixou-se um regime
motorizados, dez delas são competências do Governo, através mais exigente para os táxis, prevendo, designadamente,
da Direção Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR). que (i) o número de táxis em cada concelho constará de
contingentes fixados, com uma periodicidade não inferior
De realçar que, em sede do presente diploma, fixam-se a dois anos, pela Assembleia Municipal sob proposta da
os princípios de desinformalização da prestação dos Câmara Municipal e mediante audição prévia da DGTR
serviços de transporte em veículos motorizados e o de e de outras entidades representativas do sector, devendo
empresarização da atividade de transporte em veículos os mesmos serem posteriormente comunicados à DGTR
motorizados, com ganhos evidentes para a regulação do aquando da sua fixação; (ii) que a tomada de passageiros
setor, quer em termos de Número de Identificação Fiscal é obrigatoriamente feita segundo a ordem em que os
(NIF), da inscrição dos respetivos empregados no sistema táxis se encontram estacionados nas respetivas praças
de previdência social e na Direção-Geral do trabalho (DGT), e por ordem de chegada; (iii) que torna-se obrigatório o
obrigando os transportadores públicos a se constituírem transporte de cães-guia de passageiros invisuais e de
em associações, sociedades comerciais ou cooperativas e, cadeiras de rodas ou outros meios de marcha de pessoas
ainda, em empresas em nome individual. com mobilidade reduzida, de carrinhos e acessórios para o
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transporte de crianças, bem como o transporte de animais automóveis ligeiros de mercadoria, no percurso casa ou
de companhia, desde que devidamente acompanhados e ponto prévio de concentração para a obra e vice-versa, desde
acondicionados, salvo motivo atendível, designadamente a que devidamente aprovados em inspeção extraordinária e
perigosidade, o estado de saúde ou de higiene dos mesmos; sentados em condições de segurança rodoviária, definidas
(iv) que os táxis não podem continuar a ser utilizados em despacho.
no transporte púbico de passageiros se tiverem idade
superior a dez anos, mas prevendo-se que esse limite pode No que dizem respeito aos transportes coletivos de
ser prorrogado por prazos de um ano, até ao máximo de passageiros, o presente diploma focaliza na melhoria do
três anos, mediante autorização da DGTR, após inspeção regime da exploração dos interurbanos, sem prejuízo do que
técnica dos respetivos veículos; (v) e que a utilização de está previsto ou venha a ser previsto em legislação especial
taxímetro é obrigatória em todo o território nacional, cujo sobre os transportes coletivos de passageiros em veículos
controlo metrológico legal é da competência do Instituto de pesados. Assim, entre outros aspetos, prevê-se que (i) as
Gestão da Qualidade e Propriedade Intelectual (IGQPI) licenças sejam concedidas de acordo com um contingente
e feito anualmente nos termos de legislação específica. previamente fixado pela autoridade competente para o
trajeto entre os diferentes municípios; (ii) as câmaras
O presente diploma também cuida de repor o regime municipais devem passar a prever obrigatoriamente os
de serviços de transporte, então designado “especial” itinerários, locais de paragem e de estacionamento onde
e que nesta sede, passa a ser designado “transporte – e só onde - os automóveis licenciados podem tomar e
executivo em veículos ligeiros de passageiros”, que é o largar passageiros, não podendo operar nas linhas e locais
tipo de transporte prestado pelas entidades devidamente de paragem destinados ao transporte coletivo urbano de
autorizadas em eventos que exigem a utilização de veículos passageiros; (iii) do mesmo modo passa a ser obrigatório
de nível superior aos utilizados no normal transporte de que as Câmaras Municipais estabeleçam horários das
aluguer com condutor, nomeadamente, em casamentos, carreiras, ouvidas a DGTR e outras autoridades de
batizados, funerais, cerimónias religiosas, protocolares transportes relacionadas, tendo em atenção o interesse
ou políticas. público, a utilização mais produtiva pelos proprietários
dos automóveis do seu pessoal e material e ainda a
Em matéria de transportes de aluguer sem condutor necessidade de facilitar a ligação com outros modos de
(Rent-a-Car) mantém-se, de entre outras, (i) a exigência de transporte, não podendo ser alterados pelo titular da
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as empresas poderem obter alvará para abrirem filiais e licença, salvo casos de força maior.
operarem em qualquer ponto do território nacional desde
que aí disponham de instalações adequadas aprovadas Quanto ao transporte escolar, é de se destacar a
pelo Diretor Geral dos Transportes Rodoviários; (ii) transferência da competência para a concessão das
estabelece-se a obrigatoriedade das empresas registarem respetivas licenças para as Câmaras Municipais, onde aliás,
os contratos, designadamente para efeitos de fiscalização já tinha estado antes da última revisão do RTA, ouvida
e controlo da indústria; (iii) o regime de preços passa a a DGTR, mas mediante a contingentação e atribuição de
ser livremente estabelecido pelas empresas; (iv) impõe-se alvará, por parte da DGTR.
a obrigação de os veículos efetuarem inspeção, aquando
Por último refira-se que foi expurgado o regime de
do licenciamento e em caso de acidente; eliminou-se a
inspeções do RTA, por este não ser o local adequando
obrigatoriedade antes existente de um candidato à abertura
para tratar esta matéria que foi transferida para um
de uma empresa rent-a-car ter de apresentar um capital
regulamento autónomo, o Regulamento de Veículos (RdV).
social de cinco milhões de escudos cabo-verdianos; ainda
incluiu-se a possibilidade de licenciamento neste segmento, Assim,
de ciclomotores, triciclos e quadriciclos; e, por último,
permite-se às empresas titulares de alvará, pedirem No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
o licenciamento de automóveis ligeiros de mercadoria, artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
com o propósito de permitir, sobretudo aos emigrantes, Artigo 1.º
que normalmente, voltam de férias com o propósito de os
alugar para servirem de suporte ao processo de construção Objeto
de respetivas casas ou de outros empreendimentos.
É aprovado o Regime Jurídico Geral de Transportes
Quanto aos transportes de mercadorias e passageiros, em Veículos Motorizados (RJGTVM), o qual consta do
o transporte de pessoas na caixa de carga, ainda que anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.
devidamente sentado, só será permitido, excecionalmente, Artigo 2.º
no mundo rural às viaturas devidamente licenciadas,
Regulamentação
para circulação, particularmente, em zonas encravadas,
servidas de estradas com pavimento irregular, sendo O presente diploma é regulamentado no prazo de 90
portanto, de acesso condicionado, em termos de orografia (noventa) dias a contar da data da sua publicação.
e de mobilidade na época das chuvas, de modo a garantir
a livre circulação de pessoas e bens nessas condições e, Artigo 3.º
enquanto aquelas localidades não estiverem servidas Revogações
convenientemente por uma rede de transportes coletivos
urbanos e interurbanos adequados. Permite-se, igualmente, São revogados o Decreto-lei n.º 9/2006, de 30 de janeiro,
a título precário, o transporte de trabalhadores em com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-
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lei n.º 56/2006, de 4 de dezembro, o Decreto-lei n.º 11/97, de 2. Para efeitos do presente diploma entende-se por:
10 de março, o artigo 23.º do Decreto-lei n.º 3/2014, de 27
de junho, a Portaria n.º 36/97, de 23 de junho, bem como a) Transporte particular - o transporte realizado em
toda a legislação em contrário. veículos motorizados da propriedade de entidade
singular ou coletiva, por sua exclusiva conta
Artigo 4.º
e sem direito a qualquer remuneração direta
Entrada em vigor ou indireta.
O presente diploma entra em vigor no prazo de 30 b) Transporte público - o transporte realizado em
(trinta) dias a contar da data da sua publicação. veículos motorizados da propriedade de entidade
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 05 de singular ou coletiva, por conta de uma segunda
outubro de 2017. entidade, cabendo à primeira o direito a receber
uma remuneração direta.
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Paulo Augusto
Costa Rocha c) Transportador público - todo e qualquer operador de
transporte público, realizado por titular de alvará
Promulgado em 23 de fevereiro de 2018
para o exercício da atividade e de licença para
Publique-se. o acesso ao mercado, em regime de transporte
de aluguer ou transporte coletivo.
O Presidente da República, JORGE CARLOS
DE ALMEIDA FONSECA d) Pessoal auxiliar de transporte coletivo – todo o
ANEXO pessoal que, no exercício de suas funções e sob
a orientação e a disciplina do transportador
(A que se refere o artigo 1.º) público, desempenham tarefas nos veículos deste,
REGIME JURÍDICO GERAL DE TRANSPORTES contribuindo para a organização e controlo do
EM VEÍCULOS MOTORIZADOS serviço prestado.
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Inspeções extraordinárias
i. Em veículos ligeiros mistos, de cabina dupla,
do tipo pick-up; e 1. Sem prejuízo do regime geral aplicável às inspeções
de veículos motorizados, a DGTR pode ordenar a inspeção
ii. Em veículos ligeiros de mercadorias, em regime
extraordinária de quaisquer veículos sempre que julgar
de precariedade.
conveniente.
d) Transporte turístico;
2. Para efeitos de confirmação das condições legais para
e) Transporte escolar; licenciamento, a DGTR procede, através do seu pessoal
técnico à inspeção extraordinária dos veículos em causa.
f) Transporte de valores;
CAPÍTULO II
g) Transporte executivo em automóveis ligeiros de
passageiros; TRANSPORTE PARTICULAR
Artigo 11.º
h) Transporte para atos fúnebres;
Livre exercício
i) Transporte pronto-socorro; e
1. O transporte particular é de exercício livre, não
j) Transporte de doentes. estando dependente de qualquer autorização ou licença
ou quaisquer encargos, salvo os de natureza fiscal de
Artigo 6.º
aplicação geral.
