PR.011.Diretriz Projetos Elétricos
PR.011.Diretriz Projetos Elétricos
PR.011.Diretriz Projetos Elétricos
ENG
DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES PARA
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ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE
ELÉTRICA
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HISTÓRICO DE REVISÕES
SUMÁRIO
1. OBJETIVO 4
2. REFERÊNCIAS 4
3. DEFINIÇÕES 5
4. SIGLAS 6
5. RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE, CONSULTA E INFORMAÇÃO 6
6. CONDIÇÕES GERAIS 6
6.1 Estabelecimento de Premissas Básicas para a Elaboração de Projetos 7
6.2 Definição do Projeto Básico e do Projeto Executivo 7
6.3 Detalhamento do Projetos Básico e Projeto Executivo 10
6.3.1 Fornecimento de energia elétrica 10
6.3.2 Subestação Abrigada 10
6.3.3 Subestação Aérea 11
6.3.4 Transformador 12
6.3.5 Gerador 14
6.3.6 Condutores Elétricos 15
6.3.7 Relés de Proteção 15
6.3.8 Eletrodutos 18
6.3.9 Alojamento 19
6.3.10 Caixas de passagem e inspeção 19
6.3.11 Quadros de distribuição e força 19
6.3.12 Tomadas 23
6.3.13 Queda de tensão 23
6.3.14 Sistema de Aterramento 23
6.3.15 Proteção contra choques elétricos 24
6.3.16 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas 24
6.3.17 Instalações em túneis 24
6.3.18 Projeto de tubulação para sistemas 24
6.4 Coordenação do Projeto Básico e do Projeto Executivo 25
7. SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 25
8. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 25
8.1 Premissas Básicas 25
9. DOCUMENTOS DESDOBRADOS 26
10. MEDIÇÕES DO PROCESSO 26
11. REGISTROS 26
12. ANEXOS 26
1. OBJETIVO
Estabelecer as diretrizes para a elaboração de projetos de elétrica das estações de tratamento
e estações elevatórias de água, esgoto, poços, boosters e reservatórios.
2. REFERÊNCIAS
• NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão;
• NBR 15751 – Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos;
• NBR 5101 – Iluminação Pública;
• NBR 5356 –Transformadores de Potência;
• NBR 5361 – Disjuntores de baixa tensão;
• NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
• NBR 5413 – Iluminância de Interiores – Procedimento;
• NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas;
• NBR 5456 – Eletricidade Geral – Terminologia;
• NBR 5458 – Transformador de potência – Terminologia;
• NBR 5471 – Condutores elétricos – Terminologia;
• NBR 5473 – Instalação elétrica predial – Terminologia;
• NBR 5597 – Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor
e rosca NPT;
• NBR 6146 – Invólucro de equipamentos elétricos - Proteção - Especificação;
• NBR 6146 – Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção – Especificação;
• NBR 6242 – Verificação dimensional para fios e cabos elétricos – Método de
ensaio;
• NBR 6979 – Conjunto de manobra e controle em invólucro metálico para tensões
acima de 1 kV até 36,2 kV;
• NBR 7037 – Recebimento, instalação e manutenção de transformadores de
potência em óleo isolante mineral;
• NBR 7070 – Guia para amostragem de gases e óleo em transformadores e análise
dos gases livres e dissolvidos – Procedimento;
• NBR 7274 – Interpretação da análise dos gases de transformadores em serviço –
Procedimento;
• NBR 7286 – Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etileno
propileno (EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho;
• NBR 7287 – Ensaio De medição de resistência da isolação;
• NBR 7312 – Rolos de fios e cabos elétricos – Características dimensionais –
Padronização;
• NBR IEC 60034-9 – Maquinas elétricas girantes – Limite de ruído;
• NBR IEC 60439-1 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
• NBR ISO 8528 – Grupos geradores de corrente alternada acionados por motores
alternativos de combustão interna;
• NBR/ISO 8995-1 – Iluminação em ambientes de trabalho;
• NR 06 – Equipamentos de proteção individual;
3. DEFINIÇÕES
• Cabine Primária: Entrada de energia elétrica ligada ao sistema de distribuição
em média tensão;
• Caixas de passagem e inspeção: Destinada a facilitar a passagem e emendas
de condutores ou terminação de linhas de redes de alimentação elétrica;
• CCM: Consiste em um sistema de manobra e comando de motores
elétricos de baixa tensão (até 1000 volts) ou de média tensão (acima de 1000
volts);
• Condutores Elétricos: Materiais nos quais as cargas elétricas se deslocam de
maneira relativamente livre;
