Assistência em Clínica Cirúrgica
Assistência em Clínica Cirúrgica
Assistência em Clínica Cirúrgica
CLÍNICA CIRÚRGICA
➢ Finalidades do Centro Cirúrgico: Local para se realizar intervenções cirúrgicas para devolver
o paciente à unidade de origem com a melhor condição possível / Servir como campo de estágio
para desenvolver habilidades e aprimorar conhecimentos / Desenvolver programas de pesquisa,
que contribuirão para melhoria da qualidade da assistência prestada ao cliente.
➢ Localização: O Centro Cirúrgico deve ter uma localização especial, onde a circulação de pessoal
seja reduzida, não haja ruídos,, de preferência próximo à unidades de internação cirúrgicas, ao
Pronto- Socorro e a Unidade de Terapia Intensiva - UTI.
➢ Divisão: Com vista a reduzir ao máximo o risco de infecções é necessário que o controle asséptico
seja realizado. Para isso, o Centro Cirúrgico é dividido em três áreas, são elas:
a) Área Não Restrita – área de circulação livre do centro cirúrgico estando incluída nessa área os
vestiários e o corredor de entrada.
b) Área Semi-Restrita – é aquela que permite a circulação de pessoal e de equipamentos de
maneira que não interfira nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. São
elas: expurgo, copa, sala de estar, secretarias, sala de preparo de material.
c) Área Restrita – não permite a circulação livre de pessoal, e possui rotinas próprias para o
controle e manutenção da assepsia. Ex. sala de operações (SO), lavabos, sala de recuperação pós-
anestésicas (RPA).
➢ Cirurgia: “Ramo da medicina que lida com enfermidades e condições que necessitam de
técnicas operatórias ou manuais”. Em geral, os meios cirúrgicos só são usados quando os
recursos médicos não auxiliam mais o paciente. A técnica sempre abrange a abertura do corpo
para remoção, reparo ou substituição de uma parte.
➢ Classificação: As cirurgias podem ser classificadas tanto pela finalidade que são realizadas e
pela necessidade, em termos de tempo, para serem realizadas e quanto ao seu potencial de
contaminação.
❑ Pela Finalidade:
Curativas – tem por objetivo livrar o paciente da doença que o acomete. Às vezes, é necessário
retirar uma parte ou todo o órgão sem maiores consequências para saúde do cliente, aumentando
a sobrevida do cliente. Ex: Tireiodectomia (retirada da tireoide, pela presença de um tumor
benigno ou malígno); Colecistectomia; Safenectomia.
Corretiva – realizada quando há necessidade de reparar alguma sequela. Ex: Queimaduras. Ou
pode ser denominada também de estética como nas situações de cirurgias plásticas. Ex:
Rinoplastias, Mamoplastia, Implante de silicones, Abdominoplastia, etc.
Paliativa – tem como objetivo atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal. Ex:
Gastrostomia (cirurgia realizada com finalidade de obter outra via de alimentação) é a abertura do
estômago e a introdução de uma sonda para alimentação, que é realizada quando o paciente não
pode se alimentar pela boca, pois o paciente é portador de câncer de esôfago.
❑ Pelo Tempo:
Lavagem Intestinal: Usa-se lavagens repetidas vezes até que todo o conteúdo
fecal seja retirado através de técnicas assépticas de sondagem retal e enemas. Em
alguns casos específicos, deve-se realizar a limpeza mecânica do cólon.
3- As cirurgias podem ser classificadas tanto pela finalidade, pelo tempo para serem
realizadas e pelo potencial de contaminação. Explique cada uma delas.
Pegar com uma mão por uma das pontas, longe do corpo e
desdobrar. Usar metade da toalha para secar cada mão.
CISTO OVARIANO
cisto(s).Os cistos ovarianos
afetam mulheres de todas
as idades. A vasta maioria
dos cistos ovarianos é
considerada funcional (ou
fisiológica). Em outras
palavras, eles não estão
relacionados a nenhuma
doença. A maioria dos
cistos ovarianos é benigna e
desaparece sozinha em
algumas semanas sem
nenhum tratamento. Os
cistos ocorrem mais
frequentemente durante o
período fértil da mulher.