Transporte coletivo
2. Considera-se, também, transporte particular
O transporte coletivo subdivide-se em: aquele que, ainda que remunerado, assume uma função
complementar ao exercício do comércio ou indústria da
a) Transporte coletivo urbano de passageiros; e entidade transportadora, quando realizado em veículos
da sua propriedade.
b) Transporte coletivo interurbano de passageiros.
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2. É proibido o transporte de animais de grande porte Nos automóveis ligeiros de passageiros particulares não
em automóveis ligeiros e pesados de mercadoria não pode haver qualquer remuneração pelo ato de transporte.
adaptados para o efeito, e em condições que comprometem
a comodidade do animal e a segurança da condução. CAPÍTULO III
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4. A DGTR procede ao registo de todas as empresas d) Afixar, em local bem visível no veículo, o respetivo
titulares de licenças para o acesso aos diferentes segmentos itinerário, período de funcionamento, tarifário
de mercado de transportes públicos. e número de passageiros que o veículo está
licenciado a transportar;
5. Os pedidos de alvará para o exercício da atividade de
transportador público são dirigidos à DGTR, sob a forma e) Dispor, no veículo, os documentos que titulam o
de requerimento, do qual devem constar: licenciamento da atividade, incluindo o comprovativo
de pagamento das respetivas taxas;
a) O nome, estado civil, número do documento de
identificação, número de identificação fiscal f) Garantir que os condutores dos veículos afetos à
(NIF), profissão e residência do requerente, exploração da atividade se encontram legalmente
tratando-se de pessoa em nome individual; habilitados para a condução do veículo e para
o exercício da profissão, efetuando a condução
b) Cópia de certidão de registo comercial da empresa de forma diligente e prudente e com respeito
atualizada, bem como do pacto social e da certidão pelas normas aplicáveis;
de escritura pública, conforme for o caso;
g) Garantir que os condutores dos veículos afetos
c) Comprovativo de situação fiscal regularizada; à exploração da atividade estão devidamente
identificados, e usam de delicadeza, civismo
d) Certificado de registo criminal dos responsáveis da
e correção, ética para com o público, peões e
empresa com vista à certificação da idoneidade,
demais condutores;
prevista no artigo 18.º;
h) Cumprir e fazer cumprir os horários, bem como
e) Identificação e indicação do vínculo funcional da
os percursos autorizados na respetiva licença.
pessoa que assegura o requisito de capacidade
técnica ou profissional. Artigo 15.º
b) Cópia de certidão de registo comercial da empresa 2. Os transportes públicos devem ser efetuados em
atualizada; veículos de matrícula nacional, registados no nome do
transportador público.
c) Comprovativo de situação fiscal regularizada;
3. Ao veículo afeto ao transporte público é concedida
d) Comprovativo de inscrição de respetivos empregados uma única licença, individual e intransmissível, que deve
no sistema de segurança social; ser averbada no alvará, previamente emitido pela DGTR
ao transportador público.
e) Comprovativo de inscrição da empresa na Direção
Geral do Trabalho. 4. É vedada a concessão de mais de uma licença a um
mesmo veículo ou a atribuição de autorizações precárias
Artigo 14.º
a veículos que não estejam licenciados num determinado
Deveres gerais dos transportadores públicos segmento da indústria de transporte.
Sem prejuízo dos deveres específicos de cada concessionário 5. Para efeitos do número anterior, são atribuídas
de alvará e licença, seja em regime de aluguer ou coletivo, autorizações precárias, apenas nos casos previstos no
constituem deveres gerais do transportador público: presente diploma.
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9. As licenças dos veículos consideram-se automaticamente c) Condenação, com trânsito em julgado, por crime de
suspensas em caso de reprovação dos mesmos em inspeção falência fraudulenta, de apropriação ilegítima
periódica obrigatória ou extraordinária, nos termos da ou de administração danosa;
legislação aplicável, e também, sempre que não estejam
cobertos de seguro obrigatório automóvel, ficando estes d) Condenação, com trânsito em julgado, por crime
impedidos de circular. contra a propriedade, com pena não inferior
a dois anos;
10. As Câmaras Municipais devem reportar, trimestralmente,
relação de licenças emitidas e canceladas no respetivo e) Condenação, com trânsito em julgado, pela prática
concelho à DGTR, com vista à elaboração da Base de de concorrência ilícita ou desleal;
Dados de Licenciamento.
f) Condenação, com trânsito em julgado, qualquer
11. A DGTR procede ao registo de todas as licenças que tenha sido a natureza do crime, nos casos
e autorizações precárias emitidas para o acesso aos em que tenha sido decretada a interdição do
diferentes mercados de transporte público, quer por si exercício da profissão de transportador;
própria emitidas quer pelas Câmaras Municipais.
g) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações
Artigo 16.º
graves e repetidas à regulamentação sobre os tempos
Proibição de inscrições de condução e de repouso ou à regulamentação
sobre a segurança rodoviária, nos casos em que
1. Os veículos de transporte público não podem trazer tenha sido decretada a interdição do exercício
na parte externa, ou dos vidros, qualquer enfeite ou da profissão de transportador;
inscrição que venha alterar as caraterísticas do veículo.
h) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações
2. É ainda proibido a colocação de quaisquer símbolos cometidas no exercício da atividade transportadora
ou desenhos nos veículos ou vidros dos veículos licenciados às normas relativas ao regime das prestações
para transporte público. de natureza retributiva ou às condições de
higiene e segurança no trabalho, nos casos
3. Não é permitida a colocação ou aposição nas chapas
em que tenha sido decretada a interdição do
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de matrícula de:
exercício da profissão de transportador.
a) Decoração da orla das chapas de matrícula;
3. Para efeitos do presente diploma, a aplicação da
b) Expressões diversas e publicidades não autorizadas; sanção acessória de suspensão do alvará para o exercício
da atividade da empresa implica que os diretores e
c) Insígnias, emblemas ou bandeiras; gerentes que estejam em exercício de funções à data
da prática das infrações fiquem impedidos de assumir
d) Símbolos ou desenhos não autorizados.
idêntica responsabilidade noutra empresa, pelo período
4. Excetuam-se dos n.ºs 1 e 2, as publicidades devidamente da suspensão.
autorizadas pela DGTR, nos termos regulamentares. Artigo 19.º
Artigo 17.º
Capacidade técnica ou profissional
Requisitos de acesso ao mercado
1. A capacidade técnica ou profissional consiste na
São requisitos de acesso ao mercado da indústria existência de recursos humanos que possuam conhecimentos
de transportes públicos em veículos motorizados e de adequados para o exercício da atividade de transporte de
transportador público, a idoneidade, a capacidade técnica passageiros, atestados por certificado.
ou profissional e a capacidade financeira.
2. A capacidade técnica ou profissional deve ser
Artigo 18.º
preenchida por um diretor ou gerente que dirija a empresa
Idoneidade em permanência e efetividade ou, no caso empresário em
nome individual, pelo próprio ou por seu mandatário.
1. O requisito de idoneidade deve ser preenchido por
todos os gerentes e diretores da empresa ou, no caso de Artigo 20.º
empresário em nome individual, pelo próprio.
Reconhecimento de capacidade profissional
2. São consideradas idóneas as pessoas relativamente às
quais se não verifique algum dos seguintes impedimentos: A certificação da capacidade profissional das pessoas,
a que se refere o artigo anterior, pode ser comprovada
a) Proibição legal do exercício do comércio; por um dos seguintes requisitos:
b) Condenação, com trânsito em julgado, por crime a) Tenha habilitações mínimas de curso profissional;
de tráfico de estupefacientes, por lavagem de
capitais e outros bens ou por fraude fiscal ou b) Tenham noções básicas de empreendedorismo e/
aduaneira; ou das regras de funcionamento dos diferentes
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1. Os veículos licenciados para utilização nos transportes c) Transporte de passageiros em regime de precariedade,
públicos só podem ser conduzidos por pessoas detentoras em veículos ligeiros de mercadoria, ouvida a DGTR;
do título de condução da categoria correspondente aos d) Transporte escolar, ouvida a DGTR;
mesmos.
e) Transporte coletivo urbano de passageiros;
2. Os veículos licenciados para utilização nos transportes
públicos de passageiros só podem ser conduzidos por f) Transporte coletivo intraconcelho de passageiros
pessoas detentoras de títulos de condução da categoria (expresso), mediante parecer da DGTR.
“B” ou superior e certificado de aptidão profissional (CAP)
atualizado, nos termos regulamentares. 3. O titular da licença não pode, sem prévia autorização
da autoridade competente, transmitir para outrem o gozo
Artigo 25.º
dos direitos atribuídos pela licença, sendo intransmissível
Requisitos e indicações dos veículos o gozo dos direitos conferidos pelo alvará.
1. Os requisitos a que devem obedecer os automóveis 4. Para efeitos do presente diploma, não é permitida
utilizados em transporte público são fixados por regulamento, a um titular de licença fazer-se substituir por outrem,
sem prejuízo do disposto neste diploma. na exploração da atividade de transportador público, por
via de procuração.
2. É obrigatória a indicação no veículo, em sítio bem
visível, do número de licença, da lotação que lhe for 5. A transmissão ou transferência de licenças entre
atribuída conforme o respetivo livrete, e ainda, a inscrição empresas devidamente habilitadas com alvará, deve ser
nas portas do percurso para que foi licenciado, mediante previamente comunicada à DGTR ou à câmara municipal,
despacho da DGTR. conforme couber.