• Disjuntores: Dispositivo eletromecânico, que funciona como interruptor
automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra
possíveis danos causados por curto-circuito e sobrecargas elétricas;
• Eletrodutos: Elemento de linha elétrica fechada, de seção circular ou não,
destinada a conter condutores elétricos, permitindo tanto a enfiação quanto a
retirada dos condutores por puxamento;
• Fusível: Dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos;
• Gerador: Gerador é um dispositivo utilizado para a conversão da energia
mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica;
• Quadros de distribuição e força: Equipamento elétrico destinado a receber
energia elétrica de uma ou mais fontes de alimentação e distribui-las a um ou mais
circuitos;
• Relé: Dispositivo eletromecânico, com inúmeras aplicações possíveis em
comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos;
• Sistema de aterramento: Sistema destinado em instalações elétricas cujo
objetivos visam à proteção de pessoas contra contatos em partes metálicas da
instalação energizadas acidentalmente, uniformização do potencial elétrico em
toda a área da instalação, oferecer um caminho seguro e de baixa impedância em
direção à terra para as correntes provenientes de descargas atmosféricas e a
proteção da instalação quanto a falhas;
• SPDA: Sistema destinado a proteger as pessoas e o patrimônio dentro de uma
área específica, contra a incidência de descargas atmosféricas, possibilitando a
descarga para a terra sem que haja danos pessoais ou materiais;
• Tomadas: Ponto de conexão que fornece a eletricidade principal a um plugue
macho conectado a ela;
4. SIGLAS
• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• AC – Alternative Currently;
• ANSI – American National Standards Institute;
• ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;
• CCM – Centro de Controle de Motor;
• CFTV – Circuito Fechado de Televisão;
• DC – Discrete Currently;
• DPS – Dispositivo de Proteção Contra Surto;
• DR – Dispositivo Diferencial Residual;
• ETA – Estação de Tratamento de Água;
• ETE – Estação de Tratamento de Esgoto;
• IEC – International Electrotechnical Commission;
• IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers;
• INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia;
• ISO – International Organization for Standardization;
• NBR – Norma Brasileira;
• NEC – National Eletrical Code;
• NFPA – Associação Nacional de Proteção contra Incêndio;
• NR – Norma Regulamentadora;
• SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;
• TC – Transformador de Corrente; e
• TP – Transformador de Potência.
6. CONDIÇÕES GERAIS
O fluxograma do ANEXO A apresenta as etapas do processo de definição de diretrizes de
elaboração de projetos de elétrica. Observar as normas aplicáveis em suas versões mais
atualizadas.
6.3.4 Transformador
a. O detalhamento dos projetos básico e executivo para transformador é realizado
considerando que o equipamento:
• É do tipo seco, trifásico, de dois enrolamentos e classe de tensão conforme
necessidade de cada unidade;
• É completo, com todos os acessórios, equipamentos e materiais
especificados, bem como os não expressamente especificados, mas
necessários ao perfeito seu funcionamento;
• É projetado de forma a permitir, posteriormente, o acoplamento do sistema
de ventilação forçada, para aumento da capacidade de potência em cerca
de 40%, caso seja solicitado;
• Apresenta uma tensão de curto-circuito, referida à tensão e potência
nominais do enrolamento a 115°C, com valor em torno de 4%;
• Funciona com potência nominal, em serviço contínuo, sem ultrapassar a
elevação de temperatura prevista nas normas, para os materiais isolantes
na sua fabricação;
• Utiliza de materiais isolantes compatíveis com a classe térmica F (155°C);
• Tem capacidade de suportar picos de carga diários, sem prejuízo da vida
útil, conforme indicado nas tabelas 92-01.250 (A, B, C ou D) do apêndice C-
57.92 das normas ANSI;
• Possibilita monitoramento de sobrecarga, quando a temperatura máxima
permitida ao isolamento for atingida;
• Produz nível médio de ruído abaixo dos valores da tabela 13, da NBR 5356-
11;
• Possui robustez nas características construtivas, levando em consideração
as exigências de instalação e colocação em serviço;
• Possui capacidade de suportar uma inclinação de 15 graus da base em
relação ao plano horizontal;
