Lei 4 - 06 Estatuto Do Provedor
Lei 4 - 06 Estatuto Do Provedor
Lei 4 - 06 Estatuto Do Provedor
2. Deve ser designado cidadão angolano que preencha 4. O Provedor de Justiça não está sujeito às disposições
os requisitos de elegibilidade para a Assembleia Nacional e legais em vigor sobre a aposentação e reforma por limite de
goze de comprovada reputação, integridade, independência idade.
e esteja no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos. ARTIGO 8.º
(Independência e inamovibilidade)
3. No acto de posse o Provedor de Justiça presta o
O Provedor de Justiça é independente e inamovível, não
seguinte juramento: ‹‹Juro por minha honra desempenhar
podendo as suas funções cessarem antes do termo do
fielmente o cargo de Provedor de Justiça em que fico
mandato para que foi eleito, salvo nos casos previstos na
investido, promovendo e defendendo os direitos, liberdades,
presente lei.
garantias e interesses legítimos dos cidadãos, no estrito
ARTIGO 9.º
respeito pela Constituição e pelas demais leis da República››.
(Vacatura)
b) emitir parecer por solicitação da Assembleia 2. A fim de tratar de assuntos da sua competência, o
Nacional sobre quaisquer matérias relacionadas Provedor de Justiça pode tomar parte nos trabalhos das
com a sua actividade; Comissões de Trabalho Permanentes da Assembleia
c) promover a divulgação do conteúdo de cada um Nacional sempre que estas solicitem a sua presença.
dos direitos e liberdades fundamentais, bem
como da finalidade da instituição do Provedor CAPÍTULO IV
de Justiça, dos meios de acção de que dispõe e Procedimento
de como a ele se pode fazer apelo;
d) intervir, nos termos da lei aplicável, na tutela dos ARTIGO 22.º
1. No exercício das suas funções, o Provedor de Justiça 4. As queixas apresentadas ao Provedor de Justiça, dis-
deve procurar, em colaboração com os órgãos e serviços pensam a constituição de advogado, estão isentas de custas
competentes, as soluções mais adequadas à tutela dos inte- e selos, desde que contenham a identidade e a morada do
resses legítimos dos cidadãos e ao aperfeiçoamento da queixoso e, sempre que possível, a sua assinatura.
acção administrativa.
ARTIGO 23.º
2. A avaliação e actuação do Provedor de Justiça é limi- (Apreciação prévia das queixas)
tada pela utilização de meios graciosos.
As queixas são objecto de uma apreciação preliminar
ARTIGO 20.º tendente a avaliar a sua admissibilidade, oportunidade e
(Limites de intervenção) razoabilidade.
ARTIGO 24.º
ARTIGO 25.º
1. O Provedor de Justiça envia semestralmente à (Instrução)
Assembleia Nacional um relatório da sua actividade que
deve conter as iniciativas tomadas, as queixas recebidas, as 1. A instrução de processos consiste em pedidos de
diligências efectuadas e os resultados obtidos, sem prejuízo informação ou qualquer outro procedimento razoável que
do relatório anual que deve incluir a prestação de contas. não colida com os direitos fundamentais dos cidadãos e é
I SÉRIE — N.º 52 — DE 28 DE ABRIL DE 2006 897
Provedor de Justiça toda a colaboração que por este lhes for (Encaminhamento)
Ocorrendo na tramitação do processo indícios sufi- 3. A Provedoria de Justiça funciona em instalações pró-
cientes da prática de infracções criminais ou disciplinares, o prias.
Provedor de Justiça deve dar do facto conhecimento, con- ARTIGO 38.º
(Pessoal)
forme os casos, ao Ministério Público ou à entidade hierar-
quicamente competente para instauração do competente
A Provedoria de Justiça dispõe de um quadro de pessoal
processo disciplinar ou criminal.
próprio, nos termos da respectiva lei orgânica.
ARTIGO 35.º
ARTIGO 39.º
(Irrecorribilidade dos actos do Provedor)
(Competência administrativa e disciplinar)