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11. Se, por razões de idoneidade, comprovada através de Os veículos automóveis utilizados em transporte
capacidade técnica ou profissional e capacidade financeira, público não podem estar ao serviço permanente de seus
a autoridade competente entender por conveniente não proprietários, sob pena de cancelamento da licença.
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3. O prazo máximo para a decisão dos pedidos é de 30 b) Transporte em táxi – o transporte efetuado por
(trinta) dias. meio do veículo referido no número anterior,
quando adstrito ao serviço de uma só entidade,
4. Deferido o pedido de licença, o requerente tem um segundo itinerário da sua escolha e mediante
prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de receção retribuição;
da comunicação de deferimento para submeter o veículo
à inspeção extraordinária na DGTR da área respetiva, c) Transportador em táxi – o transporte realizado
ou no Centro Privado de Inspeção Técnica de Veículos por entidades habilitadas com alvará para o
Automóveis. exercício da atividade de transporte em táxi.
5. Após à aprovação do veículo na inspeção referida no Artigo 31.º
número anterior, é emitida a competente licença pelos
serviços competentes. Condições a que devem obedecer os táxis
6. As licenças emitidas pelas câmaras municipais devem 1. Os táxis devem satisfazer as condições seguintes:
ser comunicadas à DGTR para efeitos do previsto no n.º 2
do artigo 15.º e à repartição de finanças do concelho, no a) Possuir motor com cilindrada não inferior a 1.400
prazo máximo de 15 (quinze) dias após à sua emissão. (mil e quatrocentos) centímetros cúbicos;
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a) O transporte de cães-guia de passageiros invisuais 2. Os taxímetros devem ser colocados de forma a que
e de cadeiras de rodas ou outros meios de marcha os passageiros possam, no interior do veículo, observar
de pessoas com mobilidade reduzida, bem como o seu funcionamento.
de carrinhos e acessórios para o transporte de
crianças. 3. A competência para efetuar o controlo metrológico
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b) Licença de utilização de frequência de radiocomunicação f) Prestar os serviços de transporte que lhe forem
ou de outro meio de comunicação para o solicitados, desde que abrangidos pela regulamentação
efeito, emitida pela Autoridade Reguladora aplicável ao exercício da atividade;
das Comunicações e prova de propriedade do
equipamento adequado; g) Observar as orientações que o passageiro fornecer
quanto ao itinerário e à velocidade, dentro dos
c) Centralização do serviço em local apropriado, capaz limites em vigor, devendo, na falta de orientações
de oferecer todas as condições de segurança e expressas, adotar o percurso mais curto;
de adequado funcionamento do sistema;
h) Parar o veículo, para a tomada e largada de
d) Instalação do equipamento apenas nos veículos passageiros por forma a não prejudicar a livre
autorizados à prestação do serviço de táxi, nos circulação de trânsito;
termos do presente diploma.
i) Respeitar a fila de táxi nas praças de táxis lá onde
4. Quando prestado o serviço de radiocomunicação por existam;
terceiros a um transportador em táxi, a relação entre as
partes deve ser regulada contratualmente e reduzida a j) Não se fazer acompanhar por pessoas estranhas
escrito. ao passageiro a transportar;
5. Somente após cumpridas as exigências do n.º 3, o k) Usar de correção e de urbanidade no trato com os
serviço auxiliar de radiotáxi pode entrar em funcionamento, passageiros e terceiros;
devendo para tal, observar-se as demais exigências da
Autoridade Reguladora das Comunicações e submeter-se l) Não importunar os peões, instando à utilização
à competente fiscalização. dos seus serviços;
6. O custo do serviço auxiliar de radiotáxi não deve m) Não fumar, em caso algum, dentro do veiculo;
incidir sobre o cálculo das tarifas, nem pode, sob qualquer
n) Não dormir, nem tomar as suas refeições dentro
pretexto, ser cobrado aos utentes dos serviços de táxi.
dos veículos;
Artigo 46.º
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Deveres do condutor
s) Transportar cadeiras de rodas ou outros meios de
marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem
São deveres dos condutores de táxi: como carrinhos e acessórios para o transporte
de crianças, a título gratuito;
a) Colocar uma cópia autenticada do certificado de
aptidão profissional atualizada no lado direito do t) Cumprir o regime de preços, estabelecido nos
tablier, de forma bem visível para os passageiros; termos legais;
d) Não colocar música com o volume alto, de modo w) Facilitar o pagamento do serviço prestado, devendo
a perturbar a tranquilidade dos passageiros, para o efeito dispor de numerário que permita
particularmente quando estes não a solicitem realizar qualquer troco até ao montante mínimo
ou autorizem; de 2.000$00 (dois mil escudos);
e) Não abandonar o veículo na praça sem motivo x) Emitir e assinar o recibo comprovativo do valor
justificado; do serviço prestado do qual deve constar a
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identificação da matrícula do veículo e, quando b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
solicitado pelo passageiro, a hora, a origem e DGTR;
o destino do serviço e os suplementos pagos;
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
y) Proceder diligentemente à entrega na autoridade
policial de objetos deixados no veículo, podendo d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
também fazê-la ao passageiro, desde que por este
solicitado e mediante pagamento do respetivo e) Ficha de inspeção automóvel válida.
serviço, se o condutor de táxi entender que deve
3. Pode ser negado o pedido de licenciamento para
haver lugar a este pagamento.
transporte executivo em automóveis ligeiros de passageiros,
Artigo 48.º cuja cor seja suscetível de ser confundida com as cores
oficiais dos táxis nos respetivos municípios.
Recusa de transporte
Artigo 52.º
1. Os condutores podem recusar a entrada nos veículos
a pessoas: Requisitos
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de estacionar nas praças de táxis e nas paragens dos verificar as condições de segurança e conforto
transportes coletivos de passageiros, bem como de apanhar consideradas necessárias para a exploração de
e/ou largar passageiros fora do âmbito do disposto no serviço;
artigo 50.º.
e) Não ter decorrido mais de um ano após a data
Artigo 55.º da primeira matrícula dos veículos, à data da
Contrato de transporte
apresentação do pedido de licença.
Artigo 58.º
A modalidade de transporte e o preço de transporte
são livremente acordados entre o transportador público Veículos utilizados
e o utente e o contrato reduzido a escrito.
Só podem ser objeto de aluguer sem condutor, os
Subsecção III automóveis ligeiros de passageiros, ligeiros mistos, ligeiros
Aluguer sem condutor de mercadoria, motociclos ou equiparados, pertencentes a
empresas titulares de alvará e de licença individual dos
Artigo 56.º veículos para o exercício dessa atividade, e que sejam
Acesso ao mercado registados como fazendo parte da sua frota.
Artigo 59.º
O acesso ao mercado de aluguer sem condutor (Rent-a-
Car) só é permitido às sociedades comerciais, dotadas de Agências e filiais
capacidade financeira e organização adequada ao exercício
da atividade, e que reúnam os seguintes requisitos: 1. As empresas titulares de licença podem ser autorizadas
a abrir agências ou filiais, mediante despacho da DGTR,
a) Sede em território nacional; desde que as respetivas instalações sejam devidamente
aprovadas.
b) Atestado de habitabilidade passada pela Câmara
Municipal da área do exercício da atividade; 2. A autorização para a abertura da agência ou filial é
averbada no alvará de que a empresa é titular.
c) Cópias de Croqui de arquitetura e planta de
2 482000 000000
a) Ser proprietário de uma frota de, pelo menos, 2. Do contrato devem constar, obrigatoriamente:
6 (seis) automóveis de cilindrada não inferior
a 950 (novecentos e cinquenta) centímetros a) Identificação das partes;
cúbicos, afetos ao mesmo fim e com a mesma b) Identificação do veículo alugado;
sede de exploração;
c) Condições respeitantes ao preço e outras importâncias
b) Tratando de veículos motociclos ou equiparados,
recebidas pelo locador a título de caução, se
com lotação até 2 (dois) lugares, ser possuidor de
houver;
uma frota de, pelo menos 6 (seis) unidades, de
cilindrada superior a 50 (cinquenta) centímetros d) Serviços complementares convencionados;
cúbicos, afetos ao mesmo fim e com a mesma
sede de exploração; e) Data e lugar do início do aluguer e da entrega do
veículo no seu termo.
c) Tratando de veículos ciclomotores com lotação até
2 (dois) lugares, ser possuidor de uma frota de, 3. É lícito à empresa recusar o aluguer, desde que o
pelo menos, 6 (seis) unidades, afetos ao mesmo cliente não ofereça garantias de idoneidade.
fim e com a mesma sede de exploração;
4. É igualmente lícito à empresa retirar ao locatário
d) Tratar-se de veículo de matrícula nacional não o veículo alugado no termo do contrato, bem como
adstrito a transportes públicos e a transportes rescindir o contrato, nos termos da lei, com fundamento
turísticos, aprovado em inspeção destinada a em incumprimento das cláusulas contratuais.
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Artigo 66.º
1. As empresas de aluguer sem condutor devem efetuar
em cada ano civil, para efeitos de fiscalização e de controlo Definição
da indústria, um registo de todos os contratos de aluguer
de veículos, segundo a ordem da sua celebração. Para efeitos do presente diploma, entende-se por
transporte de mercadorias a modalidade de transporte,
2. A DGTR pode exigir às empresas, o envio de cópias de efetuado em automóveis de carga, licenciados para o
contratos celebrados e/ou de fichas de entrega de veículos transporte de aluguer, em que os veículos são utilizados
de, pelo menos, os últimos 2 (dois) anos, para controlo da por fração da sua carga, ficando ou não ao exclusivo
execução dos mesmos. serviço dos seus utentes.