• Possui capacidade de resistir, sem sofrer danos, aos esforços mecânicos e
elétricos ocasionados por curtos-circuitos externos;
• Possui capacidade de resistir aos efeitos das sobrecorrentes resultantes de
curto-circuito nos terminais de qualquer um dos seus enrolamentos, com
tensão nominal e frequência nominal, mantidas constantes nos terminais do
outro enrolamento durante dois segundos;
• Possui nível de operação silenciosa e isenta de vibrações excessivas,
quaisquer que sejam as condições de carga, variando a maior indução de
funcionamento de + 10% e a frequência nominal - 5%;
• Possui construção do núcleo com chapas de aço silício de cristais
orientados, laminadas a frio e isoladas com material inorgânico e com corte
6.3.5 Gerador
a. O detalhamento dos projetos básico e executivo para gerador é realizado por meio
de:
• Avaliação da capacidade de um grupo gerador em termos de atendimento
total ou parcial das cargas em caso de falha no fornecimento de energia
elétrica da concessionária, conforme necessidade da unidade solicitante;
• Provisão de análise dos níveis de ruído em zonas com fluxo de operadores
e próximas a comunidade, para projetos que contemplem geradores de
energia;
• Consideração das seguintes proteções ANSI incorporadas:
✓ Subtensão (ANSI 27);
✓ Sobretensão (ANSI 59);
✓ Subfrequência (ANSI 81);
✓ Sobrefrequência (ANSI 81);
✓ Sobrecarga (ANSI 32);
✓ Subcarga (ANSI 37);
✓ Limite de Potência Reativa (ANSI 40);
✓ Sobrecorrente Instantânea (ANSI 50);
✓ Sobrecorrente Temporizada (ANSI 51);
✓ Sobrecorrente Sequência Negativa (ANSI 46);
✓ Baixa Pressão de Óleo (ANSI 63);
✓ Alta Temperatura (ANSI 26);
✓ Nível de água do Radiador (ANSI 71); e
✓ Sobrevelocidade (ANSI 12).
• Obtenção de um grupo gerador com os seguintes atributos:
✓ Equipado com uma unidade de supervisão de corrente alternada
automática, destinada a efetuar o comando, medição e proteção de
grupos geradores;
✓ Projetado para funcionamento automático, acompanhado de quadro
de comando (QTA), proteção e chave de transferência automática, os
quais fazem parte integrante do sistema sendo, portanto, da mesma
procedência ou marca contando ainda com um quadro de
transferência manual; e
✓ Dotado de unidade de controle contendo porta de comunicação
compatível com os padrões já utilizado na unidade solicitante, caso
seja necessário monitorar remotamente os seus dados.
6.3.8 Eletrodutos
a. O detalhamento dos projetos básico e executivo para eletrodutos é realizado por
meio de:
• Projeto contemplando detalhes dos transpasses dos eletrodutos pelos
elementos estruturais com indicação de estrutura, os pontos de bainha ou
caixas necessárias à passagem dos elementos do sistema de instalações
elétricas, ou seja, o projeto de estruturas contem furos e embutidos
previstos;
• Compatibilização da ocupação do espaço das tubulações dos diversos
sistemas, com elaboração de desenho único, mapeamento das tubulações,
indicação de altura ou profundidade e codificação por trecho;
• Fixações dos eletrodutos aparentes ou na arrumação, quando embutidos,
mantendo espaçamentos padronizados, baseado no tipo de braçadeira de
fixação ou nas bitolas dos eletrodutos, apresentando detalhes;
• Previsão de eletrodutos de reserva para as tubulações principais,
subterrâneas ou embutidas, inclusive entre a subestação e a via, nos dois
sentidos considerando a taxa de ocupação máxima de 33% para o cálculo
de eletrodutos;
• Utilização de aço galvanizado Sch. 40, envelopados em concreto, quando
do cruzamento de rodovias e acessos;
• Utilização de eletrodutos envelopados em concreto e os cabos elétricos com
isolação de 0,6/1KV, quando enterrados no solo;
• Utilização de eletrodutos com caimento para as caixas de passagem,
quando enterrados, de modo a se evitar o acúmulo de água no seu interior;
• Instalações adequadas às áreas especificadas, sejam elas internas ou
externas. Nos casos em que sejam necessárias instalações em áreas
classificadas como “de risco”, os materiais especificados são classificados
como à prova de explosão;
• Instalação de eletrodutos preferencialmente de forma aparente nos prédios
de serviço;
• Utilização de caixas metálicas, leitos ou eletrodutos de aço galvanizado a
quente, quando a instalação for na região com muita umidade ou região
litorânea; e
• Utilização de caixas de passagem ou conduletes de alumínio que possuam
parafusos de fixação das tampas em aço inoxidável em qualquer região.