Pode-se dividir os cistos
ovarianos em benignos e
malignos. O cisto pode ser
encontrado no câncer
ovariano, mas os cistos
ovarianos tipicamente
representam um processo
normal ou uma condição
benigna. São exemplos de
cistos benignos de ovário:
➢ Procedimentos de Enfermagem:
Na Hipotermia:
1. Aquecer o paciente;
2. Fechar as janelas;
3. Não aplicar bolsas de água morna;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.
Na Hipertermia:
1. Retirar cobertores;
2. Aplicar compressas frias em região da testa, axilas e virilhas;
3. Administrar antitérmico conforme prescrição médica;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.
➢ NÁUSEAS E VÔMITOS:
Sinal comum após o cliente retornar à consciência, mas torna-se grave se persistir por
mais de três dias. Pode ocorrer devido ao acúmulo de líquido e restos de alimentos no
trato digestório, decorrente de diminuição do peristaltismo, efeito colateral das drogas
anestésicas e distensão abdominal.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Lateralizar a cabeça do paciente oferecendo-lhe uma cuba rim para tal
necessidade;
2. Aspirar o cliente para evitar broncoaspiração;
3. Oferecer água para bocejo e lavar a boca retirando os resíduos que ficaram;
4. Administrar antiemético e antinauseantes conforme prescrição médica.
➢ SEDE:
É a sensação de ressecamento da boca e faringe, decorrente da ação, inibidora de
secreções da Atropina, perdas sanguíneas, perda de líquidos através da sudorese
excessiva, hipertermia e cavidade exposta durante o ato operatório.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Umidificar os lábios com algodão umidecido com água e realizar higiene oral nos
pacientes impedidos de hidratar-se por VO;
2. Verificar tempo de jejum para manter uma hidratação VO ou EV;
3. Observar e registar sinais de desidratação através do turgor da pele, diurese,
sonolência e etc.
➢ CHOQUE:
Quadro grave, cujo prognóstico depende da rapidez do atendimento.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Comunicar imediatamente o enfermeiro responsável pelo setor da presença de hipotensão arterial
e pulso filiforme;
2. Verificar sinais vitais principalmente a Pressão Arterial e Pulso;
3. Observar focos hemorrágicos, fazendo curativo compressivo, se necessário;
4. Verificar e manter um acesso venoso calibroso;
5. Aquecer o paciente e elevar os MMII nos casos de hipotensão;
6. Preparar e deixar próximo ao cliente o carro de emergência e materiais para intubação;
7. Realizar monitorização cardíaca seguido de oximetria de pulso.
➢ ALTERAÇÕES PULMONARES:
As principais complicações são: Atelectasia, broncopneumonia e embolia pulmonar.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Fazer tapotagem;
2. Estimular a movimentação no leito e a deambulação;
3. Incentivar a realizar exercício respiratório;
4. Estimular a tosse e expulsão de secreção pulmonar;
5. Manter hidratação adequada;
6. Administrar O² úmido e realizar nebulização conforme prescrição médica;
7. Verificar sinais vitais principalmente a respiração;
8. Administrar expectorantes e corticosteroides conforme prescrição médica;
9. Aspirar secreção endotraqueal.
Atelectasia Pulmonar – Aparecimento de
colabamento de alvéolos pulmonares, consequente
a obstrução do brônquio responsável pela aeração
deste seguimento, produzindo retração do tecido
vizinho.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença
de abdome globoso, distendido e dolorido a palpação;
2. Encaminhar o cliente para o banheiro estimulando-o a urinar abrindo a
torneira, o chuveiro e a descarga do vaso sanitário;
3. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura.
4. Solicitar a presença do enfermeiro responsável para realização de um
possível cateterismo vesical de alívio.
➢ ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS:
Pode ocorrer constipação intestinal, distensão abdominal e obstrução
intestinal.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença
de abdome globoso, distendido e dolorido a palpação;
2. Administrar laxantes e anticonstipantes conforme prescrição médica;
3. Realizar lavagem intestinal ou enemas conforme prescrição médica.
➢ ALTERAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA:
❑ Hemorragia.
✓ Interna – um dado significativo é a formação de hematoma, que poderá interferir no
processo de cicatrização.
✓ Externo – é a saída de sangue através da ferida operatória.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Realizar curativo compressivo nos casos de sangramento externo;
2. Registrar e comunicar ao enfermeiro responsável pelo setor da presença de
hematoma e sangramento na ferida cirúrgica ou ao seu redor;
3. Observar e anotar sinais de choque hemorrágico (tontura, palidez, sudorese,
hipotensão, pele fria e pegajosa, etc.).