Artigo 67.º
Artigo 63.º
Pedido de licença
Distintivos de identificação
1. O exercício da atividade de transporte de mercadorias
A DGTR pode, ouvidas as entidades interessa das em automóveis ligeiros e pesados depende de alvará
do setor, determinar que os veículos de aluguer sem emitido pela DGTR.
condutor sejam assinalados, por forma a garantir a
sua fácil identificação exterior, devendo trazer em local 2. O acesso ao mercado de transportes de mercadorias
bem visível a indicação do número da respetiva licença, em automóveis ligeiros e pesados dentro da área de
conforme despacho da DGTR. jurisdição de um determinado município, depende de
licença emitida pela respetiva câmara municipal.
Artigo 64.º
3. Do requerimento para a concessão de licença devem
Proibição de uso de veículos constar:
1. Não podem ser utilizados na indústria de aluguer a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
sem condutor, veículos: profissão e residência atualizada do sócio, gerente
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Os requerimentos para a obtenção de licença de b) Ter menos de 10 (dez) anos de fabrico na data da
transportes de aluguer sem condutor são entregues formulação do pedido de licença para os pesados.
na DGTR, em cuja área se localiza a sede da sociedade
Artigo 69.º
requerente, e deles deve constar:
Distintivos de identificação
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
profissão e residência atualizada do sócio, gerente Os automóveis de transporte de mercadorias são
ou diretor geral da entidade requerente. assinalados com um dispositivo de identificação colocado
no alto do tejadilho, conforme despacho da DGTR.
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela Artigo 70.º
DGTR;
Local de estacionamento
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
1. Os automóveis de transporte público de mercadorias
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e devem ter um espaço devidamente assinalado para
efeito de estacionamento, nos principais aglomerados
e) Ficha de inspeção automóvel válida. populacionais.
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2. As câmaras municipais devem, conforme suas prioridades, municípios diferentes, desde que os passageiros estejam
diligenciar a instalação de terminais rodoviários, nos quais acompanhados da respetiva carga, e esta seja transportada
se preveja lugar para estacionamento de automóveis de antes da abertura e após o encerramento dos mercados.
transporte público de mercadorias.
5. Excecionalmente, também pode ser permitido
Artigo 71.º pela DGTR o transporte de trabalhadores em veículos
ligeiros de mercadoria, particulares, de e para o local de
Contrato de transporte
trabalho, desde que devidamente aprovados em inspeção
O preço pelo transporte público de mercadorias é livremente extraordinária e sentados em condições de segurança
acordado entre o transportador público e o utente. rodoviária, definidas em despacho da DGTR.
Artigo 74.º
Artigo 72.º
Acesso à atividade de transporte precário
Uso obrigatório de tacógrafos
1. O transporte de passageiros em regime de precariedade
1. Os veículos automóveis pesados de transporte de entre municípios diferentes nos termos previstos no n.º 4 do
mercadorias devem ser munidos de tacógrafos. artigo anterior depende de autorização da DGTR.
2. O uso do tacógrafo é permanente e obrigatório em 2. O transporte de passageiros em regime de precariedade
todo o território nacional. dentro da área de jurisdição de um determinado município,
depende de autorização emitida pela respetiva câmara
3. A competência para efetuar o controlo metrológico municipal.
legal dos tacógrafos, a fixação dos requisitos que devem
satisfazer, bem como os procedimentos de avaliação de Artigo 75.º
conformidade, tendo em vista a sua disponibilização Requisitos para obtenção de autorização
no mercado, colocação em serviço e o controlo do seu
funcionamento após entrada em serviço, é regulado pelo Para efeitos de obtenção de autorização o requerente
disposto no Decreto-lei n.º 43/2015, de 27 de agosto, e deve ser titular de alvará e de licença de transporte
na Portaria n.º 54/2015, de 30 de outubro, e respetivo ligeiro de mercadoria e apresentar cópias dos seguintes
2 482000 000000
regulamento. documentos:
Caducidade
Definição
As autorizações concedidas aos transportadores públicos
1. Para efeitos do presente diploma, entende-se por para o transporte de passageiros em veículos ligeiros de
transporte de passageiros em regime de precariedade mercadoria, a título precário, caducam quando:
a modalidade de transporte de passageiros, efetuado
em veículos ligeiros de mercadoria, entre zonas rurais a) As localidades servidas passarem a dispor de
e piscatórias do mesmo concelho, entre essas zonas e o uma rede de transportes coletivos urbanos e/
respetivo centro de concelho e vice-versa. ou interurbanos;
3. As autorizações são emitidas, nos termos dos números 1. Os veículos utilizados no transporte de passageiros
anteriores, enquanto tais localidades não sejam servidas, em regime de precariedade devem ter, nos principais
convenientemente, por uma rede adequada de transportes aglomerados populacionais, um espaço devidamente
coletivos urbanos e interurbanos, salvaguardadas as assinalado para efeito de estacionamento.
condições de segurança rodoviária.
2. As câmaras municipais devem, conforme suas prioridades,
4. O transporte de passageiros em regime de precariedade diligenciar a instalação de terminais rodoviários, nos quais
é ainda autorizado nos termos dos n.ºs 1 e 2, para fins se preveja lugar para estacionamento de automóveis de
de aprovisionamento e de abastecimento de mercados de mercadorias.
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b) Automóveis ligeiros e pesados de passageiros, e 5. Nos Municípios de orografia plana, pode ser passada,
mistos de cabine dupla, do tipo pick-up; excecionalmente uma autorização, pela DGTR, para o
transporte de turistas na caixa de veículos ligeiros mistos,
c) Comboios turísticos. de cabine dupla, desde que esses veículos já detenham
Artigo 84.º licença para transporte turístico.
Triciclos, quadriciclos e automóveis ligeiros 6. Nos casos previstos no número anterior, os passageiros
1. Para o exercício da atividade de animação turística devem ser transportados sentados em bancos inamovíveis,
em triciclos e quadriciclos do tipo tuk-tuk, os pedidos em condições de segurança devidamente aprovadas em
de licenciamento são analisados, caso a caso, e o seu inspeção extraordinária.
deferimento depende das caraterísticas dos veículos, Artigo 85.º
das condições de segurança e da orografia dos circuitos
ou roteiros turísticos. Veículos pesados de passageiros
2. Os triciclos e quadriciclos devem possuir as seguintes 1. Para o exercício da atividade de animação turística
caraterísticas: em veículos pesados de passageiros são considerados
habilitados os autocarros ou minibus turísticos, enquanto
a) Cilindrada mínima de 200 (duzentos) centímetros veículos automóveis construídos para o transporte de
cúbicos; passageiros, com lotação superior a 9 (nove) lugares
b) Cintos de segurança, cujos modelos são aprovados sentados, incluindo o condutor.
em regulamento; 2. Os autocarros podem ser do tipo panorâmico,
c) Idade até 2 (dois) anos, contados da data da primeira preferencialmente, descapotável.
matrícula, aquando da formulação do pedido Artigo 86.º
de licença;
Caraterísticas dos comboios turísticos
d) Lotação máxima de 6 (seis) lugares, incluindo o
condutor; 1. Considera-se comboio turístico, o conjunto de veículos
composto por um trator e um ou mais reboques destinados
2 482000 000000
d) Dispor apenas de lugares sentados, sendo vedado Condições de trânsito de comboios turísticos
o transporte de passageiros de pé.
O trânsito de comboios turísticos na via pública está
4. Os automóveis ligeiros de passageiros e mistos condicionado à observação das seguintes condições:
utilizados no transporte turístico devem satisfazer,
cumulativamente, as seguintes caraterísticas: a) Não prejudicar as condições de circulação e normal
fluidez do restante trânsito;
a) Possuir cilindrada a partir de 1400 (mil e quatrocentos)
centímetros cúbicos, quando ligeiros de passageiros; b) Circular apenas em vias urbanas ou municipais,
em percursos pré-estabelecidos que não incluam
b) Possuir cilindrada a partir de 2000 (dois mil) troços de via que, pela sua largura, traçado ou
centímetros cúbicos, quando ligeiros mistos; sinuosidade, possam pôr em perigo a segurança
dos passageiros;
c) Ter idade até 2 (dois) anos, contados da data da
primeira matrícula, aquando da formulação c) Não pôr em causa a coordenação de transportes
do pedido de licença; regulares de passageiros, devendo os locais de
d) Possuir distância entre os eixos não inferior a dois paragem para tomada e largada de passageiros
metros e cinquenta centímetros; estar devidamente assinalados de forma a não
coincidirem com as paragens dos veículos de
e) Possuir 5 (cinco) portas. transporte público de passageiros;
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acordo com a tabela de preços dos percursos praticados de cabine dupla, do tipo pick-up é livremente acordado
pelo transportador. entre o transportador público e o utente.
