Curso Devocional Da Alegria Da Paixão: Com Ana Paula Silva Rocha
Curso Devocional Da Alegria Da Paixão: Com Ana Paula Silva Rocha
Curso Devocional Da Alegria Da Paixão: Com Ana Paula Silva Rocha
Toda a verdadeira devoção tem Deus como seu fim último. A devoção de
veneração, prestada aos anjos e aos santos, somente tem valor se nos faz
crescer na fé, na esperança e na caridade, se nos leva a amar Deus de todo
nosso coração, com toda nossa alma, com todo nosso espírito e ao próximo
como a nós mesmos.
A devoção de adoração diferencia-se da de veneração somente na forma
que prestamos nosso culto a Deus: na adoração, prestamos culto a Deus em
si mesmo; e na veneração, a Ele também, mas em suas criaturas.
A ALEGRIA DA PAIXÃO
Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem
que está no céu.
A ALEGRIA DA OFERTA
“O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de
mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o
poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.
(João 10,17-18)
Neste mistério podemos observar a entrega de Jesus que deu sua vida por
amor, no Getsêmani, um jardim situado no monte das Oliveiras, o mesmo das
Bem-aventuranças. O suor que escorre corpo de Jesus, uma agonia mortal
que toma conta do seu sacratíssimo coração... O Cristo que está acometido
pelo sofrimento.
Podemos observar também que no ápice da agonia, Jesus dá sentido ao
sofrimento, dando ao mesmo tempo em seu coração uma certeza:
A ALEGRIA DO ALÍVIO
“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.
29.Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso
e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30.Porque
meu jugo é suave e meu peso é leve”.
(Mateus 11, 28-30)
Neste mistério podemos observar que Jesus precisou de alívio. O Deus que
sustenta o universo quis precisar de ajuda para carregar a Cruz. Na Paixão
de Jesus houve um Cireneu. Todos nós precisamos de um Cireneu em
nossas vidas, para nos estender a mão, nos ajudar nas travessias tortuosas
da vida. Nós também podemos ser “cireneus” na vida de tantas pessoas,
ajudando-as a carregar as suas cruzes. (Lucas 23,26)
Do encontro involuntário, brotou a fé. Acompanhando Jesus e compartilhando
o peso da cruz, o Cireneu compreendeu que era uma graça poder caminhar
juntamente com este Crucificado e assisti-Lo. Carregando a cruz com Cristo,
Cirineu foi aliviado.
O mistério de Jesus que sofre calado tocou o coração de Cirineu. Jesus, o
amor divino, era o único que podia, e pode, redimir a humanidade inteira.
Sempre que, bondosamente, vamos ao encontro de alguém que sofre,
alguém que é perseguido e inerme, partilhando o seu sofrimento ajudamos a
levar a própria cruz de Jesus. E assim obtemos salvação, e nós mesmos
podemos contribuir para a salvação do mundo.
A ALEGRIA DA CRUZ
A ALEGRIA DA REMISSÃO
“Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se és o Cristo,
salva- te a ti mesmo e salva-nos a nós!”. Mas o outro o repreendeu: “Nem
sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo:
recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal
algum.” E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no
teu Reino!” Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo
no paraíso”.
(Lucas 23, 39-43)
Por conta dessas três atitudes, Dimas foi o primeiro a entrar no céu e pode
ser considerado o primeiro santo, declarado pelo próprio Jesus, quando,
ainda na cruz, afirmou:
A ALEGRIA DO ACOLHIMENTO
“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria,
mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto
dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”. Depois
disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a
recebeu como sua mãe.”
(João 19, 25-27)