➢ INFECÇÕES:
As causas são várias, tais como a falta de assepsia na SO, preparo inadequado da pele,
técnica de curativo errada, falha na técnica cirúrgica, preparo inadequado dos
instrumentais cirúrgicos na CME – Central de Materiais Estéreis.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Administrar antibioticoterapia conforme prescrição médica;
2. Colher e encaminhar o material para cultura conforme solicitação médica;
3. Observar e registrar sinais de infecção: hiperemia, rubor, turgor;
4. Verificar sinais vitais principalmente a temperatura;
5. Realizar técnicas assépticas para realização de curativos;
6. Manter o local da ferida cirúrgica limpa, sem secreção, sujidade e coágulos.
➢ DEISCÊNCIA:
É uma abertura total ou parcial da incisão cirúrgica devido à infecção cirúrgica, distensão
abdominal, estado nutricional precário.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
1. Realizar curativo compressivo conforme rotina do setor;
2. Realizar a lavagem ou irrigação no local da deiscência com SF 0,9%;
3. Comunicar imediatamente ao enfermeiro responsável pelo setor;
4. Registrar em prontuário do paciente;
5. Observar e anotar sinais de choque hemorrágico (tontura, palidez, sudorese,
hipotensão, pele fria e pegajosa, etc.);
➢ EVISCERAÇÃO:
Protrusão de vísceras para fora da cavidade abdominal, como consequência de deiscência
de uma sutura abdominal ou pós-trauma.
➢ Procedimentos de Enfermagem:
Infecção Evisceração
Deiscência
1. Diante das complicações no Pós-operatório, cite 5 (cinco) agentes causais para os
sintomas da dor.
4. Porquê motivo os sinais de vômito e náuseas são comuns após o cliente retornar a
consciência após ter sido submetido a uma cirurgia.
6. Explique por que na maiorias dos casos o cliente submetido a uma cirurgia, sente
sede.
10. Quais são os motivos pelos quais a ferida operatória pode apresentar: Infecções,
Deiscência e Evisceração? Cite 4 (quatro) Cuidados de Enfermagem para cada uma
delas.
TRICOTOMIA
➢ Classificação:
I. Temporária – São aquelas em que se pode, posteriormente, restabelecer a
continuidade do trato intestinal, uma vez que se tenha resolvido o problema
que levou à confecção da ostomia.
II. Definitivas ou Permanentes – São aquelas em que não se pode restabelecer o
trânsito intestinal, já que o segmento distal do intestino foi extirpado.
Geralmente são terminais, porém podem ser laterais em casos de cirurgia
paliativa.
➢ Classificação:
I. Ileostomia Definitiva – resultado de uma amputação total do
cólon e do reto panproctocolectomia. Realiza-se a partir do íleo
terminal, dependendo da afecção inflamatória que contém a
patologia.
II. Ileostomia Temporária – utilizada em cirurgias programadas
como prevenção da anastomose ileoanal com reservatório, para
diminuir o risco de infecções e deiscência de suturas.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES
COLOSTOMIZADOS E ILEOSTOMIZADOS NO PÓS-OPERATÓRIO
7. Defina:
Esplenectomia:
Hemorróidectomia:
Fístula Anal:
Fissura Anal:
a) Alterações Urinárias ( ) É um dos primeiros sintomas a surgir no PO, diminuindo nos dias
subsequentes. As causas mais comuns são: Trauma cirúrgico; existência de drenos, sondas e cateteres; imobilidade prolongada;
posição adotada durante o ato cirúrgico.
b) Deiscência ( ) Quando o paciente retorna da SRPA – Sala de Recuperação Pós- Anestésica apresenta
hipotermia devido a depressão do sistema nervoso decorrente da droga anestésica.
c) Infecções ( ) Sinal comum após o cliente retornar à consciência, mas torna-se grave se persistir por
mais de três dias. Pode ocorrer devido ao acúmulo de líquido e restos de alimentos no trato digestório, decorrente de diminui ção do
peristaltismo, efeito colateral das drogas anestésicas e distensão abdominal.
d) Alterações da Ferida Operatória ( ) Sensação de ressecamento da boca e faringe, decorrente da ação, inibidora de secreções
da Atropina, perdas sanguíneas, perda de líquidos através da sudorese excessiva, hipertermia e cavidade exposta durante o ato
operatório.
h) Náuseas e Vômitos ( ) As causas são várias, tais como a falta de assepsia na SO, preparo inadequado da pele,
técnica de curativo errada, falha na técnica cirúrgica, preparo inadequado dos instrumentais cirúrgicos na CME – Central de
Materiais Estéreis.
i) Alterações da Temperatura ( ) É uma abertura total ou parcial da incisão cirúrgica devido à infecção cirúrgica,
distensão abdominal, estado nutricional precário.
j) Alterações Gastrointestinais ( ) Protrusão de vísceras para fora da cavidade abdominal, como consequência de
deiscência de uma sutura abdominal ou pós-trauma.
II) Complete corretamente as lacunas a seguir:
Após a avaliação e conduta do cirurgião responsável diante deste caso clínico, o profissional de
enfermagem notou que houve uma preocupação do médico quanto ao risco de infecção. Explique os
motivos desta preocupação e defina as complicações que podem resultar a partir de uma infecção na
ferida operatória.