Subsecção VIII
2. A tabela de preços dos percursos, referida no número
anterior, deve estar afixada na sede do transportador Transporte escolar
público, em local bem visível. Artigo 96.º
Subsecção VII Definição
Transporte em automóveis ligeiros mistos
O transporte escolar é a modalidade de transporte que
Artigo 90.º consiste na oferta do serviço de transporte aos alunos
Definição do nível pré-escolar, do ensino básico integrado e do
ensino secundário, sejam do ensino oficial, particular ou
Para efeitos do presente diploma, entende-se por cooperativo, feitos com exclusão de outras categorias de
transporte em automóveis ligeiros mistos, a modalidade passageiros.
de transporte, efetuado em automóveis ligeiros mistos,
Artigo 97.º
de cabine dupla, do tipo pick-up, licenciados para o
transporte de aluguer, em que o transporte de passageiros Condições de licenciamento
se faz exclusivamente na respetiva cabina, sendo vedado
1. O acesso ao mercado de transporte escolar depende
o transporte de pessoas na caixa.
de licença emitida pela respetiva câmara municipal,
Artigo 91.º conforme estabelecido na lei que aprova o Estatuto dos
Pedido de licença Municípios.
Do requerimento para a concessão de licença devem 2. Por solicitação de um transportador público à DGTR,
constar: pode um veículo licenciado para o exercício de transporte
escolar, ser objeto de uma autorização administrativa,
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF, em regime de transporte ocasional, enquanto atividade
profissão e residência atualizada do sócio, gerente secundária, conforme previsto no n.º 4 do artigo 15.º.
ou diretor geral da entidade requerente;
Artigo 98.º
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
Pedido de licença
DGTR;
Do requerimento para obtenção de licença devem constar:
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade;
profissão e residência atualizada do sócio, gerente
e) Ficha de inspeção automóvel válida. ou diretor geral da entidade requerente;
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Os automóveis utilizados no transporte escolar devem 1. O acesso ao mercado de transporte de valores depende
ostentar um dístico identificativo do respetivo serviço, de licença emitida pela DGTR.
conforme despacho da DGTR.
Artigo 101.º
2. Do requerimento para a concessão de licença devem
constar:
2 482000 000000
Tipos de automóveis
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
1. Os automóveis a serem utilizados no transporte profissão e residência atualizada do sócio, gerente
escolar devem ser: ou diretor geral da entidade requerente.
a) Automóveis utilizáveis no transporte coletivo
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
urbano de passageiros;
DGTR;
b) Automóveis utilizáveis no transporte coletivo
interurbano de passageiros; e c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
c) Excecionalmente, podem ser automóveis ligeiros d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
de mercadorias, objeto de licença precária, nos
e) Ficha de inspeção automóvel válida.
termos do artigo 73.º.
Artigo 106.º
2. Para o transporte de alunos do nível pré-escolar devem
ser utilizados automóveis equipados com sistemas de Condições de segurança dos automóveis
retenção e cintos de segurança, apropriados para o efeito.
1. Os automóveis utilizados para recolha, transporte
Artigo 102.º
e distribuição de valores devem estar equipados com os
Circuitos especiais seguintes níveis mínimos de segurança:
1. Podem ser criados circuitos especiais para o transporte a) Peso bruto mínimo de 2500 (dois mil e quinhentos) kg;
escolar, mediante coordenação prévia entre a câmara
municipal, a delegação do ministério da educação e os b) A caixa do automóvel deve ser do tipo furgão, com
transportadores públicos interessados. cabina e caixa de carga, com três zonas estanques,
destinadas, respetivamente, ao condutor, aos
2. Os circuitos especiais podem ser efetuados diretamente vigilantes transportadores e à carga;
pelos municípios, através de automóveis próprios ou
contratualizados. c) Cumprir os seguintes níveis de resistência e blindagem
determinados pelas normas europeias EN1063
Artigo 103.º
e EN1522 ou equivalentes:
Transporte de pessoas nos circuitos especiais
i) Perímetro exterior dos compartimentos destinados
Nos circuitos especiais podem ser transportados à tripulação (compartimento dianteiro, central
professores e outros funcionários dos estabelecimentos e anteparas central e frontal): BR5/FB5;
de ensino, sem prejuízo da prioridade de transporte dos
respetivos alunos. ii) Zona de carga: BR3/FB3.
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d) No tejadilho são colocados sinais visíveis de l) Os automóveis devem ser equipados com um sistema
identificação do automóvel, mesmo durante de alarme, acionado a partir da cabina ou do
a noite; compartimento de carga, que faça ouvir na via
pública um sinal sonoro de adequada intensidade,
e) A cabina deve dispor de uma saída de emergência e, simultaneamente, acione faróis ou indicadores
ou estar dotada, em ambas as laterais, de portas de mudança de direção;
que permitam evacuar o habitáculo em caso
de acidente, assegurando que a sua abertura m) No interior da cabina e do compartimento de valores
exterior implique sempre o acionamento de devem existir extintores, com uma capacidade
meios sonoros e luminosos; total mínima de 5 (cinco) kg;
f) As portas do automóvel devem ser inter-bloqueadas n) O sistema de blindagem e os vidros à prova de bala
ou possuir sistemas giratórios que não permitam devem ser certificados por entidades reconhecidas
o acesso imediato do exterior à zona de carga; nacional ou internacionalmente, adotando-se
os padrões estabelecidos pela norma europeia
g) Os automóveis devem dispor de sistemas de segurança
ou equivalente.
ligados a centro de controlo de operações de
recolha, transporte, guarda e distribuição de 2. O transporte de valores em montantes inferiores
valores, que possibilitem, designadamente a cinco milhões de escudos (5.000.000$00) pode ser
através de GPS: efetuado em automóveis com habitáculo de carga fechada
i) O registo e acompanhamento de itinerários das e separada por meio físico da zona de condução e com
rotas; acesso condicionado, do interior à zona de carga, devendo
estar equipados com sistema de comunicação ligado a um
ii) A identificação imediata da localização da viatura; centro de controlo.
iii) O bloqueio automático do veículo em caso de 3. Aos veículos licenciados para transportar valores em
paragem forçada ou outra situação de emergência, montantes inferiores a 5.000.000$00 (cinco milhões de
a ser ativado pela tripulação, ou pelo centro escudos), não são aplicáveis os requisitos previstos nas
de controlo; alíneas c), e), h), j), k) e n) do n.º 1.
2 482000 000000
iv) Sistema de comunicações com o centro de 4. A utilização dos automóveis mencionados nos n.ºs 2
controlo; e 3 só pode ocorrer após a verificação e a validação das
condições previstas pela Polícia Nacional, mediante a
v) Possibilidade de abertura da zona de carga
atribuição de um certificado de conformidade.
somente em locais a determinar;
Artigo 107.º
h) A entrada de ar do exterior deve ser canalizada por
orifícios de dimensões tais que não permitam a Inspeção ordinária e extraordinária de automóveis
entrada de objetos estranhos que perturbem a
ordem e o bem-estar dos ocupantes e a entrada 1. Anualmente, as entidades competentes em matéria
de projéteis lançados do exterior; de inspeção e de fiscalização da segurança rodoviária
devem verificar as condições de segurança dos automóveis
i) Os veículos devem estar dotados de ar condicionado nas empregues no transporte de valores, sem prejuízo de,
zonas do condutor e dos vigilantes transportadores; extraordinariamente, se realizarem inspeções e/ou
fiscalizações, sempre que circunstâncias o exijam ou por
j) No tocante aos órgãos vitais do veículo deve ser
indicação da Direção Geral da Administração Interna.
assegurada a proteção:
2. A circulação dos automóveis de transporte de valores,
i. Do depósito de combustível, que pode ser feita
só pode ocorrer após aprovação, em sede de inspeção
pelo prolongamento da carroçaria, tão junto
extraordinária e respetivo licenciamento a conceder pela
do solo quanto possível, desde que não ponha
DGTR, independentemente do estabelecido no artigo
em perigo a circulação do veículo, mediante a
anterior.
colocação de uma caixa blindada, com espessura
e material com características técnicas capazes Artigo 108.º
de resistirem à perfuração de balas disparadas
Paragem e estacionamento
por armas convencionais ou fragmento resultante
de explosão; 1. Para o exercício das suas funções, os automóveis de
ii. Da bateria, ou baterias, do veículo, que devem transporte de valores devem estacionar no local mais
estar devidamente colocadas e, se possível, no próximo do ponto de entrada e saída do vigilante.
interior das viaturas.
2. Na observância do disposto no número anterior,
k) Os pneumáticos que equipam os automóveis devem sempre que não existirem locais próprios à execução das
possuir propriedades que lhes permitam rolar missões dos vigilantes de transporte de valores, podem
mesmo depois de acidentados ou, em alternativa, os automóveis de transporte de valores parar/estacionar
possuir uma proteção eficaz, que não ponha em em zonas de paragem /estacionamento proibido, o tempo
perigo a segurança rodoviária; estritamente necessário para as operações em causa.
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d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
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c) “Veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD)” e aprovados em inspeção técnica conjunta, realizada pela
– o veículo ligeiro, destinado ao transporte DGTR e pela autoridade competente da área de saúde,
de doentes cuja situação clínica não impõe, em conformidade com o disposto em portaria conjunta
previsivelmente, a necessidade de cuidados dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
de saúde durante o transporte. Administração Interna e da Saúde.