6.3.9 Alojamento
a. O detalhamento dos projetos básico e executivo para alojamentos é realizado
considerando:
• Circuitos de distribuição de iluminação e tomadas monofásicas são alojados
no mesmo eletroduto, duto ou bandeja;
• Circuitos de comando e os circuitos de força são alojados em eletrodutos
exclusivos e independentes para evitar interferências eletromagnéticas;
• Circuitos de áudio ou radiofrequência e de sinalização são alojados em
eletrodutos, dutos ou bandejas independentes;
• Cabos de um mesmo circuito não são instalados em eletrodutos diferentes;
• Quadros de distribuição são fabricados em chapa de aço e tem pintura
antiferrugem; e
• Barramentos de interligação dos minis disjuntores são do tipo “pente”
monobloco, com os disjuntores montados na vertical.
• Chapas traseiras dos quadros são previstas com reforços estruturais e furos
a fim de permitir uma fixação firme e segura;
• Barramentos são construídos de barras de cobre eletrolítico,
adequadamente fixadas para resistir aos esforços eletrodinâmicos
decorrentes das máximas correntes de curto-circuito especificadas. Para as
correntes nominais, a máxima elevação de temperatura dos barramentos é
de 40°C, sobre uma temperatura ambiente de 40°C;
• Barramentos, bem como os diversos elementos de ligação aos
equipamentos primários, juntas e derivações, são eletricamente isolados
para classe de 600 V, com material adequado, tipo epóxi ou similar. As
emendas e derivações apresentam o mesmo nível de isolamento do
barramento;
• Barramentos são instalados na parte superior do disjuntor;
• Material isolante a ser utilizado tem propriedades elétricas e mecânicas
comprovadamente satisfatórias, não sendo propagador de chamas, de baixa
toxidade, resistente à formação de depósitos de carbono, quando exposto à
descarga elétrica, e adequados às condições ambientais da instalação;
• Barramentos são identificados por meio de cores, conforme recomendações
da norma NBR 6808 da ABNT, a saber:
6.3.12 Tomadas
a. O detalhamento dos projetos básico e executivo para tomadas é realizado
considerando que:
• A distribuição de tomadas atende a todas as necessidades normais e cargas
específicas, assim como os casos de manutenções habituais ou eventuais,
sendo vedado o uso de tomadas de piso;
• As tomadas são providas de polo terra, em sistema uniformemente
padronizado; e
• As tomadas têm sempre proteção independente dos circuitos de iluminação.
✓ Telefonia e lógica;
✓ Circuito fechado de televisão – CFTV; e
✓ Circuito de sonorização.
• Apresentados junto à concessionária local os projetos executivos, assim
como toda a documentação exigida pelos órgãos competentes, para fins de
obtenção de aprovação;
• Desenvolvidos de maneira que possibilitem a execução dos serviços
necessários à eliminação de prováveis interferências que a construção do
novo trecho venha a causar; e
• Nível de detalhamento dos projetos é realizado para cada sistema individual,
considerando:
✓ No caso do sistema de telefonia e lógica, definir o caminhamento da
tubulação para rede interna das edificações; e
✓ No caso do CFTV, definir o caminhamento da tubulação até os locais
definidos para as câmeras nas edificações.
8. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
9. DOCUMENTOS DESDOBRADOS
Não aplicável.
11. REGISTROS
Não aplicável.
12. ANEXOS
ANEXO A – Fluxograma do Processo “Definição de Diretrizes para Elaboração de Projetos de
Elétrica”.