Artigo 118.º
2. As ambulâncias devem obedecer aos seguintes
Pedido de licença requisitos:
1. O licenciamento dos veículos utilizados na atividade a) Possuir a declaração de construção do veículo, emitida
de transporte de doentes é da competência da DGTR, na pelo transformador, com as especificações de
sequência de inspeção técnica automóvel e da apresentação conformidade com o disposto em regulamento;
de certificado de vistoria de veículo emitido pela autoridade
competente pela área da saúde. b) Garantir, pelas suas características, a segurança
e o conforto dos doentes;
2. Excetua-se do disposto no n.º 1, o exercício da atividade
de transporte de doentes, feito pelas corporações de c) Manter-se sempre em bom estado de higiene.
bombeiros legalmente constituídas, delegações da Cruz
Artigo 120.º
Vermelha, bem como o transporte feito pelas entidades
integradas no serviço nacional de saúde e as integradas Características de identificação das ambulâncias
no Serviço Nacional da Proteção Civil, utilizando, para
o efeito, meios de transporte próprios. 1. As ambulâncias devem estar exclusivamente
mobilizadas para o transporte de doentes.
3. O disposto no número anterior não isenta as entidades
aí referidas do cumprimento das restantes normas 2. A carroçaria deve estar estruturalmente dividida
consagradas no presente diploma. em dois compartimentos distintos: a cabina de condução
e a célula sanitária.
4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o
transporte de doentes é permitido, ainda, nas seguintes 3. Na cabina de condução, para além do banco do
condições: condutor, só é permitido mais um banco, que não pode
2 482000 000000
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; 6. As ambulâncias podem ter uma ou mais macas.
e) Ficha de inspeção automóvel válida; 7. A arrumação da célula sanitária deve ter em atenção
o tipo de utilização a que se destina.
f) Certificado de seguro; e
8. As ambulâncias devem dispor de um corredor central,
g) Certificado de seguro de responsabilidade pela
na célula sanitária, com o mínimo de 20 (vinte) centímetros.
exploração de atividade.
Artigo 119.º Artigo 121.º
1. Os automóveis de transporte de doentes devem estar 1. O VDTD é um veículo ligeiro de passageiros com
em bom estado de conservação, em boas condições sanitárias capacidade máxima de 9 (nove) lugares.
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i. Na parte lateral e posterior, esta faixa tem entre d) Os equipamentos identificados nas alíneas b) e c)
10 (dez) e 15 (quinze) centímetros de largura; devem ser utilizados sempre que seja realizado
o transporte de um doente em cadeira de rodas;
ii. Na parte frontal e a partir das portas da
cabine de condução, a largura da faixa poder e) Caso não seja possível cumprir com os requisitos
ser reduzida, gradualmente, até um mínimo previstos nas alíneas anteriores, o transporte de
de 5 (cinco)centímetros; doentes deve ser efetuado no banco do veículo.
iii. A faixa apenas pode ser interrompida por Artigo 124.º
componentes do veículo, e uma vez em cada
uma das portas da cabine de condução para Acesso
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Identificação Requisitos
1. Os veículos de transporte de doentes devem ser Os automóveis de transporte de aluguer para atos
assinalados de modo a garantir a sua fácil identificação fúnebres devem estar em bom estado de conservação, adaptados
exterior, pela forma que vier a ser definida por despacho para o transporte de urnas e aprovados em inspeção técnica
conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas automóvel, em conformidade com a legislação aplicável.
áreas Administração interna e da Saúde.
Artigo 132.º
2. Nas ambulâncias não é permitida qualquer forma
de publicidade, expressões e símbolos suscetíveis de Prestação de serviços
dificultar a sua identificação.
1. O transporte de aluguer para atos fúnebres é efetuado
Artigo 127.º
por um transportador público, em automóvel apropriado
Local de estacionamento e exclusivamente destinado a esse fim.
Os automóveis de transporte de doentes devem 2. Sem prejuízo do disposto em legislação própria, o
ter um espaço devidamente assinalado para efeito de transporte para atos fúnebres é permitido numa das
estacionamento, ou em sede de exploração das respetivas seguintes situações:
empresas.
Artigo 128.º
a) Em veículos não adaptados para o efeito, onde
não haja empresa constituída legalmente para
Contrato de transporte esse tipo de transporte; ou
O preço pelo transporte de doentes é livremente acordado
b) Quando os beneficiários não disponham de recursos
entre o transportador público e o utente.
económicos para a utilização de veículos apropriados.
Subsecção XII
Artigo 133.º
Transporte de aluguer para atos fúnebres
Local de estacionamento
2 482000 000000
Artigo 129.º
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Regime de exploração
municipais, ouvida a DGTR e os transportadores públicos,
tendo em atenção o interesse público e económico em face
1. Só podem ser utilizados na exploração de transporte da necessidade de facilitação da ligação com outros meios
coletivo interurbano de passageiros, os veículos automóveis de transporte, permitindo a comunicação intermodal, não
que, reunindo os requisitos legais, estejam licenciados podendo ser alterados pelo transportador público, salvo
para o efeito. em casos de força maior.
2. A DGTR deve, ouvidas as câmaras municipais, fixar 2. Os horários aprovados nos termos do número anterior
um contingente de licenças a conceder para os diferentes podem prever maior frequência de ligações entre pontos
trajetos intermunicipais, interurbanos ou interconcelhos. do percurso de carreiras interurbanas, em que se verifique
especial intensidade de tráfego, desde que daí não resulte
Artigo 138.º concorrência efetiva a outros operadores públicos ou
Requisitos
meios de transporte.
Artigo 141.º
1. Os automóveis licenciados para o transporte interurbano
de passageiros devem ter até 4 (quatro) anos de fabrico, Regime de preços
à data da formulação do pedido de licença.
O regime de preços aplicável aos transportes coletivos
2. O transporte interurbano de passageiros deve ser interurbanos de passageiros regula-se pelo disposto no
prestado em automóveis pesados de passageiros, de caixa Decreto-lei n.º 52/2003, de 24 de novembro, e pela Portaria
fechada, construídos para esse fim, podendo ser prestado n.º 2/2004, de 19 de janeiro.
em duas categorias distintas de automóveis:
Artigo 142.º
a) Minibus – que compreendem veículos concebidos de
forma a permitir fácil deslocação dos passageiros Proibição de uso de veículos
em percursos com paragens frequentes, com uma
lotação não superior a 16 (dezasseis) lugares 1. Não podem continuar a ser utilizados na atividade
sentados, incluindo o condutor, cujas condições de transportes coletivos interurbanos de passageiros,
são fixadas em regulamento. veículos com idade superior a 12 (doze) anos, a contar
da data da atribuição da primeira licença.
b) Bus – que compreendem veículos concebidos para
o transporte de passageiros sentados, com 2. O limite estabelecido no número anterior pode ser
capacidade superior a 16 (dezasseis) lugares prorrogado por mais um ano, mediante autorização da
sentados, incluindo o condutor, em boas condições DGTR, após aprovação em inspeção extraordinária dos
de segurança e padrões de conforto dos passageiros. respetivos veículos.
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h) Usar de correção e de urbanidade no trato com d) Velar pela segurança e comodidade dos passageiros;
os passageiros e terceiros;
e) Em cada veículo utilizado em carreiras interurbanas,
i) Não importunar os peões instando pela utilização salvo quando haja plataforma, deve haver um
dos seus serviços; assento para o ajudante, não podendo este em
caso algum permanecer no estribo com o veículo
j) Não fumar, em caso algum, dentro do veiculo; em marcha;
k) Não dormi nem tomar as suas refeições dentro
f) Não fumar, quando em serviço, nem tomar nos
dos veículos;
veículos quaisquer refeições;
l) Transportar cães de assistência de passageiros
com deficiência, a título gratuito; g) Verificar, antes de abandonar os veículos em que
prestam serviço, se nos mesmos encontram
m) Transportar, salvo motivo atendível, designadamente quaisquer objetos que neles tenham sido
a perigosidade e o estado de saúde ou de higiene, esquecidos pelos passageiros;
animais de companhia quando devidamente
acompanhados e acondicionados; h) Apresentar-se devidamente asseado.
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b) Recusar-se a apresentar o título de transporte quando Aos passageiros pode ser recusado o embarque ou
exigido pelos empregados do concessionário ou determinado desembarque quando:
pelos agentes de fiscalização;
a) Estejam sob aparente efeito de qualquer substância
c) Entrar ou sair dos veículos fora das paragens, química ou outra de qualquer natureza que
no caso dos transportes coletivos urbanos de altere visivelmente o comportamento emocional,
passageiros; ameaçando comprometer a segurança do serviço;
d) Entrar quando a lotação do veículo estiver completa;
b) Sejam portadores de visível doença contagiosa;
e) Abrir ou manter abertas as janelas, quando houver
justificada oposição de outros passageiros; c) Portem arma perigosa, de qualquer tipo e natureza;
f) Pendurar-se em qualquer parte dos veículos ou d) Tragam consigo produtos ou substâncias de natureza
seus acessórios ou debruçar-se dos mesmos perigosa ou proibidos pela legislação vigente;
durante a marcha;
e) Pretendam embarcar com animais não devidamente
g) Arremessar dos veículos detritos ou quaisquer
acondicionados ou em desacordo com legislação
objetos que possam causar dano;
pertinente;
h) Fazer barulho de forma a incomodar os restantes
passageiros; f) Pretendam embarcar com objetos de dimensões e
acondicionamento incompatíveis com as condições
i) Exercer mendicidade; do veículo;
2 482000 000000
l) Recusar a identificar-se quando tal lhe seja exigido i) A lotação do veículo estiver completa.
pelos empregados do concessionário ou pelos
agentes de fiscalização, no caso de terem infringido CAPÍTULO IV
algumas das obrigações impostas neste artigo.
FISCALIZAÇÃO E REGIME SANCIONATÓRIO
Artigo 147.º
Artigo 149.º
Deveres do transportador público coletivo
Entidades fiscalizadoras
1. Sem prejuízo do cumprimento dos demais dispositivos
previstos no Código da Estrada e legislação complementar, São competentes para a fiscalização das normas constantes
é dever do transportador público, através de seu condutor do presente diploma a DGTR, a Polícia Nacional e a Polícia
e auxiliares: Municipal, quando houver, sem prejuízo de competências
a) Efetuar a condução do seu veículo, de modo a não específicas atribuídas por lei a outras entidades.
prejudicar a segurança e o conforto dos passageiros;
Artigo 150.º
b) Não abastecer o veículo, nem o manter em lugares
Contraordenações
considerados perigosos, estando passageiros a
bordo; 1. Constitui contraordenação todo o facto ilícito e
c) Não permitir que se fume ou ingira bebidas alcoólicas censurável que preencha um tipo legal correspondente
a bordo, ou que se entre para o autocarro à infração das disposições do presente diploma, cuja
transportando objetos que exalem odores que aplicação esteja cometida às entidades competentes, e
possam perturbar significativamente o bem- para o qual se estabeleça uma coima e sanção acessória,
estar dos utentes, ou materiais que possam quando couber.
sujar ou prejudicar de algum modo o veículo;
2. O processo de contraordenação inicia-se oficiosamente,
d) Zelar sempre para o cumprimento possível da regra mediante auto de notícia e/ou de denúncia das autoridades
de acessibilidade de pessoas com deficiência e fiscalizadoras do trânsito rodoviário e/ou dos cidadãos
da de humanismo nos veículos. particulares.
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3. Nas contraordenações rodoviárias, a negligência é dos deveres gerais de transportador público, a que se
sempre sancionável. refere o artigo 14.º, sem prejuízo de sanções acessórias,
consubstanciadas no cancelamento ou não renovação de
4. As sanções aplicadas às contraordenações em concurso alvarás e/ou licenças, previstas no n.º 2 do artigo 157.º.
são sempre cumuladas materialmente.
2. São sancionadas com coima de 10.000$00 (dez mil
Artigo 151.º
escudos) a 20.000$00 (vinte mil escudos) as seguintes
Gestão das contraordenações rodoviárias infrações:
1. A gestão dos processos de contraordenação rodoviária a) A utilização de veículo não averbado no alvará;
é feita pela DGTR, enquanto Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária (ANSR), através de plataforma de b) A abertura de agências ou filiais de transportador
gestão das contraordenações, à qual também têm acesso público não autorizada;
as entidades fiscalizadoras, nomeadamente, as polícias
c) A viciação do alvará ou da licença do veículo, sem
nacional e municipal.
prejuízo da responsabilidade criminal a que
2. Sem prejuízo das atribuições das entidades fiscalizadoras, houver lugar.
compete exclusivamente à DGTR a instrução e a decisão
das contraordenações rodoviárias, nomeadamente, a 3. São sancionadas com coima de 5.000$00 (cinco mil
aplicação das coimas e sanções acessórias. escudos) a 10.000$00 (dez mil escudos), as seguintes
infrações:
3. Para efeitos do estabelecido no número anterior,
os autos de notícia e de denúncia das contraordenações a) A infração prevista nos artigos 7.º e no n.º 2 do
rodoviárias são remetidos à DGTR. artigo 89.º;
1. O exercício da atividade de transportador público sem o g) A infração de cada um dos deveres do condutor
respetivo alvará, a que se refere o artigo 13.º, é sancionado de táxi, a que se refere o artigo 47.º;
com coima de 20.000$00 (vinte mil escudos) a 40.000$00
(quarenta mil escudos) para as pessoas singulares e de h) A infração de cada um dos deveres do condutor de
30.000$00 (trinta mil escudos) a 60.000$00 (sessenta mil transporte coletivo, a que se refere o artigo 144.º;
escudos) para as pessoas coletivas.
i) A infração de cada um dos deveres do pessoal
2. O transporte de passageiro, remunerado, em infração auxiliar de transporte coletivo, a que se refere
ao disposto no artigo 15.º, num determinado segmento o artigo 145.º;
da indústria de transporte em veículos motorizados, é
sancionado com coima de 20.000$00 (vinte mil escudos) j) A infração de cada um dos deveres do transportador
a 40.000$00 (quarenta mil escudos) para as pessoas público coletivo a que se refere o artigo 147.º;
singulares e de 30.000$00 (trinta mil escudos) a 60.000$00
k) A infração dos requisitos formais de contrato de
(sessenta mil escudos) para as pessoas coletivas.
aluguer, a que se refere os n.ºs 1 e 2 dos artigos 61.º
Artigo 153.º e 62.º;
Incumprimento do dever de informação l) A infração dos horários e locais de paragem e
tomada de passageiros, previstos nos artigos
O incumprimento do disposto no artigo 23.º é sancionado
140.º e 139.º; e
com coima de 25.000$00 (vinte e cinco mil escudos) a
50.000$00 (cinquenta mil escudos). m) A infração da obrigatoriedade de uso de taxímetro
Artigo 154.º e tacógrafo, previstos nos artigos 44.º e 72.º.
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5. A infração do disposto no n.º 4 do art.º 86.º e no 3. Quando a autoridade autuante for Polícia Nacional, o
art.º 87.º, é sancionada com coima de 10.000$00 (dez mil produto das coimas resultante da prática de contraordenações,
escudos) a 20.000$00 (vinte mil escudos). no âmbito do presente diploma, processadas pela DGTR,
enquanto autoridade nacional de segurança rodoviária e
Artigo 155.º
gestora das contraordenações rodoviárias, é distribuído
Falta de apresentação de documentos de seguinte forma:
A não apresentação da licença de aluguer, no ato de
a) 10% (dez por cento) para o Serviço Social da Polícia
fiscalização, constitui contraordenação e é sancionada
Nacional;
com coima prevista no n.º 2 do artigo 154.º, salvo se o
documento em falta for apresentado no prazo de 8 (oito) b) 60% (sessenta por cento) para o Estado;
dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização,
caso em que a coima é reduzida para metade nos limites c) 30% (trinta por cento) para a entidade gestora das
mínimo e máximo. contraordenações rodoviárias.
Artigo 156.º
4. A forma de pagamento do produto das receitas
Imputabilidade das infrações arrecadadas pelas contraordenações rodoviárias é processada
1. As infrações aos deveres gerais e específicos dos através de Documento Único de Cobrança (DUC).
transportadores públicos, previstos no presente diploma,
CAPÍTULO V
são da responsabilidade destes, sem prejuízo do direito
de regresso. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
2. As infrações previstas nos artigos 12.º e 13.º são da Artigo 159.º
responsabilidade do proprietário ou usufrutuário do veículo.
Modelos de impressos
Artigo 157.º
Sanções acessórias Os modelos de impressos para alvarás e licenças
1. Com a aplicação da coima prevista no artigo 152.º é são estabelecidos por Portaria do membro do Governo
decretada a sanção acessória de interdição do exercício de responsável pelos Transportes rodoviários.
2 482000 000000
6. No caso de suspensão de licença ou alvará, o transportador Adequação ao novo regime e isenção de taxas
público é notificado para proceder, voluntariamente,
ao depósito do respetivo alvará na DGTR, sob pena de No prazo de 120 (cento e vinte) dias após à entrada em
apreensão. vigor do presente diploma, os transportadores públicos
já licenciados ao abrigo do Regulamento de Transportes
Artigo 158.º
em Automóveis (RTA), devem adequar-se ao presente
Receitas das contraordenações rodoviárias regime, comprovando, possuir os requisitos estipulados,
1. O produto das coimas resultante das contraordenações não sendo devido o pagamento de quaisquer taxas.
rodoviárias praticadas no âmbito do presente diploma, Artigo 162.º
e autuadas pela Polícia Municipal, constitui receita do
município, salvo disposição legal em contrário. Reconhecimento da capacidade técnica ou profissional
2. Quando a autoridade autuante for a Polícia Municipal, o É reconhecida a capacidade técnica ou profissional à
produto das coimas resultante da prática de contraordenações, pessoa física ou jurídica que, à data da entrada em vigor
no âmbito do presente diploma, e processadas pela DGTR, do presente diploma, seja titular de licença.
enquanto autoridade nacional da segurança rodoviária,
Artigo 163.º
é distribuído de seguinte forma:
a) 70% (setenta por cento) para o município; e Capacidade financeira
b) 30% (trinta por cento) para a entidade gestora Considera-se que todas as associações, sociedades
das contraordenações rodoviárias. comerciais, cooperativas, e os empresários em nome
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Os veículos licenciados para prestação do serviço de Ministros da Saúde e da Segurança Social e da Economia
transporte público, seja de aluguer ou coletivo, que já e Marítima, o seguinte:
tenham atingido o limite de idade de exploração, nos termos
Artigo 1.º
do presente diploma, podem gozar de um período de até 3
(três) anos, a contar da data de entrada em vigor do presente Objeto
diploma, para substituição impreterível dos mesmos.
A presente portaria define os procedimentos relativos
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Paulo Augusto à emissão do certificado médico para marítimos, aprova
Costa Rocha o modelo do relatório da examinação médica e o respetivo
modelo de certificado médico, e ainda define o grau de
––––––o§o–––––– discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos
na aplicação das normas médicas.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E DA SEGURANÇA SOCIAL Artigo 2.º
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1. O certificado médico para marítimos é emitido após 1. Os médicos que pretendam ser reconhecidos para efeitos
verificação dos requisitos físicos e psíquicos previstos na de emissão de certificados médicos para marítimos, devem
Secção A-I/9 do Código sobre Normas de Formação, de dirigir ao Diretor Nacional de Saúde um requerimento
Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos para esse fim.
(Código STCW), conforme consta do relatório de examinação
2. O requerimento referido no número anterior é
médica.
submetido, acompanhado dos seguintes elementos:
2. O certificado médico é emitido por médicos com
a) Informação sobre elementos de identificação pessoal,
especialidade de medicina do trabalho, reconhecida pela
incluindo local de atendimento e contactos
Ordem dos Médicos, ou, na sua falta, por médicos em
telefónico e eletrónicos;
serviço nas delegacias de saúde e nos centros de saúde do
Serviço Nacional de Saúde que integram a lista publicada na b) Cópia da cédula profissional ou documento similar
página eletrónica da administração marítima, sem prejuízo com indicação de respetiva especialidade médica;
do disposto no n.º 5 do artigo 4.º da portaria nº 2/2017, de
10 de janeiro. c) Declaração de cumprimento dos requisitos relativos
às instalações, equipamentos e utensílios,
3. Para além do disposto no número anterior, os médicos incluindo cópia da planta das instalações e
habilitados para a emissão de certificados médicos para listagem de equipamentos e utensílios disponíveis,
marítimos devem possuir instalações apropriadas e com em conformidade com o Anexo III da presente
equipamento e utensílios adequados para a avaliação da portaria.
aptidão física e psíquica dos marítimos.
3. Cabe à Direção Nacional da Saúde a verificação
4. Os requisitos das instalações, equipamentos e dos requisitos técnicos, instalações e equipamentos, de
utensílios constam do Anexo III da presente portaria, acordo com o disposto nos números 2 e 3 do artigo 3.º da
da qual faz parte integrante. presente portaria.
2 482000 000000
5. Para efeitos da avaliação da aptidão física e psíquica 4. A Direção Nacional da Saúde, após verificação dos
dos marítimos os médicos devem seguir: requisitos exigíveis, comunica aos médicos interessados
o resultado e envia à administração marítima a lista de
a) As orientações preconizadas pela Organização médicos reconhecidos.
Internacional do Trabalho (OIT) no documento
“Guidelines on the medical examination of 5. A administração marítima publicita e atualiza,
seafarers/International Labour Office, Sectorial sempre que necessário, na sua página eletrónica, a lista
Activities Programme; International Migration de médicos reconhecidos.
Organization, Geneva: ILO, 2013”, ou na sua
6. Cabe ao médico que integre a lista referida nos
versão mais recente;
números anteriores comunicar à Direção Nacional da
b) As normas de boas práticas e o Código Deontológico Saúde qualquer alteração relevante aos dados fornecidos,
da Ordem dos Médicos. incluindo a sua intenção de saída da lista de médicos
reconhecidos ou a suspensão da actividade.
Artigo 5.º
Artigo 7.º
Garantia de qualidade
Desmaterialização dos procedimentos
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ANEXO I
áGÊNCIáàMáRÍTIMáàEàPORTUÁRIáà–àáMPà
áDMINISTRáÇÃOàMáRÍTIMáà
Edifí ioàdoàE -Co a doàNaval,àC.P.à ,àáve idaàMa gi alà–àS.àVi e teà-àCa oà
Ve de.àà à
Tel:à à ;àFa :à à ;àE. ail:ài fo@a p. và
à
Depa ta e to/Se to
Seà espo deuà“i àe àalgu aàdasà uest esàa i a,àfavo àes evaà o à aisàdetalhesàa ai o:à
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Si Não
. Está to a do algu a ão p es ição ou p es ição edi a e tosa?
Se “i ,àfavo à e io a àosà edi a e tosàto ados,àeàpa aà ueàfi alidade s ,àeàasàdosage s.à
à
à
à
O a íti o deve á assi a esta de la ação pessoal a p ese ça de édi o ualifi ado, ue i á p ee he a Pa te B do p ese te
elató io édi o.
Po àestaàviaà e tifi oà ueàasàde la aç esàpessoaisàa i aà efe idasàs oàve dadei as,àeàfo a à egistadasàe àple oà o he i e to.àPa aà
al àdisso,àauto izoàaàutilizaç oàdeàtodosàosà egistosàpo àpa teàdeà ual ue àp ofissio alàdeàsaúde,ài stituiç oàouàauto idadeàpú li aà
deàsaúde,àdesdeà ueàsejaàpo à di oà o eadoàouà ede iadoàpa aàoàefeito.à
à
à
à
ássi atu aàdoà a íti oà Data:à
Assi ado a p ese ça de di o ualifi ado e o eado
à
PART B – A se p ee hido pelo édi o ualifi ado e ede iadoà
E a i aç oà di aà
áltu aà à Pesoà kg à Pulsaç oà / i uto à Rit oà àà
P ess oàsa guí eaà àHG à á liseàdeàu i aà
S stoli à à Diastoli à à Glu oseà à P oteí aà à Sa gueà à
2 482000 000000
áudiçãoà
à To àeàaudio et iaà Valo es-li iteàe àdB à à Testeàdeàfalaàeàsussu oà et os à
à àHzà àHzà àHzà àHzà àHzà àHzà à No alà Sussu oà
Ouvidoà à à à à à à Ouvidoà à à
di eitoà di eitoà
Ouvidoà à à à à à à Ouvidoà à à
es ue doà es ue doà
à
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Depa ta e to/Se to
Ce tifica-seà ueàexa i eiàoà a íti oàeà ueàosà eusà esultadosàeàdiag ósticosàfica à egistadosà oàp ese teà elató ioà dico.à
à
Resultado:à
à à
áptoàpa aàoàse viçoà oà a ààà N oàaptoàpa aàoàse viçoà oà a ààà à *áptoà o àli itaç esàouà est iç esàààà à
à à
*Favo àespe ifi a àli itaç esàouà est iç es,àseàe isti :à
à
à
à à
à à
à ássi atu aàdoà a íti oàe a i adoà
ássi atu aàdeà di oà ualifi adoàeà ede iadoà ássi adoà aàp ese çaàdoà di oà ualifi adoàeà ede iado à
à à
à à
à à
Ca i oàdeà di oà ualifi adoà Dataàdoàe a eà di oà
à
Validade:à
à
Dataàdeàe iss o:à
Este Ce tifi ado de Aptidão Físi a se á álido po u pe íodo de dois a os, a e os ue o a íti o te ha e os de dezoito a os ou ais
de i ue ta a os, de e do estes asos te a alidade de ape as u a o.
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Tabela A-I/9
Normas mínimas de visão em serviço para marítimos
Regra da Categoria do Visão para Visão para Visão Campos Cegueira Diplopia
Convenção marítimo longe com perto de visuais4 noturna4 (visão
STCW correção1 cores3 dupla)4
Um Outro Os dois olhos
olho olho juntos, com ou
sem correção
I/11 Comandante, 0,52 0,5 Visão exigida Ver Campos Visão exigida Nenhum
II/1 oficiais do para a navegação Nota 6 visuais para problema
II/2 departamento de do navio (ex.: normais desempenhar significativo
II/3 convés, e consulta a cartas todas as evidente
II/4 marítimos de e publicações funções
II/5 mestrança e náuticas, necessárias no
VII/2 marinhagem de utilização dos escuro, sem
convés dos quais instrumentos e comprometer o
é exigido que equipamentos da seu
desempenhem ponte e desempenho
atribuições de identificação dos
vigilância auxílios à
navegação)
1/11 Todos os oficiais 0,45 0,4 Visão exigida Ver Campos Visão exigida Nenhum
III/1 de máquinas, (Ver para ler Nota 7 visuais para problema
2 482000 000000
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ANEXO II
REPÚBLICáà DEàCáBOàVERDEà
à
à
àààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààCERTIFICáDOàMÉDICOàPáRáàMáRÍTIMOSà
Medi al Ce tifi ate fo Seafa e s
E a esà di osà ealizadosàdeàa o doà o àasào ie taç esàfi adasàpelaàOIT/OMSàpa aàasài speç esà di asàdeàa essoà ài s iç oà a íti aàeàpe i di asàaàfaze àaosà a íti os.àCe tifi adoàdeà
áptid oà M di aà e itidoà e à o fo idadeà o à asà disposiç esà legaisà apli veisà eà osà e uisitosà i te a io aisà esta ele idosà pelaà Co ve ç oà I te a io alà so eà No asà deà Fo aç o,à
Ce tifi aç oàeàdeàSe viçoàdeàQua tosàpa aàosàMa íti osà STCW,à à o fo eàE e das,àaàCo ve ç oàdoàT a alhoàMa íti oà MLC,à àdaàOIT,àoàDe eto-Leià ºà / ,àdeà àdeàfeve ei oà
eàaàpo ta iaà ºà / ,àdeà àdeàja ei o.à
Medi al E a i atio s o du ted i a o da e ith ILO/WHO Guideli es fo p e-sea a d pe iodi Medi al Fit ess E a i atio s fo Seafa e s. Medi al e tifi ate issued u de the p o isio s of
the I te atio al Co e tio o Sta da ds of T ai i g, Ce tifi atio a d Wat hkeepi g fo Seafa e s STCW, as a e ded, the Ma iti e La ou Co e tio MLC, of ILO a d
u de Cape- e dia La De ee-La . / , th Fe ua , a d go e e tal o de . / , th Ja ua .
áuto idadesàCo pete tesàág ciaàMa íti aàeàPo tu iaà/àDi eçãoàNacio alàdaàSaúdeà
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